Índice de Capítulo

    Cayena voltou a tirar suas luvas.

    Logo, os olhos de Rezef correram sobre seus braços e pulsos suaves.

    Escutei que no primeiro sequestro, a parte superior do corpo e pulso estavam presas e arranhadas. De fato, também usou bandagem ao redor de seus pulsos por um tempo.

    Rezef estendeu a mão e passou por seu braço.

    — Seu machucado sarou rapidamente.

    Ela olhou sua mão e respondeu indiferente:

    — Sim. Melhorei rapidamente por usar um bom remédio.

    Tudo era graças ao elixir.

    Depois de terminar o contrato pela rosa negra, todas as suas feridas desapareceram pelo uso do elixir de Bayel.

    Cayena não o ocultou e o tornou público propositalmente.

    Suas feridas foram avaliadas pelo médico todas às vezes e havia a troca de bandagens. Entretanto, se usasse uma bandagem sem ter uma ferida, pareceria suspeito.

    Se revelar o que será uma fraqueza, então deixaria de ser uma fraqueza. De fato, ninguém estranhou vê-lo abertamente.

    Rezef murmurou de acordo, inclinou a cabeça e disse:

    — É um alivio.

    Não significava que se alegrava pela cura das feridas.

    “Me alegro de que as feridas deixadas por insetos desapareceram sem deixar rastros.”

    Toc, Toc.

    Os assistentes de Rezef entraram cuidadosamente.

    — Vossa Alteza, tenho algo que dizer…

    Sussurrou algo para Rezef.

    — … está bem, saia daqui.

    O homem assentiu e ordenou a seus subordinados, tudo dentro do vestiário e sem pedir licença a Cayena.

    — Todos permaneçam fora até que eu os chame.

    Seus assistentes partiram imediatamente, mas Susan se virou para olhar a Princesa. A mesma assentiu levemente, com a intenção de que saísse agora.

    Quando apenas ficaram ambos, Rezef tocou as decorações de seu vestido e disse:

    — Escutei que ofereceu a Lady Catherine o posto de acompanhante durante sua maioridade.

    Nesse posto, se supõe que deveria estar sua babá, Rebeca Dottie.

    Mas ela havia perdido seu posto por culpa de Cayena.

    Cayena disse:

    — Agora é um adulto na família de sua mãe e parece que você e o Conde Hamel têm uma relação estável.

    O fato de que Rezef convertesse Catherine em filha adotiva do Conde Hamel já havia se estendido por todo o círculo social.

    Enquanto a Cayena, se a aceitasse como madrinha, seria considerado conspiração.

    — Está bem mostrar ao Grão Duque que seu poder não será afetado por isso.

    Suas palavras não eram equivocadas.

    Claramente, sua irmã e ele eram pessoas que recorriam ao mesmo caminho. Ele acreditava nisso. Tinha de fazê-lo.

    Do contrário, não poderia deixá-la viva.

    Mas, estranhamente, para ele persistia a sensação de que estava deixando algo passar.

    — Sei que está dando o melhor por mim.

    Ela não respondeu, ele continuou enquanto olhava-a, mas não conseguia ler suas expressões.

    — Preciso de você irmã. Posso?

    Cayena engoliu um suspiro e, em lugar de parecer cansada, sorriu.

    Os entornos de Rezef estavam cheios de aduladores.

    Ninguém lhe aconselhou a ter mais cuidado e sorrir ao que era contrário.

    Ele se sentiu aliviado por seu sorriso, sem poder reconhecer o veneno no mesmo.

    — Já havia dito: Prefiro viver em paz em um lugar tranquilo que viver aqui e lutar.

    — Quer dizer que vale mais que ser irmã do Imperador e ser a chanceler?¹ Posso lhe dar qualquer coisa, minha irmã. Posso fazer de você mais poderosa que a Imperatriz.

    — Obrigada pela opinião, Rezef.

    Cayena girou e olhou para ele. Não mentia sobre por mel em seus lábios, mas expressar sinceramente seu coração:

    — Mas quero viver como desejo.

    Rezef distorceu sua expressão.

    — Acha que será possível se casar? Será apenas outro membro da família.

    — Rezef.

    — Irmã, é inteligente. O casamento só servirá para ser esposa e mãe de alguém. Então fique comigo.

    “E viver como sua irmã?”

    Cayena aplaudiu e elogiou suas palavras.

    — Mesmo que me case e vá a outro lugar, seguiria sendo sua irmã.

    Rezef estava furioso.

    — Então me abandonará? Estou dizendo que fique aqui! — Responder sem hesitar é como interromper. Havia uma estranha ansiedade desconhecida.

    Era terrível o pensamento de que Cayena pudesse abandoná-lo em qualquer momento.

