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    Em um local bem mais afastado de qualquer população naquele mundo. Havia um casarão. Naquela residência habitavam duas pessoas peculiares.

    — Queridaaaaaaaaaaaa, hoje eu trouxe algo especial para você!

    Um homem de terno e com uma máscara que não cobria a boca abriu a porta de uma sala, e entrou nela de uma forma bem extravagante. A cada passo que dava, fazia uma pirueta até chegar em sua amada.

    Em uma única mão, segurava uma bandeja de aço tampada com um cloche feito do mesmo material. Tipo aquelas que geralmente eram mostradas em restaurantes chiques nos filmes.

    No meio das piruetas, ele chegou perto o bastante da mulher sentada na mesa de jantar, se agachando: uma perna estava completamente no chão enquanto a outra estava levantada. A mesma pose de um pedido de casamento que também se via nos filmes. A palma de sua mão estava localizada em seu peito. A outra, que segurava aquela bandeja, estava para cima, bem na direção daquela moça.

    A mulher que foi proferida como “querida” estava sentada em uma cadeira, virada no sentido contrário do homem. Ela se virou junto do acento. Usava um longo vestido e também uma máscara que não cobria a sua boca. Idêntica a de seu marido.

    Por causa da máscara, não era visível as expressões faciais dos dois ali presente, mas a parte não tampada ajudava a identificar. O homem estava claramente com um lindo sorriso aberto no rosto. A mulher também estava, só que um fechado.

    — Oh! Amorzinho, não me diga quê…?

    — Isso mesmo!

    Ele se levantou do chão e retirou o cloche da bandeja. Revelando dois pratos de comida.

    — A nossa preferida.

    Com uma brilhante magnitude, o homem colocou a bandeja sobre a mesa e a abriu.

    — A nossa preferida!

    O que estava naquele prato era um banquete: uma grande e suculenta carne no centro, que parecia muito a de boi; vegetais rodeando aquela iguaria carnuda; junto deles, havia uma espécie de pimenta azul que tinha um equilíbrio perfeito entre doce e apimentado.

    Voltado a comentar daquele bife, provavelmente ela vinha de um monstro chamado Walburf.

    Um montro agressivo e irracional, mas a sua carne era de primeira linha. Geralmente a espécie deles é bem cuidadosas com seus corpos, o que deixava o desejo de comê-los ainda mais insaciável.

    Em países como Schalvalt, por exemplo, a venda dessa carne era muito cara, mas tão gostosa quanto uma A5.

    — Oh, Querido! Muito obrigada.

    A mulher correu até os braços dele e o beijou. O homem adorou aquilo, e deu um enorme sorriso.

    — O que estamos esperando? Vamos co…

    Antes que a garota pudesse se deliciar junto de seu amado e sua pela comida, eles ouviram um som da porta batendo.

    — Quem será, amorzinho?

    — Não faço ideia, querida.

    Havia alguém no lugar querendo chamá-los, e antes que pudessem comer de sua janta, tiveram que atender.

    Eles saíram da cozinha, foram até a sala de estar e abriram a porta.

    Quem estava lá era o Morcester, o morcego humanoide que matou um dragão com as próprias mãos.

    — Olá, casalzinho…


    Os residentes daquela casa eram o jovem casal nobre Donfall Usgard, ou apenas casal Usgard, que diferente da Major Christine Aurora Asknes, uma nobre da família Aurora e que pertencia a casa Asknes, os dois não eram de Schalvalt.

    Os dois se conheciam há bastante tempo. Suas famílias eram amigas e isso os fez se conhecer desde a infância.

    Não tinha muito o que dizer sobre eles, além de que se amavam. Eram o tipo de casal perfeito que sempre andavam coladinhos. Nunca tiveram brigas ou opiniões opostas, e era muito improvavel, praticamente impossível que tenham algum dia.

    Os dois eram bem parecidos, tendo a mesma idade e os mesmos interesses.

    Resumindo: um casal inseparável e perfeito, e isso desde a infância quando eram apenas amigos. Gustav Drumahan Donfall Usgard e Seletine Rascart Donfall Usgard eram os nomes dos dois.

    Tanto as casas da família de Gustav quanto a de Seletine se juntaram após o casamento. Sendo o da mulher a casa Usgard e do homem a Donfall.

