Arco 2: Capítulo 45 – Finalizamento do Demônio
Alguns minutos antes. Dante, Alice e as demais já tinham ajudado a multidão sair daquele local, agora só faltava eles se salvarem. Ambos estavam escondidos em um beco da capital. O garoto estava visualizando a luta sorrateiramente.
“Merda, alguns foram abatidos… Estão mortos…? Eu não quero ver isso…”
Ele olhou para Saphir que estava muito silenciosa. Seu olhar transmitia bastante medo e um sentimento de culpa. Talvez ela estivesse se culpando por ser enganada pela criatura demoníaca e, com isso, ocasionou na morte de alguns Cavaleiros Reais. Percebendo isso, Dante decidiu cuidar do estado mental da garota mais tarde, aquela não era a melhor hora para aquilo.
“Uma magia de raio seria bem útil…” a Sabedoria disse.
— Por que isso do nada? — Dante murmurou.
“A fada… a fada tem magia de raio negro que pode ajudar.”
— Quê? Pode mesmo?
“Seria bom se vocês fizessem aquele contrato agora… Caso os dois usem a mesma magia, seria ótimo, retardaria o demônio!”
— Okay!
Antes que o garoto pudesse fazer qualquer coisa, ele viu um vulto passando rapidamente em frente ao beco. Espreitando para os lados, mais a fundo, numa, era possível ver mais Cavaleiros Reais chegando.
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“Reforços?” Dante pensou, e ele estava completamente certo.
“Então não preciso me preocupar.” Antes, o número de cavaleiros contra o demônio não era muito alto, porém, o número acabara de aumentar, em vantagem numérica, os Cavaleiros Reais estavam em vantagem.
“Espera, mas será que tem como derrotar algum monstro que se regenera desse jeito? Será que a Angel conseguiria matá-lo…? Não, acalme-se, Dante. Você não está pensando racionalmente agora… Só porque alguém pode se regenerar absurdamente, não significa que ela seja imortal. Estou certo, Sabedoria…? Por favor diz que sim!”
“Bem, errado você não está. O problema é: como derrotar um ser nessas condições…? Talvez, carboniza-lo e espalhar suas cinzas.”
“Você não espera que eu desperte um poder de fogo agora não, né? Isso aqui não é um mangá shounen!”
“Óleo… caso você consiga óleo, e jogar no demônio e, depois, usar a magia de raio negro, ele vai carbonizar!”
“Tá, mas onde eu posso achar óleo?”
“Roube de uma loja do local…! A maioria das pessoas aqui foram embora, ninguém vai notar.”
“…Certo!” O garoto hesitou um pouco, antes de concordar com esse plano.
Enquanto isso, Gharamb estava se vendo cercado pelo dobro de cavaleiros. Aquilo para ele seria uma perda de tempo, o demônio decidiu acabar logo com aquilo.
— Vamos acabar com isso num local fechado?
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Ele esticou seu braço, até onde Dante estava, conseguindo capturá-lo e, de brinde, capturou Saphir e a pequena raposinha que vivia na maior parte do tempo, dentro do moletom do garoto. Após isso, Gharamb deu um grande salto, subindo na hospedaria. O demônio trouxe o seu braço para mais perto de sua visão.
— Qual seu problema…? — Dante perguntou.
— Só estou cumprindo as ordens que foi dada ao mestre.
— Rei Demônio?!
— As ordens que o mestre recebeu foram sim do Rei Demônio, então podemos dizer que sim. Eu só tenho que te matar… Vamos fazer isso naquele vilarejo.
Ele começou a pular de telhado a telhado. Os cavaleiros começaram a segui-lo.
— Quê…?! Por quê?
— Não tem um motivo especial, sabe..? Só uma janta.
Novamente aquela história das bestas demoníacas comerem humanos. Talvez os animais enxergassem os humanos da mesma forma que Dante estava enxergando Gharamb: um monstro assustador que quer comê-lo para saciar a sua fome. Tomando consciência disso, o garoto decidiu abordar uma solução mais pacifista, até porque ele não iria querer virar pudim de demônio tão cedo.
— Olha, por que especificamente humanos? Tem vários tipos de carnes por aí, tipo, vacas.
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— Você não tá querendo falar o que devo ou não comer, né? E, afinal de contas, não teria como voltar atrás agora.
“Não colou na base da conversa… nesse caso…”
Dante mordeu violentamente o tentáculo que o segurava, e balançava a cabeça, como se fosse um cachorro furioso.
— Ei, para com isso, seu merdinha!
O garoto não parou, e arrancou um pedaço da pele do tentáculo do demônio.
