Arco 3: Capítulo 4 – Olden
— Ah, cara… não consigo dormir… mas que merda, hein!? — Algum tempo havia se passado, e o jovem estava totalmente entediado e com poucas forças para fazer alguma coisa — E para piorar, meus olhos estão cansados, mas não consigo dormir… Será que foi por causa daquilo? — Se lembrou de quando havia pedido para apalpar os peitos da Angel, seu Anjo da Guarda. Ele não sabia o porquê daquilo, meio que só pediu.
— Bem, de qualquer forma — falou olhando para a janela — Acho que não falta muito para amanhecer, mesmo ainda estando um breu lá fora…
Pensando bastante, acabou se lembrou de quando havia pedido para apalpar os peitos da Angel, seu anjo da guarda. Isso contribuía ainda mais para não conseguir dormir. O garoto não sabia o porquê pediu aquilo, ele só pediu. Seu olho cansado começou a doer.
— Ah, qual é? — fechando os olhos, ele disse: — Talvez… descansar os olhos seja uma boa opção… — Após fechar seus olhos lentamente, aos poucos, sentiu uma leveza em seu corpo, quase que nunca estivesse cansado. Ele estranhou aquilo, mas decidiu ignorar.
— Ei, ei, ô, carcereiro de gaiola!
Uma voz intensa e repentina insultava o garoto.
“Ah…? Alguém finalmente apareceu e me insulta… Por falar nisso, acho que não perguntei, mas estou em um hospital, né? Foi o único lugar que consegui pensar, hein, Sabedoria?”
O garoto chamou a ex-deusa, ignorando completamente a voz que o chamava.
“Sim, sim, como acertou?” a Sabedoria respondeu.
Dante confirmou seu questionamento com a resposta da ex-deusa, e continuou ignorando a voz insistente.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
— Ei, ô, alpinista de calçada!
“Que grosseiro…”
— Ô, escalador de meio fio! — As ofensas encheram o saco do garoto, e ele finalmente decidiu abrir seus olhos e se levantar.
— Quem é que tá enchendo meu saco?!
Levantando-se em frustração, o garoto viu um local com uma densa névoa. Não dava para ver muito daquele lugar, mas ele ficou extremamente em choque e receoso.
— Tá de sacanagem? Por que essas coisas esquisitas acontecem comigo?!
— Está chamando meu lar de esquisito, hein, seu escalador de meio-fio?!
Dante virou-se para o lado, e se deparou com um ser branco e de dois metros de altura. Ele não tinha um rosto, pelo menos não visivelmente. Essa entidade era toda branca, seria dificílimo vê-lo em um espaço de mesma cor. Essa pessoa estava usando um terno preto com uma gravata vermelha.
— Agora, me escuta aqui, porteiro de maquete… — Esse ser aproximou-se de Dante, fazendo o garoto sair de uma posição de estar sentado, para meio deitado. Após aproximar-se, segurou as bochechas do rapaz fortemente com a palma das duas mãos. Agachou-se e ficou sobre ele — Vê se me escuta aqui, seu merdinha!
Dante estava completamente em choque. Apesar de não parecer, aquele ser estava sendo bastante amedrontador, na verdade, o desconhecido sempre assustava as pessoas e, agora, era algo provavelmente não humano que falava de forma agressiva com ele.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
— Presta atenção, meu consagrado. Eu, a minha pessoa, estava de boa, comendo um pastelzinho, tomando uma cervejinha e assistindo as vidas interessantíssimas dos humanos. Teve um maior barraco recentemente, uma briga na escola, foi engraçado pra cacete! Você tinha que ver…! Espera… acho que estou perdendo o foco… Enfim, meio que descobrir que alguém mexeu no que é meu.
Dante tentou se afastar, mas a entidade branca puxou ele de volta.
— Agora me explica… por que, moleque? Por que você mexeu no meu mundo, hein? Mano, você, você, você, você, você, você tem retardo, meu?
— Se-Seu… mundo?
— Você sabe muito bem do que estou falando. Tô falando do mundo que estava sendo reconhecido como um continente no seu mundo.
— Espera, você é o dono deste mundo…? Um deus? Um demônio?
