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    Ele puxou uma pequena caixa, nela continha um grande anel de diamantes.

    — Esse é meu presente de aniversário para a Princesa.

    Ao ver o anel, Rezef sentiu que ia explodir. Com o resto de suas forças, perguntou:

    — Duque, por que minha irmã deveria aceitar um anel como esse?

    — O que quer dizer com “como esse—” ? Não vê que vai de acordo com os finos dedos de nossa Princesa?

    O anel era colorido e bonito, entretanto, tinha um problema: devido a que obviamente se tratava de um anel de compromisso. Cayena, soltando a mão que ele segurava, perguntou:

    — Damos anéis de compromisso como presentes de aniversário?

    Yester fora astuto.

    — Oh, não era uma festa de apostas de quem tinha o anel mais colorido hoje?

    Rezef tentou adverti-lo ameaçadoramente.

    — Haha!

    Cayena começou a rir repentinamente. Mesmo os nobres que observavam em tal atmosfera incomum também mostraram sorrisos assustadoramente amigáveis. Yester arregalou os olhos e inclinou a cabeça.

    — Deve estar se divertindo, Alteza…

    — Oh, um pouco.

    Cayena tinha uma experiência considerável tratando com alguém que acreditava em seu poder e atuava benevolente deste modo.

    O Imperador, Rezef, Henberton Gillian, o diretor-executivo Kim e mais pessoas.

     — Tudo é por você! 

    Sim, até mesmo o homem que suicidou dizendo isso. Não foi o fim dos que tentavam pressionar forçosamente Cayena.

    Era divertido agora que tinha toda a força da magia. Com a magia de distorção de tempo e espaço, poderia colocar imediatamente veneno na bebida que Yester beberia e matá-lo. Além disso, havia um modo de fazer frente a crise do elixir.

    O mais importante é que já tinha experiência em ajoelhar esse tipo de homens em sua segunda vida. Talvez por isso era tão divertido ser um covarde? Respondeu com uma voz risonha:

    — Essa é uma interpretação interessante. — Logo, em um murmúrio, acrescentou: — Devo dizer que é o que diria o Grão Duque Heinrich…

    Se não fosse um idiota, não poderia não saber que as palavras eram sarcásticas. Esta vez, Yester que começou a rir.

    Como era de se esperar, Cayena, a Princesa, havia mudado. Parecia que as pessoas mais proeminentes estavam atuando como seus cães… ela atuou como uma tonta, mas sua carta embaixo da manga era atuar como uma. Sua nuca se enrijeceu.

    “Oh, estou ficando louco. É muito divertido, não?”

    O fundamento de Yester era que só aqueles que podiam dominar seus oponentes com violência em qualquer momento poderiam se permitir ser sua base, mas pôde sentir a tranquilidade da Princesa. Era uma sensação intimidante que somente as pessoas com poder real tinham.

    Ele sorriu de maneira selvagem.

    — Eu também estou me divertindo muito.

    Rezef se sentia horrivelmente enojado quando Yester pôs uma estranha tensão sobre Cayena. Sofreu um impulso de arrancar os olhos amarelos de Yester, os mesmos que olhavam sua irmã como uma serpente. Ou poderia golpeá-lo com uma estátua de interiores.

    Yester riu de Rezef por essa atmosfera assassina. Tentou arranhar ainda mais os nervos de Rezef, portanto tocou teatralmente sua testa e disse:

    — Oh, meu Deus, ainda não lhe convidei a dançar. — E estendeu a mão. — Poderia me dar a honra de pegar esta mão?

    A Princesa havia dançado apenas uma vez com seu irmão. Até que a canção mudara um par de vezes, não pôde negar a solicitação de par de dança. Ao mesmo tempo, negar uma dança seria um insulto ao seu oponente. Era uma bobagem enfrentar-se ao poder do Grão Duque. Dançar com ele uma vez não era algo que deveria ser particularmente interpretado. O teria feito se não se tratasse da segunda dança.

    Cayena olhou para sua mão.

    “Se danço com Yester justo após de dançar com o herdeiro do trono, significaria que os reconheço como iguais.”

    Ela olhou Rezef. A emoção de seus olhos estava a ponto de se tornar ira. Era um pedido de dança que não podia ser recusada, mas tampouco aceita. Tornou novamente a olhar Yester, que voltou a sentir estranhamente excitado ao enfrentar Cayena.

    Agora, como sairá desse embate? Desfrutava a sensação indiferente dos olhos dela analisando-o e lhe provocando uma curvatura rígida dos olhos.

    — Não havia algo a ser dito entre adultos?

    Havia algo lascivo em sua voz ao adicionar tal frase em voz baixa. Reze já não podia tolerar o desprezo descarado de Yester, dito entrelinhas com o — adultos — .

    — Duque Heinrich. — O chamou com um olhar irritado e uma voz assustadora.

    — Está interrompendo o pedido de uma dança de um cavalheiro, Alteza?

