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    — Não tenho poder algum. Mesmo se Rezef se tornar Imperador e eu fosse a única irmã do mesmo, seria como um tigre de papel. Não creio que consiga sequer algo de dinheiro se, se juntar a mim.

    A Duquesa sorriu perante sua leve provocação.

    — É uma questão de poder, e isso é tudo. Não creio que sua Alteza o saiba, ou me equivoco?

    A Duquesa não tinha intenção alguma de alargar mais a conversa, portanto lançou um golpe ligeiro.

    — Não importará o que prepare, é hora de que saia a superfície. Mas nunca poderá fazê-lo sozinha.

    Até o momento, a Duquesa não tinha dado as mãos para Rezef ou Heinrich. Havia um lado positivo pessoal, mas não havia nada particularmente possível que pudesse ser dito sobre o futuro de ambos. Entretanto, em algum momento, sua forma de ver a Princesa mudou e a atitude de seu filho também.

    “O próximo grande Imperador está nas mãos da Princesa.”

    Sentira tal intuição.

    A Duquesa pensava ser uma bobagem viver no passado. Já havia se divorciado de seu ex-marido e estava meio limpa. Era hora de se limpar completamente do passado e viver o presente.

    “Parece que Raphael o está fazendo bem, mas é uma história diferente quando se trata de segurar a mão da Princesa.”

    — Não importa quão capaz é um caçador, não pode pegar dois coelhos de uma vez.

    A Duquesa disse de forma indireta que não poderia governar os círculos políticos e sociais por si mesma. Cayena o admitiu originalmente, queria criar Olivia porque necessitava de alguém para ser o centro social…

    — Se a Duquesa Kedrey usar todas as suas conexões para ganhar os círculos sociais, seria perfeito.

    — Isso é interessante.

    De repente, Cayena se deu conta de que os serventes com bandejas passavam com mais frequência.

    “Ainda que use magia para que não escutem bem…”

    Era hora de terminar a conversa e agendar uma próxima visita. Com um sorriso claro e brilhante que não coincidia com o tema até agora, disse:

    — É uma pessoa muito doce para ter cuidado de mim enquanto não se encontra minha acompanhante.

    Cayena diminuiu a concentração de olhares sobre ambas, citando sua acompanhante para que não pudessem adivinhar que tipo de conversa estiveram tendo até agora. Noah, a Duquesa, sorriu tranquilamente com satisfação pela atuação de Cayena.

    — É bastante boa.

    Também notara que havia um movimento incomum de pessoas passando por ali. Quem tinha escutado a conversa mudara de tema, pensando que era estranha a ausência do Imperador hoje.

    — “Não posso crer que a Princesa de a pena vinte anos me tenha feito admirá-la.”

    Noah, uma perfeccionista ao extremo, poucas vezes costumava falar tão discretamente com alguém. A Duquesa se deu conta de que estava confortável ao conversar com Cayena. Um sorriso apareceu em seu rosto.

    Disse:

    — Temo ter lhe tomado muito tempo.

    — Não é certo, todas as histórias que me contou foram interessantes. — Cayena insinuou. — Lhe contatarei logo.

    Equivalia a dizer que se tornaria aliada da Duquesa. Noah inclinou a cabeça com um leve sorriso e saiu de cena.

    Cayena não falou muito tempo, mas estava esgotada.

    “Com Yester e a Duquesa, talvez seja porque estivesse falando de maneira constante com eles.”

    Desde então, trocara cumprimentos com outros vários nobres.

    — Vossa Alteza, viu a carruagem de flores?

    — Vi uma carruagem chegando com um ramo de rosas antes, escutou qual família a enviou?

    — Vossa Alteza Real, a carruagem de flores…

    Depois de — parabéns —, a segunda frase mais dita fora — a carruagem de flores —. Lhe perguntavam inclusive mais pela pessoa que a enviou que os representantes de assuntos estatais.