— Nem, eu sou eu. Mas me fale, por que você fez isso? E como?
O garoto rapidamente se lembrou do seu primeiro encontro com a ex-deusa. Com isso, ele decidiu explicar que tudo isso foi ideia da Sabedoria.
— Foi a deusa!
— Deusa?
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
— Sim, a Sabedoria!
— A ex-deusa…? Tá, e como você fez algo tão difícil? Mesmo com ela sendo sua mandante, isso não seria algo tão fácil.
Nesse momento, uma enorme confusão surgiu em Dante. Palavras como: “como você fez algo tão difícil”, simplesmente passaram por ele como se fosse uma pergunta idiota. Mesmo que levar uma parte de um mundo não fosse uma tarefa que parecia tão fácil, foi ironicamente e estranhamente fácil por parte do garoto.
— Difícil? Mas foi easy.
O ser branco ficou ainda mais confuso que Dante, e perguntou:
— Como assim, easy?
— Ah, easy significa…
— Eu sei o que significa! Mas não estou entendendo como você acha que essa tarefa foi mel na chupeta.
— Ah, bem…
Após o garoto explicar melhor tudo o que aconteceu, aquela entidade estranhamente e compreensivelmente entendeu a situação, e saiu de cima de Dante.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
— Certo, acho que entendi… Cristal… cristal… cristal… Rei demônio…
O ser ponderou todo o rio de informações que recebeu, seu cérebro estava se afogando em pensamentos. Enquanto isso, o garoto levantou-se do chão e observou melhor o local. Não parecia ter nada além daquela névoa, essa era uma suposição que só o dono do local poderia desmentir. Dante decidiu tomar rumo à conversa, dessa vez, com um assunto diferente.
— Onde eu estou? Que lugar é este? E o mais importante, quem é você?
No entanto, o ser branco não ouviu o que o garoto falou. Seus pensamentos ainda estavam por cima, era a única coisa que pensava naquela hora.
— Ei!
Dante gritou com aquele ser. A entidade finalmente ouviu o chamado do garoto, e perguntou:
— É mesmo, cê ainda tá aí, acabei esquecendo… Que tu quer, moleque?
Incrédulo com o que ele disse, passando a impressão que sua existência era quase inexistente, o menino disse para o ser de altura superior.
— Quem é você, pô?
— Ah, eu sou Tiririca — falou enquanto dava uma uma risada — Brincadeiras à parte, me chamo Olden. Prazer, Katanabe.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Com o pronunciamento do seu nome de família, Dante ficou receoso.
— Então você sabe quem eu sou?
— Ué, claro! Como tu acha que te localizei?
— Tá, tá. E que lugar é este?
Olden olhou para o lugar em volta, e respondeu:
—Meu lar, eu acho?
Essa resposta era bem simples. O garoto acabou percebendo que seu corpo estava mais leve enquanto estava naquele local.
— Tudo bem, desculpe o incomodo. Irei te levar de volta para sua consciência. — Em um estalar de dedos, Olden havia retirado o garoto de seu lar — Acho que irei ver pessoas tendo um dia ruim hoje.
Após esse encontro completamente estranho e inesperado, Dante havia acordado na mesma cama que estava anteriormente, mas, dessa vez, seus olhos não estavam mais doloridos ou sonolentos. E, também, a luz que o sol fazia, para iluminar o dia, era bastante visível.
“O que foi isso? Quem era aquele cara…? Espero que não seja uma ameaça…”
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Uma criatura não humana e de dois metros de altura era bastante intimidador pra alguŕm tão fraco quanto Dante.
— Ah, pelo visto você acordou… — Dessa vez, a voz que acabara de falar com o garoto, era uma feminina. Dante olhou para o lado, e viu uma mulher adulta vestida de enfermeira. Ela tinha cabelos pretos e também um tapa-olho no seu olho do lado esquerdo do rosto. A garota também estava com um cigarro na sua boca.
Ela estava sentada em uma cadeira ao lado de Dante, com as pernas cruzadas. Com os dois dedos, tirou o cigarro de sua boca e expeliu a fumaça na cara do garoto.
— Eai? — a mulher disse.
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.