    — Disse que o faria Imperador. Preocupa-te que não cumpra a minha promessa?

    Ele negou com o cenho franzido.

    — Isso não é ao que me refiro. Me refiro a deixar de fazer coisas inúteis, como se casar.

    — Então, poderia me deixar ir?

    — O quê…?

    Indiferente ela perguntou:

    — Se digo que não me casarei, mas que ainda assim partirei, me deixaria ir?

    Rezef tinha um olhar frio em seu rosto.

    — Falaremos sobre isso mais tarde.

    Abriu a porta do vestiário bruscamente e se foi sem dizer nada mais.

    Como ele partira, os serventes retornaram ao local olhando ao redor.

    Cayena falou com um rosto pálido:

    — Agora irei me trocar.

    Logo Vera entrou também e comunicou Cayena:

    — Vossa Alteza, Rebeca Dottie acaba de entrar no Palácio.

    Cayena pôde adivinhar que era o mesmo sussurro ao qual o servente de Rezef havia dito antes, deve ter-lhe anunciado a chegada da Sra. Dottie.

    O Palácio voltará a ser barulhento.


    “Minha irmã me deixará no Palácio Imperial?”

    Após sair, Rezef agarrou um jarro do corredor e o tacou na parede.

    Crash!

    Era difícil controlar a violência quando sentia que se agarrava a Cayena.

    “Se sou o Imperador, minha irmã deveria esperar. Deverá estar aqui como um adulto da Família Imperial!”

    Pam, Pam, Pam!

    Um caco de vidro cortou sua mão e ele a agarrou com força.

    Quando voltou a olhar para frente viu uma mulher vestida tão modestamente que era difícil vê-la como uma dama de honra.

    — Saúdo Vossa Alteza o Príncipe Herdeiro.

    Era Olivia.

    Rezef tentou passar por ela sem dizer que se levantasse com um rosto frio. Olivia disse:

    — É perigoso que deixe como está.

    Ele parou.

    Olhou para trás e ainda a viu sob um joelho.

    — Levante-se…

    Só então ele a permitiu levantar,

    Olivia se levantou e deu a volta. Seus olhos se encontraram.

    — Devemos cuidar da ferida e voltar ao Palácio.

    Rezef sorriu com suas palavras.

    — Quem é você?

    Quando a viu já estava de mau humor e ela ainda se atreveu a dizer o que fazer, seu estômago se retorceu.

    Queria sacar os olhos que o viam como se fosse um objeto inanimado.

    Rezef se aproximou e agarrou o queixo de Olivia com sua mão ensanguentada.

    Estava magra e vulnerável, se apertasse seu pescoço, morreria.

    Olivia seguia tranquila apesar de que ele olhou para baixo com frieza.

    — Não se sente mal?

    — …

    Não sabia se ela tinha coragem ou se tornaria louca. Rezef seguia sangrando e soltou o rosto de Olivia.

    — Só suma.

    Olivia, sabiamente, fingiu que não tinha escutado o som vulgar e vergonhoso que Rezef fez.

    — É dever de um servente garantir sua segurança.

    Originalmente, ela pretendia fingir não ver sua mão.

    Entretanto, era incômodo deixar só o confuso homem que não sabia se era um cachorro abandonado ou um ouriço com espinhos.

    Talvez por seu rosto ser estranho e diferente do de Cayena.

    — O tratarei imediatamente.

    Rezef suspirou de irritação.

    — Faça o que quiser.

    — Obrigada pela permissão.

    O levou a um salão vazio.

    Ela segurava um lenço em sua mão.

    — Agarre forte até que pare de sangrar.

    Ela trouxe desinfetante, algodão, unguento, tesouras e bandagens.

    — O que estou fazendo são apenas primeiros socorros, então se lembre de mostrar ao médico.

    Rezef seguiu olhando-a para dizer algo com olhos estupefatos.

    — Perdeu o medo.

    Ela não se irritou em lhe responder. Ambos não disseram nada. O silêncio seguiu naturalmente.

    Rezef se irritou lentamente.

    Olivia limpou o sangue e desinfetou a ferida.

    Quando Rezef abriu os olhos, ela não levantou a cabeça e seguiu o tratamento.

    Os primeiros socorros só estavam completos após envolver e prender corretamente a bandagem.

    — Escutei que está a ponto de ser tratada.

    — Sinto muito.

    Rezef foi mais além da ira e agora era assustador. Chutou a mesa com o cenho franzido.

    Pam!

    A mesa rodou de forma barulhenta.

    — Coisa descarada.

    Ele se levantou.

    Olivia olhou suas costas ao sair do salão e levantou a mesa.

    Depois saiu com um pequeno suspiro.

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