Arco 2: Capítulo 38 – Preces
Kaira contou a história de seu mestre para Dante. Claro, foi uma da visão dele de entender a vida de Raia e o que tinha acontecido em seu passado.
O demônio não sabia muita coisa sobre a relação da relação de seu mestre e o Rei Demônio, e nem de como se conheceram.
A única coisa que Kaira contou para o garoto foi a história de Raia, desde sua vida como farmacêutico até a morte de sua família, e alguns detalhes sobre o esquema de sequestro.
Infelizmente para Dante, Kaira não sabia de mais nada tirando o que ele já contou, não sabia como Raia e o Rei Demônio se encontraram, e não sabia muita coisa sobre esse auto intitulado “Rei Demônio”.
Não era muita informação para o garoto Katanabe, mas ele pôde entender a base. Dante ficou levemente incomodado com essa história, e isso se deve ao fato do garoto pensar de mais no assunto.
— Entendeu, Katanabe?
— …Sim…
Ele pensou: “Esse tal Raia fez algo insano para proteger a sua família, enquanto eu nem dei um funeral decente para meus irmãos”. Esse pensamento estava impregnado em sua mente.
Por algum motivo, o qual Dante não entendeu o porquê de ter sentido só naquele momento, o garoto estava sentindo-se um lixo.
Ele não estava entendendo o porquê de ter sentido essa sensação só naquele momento, a sensação de não ter feito pelo menos o mínimo. Talvez a história que ouviu deu um choque de realidade em seu cérebro.
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Dante começou a pensar na noite antes de chegar em Kuyocha. Ele pensou que poderia ter feito um funeral para a sua família, mesmo que seus corpos tenham sido reduzidos a pó. O garoto poderia ter feito um funeral com algo que era importante para eles.
Talvez se ele tivesse acordado mais cedo naquela noite pudesse ter salvado a vida deles.
Esses pensamentos estavam rondando a cabeça do jovem. Ele não estava concentrado em mais nada além desses pensamentos.
— …Nabe …nabe.
Dante não estava prestando atenção em nada além da sua própria mente.
Porém, ele sentiu que alguém o estava chamando. Todos os seus sentidos estavam desligados naquela hora, era como se estivesse em um sono profundo e, com certeza, se ele levasse algum ataque ou batesse em alguma coisa, iria demorar para perceber.
— Katanabe!
Todos os seus sentidos foram retomados com o grito do demônio quadrúpede.
— Ahn?! Ah, oi… oi?
— O que houve? Você de repente ficou calado com uma cara bem séria.
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— Me-Mesmo? Desculpa, fiquei viajando na maionese aqui… Cê disse alguma coisa enquanto eu fiquei assim?
— Não, nada.
— Entendi.
Após isso, um estranho silêncio surgiu no local, não chegava a ser um incómodo. Dante ainda estava incomodado com a história, então, para quebrar o silêncio, decidiu fazer uma pergunta.
— O que você faria… se sentisse ter a obrigação de fazer algo, e teve a oportunidade de fazer esse algo, mas isso não acabou passando pela sua cabeça.
Dante esperou uma resposta vinda do demônio, mas ele só o ignorou. O garoto estalou os dedos, chamando a atenção de Kaira.
— Aí! — Kaira olhou para ele com um olhar de dúvida — Cê tá me ouvindo?
— Espera, era comigo que cê tava falando?
O rosto de Dante ficou completamente pálido e um olhar de indignação surgiu em seu na sua cara.
— Claro! Tem mais alguém aqui?
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— Bem, se formos considerar o grupo que veio junto de você. — Dante acabou de lembrar que a sua equipe achava que ele tinha morrido. O garoto teria que achar uma bela desculpa mais tarde — Desculpe, achei que você estava falando com a raposa
Kaira falou de uma forma tão natural, que acabou assustando Dante. “Ele pensa que eu o quê?”, o garoto pensou isso logo em seguida.
— E por que eu perguntaria algo tão sério para uma raposa? Você é idiota?
— Você parece esse tipo de pessoa. O tipo de pessoa que acharia legal conversar com os animais.
Dante desistiu de argumentar com o demônio depois desse seu comentário, o que Kaira falou, não era uma mentira, o garoto não desgostava dessa ideia.
— Enfim, você me fez uma pergunta, né?
— Só me responda logo de uma vez…
Kaira pareceu ter pensado um pouco na melhor resposta para se dar.
— Bem, não sei dizer, acho que faria no exato momento em que tivesse uma nova oportunidade.
— Sério?
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Dante pensou um pouco sobre o que poderia fazer. O problema era que ele não estava mais no Japão, e com isso não poderia de qualquer forma fazer uma homenagem decente. Uma ideia brotou em sua cabeça, e seria algo que o garoto nunca imaginou fazer.
Ele fez uma prece. Juntando as palmas das suas mãos, o garoto pensou:
“Caso eles estejam em uma nova vida, espero que estejam felizes… Himawari, ou qualquer outra deusa que tenha lhes atendido, obrigado… eu acho.”
O demônio quadrúpede começou a acelerar o passo. Com isso, o garoto teve que se segurar com um pouco mais de força em sua pelugem.
“Dante.”
De repente, sua atenção é chamada pela Sabedoria.
“O que foi?”
“Manda Kaira parar um pouco.”
Dante ficou ainda mais confuso com essa ordem. Ele olhou para os lados vendo se tinha alguma ameaça, ou algo que justificasse esse pedido da Sabedoria.
“Por quê?”
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“Só faça.”
“Certo…”
Ele deu uns tapinhas leves na cabeça da criatura e o pediu para parar. Kaira ficou confuso quanto a essa ação, mas não era como se fosse algum problema. Eles pararam no corredor da caverna. Dante olhou em volta mas não viu nada.
“A parede à sua esquerda.”
Ele se virou imediatamente para aquela parede feito de pedras. Dante saiu de Kaira e andou em direção ao muro.
“Soque-o com força.”
Dante ficou ainda mais confuso com isso, mas decidiu obedecer. Antes dele socar a parede, o garoto tirou o seu moletom e o enrolou em sua mão.
“Não quero machucar a minha mão…” Ele pensou.
Então, Dante socou com força a parede. Ele não sentiu a dor que sentiria por socar um muro feito de pedras com a mão nua, mas pôde sentir o impacto de seu soco.
De repente, aos poucos, a parede se rachava. Por fim, ela quebrou e um amontoado de pedras caíram no chão. Dante ficou pálido, Yuri surpresa, Kaira boquiaberto e a Sabedoria deu uma pequena risada.
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— Isso…
“Isso mesmo, isso era uma parede fal…”
— Isso quer dizer que ganhei super força?! Será que eu sou o protagonista dessa joça, afinal?! Será que meu poder de protagonista de shounen está finalmente sendo despertado?!
Dante deu pulos de alegria enquanto seus olhos se enchiam de brilho ao perceber a possibilidade de ter ganhado algum poder novo e surpreendente, como os protagonistas de mangá shounen. Porém.
“Não, na verdade, isso era só uma parede falsa que poderia ser quebrada com a sua força atual.”
A Sabedoria deu esse choque de realidade no garoto em um tom não irônico. Infelizmente para Dante, a Sabedoria acabou com a sua chama de protagonista, e os seus olhos perderam completamente o brilho.
— Entendi…
Dante ficou decepcionado.
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