Arco 3: Capítulo 54 - Diário de Sobrevivência da Angel
Enquanto Dante estava na aldeia dos orcs, a garota anjo estava vivendo a sua própria aventura, há 3 dias atrás.
Após o fim da batalha contra Lancer, Angel acabou se abrigando temporariamente naquela ilha, até conseguir achar um jeito de voltar para a população. Ela poderia voar, mas, não sabia o quão longe estava de Schalvalt, e acabaria se cansando acima do mar enquanto voava.
No entanto, não estava completamente em apuros. Já que, com a lâmina de sua espada e uma pedra, produziu faíscas, e com isso conseguiu fazer uma fogueira. Ou seja, não morreria de frio após acabar se molhando.
Também, suas roupas molhadas estavam penduradas em uma corda provisória. Sua espada dentro da bainha estava no chão. Em si, ela estava sentada completamente nua no chão, enquanto mexia em alguma coisa feita de folhas das palmeiras.
— Pronto!
Vestiu suas novas roupas. Eram saia e sutiã feito de folhas. Isso em si não a protegeria do frio completamente, e como não fez uma calcinha, não a protegeria de uma olhadinha em suas partes íntimas. Mas, pelo menos, ela não ficaria andando por aí nela ilha pelada e com frio, não que já não tivesse sentindo neste exato momento. Estava bem próximo da fogueira, mas isso não estava adiantando.
— Uau, aquele cara era bem forte… qual é o nome dele mesmo?
Ela realmente não estava lembrada do nome do seu último adversário. De qualquer forma, Angel já estava imaginando como poderia sair dali. Talvez pudesse improvisar um barco.
Por fim, ela acabou ouvindo um barulho vindo de seu estômago, que se não se apressasse para resolver o motivo desse som, isso se tornaria em algo ruim.
— …Diário de sobrevivência da Angel. Capítulo 1: quando eu me encontrar com Dante… vou pedir para que ele faça pizza — falou desanimadamente, mas com um certo tom de animação na parte da pizza.
E assim, começou o primeiro dia da garota naquela ilha.
Na água do mar, um simples peixinho nadava, sem rumo algum. Foi quando sentiu seu corpo sendo agarrado com força, e sendo levado para cima, até chegar na superfície, onde não poderia mais respirar.
— Boa!
Quem pegou aquele peixe foi Angel, que o colocou na boca e foi nadando até a areia da ilha.
Ela decidiu usar suas roupas de folhas, fez até uma tiara de folhas, que usava no momento. Até a sua simples jangada estar pronta, usaria aquelas vestimentas.
Em uma cesta de folhas, ela colocou o peixe que pegou. Naquela cesta, havia vários peixes mortos, e o novo chegado encontrava com seu destino.
— Diário de sobrevivência da Angel. Capítulo 8: colete o máximo de comida que puder. Menos cocos… eles não são bons…
Não que ela não gostasse de coco, é que todos que ela achou naquela ilha tinham um gosto que não satisfazia seu paladar, bem diferente dos cocos da Terra.
— Diário de sobrevivência da Angel. Capítulo 6: dê uma alongada. — Foi o que fez, alongando suas pernas, braços e costas novamente — E voltando pro capítulo 8; colete o máximo de comida que puder! — Correu até o mar, mergulhando.
Enquanto nadava, procurava mais algum peixe ou qualquer animal que tivesse cara de comestível, mas não via nada.
“Que estranho, havia vários peixes aqui. Para onde será que eles foram? Será que eu os espantei?”, não era esse o motivo dos peixes terem fugido, e logo descobriu quando viu uma figura nadando rapidamente até ela.
Era uma espécie de enguia, tendo sua pele tampando as regiões onde deveriam estar os olhos. O animal era maior que um tubarão branco e tinha dentes extremamente afiados, o que botava medo em qualquer um.
Em reação a esse animal vindo em sua direção, a garota posicionou seus dedos para serem estalados. Se o animal a atacasse, estalaria e o atacaria, caso não, ela não faria nada.
Da parte de cima do animal, de repente cresceu uma parte pontuda de carne que foi em direção que ficou na frente dela. A ponta se transformou em uma bola, que se abriu e revelou um olho gigante.
Esse olho focou na garota, a olhando de baixo pra cima. De repente, o olho se transformou em uma mão, e agarrou o pescoço dela.
Angel estalou seus dedos, e foi levada para cima, chegando à superfície.
O animal havia saltado do mar, e estava preparado para devorá-la.
Felizmente para a garota, sua espada já estava em suas mãos, e ela a usou para cortar a mão do animal fora.
Isso o estabilizou, e Angel aproveitou o momento para fincar a espada em seu crânio, atravessando seu cérebro, o matando.
Ela caiu na água, logo nadando de volta à superfície, e vendo o animal que acabara de atacá-la, morto.
— Diário de sobrevivência da Angel. Capítulo 9: sempre esteja preparado para um ataque de um monstro marinho… Acho que está bom de peixe.
Se lembrou de que teria que fritar todos eles antes de poder sair, já que não faria uma fogueira em cima de uma jangada feita de madeira e folhas. E era muito peixe.
Olhou para a lâmina de sua espada. Estava se desgastando.
— É. Depois de anos de uso, uma hora isso ia acontecer.
Na manhã seguinte, a garota já estava pronta para sair da ilha. Sua jangada já estava pronta. Sua alimentação também estava pronta. A partir dali, deixaria o mar levá-la para a população.
— Espero que encontre a população o mais rápido possível.
Antes de colocar a jangada no mar, ela colocou mais algumas coisas em cima dela, sua espada na bainha, a vasilha que fez para colocar os peixes, agora fritos, e a casca de um coco para poder beber água. Apesar de não ter gostado do gosto, a casca seria útil para substituir um copo.
— É… foi bom enquanto durou…
Ela disse isso, mas o que pensou logo em seguida foi: “Na verdade não foi bom nada! Foi um lixo!”. Bem, nesses três dias teve que dormir no chão, caçar e construir coisas para sua sobrevivência, isso depois de seus amigos serem mandados para sabe sei lá onde, nem podendo os procurar, ficando com uma enorme preocupação.
— Tudo bem… Diário de sobrevivência da Angel. Capítulo 12: deixe a ilha! Uhul!
Levantou os braços em comemoração, mas acabou percebendo uma coisa.
— Minhas roupas!
Ainda não havia se trocado. Ficou tão acostumada a usar essa roupa que nem percebeu. Enfim, tirou suas roupas atuais, e colocou as que estava usando antes.
— Estou pronta.
Carregou a jangada até o mar, e a empurrou com o pé, subindo em cima logo em seguida.
Ela deitou-se e fechou os olhos.
— Acho que vou dormir um pouco.
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