    — É uma carruagem enviada pelo Duque Kedrey. Também havia perfume, um presente muito popular para a maioridade, então creio tê-lo enviado por isso.

    Todos se tornavam incômodos ao terem ouvido que fora Raphael quem enviara tais flores.

    “Raphael realmente lhe enviara um presente tão romântico?”

    Será que ele realmente tentava ser um candidato a marido da Princesa? Os nobres tentavam encontrar qualquer sinal de paixão em Cayena, mas não encontraram nada.

    — Noto-o agora, onde está sua acompanhante?

    Cayena sorriu suavemente perante tal pergunta.

    “Estou segura de que sabem que Cathrin é consciente de seu papel.”

    Se simplesmente sorrisse assim sem ter de responder, desenvolveriam suas próprias conclusões. Cayena continuou sendo felicitada por novas pessoas e viu seu tio, Lorde Jonathan.

    — Oh, minha Princesa! — Gritou com um rosto profundamente comovido.

    — Bem-vindo, tio.

    — Oh, eu ia cumprimentá-la primeiro, mas como é que havia tanta gente?

    Começou a rir. A fama de Cayena era seu rosto, e parecia muito orgulhoso disso.

    — Tinha de ver, Alteza, pensei que levaria muito tempo cumprimentar todos os que passavam!

    Suas palavras tampouco eram falsas. De fato, havia tantas pessoas que o grande salão tinha pouco espaço para a dança.

    — Lady Cathrin não chegou ainda, verdade?

    Ele disse com grande satisfação que ela estivesse ausente.

    — Passou bastante tempo desde que lhe vi, por isso a conversa parece alongar-se.

    — Eh, que bom. Só quando a família se encontra em harmonia que se pode fazer um bom trabalho exterior.

    Jonathan olhou Rezef enquanto o dizia e lhe deu um olhar perfurante. Cayena também olhou para aquela direção e viu Rezef rodeado de nobres influentes.

    Rezef sorriu como um anjo quando seus olhos e os de sua irmã se encontraram. Cayena também sorriu.

    Os jovens ao redor de Rezef pavoneavam. Alguém estava hipnotizado completamente pelo sorriso de Cayena e agarrou o peito

    Então a expressão de Rezef pouco a pouco se endureceu. Se fosse o Rezef original, havia rido desta reação e chamado Cayena para próximo, logo mostrado quão bonita e estúpida era sua boneca. Entretanto, em lugar de chama-la, ele afastou-se com os nobres.

    “Necessito saber se estará bem ou não me casar.”

    Ainda que Rezef era um ator astutamente bom, ainda não era hábil ao domar suas emoções. Quando pensava em sua primeira vida, parece que não lhe fora bem mesmo depois de se converter em Imperador.

    “É algo bom. Necessitas refinar seu poder quando estás esperando um candidato a meu esposo que sequer ocorrerá.”

    Cayena tornou a Jonathan novamente.

    — Por certo, o Conde Hamel segue ali?

    Perguntou propositalmente por seu avô. Sabia que era um tema esperado por seu tio, que mudou seu rosto na menção do Conde. Com uma expressão de tristeza disse? 

    — É difícil uma melhora por ser velho… Mas o estou tratando bem, então não se preocupe. — Disse com uma ligeira tosse.

    — Hmm, e quando seria a sucessão a Conde?

    — Ahh, — ele seguiu contando-lhe apressadamente, como se não estivesse interessado, — de fato, há muito ruído na família.

    Enquanto isso, aguardava ansiosamente que a Princesa lhe apoiasse. Diria a seus familiares próximos que ela havia decidido apoia-lo.

    “Por que Jonathan seria o único a ter direitos de suceder ao Conde.”

    Os parentes consanguíneos não sabiam nada sobre ele, portanto o questionavam cada vez mais. Cayena fingiu não o saber, apesar de tal situação óbvia.

