Arco 2: Capítulo 33 – Farra no Bar
Seis meses se passaram. O homem que sempre mostrava um semblante alegre e divertido em seu rosto, estava demonstrando um de completa tristeza. A sua farmácia, estava sendo administrada pela sua aprendiz nesse meio tempo.
— Calma, Raia. Por favor, tenta-se acalmar um pouco? Você já bebeu nove, mandou para dentro a minha bebida mais forte. Se continuar desse jeito, é capaz de acabar desmaiando.
— Ah… qua… qual é? Dei… deixe-me afogar um… pouco as mi… nhas… mágoas — O homem falou enquanto soluçava e parecia cada vez mais inlucido.
Esse local onde Raia estivera era um bar. O estabelecimento estava localizado em uma de algumas outras partes pobres e perigosas do reino, as favelas.
Bem, dizer com 100% de certeza que as favelas em geral era um local perigoso só passava de presunção. De fato o local não seria um dos mais seguros do país, mas em certas partes do local eram bem seguras.
Mas isso não era desculpa pra dizer que o local não tinha muito perigo, já que guardas não ligam muito para essa parte mais pobre do reino, fora bem fácil achar um cadáver de vez em quando, e não ter um culpado definido.
Enfim, essa favela era uma que ficava próxima à capital, consequentemente, uma das mais famosas do país.
Esse tipo de local também era conhecido por outras coisas além da pobreza e violência, tinha bastante roubos e prostituição também.
O bar onde Raia estava, era bem quieto e silencioso ao dia, mas quando chegava a noite, o lugar era bastante movimentado.
Apesar de bem precário e um pouco sujo, todos os clientes estavam se divertindo e falando um monte de bobagens lá, poderia até se pensar que estaria rolando uma festa.
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— Ah! Droga… — reclamou o gerente daquele bar ao ver que Raia acabou desmaiando — Eu te disse, moleque…
O balconista, que também era gerente do lugar, era um cara alto, mais ou menos de 2m de altura. Além disso, ele era completamente musculoso e amedrontador, com certeza ninguém iria querer tentar puxar uma briga com esse homem.
Um dos motivos dele ser tão alto, era porque aquele homem pertencia a raça dos gigantes.
Diferente do que o nome dizia, os gigantes não eram uma raça de pessoas colossais ou algo do tipo, essa espécie era conhecida com esse título pela sua altura e força extraordinária, mas não era nada como um prédio de dez andares.
Mas também não era possível se achar algum gigante de 1,60 de altura.
Os gigantes também eram conhecidos pelas suas forças, essa raça era muito mais forte do que um humano comum. Inclusive, essa espécie tinha um grande parentesco com a raça humana.
Mas, enfim, o gerente que se chamava Acrux pegou Raia e o levou para os fundos do estabelecimento. Nos fundos, havia um lençol no chão e, sobre ele, tinha um travesseiro.
Por fim, o gigante deixou o farmacêutico deitado sobre aquele grande material feito de tecido.
— Ai, moleque. Quanto mais vou ter que lidar com você desse jeito? — disse o gigante frustrado e com um tom de pena em sua voz — Enfim, terei de voltar antes que algum daqueles irresponsáveis quebrem alguma coi…
Sua frase foi cortada no exato momento em que um som estrondoso de algo feito de vidro caindo no chão expandia no local.
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— Foi mal aí, senhor Acrux!
A voz despreocupada de um homem também expandiu no local. O rosto do gigante ficou completamente vermelho de raiva e uma veia apareceu em sua testa. Com ódio, o homenzarrão gritou enfurecido:
— Ô, seus filhos de uma prostituta mansa! Já falei para não quebrarem nada!
Ele saiu da sala fechando a porta com brutalidade, quase quebrando ela. Algumas horas se passaram, e Raia havia acordado vomitando por causa do excesso de álcool.
De todos do local que viviam na pobreza e sendo julgado pela sua classe social, o farmacêutico era o único que demonstrava uma cara de tristeza. A face triste em seu rosto era tão nítida, que parecia que o rapaz estava morto, ele parecia um zumbi.
Só se passaram duas horas desde o seu desmaio e, para a infelicidade do gigante, a farra e a curtição não haviam acabado, pelo contrário, parecia ter aumentado.
Raia se levantou do chão, e andou até a saída cambaleando. Quando abriu a porta, quase foi acertado por uma cadeira que algum bêbado jogou no local.
— Não jogue as minhas cadeiras! Seu zé bostinha!
Frustrado com a situação, Acrux gritou com o homem bêbado que tinha jogado a cadeira, inclusive, o homem estava tão fora de si, que estava tirando a roupa.
Raia não ligou muito para o que estava acontecendo. A visão do farmacêutico estava turva e ele estava com enxaqueca, além de ter se segurado na parede, para não cair no chão. Acrux viu ele nesse estado, e o levou até uma cadeira, de um jeito cuidadoso.
