Arco 2: Capítulo 36 – Uma Criatura Bizarra e Torta
Em paralelo aos acontecimentos da caverna e da história de Raia.
A noite junta do frio reinava naquela nação. Fazia um tempo desde que Dante acabou sumindo dos olhos do súcubo. Alice estava sentada na cama atrás de Freya, penteando os cabelos da pequena escrava.
“Quando será que o Dante vai voltar?” A garota se perguntou.
Uma vaga lembrança passou pela cabeça de Alice. Nessa lembrança, Rishia estava perguntando onde estava Dante, ela estava à procura do garoto. Ironicamente, isso aconteceu depois que ele saiu correndo da brincadeira de neve. Ela suspirou e disse:
— Parece que aquele garoto não vai voltar tão cedo… Parando para pensar, a Yuri também desapareceu… é tipo cachorro, some e volta, mas não sei se uma raposa seria seu companheiro para a vida toda — falou em um tom sonolento.
— O quê? A senhora está preocupada com o senhor Dan… o senhor mestre Dante?
— “Senhor mestre”…? Bem, é que se ele acabar morrendo, eu serei a única pessoa para cuidar de você — disse em um tom brincalhão.
— Isso não é uma forma meio cruel de se pensar…?
— Não sei o que dizer, só estou com sono.
Flora estava entediada no local. Sem muito o que fazer, decidiu comentar sobre o que aconteceu na manhã desse dia.
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— Hoje foi bastante divertido, né? Mesmo com o frio, conseguimos aproveitar. Brincamos de guerra de neve e fizemos bonecos.
A súcubo deu uma pequena risada com o comentário, e acenou positivamente com a cabeça. Alice acabou de pentear o cabelo da escrava, se levantou da cama e falou:
— Que tal irmos dormir? O dia de hoje foi cansativo e divertido.
Flora voou até a gola da camisa de Alice e entrou entre seus peitos.
— Estou de acordo — falou a fada.
Freya parecia estar um pouco incomodada enquanto a isso, e Alice percebeu essa sua atitude.
— Ei… senhorita Alice… — disse a escrava em um tom tímido enquanto esfregava as mãos uma na outra — O senhor mestre Dante não está aqui… eu posso dormir junto de você?
Ao falar a garota acabou se encolhendo. Alice só deu um sorriso e respondeu positivamente.
— Sem problemas. — A escrava sorriu alegremente com a confirmação da súcubo.
Algumas horas se passaram, e todos estavam dormindo. Freya estava murmurando enquanto dormia, até que acabou acordando.
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— Preciso ir ao banheiro — disse ela de forma sonolenta enquanto coçava o olho.
Ela se virou para Alice e levou as mãos lentamente até a garota dormindo ao seu lado, com o intuito de acorda-la. A garotinha, repentinamente, desistiu de tentar acordar a súcubo, e pensou:
“Não posso acordar a senhorita Alice por um motivo tão bobo assim.”
A garota se levantou da cama e andou lentamente em direção à porta. Abrindo ela, a garotinha desceu as escadas da hospedaria e se deparou com um local vazio e totalmente escuro.
Porém, tinha duas únicas coisas que estavam iluminando o lugar, e era a luz da lua que vinha das janelas e da porta aberta. Freya ficou com uma pulga atrás da orelha, do porquê a porta estivesse aberta a aquela hora da noite.
No campo de visão da garota, era possível ver um pouco da porta e da luz da lua. Chegando mais perto, ela viu algo que a deixou com brilhos nos olhos.
— Uau, um lobinho!
Era um lobo que estava sentando em frente a porta, observando com calma a lua.
— Mas por que tem um lobo aqui? — Freya foi para mais perto do animal que estava em paz e tranquilidade.
— Ei, ei! Você quer ser meu amigo? Me chamo Freya. O mestre pode adotar você! — Freya disse alegremente enquanto se aproximava do animal.
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De repente, o lobo começou a fazer grunhidos, algo que fez uma sobrancelha da escrava se levantar. Repentinamente, começou a surgir sons de ossos se quebrando vindo do animal, enquanto ele, aos poucos, se levantava em duas patas.
Inesperadamente, seu corpo começou a se deformar, e ele cresceu enquanto fazia sons perturbadores.
Enquanto crescia, deu-se a forma de um homem desnutrido sem olhos, sem orelhas e sem nariz, tudo que tinha era uma boca com dentes afiados como cacos de vidro.
Aos poucos, a forma humanóide se expandia cada vez mais, e era mais visível a sua aparência e roupa que estava vestindo. Um homem desnutrido usando um terno preto junto de uma cartola da mesma cor e uma bengala, também da mesma cor.
Também não era possível esquecer de sua face, que a única coisa presente era uma boca ameaçadora e dentes afiados.
— Olá, criancinha. Quer brincar com o Homem Torto aqui?
Sua voz era algo ainda mais amedrontador, era algo um pouco robotizado, como se uma caixa de som de um animatronic estivesse quebrada, a forma em que falava, fazia parecer que estava repetindo as suas falas ou algo do tipo.
E, também, a voz não era grossa como a de demônios em filmes. O tom em que falava era bastante brincalhão, não de um jeito bom, era uma mistura de brincadeira e sarcasmo.
Vendo toda a situação, Freya ficou paralisada. A garota segurou fortemente a sua bexiga, virou-se para trás e disse:
— Tenho que voltar a dormir, moço… até mais.
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Em seguida, ela saiu correndo.
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