— Merda! — Gharamb tirou Dante de seu tentáculo e o segurou pelo colarinho com a mão — Tá querendo morrer?!
Com um pedaço de carne ensanguentada preenchendo sua boca, ele exclamou:
— Naum vuou deixar vuocê muatar ninguém!
Tinha pessoas naquele vilarejo que ele passou a gostar nos três meses de convivência na mansão, sem contar o pessoal da mansão. E, por isso, o garoto decidiu agir como um herói. Dante cuspiu o pedaço de carne na besta demoníaca, e continuou.
— Você quer me matar, certo? Não tem necessidade de matar o pessoal do vilarejo!
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— Calado! — O demônio jogou o garoto em direção ao chão.
— Eu vou morrer! — Lágrimas saíram descontroladamente de seus olhos. Ainda não estava acostumado com as suas mortes e, na verdade, talvez nunca fosse se acostumar, era algo muito assustador para ele.
Rishia correu em direção aonde o garoto iria cair e estendeu seus braços. Dante acabou caindo contudo, e acertando a sua cara no peito da garota. O impulso fez com que eles caíssem de forma violenta e desleixada no chão. Em meio a tudo isso, o garoto acabou ouvindo um som de estalo.
— Meu pescoço! — Verificando de forma desesperada se seu pescoço não tinha se quebrado no impacto, ele deu um suspiro aliviado — Não quebrou… ainda bem… — O susto foi tão grande que ele deitou-se sobre os peitos de Rishia e quis desmaiar.
— Dante, sai de cima de mim, pô!
— …Quero não… Isso tudo foi horrível…
O demônio parou em um dos telhados, levantou o dedo do meio, fez questão de apontá-lo, não só para Dante, mas para todos ali, e disse:
— Você gosta daquele local cheio de plebeus e caipiras? Então me encontre lá.
Dante se sentiu intimidado com aquele aviso, e precisava se apressar.
“Qual é? Os demônios são tão gulosos a esse nível?!”
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Flora e Alice chegaram finalmente no local. O garoto pegou a pequena fada com força, quase a esmagando.
— E-Ei, que isso?! — Flora estava ficando sufocada.
— Flora, eu definitivamente preciso de você! —
Após isso, ele foi em direção a major Christine. Segurando o seu ombro, o garoto disse:
— Vi que você é bastante rápida, major!
— …Quê?
Um tempo se passou, e Gharamb havia chegado no vilarejo finalmente. Ele não matou ninguém de primeira, mas começou a intimidá-los. Anteriormente, os habitantes do vilarejo estavam comemorando as suas vidas em seu novo lar. Saphir não podia fazer nada, ela estava presa e com a boca tampada, não que uma criança conseguiria ajudar a enfrentar um demônio forte. Todos os habitantes estavam tentando proteger o seu lar, jogando pedras no demônio.
Ren, que era mais conhecido pelo seu apelido “Larry”, estava ajudando nesse confronto contra o demônio, tirando algumas crianças e bebês, e levando-os para a nova mansão, onde poderiam ficar seguras por um tempo.
“Que coisa chata! Por que isso está acontecendo, hein?”
— Ei, Larry! Acho que essas foram todas! — A demi-humana que por um motivo especial se disfarçava como humana, Chloe, exclamou.
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— Certo!
Enquanto isso, os cidadãos continuavam a sua tentativa de afastar o demônio. Contudo, ele já estava ficando de saco cheio.
— Ahn…?
A criatura sentiu um grande senso de perigo. Virando-se para trás, o demônio viu uma mulher com uma espada na mão correndo em alta velocidade até ele. Sobre as costas dela, havia uma figura familiar.
A moça parou do lado do demônio e enfiou a espada em seu peito, e depois retirou. A mulher em questão era a major Christine, e a pessoa que estava sobre ela era Dante.
Nesse ataque, a besta demoníaca acabou largando Saphir. Dante correu até ela e a carregou no colo para longe.
— Da-Dante…?!
— Cê tá bem, pirralha?
— Eh… sim!
O garoto virou para o lado, e viu a mãe da garota correndo até ela.
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— Saphir!
— Mamãe!
Saphir saiu correndo até a sua mãe, e ambas se abraçaram.
— Certo, agora…
Antes de qualquer coisa, o garoto foi interrompido por gritos.
— Ei, Dante!
Era os gritos de dois de seus amigos e ex-colegas de trabalho, Larry e Chloe.
— Ah, e aí, Larry e Chloe?
— O que tá acontecendo?! — Larry perguntou.