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— Aqui, rapaz — falou o gigante enquanto oferecia um copo de água para o rapaz à sua frente — Isso vai ajudar a você acordar.
— Ahn? O-Obrigado…
Raia aceitou o copo de água sem fazer hesitar. Bebendo o líquido o homem conseguiu ficar um pouco lúcido. Após beber, ele botou o copo no balcão.
— …Ei, posso te fazer uma pergunta? — O farmacêutico perguntou para o gigante.
— Claro, sem problema algum — O homenzarrão respondeu.
— …Por que… você está me ajudando e sendo tão gentil comigo? Com um fracassado que nem eu, que fica de luto sempre. Por que às vezes você me deixa ficar aqui e não cobra por eu beber?
O homenzarrão ouvindo isso, coçou a sua cabeça. Ele não parecia ter a melhor resposta em sua língua para dizer.
— Sei lá, porque… porque sim? Eu acho? — O gigante falou enquanto pegava o copo que Raia deixou no balcão e, em seguida, um pano.
— …Não foi uma resposta tão boa assim… mas, pelo menos, é alguma coisa.
O homenzarrão só queria ajudar o rapaz, talvez por pena, ou por outro motivo, mas não tinha nada malicioso em sua mente, indicando que suas intenções eram puras.
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Raia não teria como saber algo do tipo vinda dele, pelo menos no estado em que estava, mas ele queria acreditar nisso.
— Mas, olha, Raia. Não é porque você perdeu a sua família e está de luto que isso lhe torna um fracassado. Todos tem um jeito de lidar com esse tipo de fardo, você só tem que achar o seu.
Disse o homenzarrão enquanto limpava o copo que o farmacêutico bebeu com um pano.
— …Certo. Obrigado, acho que já estou indo — Raia disse se levantando do banco onde estava.
— Certo. Boa noite, garoto. Cuidado lá fora.
— Sim, boa noite.
Ele saiu do local e olhou ao redor. O lugar estava muito escuro por causa da noite, e não tinha muita iluminação.
“Que coisa, eu poderia ter pedido um lampião…”
Seus olhos caídos por causa do cansaço, conseguiram visualizar a imagem de duas mulheres com roupas questionáveis indo até uma casa juntas de um homem.
“Prostitutas, provavelmente.”
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Ele partiu rumo a sua casa, que ficava um pouco longe do local. O lugar fedia a lixo, e era possível ver alguns moradores de ruas dormindo em becos. Passando por um dos becos, o rapaz é puxado por alguém para dentro do local.
— Boa noite, rapazinho.
Era uma mulher incrivelmente sensual, com uma voz elegante, cabelos lindos e lisos e um corpo esbelto, que estava segurando um lampião. Raia vendo aquilo respondeu:
— Desculpe, mas não tenho dinheiro e, também, mesmo você sendo do meu tipo, não estou capacitado nesse momento.
— Então você é broxa?
— Eu nunca disse isso.
— Huh, mas que início de conversa mais esquisito, e me sinto um pouco chateada por você achar que sou uma vagabunda.
Raia franziu as sobrancelhas com essa fala dela.
— Muito prazer, meu nome é Sophia Gharhael.
Ela falou estendendo a mão e com um enorme sorriso no rosto.
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— Meu nome é Donron Raia… muito prazer, eu acho.
Ele cumprimentou ela com um aperto de mão.
— Então, o que você quer, moça?
— Não é como se eu quisesse alguma coisa, mas tem alguém que me contratou para te achar, por algum motivo.
— Te contratou? Quem?
— Ele não me revelou o nome, onde eu deveria lhe levar.
O homem achou isso bastante estranho.
“…Quer saber? Que se dane, não é como se tivesse algo a perder mesmo… caso eu morra hoje, talvez seja bom.”
Com esse pensamento, ele concordou ir com a donzela à sua frente, e os dois penetraram cada vez mais na favela. Após alguns minutos andando, Raia disse:
— Aí, desculpe por te lhe confundido com uma prostituta, senhorita. Talvez isso tenha sido rude.
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— Tudo bem, acontece — ela disse de forma graciosa.
Após andarem por mais um tempo, eles pararam em um beco sem saída. O rapaz franziu a testa, e perguntou:
— É aqui?
— Segundo aquele homem, sim. Bem, mas agora eu terei de me retirar — A mulher disse enquanto dava um grande salto.
O salto que ela deu, fez a mesma subir em cima do muro, e isso deixou Raia boquiaberto.
— Tchau, tchau.
E a moça de corpo esbelto foi embora.
“…Sinto que o nome dela era familiar…”
— Boa noite.
O pensamento de Raia acabou sendo cortado por uma voz masculina vinda de trás dele.
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— Boa noite… Você é quem queria me ver? Quem é você?
O homem que estava a frente do rapaz, estava usando um longo manto com capuz e, por isso, era impossível ver seu rosto, e a escuridão contribuiu com isso.
— Que tal… você me chamar de Rei Demônio, por enquanto?
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