Índice de Capítulo

    O demônio conseguiu se salvar, quando percebeu que iria cair , ele se segurou com suas unhas pontiagudas, que perfuraram a parede de pedra.

    Ivon, Sariah e Rury correram em direção ao demônio quadrúpede, e chutaram as suas duas mãos, até que ele finalmente caiu. Cletus vendo a cena, ficou mais aliviado, o desespero dele já tinha ido embora.

    Saori foi em direção à Cletus e o agarrou pelo colarinho. Ela estava demonstrando um olhar sombrio em sua face, um de raiva, que ninguém naquele local havia visto alguma vez na vida, e nem imaginavam ver.

    — Escuta aqui seu imbecil! Por causa do seu desespero, um dos nossos provavelmente morreu! Isso aqui não é nenhum jogo para você fazer o que bem entender, leia a situação! Não vou deixar mais ninguém morrer, não de novo!

    A garota exclamou, fazendo

    Cletus ficar assustado. Saori ficou frustrada com a possível morte de Dante, não era certo dizer que estava completamente triste, mas lamentou um pouco pelo garoto. Depois disso, ela se virou para o resto do grupo, e disse:

    — Vamos logo, sigam-me e minhas instruções, assim ninguém irá morrer novamente.

    Saori saiu andando com passos acelerados. Todos no local ficaram surpresos. À primeira vista ela era só uma garota tímida, mas essa visão do grupo foi totalmente quebrada.

    “O que há com essa garota? Isso me surpreendeu bastante… Bem, vai ser útil se ela sabe lutar, mais daquelas criaturas podem aparecer por aqui, é bom ter ela.” Ivon pensou enquanto seguia a Saori.

    Enquanto isso, Dante acordou na dimensão denominada de Quarto da Deusa da Cura. O garoto acordou e se levantou rapidamente.

    — Ei, Sabedoria! Que droga foi essa? Por que me mandou para a morte certa? Você não tinha falado nada sobre isso estar no plano!

    “Foi o melhor jeito que eu encontrei para poder parar o demônio quadrúpede, até porque o resto do seu grupo parecia que não iam fazer muita coisa…”

    — Mas você me levou pra morte… Ainda lembro da sensação de bater a cabeça no chão, após cair daquela altura!

    “Perdão, mas foi o melhor jeito que eu encontrei.”

    — Fala sério? Desse jeito posso acabar perdendo a confiança em você!

    “Não fale essas bobeiras por favor.”

    Dante expressava raiva em sua fala, após a sua fonte de conhecimento o levá-lo para morrer. Parando essa parte, o garoto se levantou e foi em direção à esfera de poder da Deusa da Cura, e assim ele renasceu novamente.

    O garoto se viu deitado em um chão duro. Ele se levantou rapidamente, e percebeu o celular jogado no chão.

    — Ahn? Ele… está sem nenhum arranhão? Mesmo caindo de uma queda dessa altura? Incrível! 

    Não importava muito, pois Dante simplesmente ligou a lanterna do aparelho, e olhou em volta.

    “Será que eles ainda estão ali?”

    Dante botou a palma das suas duas mãos ao lado de sua boca, e gritou.

    — Ei! Ei! Vocês ainda estão aí? Eu não morri não!

    Ninguém respondeu ao seu chamado.

    — Será que eles não me ouviram? — O garoto se perguntou e, em seguida, decidiu gritar novamente — Ei! Alguém? Alguém está…

    — Ninguém vai te ouvir.

    Dante paralisou na hora quando percebeu o dono dessa voz que ressoou do escuro. Ele se virou lentamente, como se estivesse em uma cena de filme de terror. A luz do seu celular acompanhou o seu movimento, iluminando o seu rosto, e um pouco do local.

    Quando virou para o lado, percebeu que um rosto estava saindo do escuro e, aos poucos, estava sendo iluminado pela luz do seu aparelho eletrónico. A face do demônio quadrúpede chegou ainda mais perto dele, ao ponto dos seus rostos estarem à distância de um beijo.

    — Boo — Kaira disse em um tom calmo e sereno em sua voz.

    Os batimentos cardíacos de Dante dispararam rapidamente. Ele deu um passo para trás, mas as suas pernas começaram a tremer, e ele caiu no chão.

    Sua respiração estava ficando cada vez mais pesada. Sua visão estava ficando turva. O garoto estava definitivamente com medo. Dante se arrastou para trás, enquanto estava no chão encarando o demônio.

    Enquanto andava, e iluminava o rosto da besta demoníaca, o besta quadrúpede estava dando passos lentos em direção ao garoto, como se fosse atacá-lo, cena que parecia ter vindo de um filme de terror.

    Dante acabou chegando até a parede do local, e Kaira estava literalmente cara a cara com ele. O garoto decidiu fechar os olhos e esperar o pior.

    — Vocês são muito idiotas. — De repente, o demônio se afastou do garoto e se deitou no chão, da mesma forma que os cachorros fazem, e fechou o olho, como se estivesse tentando dormir.

    Dante vendo isso ficou confuso com toda a situação, mas estava ainda muito assustado para falar qualquer coisa.

    — O que foi? Já disse que não irei matá-lo, o mestre não permitiu — A criatura disse em um tom sincero.

    — Quê? E como posso ter certeza que você não está tentando me enganar?

    Dante perguntou enquanto se levantava e apontava o dedo para o demônio.

    — …Se eu quisesse te matar, já teria feito isso a muito tempo — Kaira disse com um tom sério na voz e um olhar afiado, isso fez Dante ter um nó na garganta, e engolir seco aquelas palavras — Aliás comer humanos é muito nojento… é tipo comer baratas. Prefiro coelhos.

    — I-Isso foi muito grosseiro! Não compare a gente com baratas! — O garoto exclamou indignado com a comparação do demônio.

    — Estou mentindo? Vocês humanos matam uns aos outros, criam guerras. Realmente não curto comer humanos, acho nojento, mas isso é bem incomum entre as bestas demoníacas.

    — …Entendi… Por falar nisso, você realmente não vai me atacar, né? — O demônio olhou para Dante, e só suspirou.

    — Não tenho motivos para isso, além do mestre ter proibido matar alguém. O mestre é uma pessoa incrível e respeitável!

    “O-O quê? Como um sequestrador pode ser alguém respeitável?” Dante se perguntou, enquanto coçava a cabeça.

    — Ei, poderia me falar tudo sobre o seu mestre?

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