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    A jangada chegou até a terra firme. A garota saltou da jangada, olhando em volta aquela praia. Havia muita gente, e algumas dessas pessoas olhavam para ela com curiosidade.

    A única coisa que Angel pegou foi sua espada, amarrando-a na cintura, e depois empurrando a jangada com o pé, para que ela seguisse seu próprio caminho.

    “Certo, agora preciso saber onde eu estou.”

    Conseguir essa informação seria fácil, o que não faltava naquela praia eram pessoas.

    Andou pela areia quente, olhando as pessoas em volta, percebendo que elas a olhava de forma curiosa, provavelmente porque acabou de aparecer naquele local saindo de uma jangada no meio do mar. No entanto, Angel não estava querendo saber o que essas pessoas estavam pensando, e sim se localizar,

    Avistou um homem de óculos escuros, deitado em um lençol sobre a areia, provavelmente pegando um bronzeado.

    “Um homem apenas curtindo um sol no seu canto sem incomodar ninguém. Perfeito.”, satisfeito com a escolha de alguém que pensava ser introvertido — aparentemente ela gostava de introvertidos —, andou até ele.

    — Com licença?

    Colocou seu rosto sobre seu campo de visão, surpreendendo o homem.

    — Hã?

    Ele ficou completamente surpreso, e se sentou rapidamente, olhando ela de cima para baixo, ficando corado vendo seus olhos.

    “Q-que linda!”

    Foi o que pensou, enquanto via ela falar.

    — Desculpa te interromper, mas poderia me informar em que nação estamos?

    — A-ah…

    Apesar de ver a garota falando, ele não ouviu bulhufas do que ela disse. A tensão que estava sentindo o fez ignorar todo som ao redor e focar apenas os seus olhos na aparência de Angel.

    — Você… está me ouvindo?

    — Ah! P-perdão! O que você deseja, senhorita?

    Voltou à realidade, depois de um grande suco de sentimentos repentinos.

    — Perguntei em que nação estamos.

    O homem franziu as sobrancelhas, afinal, não é uma pergunta que é dita todo dia.

    — Ah? C-como assim, senhorita? Obviamente estamos em Fronbel.

    Ele tentou encontrar alguma lógica para isso. Depois de um tempo pensando, concluiu que ela fosse uma estrangeira de algum lugar super isolado naquele mundo.

    — Fronbel…?

    Era um lugar novo para ela, sendo que nunca procurou saber mais sobre a geografia daquele mundo. Além disso, as únicas nações que teve contato foi Kuyocha e Schalvalt.

    Fronbel era um país que, nessa época do ano, era quente, perfeito para uma das coisas mais lindas que tinham lá: suas praias. Também é um país conhecido pelos seus grandes cassinos e jogos de azar. Além disso, a parte mais central dessa nação ficava acordada até de madrugada. Era um lugar bem movimentado e animado.

    Sabendo onde estava, precisava encontrar um jeito de encontrar seus amigos. E para isso, teria que se preparar primeiro.

    “Vou precisar de dinheiro para comida e uma hospedagem, afinal, não adianta nada ficar andando pra lá e pra cá sem saber o que fazer. Mas… como eu encontro o pessoal…?”


    Algumas opções passaram pela sua cabeça, tipo, contratar um investigador, para facilitar mais as coisas.

    Geralmente, ela sabia onde Dante estava, já que ele mal saía de casa, e ela poderia dar uma espiadinha rápida nele. Agora, teria que encontrá-lo e as outras da forma difícil.

    Angel se virou para o homem, que não parava de olhá-la toda pensativa, e achar isso fascinante.

    — Pode me dizer onde eu posso arrumar dinheiro de forma rápida? E se possível, de forma não criminosa, como acontece em GTA, e nem indecente.

    Via várias jogatinas de Dante antigamente, e isso sempre a entretia. Adorava ser uma espectadora nesse assunto, acompanhando a história, vendo a pessoa jogar.

    “Espera! Essa garota bonita está me pedindo ajuda! Não posso perder essa chance.”, se levantou do chão entusiasmado, batendo com a palma da mão em seu peito.