    Yester passou a língua pelos lábios, criando uma atmosfera agoniante. Cayena sabia o estado de ânimo atual de Rezef seria arruinado e que Yester disfrutaria muito da situação.

    — Não sei se éconsciente de que esse seja o grande salão.

    Se não interferisse agora, haveria um grande espetáculo desde o primeiro dia da cerimônia de maioridade da Princesa. Ela havia tomado medidas de antemão para caso essa situação ocorresse, então disse:

    — Não acho que seja o trabalho de um cavalheiro pedir uma dança quando sua acompanhante não se encontra.

    Antes que ela dissesse algo, uma dama se interpôs a eles. Ao se dar a volta, uma figura inesperada lhe chamou a atenção.

    — Duquesa…?

    A mãe de Raphael, a Duquesa Noah Kedrey, se aproximava com um olhar severo. Os olhos de Cayena se fecharam um pouco mais.

    “Por que a Duquesa está me ajudando…?”

    Poucas pessoas poderiam fazer tal comentário dirigido a Yester neste banquete, uma delas era a Duquesa Noah. Ainda assim, não havia razão alguma para que ela interferisse e a ajudara, se arriscando aos olhos dos demais.

    Noah, a Duquesa, se inclinou levemente perante Cayena com um rosto que demonstrava sua falta de interesse nos olhares estranhos.

    — Parabéns pela sua maioridade, Alteza.

    — Obrigada, Duquesa.

    Rezef também franziu levemente o cenho quando tal figura inesperada interviu. Noah olhou Yester com dureza.

    — Será melhor que peça a dança novamente quando seu acompanhante estiver presente, Grão Duque Heinrich.

    — Bem, o banquete é longo.

    Yester encolheu os ombros e chamou um servente que passava, lançando lhe a caixa do anel na bandeja com um tinido. Era o anel que iria dar Cayena, mas fora lançado assim, de maneira grosseira e arrogante. Mas ela não lhe tomou como um problema pessoal.

    Yester simplesmente retrocedeu e lhe deu uma saudação de despedida.

    — Espero então que dances comigo a próxima vez. Tenho tantas perguntas a fazer-lhe que sequer consigo dormir a noite.

    Ele piscou um olho a ela e se foi sem vacilar. Ela sabia bem sobre o que tinha curiosidade.

    “Se pergunta se possuía mais informação para ser usada em contra a família Evans.”

    Tinha tal informação, mas não era de sua vontade fazê-lo saber. Ela sorriu e não respondeu. Quando ele se retirou por completo, os olhos da Duquesa Noah se viraram para Rezef.

    — Vossa Alteza, o Príncipe Herdeiro, deveria atuar como sua irmã a próxima vez.

    — …

    As sobrancelhas de Rezef se arquearam. Entretanto, a Duquesa sequer piscou e disse o que quis dizer com uma expressão indiferente.

    — É bom ver que a amizade entre os irmãos siga firme, mas dado que a primeira dança terminou, não é hora de que a família real entretenha os nobres?

    Quando disse isso, a mão que escoltava Cayena foi lentamente removida. Rezef se mostrava duvidoso em fazê-lo, mas não havia nada errado no que a Duquesa dissera. Nunca era uma boa imagem que o irmão mais novo, que sequer era seu acompanhante, tomasse medidas enérgicas contra Cayena, a personagem principal do banquete. Cayena o consolou com um sorriso, pois ele tinha se tornado sensível após Yester.

    — Hoje é difícil ver todos os convidados, por que não apenas aparecer?

    — Está bem…

    Cayena cumprimentou a Duquesa Noah com um olhar relaxado enquanto deixava o lado de Rezef.

    — Obrigada pela ajuda, Duquesa.

    Então recebeu a resposta:

    — Não há motivos para agradecer. Escutei que tinha elegido Lady Cathrin como acompanhante…

    Ela olhou ao redor e depois tornou a olhar Cayena.

    — A deixou ir de propósito, não?

    Cayena riu silenciosamente. Era como disse Noah, Cathrin estava vendo o Imperador. O acontecido logo se estenderá pelo banquete e ninguém poderá menospreza-la por chegar tardiamente. Ainda ia se salvar do fato de que o favoritismo do Imperador seja inclinado ao governo. E se Cayena desse as boas-vindas a esse governo a controvérsia e os olhos impuros terminariam por completo. Significaria o nascimento de uma família Imperial não oficial.

    — E podemos bloquear o acesso de pessoas como Yester com o pretexto de acompanhante.

    A Duquesa já tinha descoberto tudo que estava calculado neste pequeno tempo e a olhou novamente.

    Uma Princesa jovem que se tornou adulta hoje, não costumava ser uma mulher profundamente enraizada. Porém, ela descobriu que sua aura havia mudado por completo, até mesmo seu olhar.

