Arco 2: Capítulo 43 – A Mulher dos Esgostos
— Há muito tempo, na época do primeiro rei e rainha, residia nos esgotos da capital uma mulher chamada Astaroth.
Se deu início uma conversa entre Dante e Rishia para responder a pergunta que o garoto fez anteriormente. Eles estavam voltando para a hospedaria enquanto a garota contava sobre essa história —, os dois estavam sozinhos.
— Não se sabia muito sobre Astaroth, nem sobre sua idade. Só se sabia que era uma uma nobre que foi abandonada por seus pais, aparentemente, pela sua feiura.
Um caso de preconceito pela aparência do próximo, isso devia ser muito comum nos tempos antigos, pelo menos em Schalvalt.
— Em certo dia, ela foi retirada dos esgotos, onde foi abandonada, e sentenciada à morte pelos próprios pais. Eles iriam matar a própria filha pela sua aparência.
— Espera, os pais dela podiam fazer isso? — Dante falou, interrompendo a história.
— Os pais de Astaroth eram nobres com grande poder e influência, então não teriam problemas em fazer isso… Acho que eram a família Elliot, não tenho muita certeza.
Isso fez despertar a lembrança do ex-chefe de Dante, o marquês Chap Elliot.
— Continuando… — Ela limpou a garganta e continuou — O dia da execução havia chegado, e a serra da guilhotina estava afiada. Pessoas estavam jogando restos de comida, fezes e pedras em Astaroth, que estava com o pescoço preso no instrumento de matança.
Tinha cara de ser um conto usado para botar as crianças para dormir.
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Se fosse parar para pensar, seria mais uma daquelas histórias pesadas, mas famosas entre as crianças. Como os contos dos Irmãos Grimm, tipo Pinóquio. Outro exemplo seria Notre-Dame de Paris, mais conhecido popularmente como o Corcunda de Notre-Dame.
Enfim, Rishia continuou esse conto de terror preconceituoso.
— A garota com tristeza em seu coração, foi dominada pela raiva de um jeito assustadoramente sobrenatural. “Eu irei voltar, e depois matarei todos”, profetizou ela antes de perder sua cabeça.
A garota prosseguiu:
— Depois de um dia, uma onda de assassinatos começou a se espalhar por toda esta nação. Era ela, Astaroth havia voltado dos mortos, assim como havia dito, e começaria uma chacina.
— Nossa…! — Dante estava se interessando cada vez mais pela história.
— Só que houve um probleminha. Astaroth decidiu atacar outras nações. Contudo, todos os reinos se juntaram, e tentaram matar ela várias e várias vezes.
O garoto realmente estava ficando bem interessado pela história da garota Astaroth. Dante era o tipo de pessoa que gostava de literatura e lendas urbanas.
— No final, conseguiram matar ela cinco vezes, e depois selaram a garota em um local desconhecido. — Rishia finalizou.
— Então, essa foi a história?
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— Sim, e essa história se chama: a mulher dos esgotos. E, acho que está mais para um conto ou lenda do que algo histórico. Não se sabe se tudo que lhe contei foi real ou não, até porque, o tempo onde se passa essa história é mais de cem anos atrás.
— Entendo…
Dante simpatizou com Astaroth no final das contas. Afinal, a garota foi abandonada e posteriormente morta pelos próprios pais que a rejeitaram. E, também, pelo fato de ambos serem duas pessoas que já renasceram, fez com que ele simpatizasse.
— Sobre essa coisa se reviver, isso meio que se tornou um tabu para os nobres e religiosos, então não recomendo fazer piadas do tipo, alguém não poderá levar na esportiva, entende?
Apesar da história, o garoto achava bobeira evitar falar sobre poder reviver, por causa de uma lenda que nem se sabia ao certo a veracidade.
— Teve gente que já falou que podia reviver?
— Ehhh…
A pergunta do garoto fez Rishia revirar os olhos e fazer uma expressão de: “como posso explicar”. Um exemplo melhor seria um filho de treze anos tentando explicar para sua mãe que engravidou de uma colega de turma com a mesma idade.
— Bem… teve um relato sobre isso, sim… há muito tempo… No fim o cara que disse isso acabou sendo assassinado por algum nobre…
Com essa resposta, Dante segurou-se em seus ombros exclamou:
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— A-Asustador!
— …E como ele não tinha voltado da morte, obviamente era mentira.
Dante percebeu que deveria esconder e escolher muito bem o que fosse falar a partir daquele momento. O garoto não queria morrer por causa de uma lenda.
— Entendi.
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