    — Mas é claro, gata! Digo, senhorita! Inclusive, se me permite, posso te levar até o local?

    “Ah, parece que tirei a sorte grande.”

    Ter uma pessoa como um guia, mesmo sendo temporariamente, seria muito útil para ela, que não sabia nada de Fronbel.

    “É isso. Vou conseguir dinheiro para não virar uma mendiga e encontrar meus amigos.”

    Ela estendeu a sua mão.

    — Espero que me ajude. Meu nome é Angel. Você vai ser de grande ajuda.

    O coração do homem bateu forte. Se tremendo, estendeu a mão para contribuir no aperto. Isso o fez corar, e ele olhou para o lado, para que a garota não percebesse. Não deu certo.

    — P-prazer. Sou Doug. Espero te ajudar.

    — Ótimo! Então, que tal irmos conversando sobre esse trabalho enquanto vamos lá?

    — S-sim!

    Doug estava extremamente feliz com o resultado que sua decisão teve. Com isso, poderia se aproximar da garota.

    — Então, vamos andando ou você tem que guardar algumas coisas? —  Ela apontou para seus itens de praia, que estavam ao lado. Nesses itens tinha um guarda-sol fechado, e duas caixas de isopor, onde uma tinha lanches e a outra bebidas alcoólicas.

    — Ah, é! Só um momento.

    De forma apressada, ele correu para pegar seu lençol no chão e pegar tudo que tinha. Com tudo em mãos, ele já estava pronto, segurando o guarda-sol em uma mão, as suas caixas abaixo do braço, e o lençol sobre o ombro.

    — Estou pronto!

    Angel o olhou, calada, vendo os itens que ele tinha. Ela tomou sua decisão, pegando o guarda-sol de sua mão.

    — E-ei. Precisa disso não.

    — Se preocupa não, não quero ser a única carregando nada.

    — Mas você tá carregando essa bainha na sua cintura!

    Ele tentou achar alguma coisa pra usar como exemplo de “mas você tá carregando”. E achou, uma bainha onde tinha uma espada.

    Doug percebeu o que tinha acabado de ver e falar, e pra Angel ter uma espada, ou era alguém relevante, ou uma criminosa, o que preferia ser a primeira opção.

    — P-pera! Cê tem uma espada? É de verdade mesmo? Ou de brinquedo? —  A dúvida surgiu no meio da surpresa.

    — Percebeu só agora? Tava me olhando por bastante tempo e não percebeu a espada?

    — B-bem… —  Virou o rosto, envergonhado.

    — Sim, é uma espada de verdade, e nada de brinquedo.

    Quando virou o rosto para ela novamente, viu que a garota estava tirando a espada bainha.

    — C-calma! Não faz isso aqui! Você pode intimidar as pessoas!

    Só de alguém ter uma espada e levar ela guardada dentro em uma praia seria motivo para intimidar alguém. Até porque, “Por que uma espada na praia?”.

    A mulher, percebendo que não era uma boa ideia, decidiu seguir o conselho dele, não sacando a espada.

    — Tá. Mas, me fala aí, Doug. Que trabalho é esse que você vai me apresentar?

    — É um que todos querem fazer, porque dá dinheiro fácil… Claro, dependendo da tarefa.

    Com essa descrição vaga, dava a entender que era um trabalho para alguma organização criminosa. A garota decidiu esperar ele falar de forma precisa o que seria, antes de julgar seu senso moral.

    — E o que seria?

    —  Não é óbvio? Vamos nos aventurar e receber pagamentos em uma guilda de aventureiros.

    — Ah!

    Se surpreendeu. Não esperava que seria algo como isso. Principalmente por saber que Dante consumia muitas histórias com a presença desses tals “aventureiros”, apesar dela saber da existência de magia.

    Praticamente, tudo que ela sabia sobre animes ou jogos era por causa de Dante, já que a Olivia não consumia esse tipo de conteúdo habitualmente.

    “Esse mundo tem umas ligações sinistras com animes. Como pode?”

    Com isso, seu próximo trajeto seria para uma Guilda de Aventureiros.

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