Arco 3: Capítulo 6 – O Morcego e o Dragão
Nas profundidades de uma caverna, adormecia uma criatura de aparência excepcionalmente assustadora. Sua cabeça deitada escondia seu rosto, e sua solene soneca demonstrava paz em sua mente e alma.
Esse monstro tinha um grande porte: musculoso e alto. Possivelmente, forte o bastante para levantar um caminhão. Também havia asas adormecidas em suas costas — gigantes asas de morcego. Impressionantemente, essa criatura não era uma besta demoníaca, na verdade, não era um demônio em geral.
Apesar de todo o seu tamanho, tanto em músculos quanto em altura, seu ronco não atendia ao que esse monstro parecia ser: uma criatura amedrontador e destrutiva, que faria pessoas se ajoelharem e pedirem misericórdia enquanto molhavam as calças com urina. Ele lembrava um morcego humanoide e, também, as gárgulas que ficam nas catedrais.
O local em que residia estava frio como uma geladeira, mas parecia que isso não o incomodava.
Abruptamente, sons de passos ecoavam pela fria caverna, fazendo o monstro sair de seu relaxante sono e encarar o empecilho que o acordou.
A caverna escura estava sendo iluminada por um inesperado fogo. A cada segundo que se passava, os passos ecoavam mais forte. O monstro ficou frustrado pela interrupção de seu sono, mas, por preguiça, decidiu permanecer na posição fecal em que estava.
Em uma grande entrada na parede da caverna, de onde os passos e a iluminação vinham, um outro monstro surgia no gélido local.
— Boa noite, senhorio. Na verdade, bom dia. Perdão o engano, demorei mais do que devia para chegar neste local, imagino eu. — Fez um gesto nobre enquanto cumprimentava a criatura.
Esse outro monstro, era parecido com os monstros vindos de filmes de terror sobre o halloween. Essa criatura esguia vestia um terno que estava aberto, mostrando sua roupa que estava sob a vestimenta formal. Também usava luvas, uma longa calça e botas de couro.
O que mais chamava atenção na sua aparência, foi sua cabeça, que era literalmente uma abóbora desenhada no estilo de Dia das Bruxas.
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Sua cabeça estava em chamas há pouco, mas foi apagada quando chegou ao seu destino. Essa criatura parecia um espantalho vinda dos filmes de terror.
Uma fenda no teto clareava um pouco do local, onde se iniciaria uma conversa.
— Quem é você? E como ousa atrapalhar a minha soneca? — disse o grande morcego humanoide, sem ao menos olhar para o outro monstro a sua frente.
— Devo-lhe pedir perdão novamente, senhor Morcester — o Cabeça de Abóbora comentou — Porém, queria conversar com você.
— …O que quer? Seja direto.
— Talvez o senhor esteja sabendo disso, mas os dra…
— Vaza.
— Quê?
— Não tenho nada a ver com os dragões. Vaza. Deixe-me dormir.
Dando sua resposta, Morcester fechou seus olhos para continuar a sua glamorosa soneca.
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— Certo… e sobre o Demônio Raposa. — Sua elegante voz chegou perfurando os ouvidos do Morcester, chamando-o a sua atenção e, finalmente, fazendo-o levantar sua cabeça e olhar para quem estava em sua frente.
O morcego humanoide olhou com seus olhos arregalados para o Cabeça de Abóbora, que sempre demonstrava um sorriso.
— Devo me preocupar…? — A ríspida voz do morcego ecoou fortemente pela enorme caverna.
— Soube que ele já está agindo.
— Porcaria… droga… que saco… Certo, ô, Cabeça de Abóbora, darei uma olhada no Demônio Raposa. É isso que você quer, não?
— Certamente. — Acenou positivamente com a cabeça — Mas, meu nome não é “Cabeça de Abóbora”.
— Não perguntei.
— Ah… certo…
Morcester levantou-se e abriu suas gigantes asas, em seguida, batendo voo, em direção aquela fenda que clareava o local.
Agarrando-se no teto, ele espremeu-se para passar pela fenda, e sair da caverna.
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“Eu só queria dormir…” Pensou o morcego humanoide.
Voando pelo céu claro e sobre florestas, ele decidiu seguir seu rumo, porém.
— Ahn?
Um grande monstro voador e com escamas entrou em seu caminho.
— Um dragão… Vaza, se não quiser morrer.
O dragão olhou para a criatura e deu uma sarcástica risada, logo em seguida, dizendo:
— Não me subestime. Minha raça é guerreira! — O dragão usou toda sua velocidade para avançar no Morcester e atacá-lo.
— Perguntei? — O morcego se preparou para lutar.
Com a sua boca aberta, o dragão preparou uma magia de fogo e a lançou.
Os dragões eram seres com alguma ligação com magia, não necessariamente com Kuyocha. Eles podiam usar magia a hora que bem entender, bem, obviamente isso sem sua mana acabar.
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O jato de fogo criado por magia avançou no Morcester, em uma grande velocidade.
O morcego humanoide sugou todo o ar possível no local, fazendo seus pulmões inflarem. Logo após isso, ele expeliu todo o ar em direção ao fogo, em uma velocidade até mais alta do que a da magia. Com isso, fez o ataque do dragão ser completamente anulado.
Vendo que seu ataque falhou, o dragão, com um olhar de desdém, reclamou:
— Maldito. — Ele avançou novamente ao Morcester com sua boca, mas, desta vez, para um ataque físico — Toma! — Exclamou enquanto mordia seu ombro.
— Que idiotice…
A criatura tirou o dragão de seu ombro, e segurou a sua feroz boca com a força bruta. Ele estava abrindo a boca do dragão cada vez mais, até chegar a um ponto que começava a ser preocupante para o monstro com escamas.
A pele de sua boca estava começando a rasgar, e isso causou uma forte dor e agonia ao dragão.
— Quero acabar logo com isso…
Usando de sua força e aproveitando que estava segurando a boca de um dragão, Morcester entrou dentro da criatura escamosa. Dentro de sua barriga, ele destroçou seu estômago, depois os rins e, após isso, usou suas garras para perfurar a barriga do monstro, fazendo suas tripas saltarem para fora.
— Que nojo! — Morcester reclamou do fedor de sangue e carne de dragão que entupiu suas narinas, além de ter se sujado todo.
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Por fim, o dragão acabou despencando do céu, junto de suas tripas e sangue.
— …Preciso de um banho…
O cadáver do já morto dragão colidiu com as árvores, destruindo-as. Uma pequena área da floresta foi atingida e destruída por causa do defunto.
— Os dragões… realmente voltaram, né? — disse encarando o cadáver com cara de nojo, por causa das tripas.
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