Índice de Capítulo

    Raia franziu as sobrancelhas ao ouvir a declaração do homem à sua frente. Ele incrédulo, perguntou:

    — Rei Demônio? O que é isso? Um pseudônimo?

    O homem riu com a pergunta de Raia, e respondeu:

    — Pense o que quiser sobre isso. Donron Raia, poderia me responder uma pergunta? Você sabe o que são demônios?

    “Pelo visto ele sabe meu nome…” O rapaz ficou bastante surpreso por esse fato, mas decidiu ignorar.

    — Demônios… são criaturas fictícias, não?

    — Para a infelicidade da humanidade, você está completamente errado.

    Raia engoliu seco o que ele disse e, por algum motivo, isso lhe deu um calafrio.

    — Tá bom, mas o que isso tem a ver com toda esta situação? Por que você está me dizendo isso e o que quer comigo?

    Ele reclamou com todas as suas forças naquele momento, batendo o seu pé contra o chão.

    — Digamos que eu possa lhe ajudar a trazer a sua família de volta à vida.

    Raia congelou ao ouvir a resposta do tal Rei Demônio. Com passos acelerados, ele avançou no homem encapuzado e o levantou pelo colarinho.

    — Não brinque comigo! Não é possível trazer pessoas à vida… né?

    — …Eu falo bem sério, é você o único aqui que está brincando.

    O rapaz franziu as sobrancelhas ao ouvir o comentário do homem. O Rei Demônio segurou o pulso de Raia com violência, fazendo o homem sentir um senso de perigo.

    — Posso quebrar seu braço aqui e agora, caso eu aperte. Me solte, agora.

    Raia engoliu seco as palavras frias daquele homem, ele não soube como poderia reagir. As mãos geladas do Rei Demônio aos poucos estavam apertando cada vez mais o pulso do farmacêutico.

    Foi quando Raia decidiu obedecer aquele à sua frente. Então, o rapaz soltou o homem encapuzado.

    — Tudo bem, desculpa aí… — Raia disse enquanto encarava o encapuzado — Espera um pouco…

    O farmacêutico parou para pensar um pouco, e tentou ligar os pontos.

    — Você por acaso… está me dizendo que os culpados pela morte da minha esposa e filha foram esses tais demônios.

    Na cabeça dele poderia ser a única resposta válida, e como eram criaturas que nunca foram vistas até então, poderia explicar o culpado nunca ter sido achado, essa foi a linha de pensamento do farmacêutico.

    — Eu nunca disse isso.

    Essa não foi a resposta que Raia queria ouvir, é claro que nenhuma seria uma boa resposta, independente de mencionar ou não o culpado, até porque o rapaz não poderia fazer nada.

    Ele não tinha nenhum tipo de força para combater um demônio ou qualquer outro assassino.

    — Então por que…

    — Então porquê eu te falei sobre demônios? — disse o encapuzado cortando a frase do farmacêutico — Simples, porque sou o Rei Demônio, o lorde dos demônios.

    Raia só conseguiu suspirar profundamente e se sentar no chão com a resposta sem sentido do encapuzado.

    — Então, você aceita o que tenho para falar? Prometo que vai adorar.

    Uma sobrancelha do rapaz se levantou com a pergunta do encapuzado, indicando dúvida. Não era como se ele tivesse alguma coisa a perder naquele momento, era isso que Raia estava pensando. Então, o homem se levantou e respondeu:

    — Tudo bem, o que seria a sua proposta?

    Não foi possível ver, mas o Rei Demônio deu um grande sorriso com a afirmação do rapaz.

    — Eu lhe explico um método usando ciência de um lugar distante chamado Japão. Na verdade, acho que esse tipo de tecnologia é bem avançada para esse local.

    — Japão? Nunca ouvi falar…

    Raia ficou bem pensativo quando ouviu falar no Japão pela primeira vez.

    — Mas eu quero algo em troca.

    Ele ficou ainda mais pensativo quando ouviu isso. “Bem, não imaginava meio que tudo seria de graça, né?”, foi o que Raia conseguiu pensar no momento.

    — Preciso que você não deixe ninguém encostar na Muurgon.

    — O que seria esse tal de Muurgon?

    — …Te explico mais tarde. Então, aceita?

    O rapaz não estava convencido em 100% que poderia trazer a sua esposa e filha a vida, mas ele decidiu acreditar no encapuzado. Com um aperto de mão, um pacto foi criado.

    O plano do encapuzado consistia no seguinte: Raia teria que capturar mulheres e crianças para experimentos. Segundo o encapuzado, essa era a única forma de trazer a sua família de volta.

    — Onde estamos?

    — No seu local de trabalho.

    Eles estavam dentro de uma caverna bem escura e extensa. Como fonte de iluminação, o encapuzado estava segurando uma tocha. Os dois chegaram em uma parte do local que tinha uma porta na parede.

    “Por que tem uma porta no meio de uma caverna?”

    Raia se perguntou. Após isso, o Rei Demônio abriu a porta, e se pôde ver um grande local, cheio de cápsulas e várias outras coisas referentes a usos científicos.

    — Uau! — Raia esboçou uma grande surpresa pelo local.

    Ele andou enquanto olhava aos arredores, sem prestar a atenção em onde estava pisando. De repente, o rapaz acabou esbarrando em algo à sua frente, e caiu no chão.

    — Ai, ai, ai… Ah… Aaaaaaah!

    O que ele olhou, o fez se afastar cada vez mais. O farmacêutico viu uma criatura quadrúpede e peluda. O homem virou o seu rosto para o lado, e percebeu uma outra criatura peluda e assustadora.

    — Mas que porcaria é essa?

    — Não se preocupe, jovem. Essas são só as minhas bestas demoníacas — disse o encapuzado.

    — Be-Bestas demoníacas? Demônios? Que medo!

    O Rei demônio pareceu ter ficado um pouco frustrado com essa reação do farmacêutico, e disse:

    — Não se preocupe, eles dois vão trabalhar para você, como se fossem escravos.

    — Ahn?

    As bestas demoníacas se aproximaram de Raia, e curvaram-se para ele.

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