    Era mais fácil chamá-los de “casal Usgard” pois a família e a casa nobre de Seletine tinham mais influência e riquezas do que a de Gustav.

    Apesar de se paracer um simples casal, eles tinham muitas coisas a esconder e pessoas que encontraram que não revelam.

    Já o lugar em que moravam estava bem afastado de qualquer nação. Os dois viviam em um casa que ficava dentro de uma enorme caverna, na qual aproveitavam como podiam: explorando e coletando materiais perdidos no local.

    Envolta daquela caverna, havia uma larga extensão de água não tão profunda. Um local bonito, se for reparar.

    Apesar de toda aquela água, eles não a usavam para necessidade básica. Invés disso, usavam o líquido vindo de outras nações por um enorme tubo debaixo da terra que a trás em grande velocidade. Isso foi criado por Gustav e Seletine juntos.

    — Oh! É o morcegão.

    — Não me chame assim, mulher.

    O Morcester já parecia bem irritado por estar naquele local, mas não queria arrumar briga com ninguém, então manteve o foco no objetivo de estar ali, que era…

    — Onde está o Raposa?

    O casal pareceu incomodado com alguma coisa. Seletine se afastou um pouco e Gustav deu alguns passos para frente.

    — Você…

    O homem estava olhando atentamente para o monstro. Morcester achou que ele já havia entendido o que queria, e decidiu perguntar novamente.

    — Sim. Eu que…

    — Você… está fedendo muito, morcegão…

    Bem, o morcego humanoide não conseguiu, e a resposta que recebeu foi só o óbvio de seu estado naquele momento. Quando percebeu, tanto Gustav quanto Seletine estavam com seus narizes tapados. Após ter entrado dentro do estômago do dragão e aberto a sua barriga, claramente não estaria cheirando bem.

    Apesar de receber uma resposta de algo que já tinha consciência, ele ficou irritado, mas não porque falaram que estava cheirando mal, mas sim porque ignoraram a sua pergunta.

    — Escuta aqui! Raposa! Demônio Raposa! Onde ele está?

    — E por que você quer saber do paradeiro dele?

    Esse tal de Demônio Raposa era tão importante ao ponto do monstro morcego querer contatar o casal Usgard. Porém, ele estava cada vez ficando irritado com aquela situação infeliz, tanto que deu passos para frente. Estava com ódio e queria bater naqueles dois nobres.

    — Opa, calma aí, morcegão. Não se aproxime de nós com essas intenções violentas. Certo, querida?

    — Isso mesmo, amorzinho! Afaste-se, morcegão!

    Eles dois estavam na frente da porta, com as palmas das suas mãos erguidas, impedindo que o monstro se aproximasse.

    Morcester, percebendo que ia perder o controle, recuou. Afinal, não queria de forma alguma arrumar briga com Gustav e Seletine.

    — Mesmo que soubéssemos onde ele está, morcegão, não recomendaríamos que você o encontre.

    Quem disse isso foi Seletine.

    — Eu não quero arrumar briga com ele… só saber quais as suas intenções. Certeza que Olden não gostaria da presença dele aqui.

    Considerando que quando mencionou o nome de Olden, e nem o casal teve uma reação de questionamento, eles provavelmente sabiam de quem se tratava.

    — Esquece. Que saco. Vou embora, e também tirar esse cheiro podre de mim.

    Morcester se virou, e antes que pudesse sair daquele local, Gustav o parou por um momento.

    — Espere um pouco, morcegão.

    — Ahn? O que quer?

    — Mesmo que você queira saber onde está o Raposa, acho que deveria ficar preocupado com alguém em especial.

    — Quem, exatamente?

    — Bill.

    Morcester suspirou ao ouvir o nome desse homem.

    — Eu sei. Estou preparado para quando ele vier atrás de mim.

    — Certeza? Acha que consegue derrotá-lo, se possível?

    — Sim.

    Sem olhar para trás, o monstro bateu suas enormes asas e foi embora daquele lugar.

    — Amorzinho, vamos comer antes que a comida esfrie!

    — Você está certa, querida!

    Após o fim da conversa com o morcego humanoide, Gustav fechou a porta e os dois seguiram até a cozinha.

    — Acha que a Hela se envolverar, querida?

    — Hã? Talvez. Sabe como ela é.

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