— …Depois explico, agora não é a hora…!
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O demônio se regenerou mais uma vez, e olhou com desdém para Dante.
— Como você veio aqui tão rápido…?!
Dante apontou para a Christine e disse:
— A major é muito rápida, até eu fiquei impressionado!
Essa informação só deixou o demônio ainda mais frustrado com toda a situação.
— Olha cara, só deixe-me te matar! Eu já fiz isso uma vez, por que é tão insistente.
“Eu já fiz isso uma vez” foi uma frase que deixou todos do local confusos, mas só decidiram ignorar.
— Cê tá maluco? Nem em sonho eu vou ceder!
— Vai insistir mesmo?
— Quem quer me matar de verdade é o seu comandante! Ele deve ser tão medroso para mandar um ser como você vir atrás de mim, invés dele próprio.
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O rosto do demônio ficou vermelho de irritação, e brotaram veias em sua testa.
— Vou fazer você calar essa sua boca! — Gharamb correu até Dante, transformando o seu braço em um tentáculo pontiagudo.
— Então, vem! — Com os punhos fechados, o garoto correu até o demônio.
A besta demoníaca estava pronta para desferir um ataque fatal no garoto. Dante, levou o seu punho até a barriga de Gharamb, e deu um soco.
— …Metriuns! — Uma grande rajada de um raio negro saiu do punho de Dante, fazendo com que Gharamb voasse para longe.
Todos, com exceção de Christine, ficaram em choque.
“Incrível!” Chloe pensou.
Dante ficou bastante feliz por ter usado magia pela primeira vez, e começou a comemorar.
— Deu certo! Eu usei magia! O contrato deu certo — ele se virou para Chloe e perguntou — Você pode me arranjar óleo? Pra queimar esse bicho feio!
— Quê? Assim do nada…? Ce-Certo!
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O demônio ficou surpreso, atordoado, com raiva e assustado.
Simplificando, Dante e Flora finalmente fizeram o pacto de sangue. Eles fizeram um contrato em 50%, que consistia em uma parceria inseparável. Com a mana que a fada acumulou em sua box, principalmente por causa do cristal tradutor do garoto, ajudou a soltar uma magia poderosa.
— Só tem esse frasco aqui! — Chloe voltou com um pequeno frasco de óleo, o único que ela achou. A garota jogou o frasco em direção à Dante, e o garoto conseguiu pegar.
— Serve, obrigado.
O demônio entrou em grande fúria. Repentinamente, começou a gritar, e seu corpo começou a crescer em uma velocidade absurda. Com suas mãos gigantes, ele pegou Dante e apertou o seu pequeno corpo, quebrando alguns de seus ossos. Isso fez o garoto gritar de dor, mas não desistir.
Sangue escorria do nariz, dos olhos e da boca do garoto. Ele pegou o frasco de óleo, e jogou o líquido na pelagem do demônio. Apontando com o dedo na parte que foi atingida pelo óleo, como uma imitação de arma, Dante exclamou:
— Metriuns!
Em uma grande velocidade, as particulas de mana se formaram, e transformaram-se em raio negro que atingiu a pelugem encharcada com óleo, e os pelos começaram a pegar fogo.
— O quê?! — O demônio ficou surpreso.
O fogo rapidamente se espalhou pela pelagem do demônio.
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— Maldito! — Gharamb jogou Dante em direção ao chão, que rapidamente foi salvo pela major. O demônio começou a gritar de dor.
O garoto não conseguia respirar, e estava perdendo a consciência por causa da dor. Em contrapartida, a besta demoníaca estava em chamas, sendo queimada aos poucos e, logo, seria reduzida ao pó.
“Isso dói…”
A visão de Dante estava se esvaindo aos poucos, tornando-se tudo uma escuridão. Ele também não estava mais ouvindo nada. Tudo que ele pôde ver antes de desmaiar, era uma figura familiar e com asas, decapitando o demônio, o finalizando.
De volta naquela caverna, no local onde todo o trabalho com criação de pessoas era feito. Um homem encapuzado ia em direção à máquina que Raia usava e, consequentemente, obtém falhas. Com seu dedo de cor pálida e unha grande com uma coloração escura, ele apertou o botão.
— Isso dará certo… mas não sei se a minha pessoa conta nesse quesito.
A máquina ligou. O sangue do garoto, e um de uma pessoa foram puxados para dentro do mecanismo. Dentro das duas cápsulas, uma espécie de uma silhueta se formava, algo parecido com uma forma humana de duas crianças, que tinham a imagem nítida de Dante Katanabe em suas mentes.
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