    Diferente da Princesa de aspecto sério em frente a ela, a Imperatriz Sun era uma pessoa muito fraca desde que tomara tal posto, sempre fora expressiva e não teve tantas reuniões sociais. Mesmo quando era a Senhorita Hamel, não tinha uma personalidade muito sociável.

    “Não sabia que uma mulher assim tinha passado por uma relação de infância complicada por ele.”

    Leo Kedrey, ou Leo Francis, estava divorciado e já não era seu marido. Mas esse não é o caso das crianças, a Duquesa sabia que Rezef havia nascido da relação entre a Imperatriz Sun e seu ex-marido.

    “Leo ainda não o sabe.”

    A Duquesa o encobriu como se não o soubesse porque foi suficiente ter se misturado com a família imperial há dez anos.

    — Só lhe dei uma lição sobre o que já tinhas estabelecido. Mas se realmente crê ser útil, gostaria que me concedesse um pedido desta anciã.

    Cayena estava bastante surpresa pelas palavras da Duquesa Noah.

    “Não creio que seja grande coisa, mas não creio que, mesmo com um perfil baixo, seja uma pessoa a se negar.”

    — Diga-me, Duquesa.

    — Comprei uma estufa de rosas para celebrar sua maioridade.

    — O quê…?

    — Todos os ganhos da estufa se utilizarão para obras de caridade em seu nome. Espero que o aceite.

    Cayena ficou sem fala diante deste pedido inesperado. Sequer poderia perguntar em brincadeira de que tamanho era a estufa.

    Esse não era o final de frase da Duquesa.

    — Também é um lugar para realizar investigações sobre o hibridismo de rosas.

    Quando notou a curiosidade de Cayena, seguiu explicando:

    — Estava pensando em fazer uma nova rosa com seu nome.

    — É um presente significativo para a maioridade… Obrigada, Duquesa.

    — Nem o mencione. Quando a nova rosa estiver pronta, irei construir o seu jardim de rosas. Isso é o que fará sentido.

    — …

    “Não seria isto como participar da linha familiar?”

    Neste ponto, estava cansada de trocar cortesias.

    Noah perguntou indiferentemente:

    — Então, de que cor gostaria a rosa?

    — Creio que rosa está bem. — Ela respondeu de imediato.

    — Então faremos uma nova rosa com pétalas cor-de-rosa. — A Duquesa assentiu.

    Cayena estava tão confusa pelo ataque do presente que tardou um pouco em recobrar os sentidos.

    “Por que estava fazendo isso?”

    Ela poderia ter apenas feito alguma doação à Academia Imperial ou terminado com algum presente feito por seu filho, ou até mesmo apenas alguma arte ou joias para aparecer. A Duquesa Kedrey estava rodeada de coisas de valor, de qualquer forma.

    Mas não o fez. Cayena suspeitava de que se tratava apenas de uma introdução ou algo assim. E acertou em cheio.

    — Necessitamos melhorar nossas variedades de rosas e fazer obras de caridade, mas a escala de trabalho cresceu bastante.

    De fato, estava decidida a melhorar seu trabalho, mas pretendia não o ser.

    — Seria genial se a família imperial e nossa família estivessem juntas neste projeto. O que acha?

    Este era o verdadeiro motivo da Duquesa Noah. Uma declaração que a envolvesse com a família imperial como pretexto de presente. Estava segura de que queria estabelecer uma relação próxima a Cayena.

    “Sequer mostrei interesse pelo trono, não posso acreditar que esteja sugerindo isso.”

    Cayena respondeu após um breve silêncio:

    — Estou envergonhada pela oferta inesperada.

    Por que de repente mudaste de opinião? Ela não conseguia entendê-lo, então respondeu em defensiva:

    — O que acha? Estou apenas temporalmente a cargo dos assuntos estatais em nome de Sua Majestade. — A Duquesa sorriu.

    — Então o direi mais honestamente: tinha o pressentimento de que o Duque Kedrey deveria estar em seu partido, por isso lhe digo que estou na fila.

    — Duquesa…

    Cayena rapidamente manipulou magicamente o som para que não pudessem ouvir bem. Muitos olhos estavam naquele local, observando com grande interesse. Um servente que recebia dinheiro de alguém escutava e repassava a conversa.

    Bloquear o som das palavras poderia ser perceptível, mas apenas um pouco faria com que a conversa não chegasse por inteiro aos serventes.

    — Não acredito que esteja me dizendo que irá me apoiar. Não soa como a Duquesa.

    Não era suficiente ter uma conversa secreta, mas estavam em contato direto. Além disso, propôs uma aliança de posições por igual com Cayena. Podia ser interpretado como se Cayena assegurasse uma posição como força neutra, uma terceira força que não pertencia a Rezef ou Heinrich, mas propriamente dela.

    — Queres manter-me independente de Rezef, de modo que as forças neutras estejam a salvo comigo, sem importar com quem se tornará em Imperador?

    Cayena perguntou sem redondear.

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