    — Oh, há algum desacordo dentro da família com a sucessão?

    Jonathan se surpreendeu e respondeu como se o tema fosse uma batata quente.

    — Oh, não, se dito assim não encaixa! Não é isso, é só que todos estão expressando um pouco de opinião para a família.

    Cayena disse algo significativo em tom de brincadeira:

    — Oh, entendo. Estava cega pelos direitos e interesses de ser Conde e pensei que era uma luta de sangue.

    — Haha… — Jonathan estava se esforçando para sorrir, mas se sentia mal.

    “Oh meu Deus. Não tenho tempo de cuidar de meu único parente materno e já estou em problemas com o Príncipe Rezef.”

    Cayena estava se convertendo cada vez mais rápido em um peixe grande a medida que os dias passava. Atualmente também era dito em segredo entre os aristocratas que — a pessoa que for favorecida pela Princesa se tornará no Imperador da próxima geração. —. Era uma leitura precisa dos tempos atuais. As gerações mais velhas eram todas doentes e os jovens sucederão as famílias uma por uma.

    Jonathan sabia que, se não sucedesse o Conde Hamel neste momento, seria assassinado. Portanto, não é suficiente apressar o cozimento do arroz, teria de pôr Cayena a seu lado e protege-la. Entretanto, não era fácil iniciar tal conversa com Cayena. Só se involucraria com sua sobrinha de uma vez por todas.

    — Mas não me sinto confortável escutando seus sentimentos interiores e que meu tio não esteja passando um bom momento.

    — É assim? É a única preocupada por este tio.

    — Certo, tio, — Cayena perguntou-lhe com um sorriso, — não quer dizer que o novo herdeiro da família cederá aos fracos?

    Jonathan fechou os lábios franzidos. Isso devido a que compreendeu imediatamente o que Cayena se referia com — fracos—. Agora estava jogando no mercado negro.

    — Não é essa uma fraqueza clara para o Conde Hamel? Uma vez que Rezef seja exposto, seguirá preso. — Ela ameaçou seu tio com graça e habilidade.

    — Irei ver Tyler, mas sabe como é, não é um garoto que escute alguém e vê as pessoas como descartáveis.

    Havia um pesar no dito que as pessoas são descartáveis, que não eram grande coisa. Jonathan mordeu os lábios nervosamente.

    As taxas do mercado negro estavam além de sua imaginação. Dado que todos os bens ali eram roubados, as transações gerais eram impossíveis e o proprietário do mercado negro fixava a comissão a sua vontade. Não podia crer que tinha de anotar as tarifas que tinha cobrado. Era o poder oculto do Conde Hamel.

    — Quanto tempo acha que o Conde Hamel poderia defende-lo das mãos do Príncipe Rezef ou da Princesa?

    Jonathan se deu conta de ter de escolher aqui. Seja pra entregar o mercado negro ao príncipe e suceder ao Conde ou levar o mercado negro pela força.

    “A Princesa tem um exército, será a única irmã do Imperador no futuro. Mesmo se há uma reviravolta e Heinrich tenha êxito no trono, ainda tentará fazer a Princesa sua esposa pelos problemas de legitimidade. Em comparação, o mercado negro seria exposto ao Principe Rezef se tornaria em uma bomba prestes a explodir em qualquer momento.”

    Não havia mais nada para pensar. Jonathan sorriu lindamente e disse:

    — É um conselho valioso. Que conhecimento sobressalente. Então podemos deixar o assunto em suas mãos, verdade?

    Cayena assentiu com um suave sorriso quando disseram que iam lhe deixar a cargo do mercado negro.

    — Por suporto. Não se preocupe e cuide bem do Conde Hamel no futuro.

    Jonathan foi muito cortês com Cayena.

    — Farei o melhor que puder.

    Ao redor deste tempo, o salão de banquetes encheu mais e mais. Cayena podia dizer quem tinha vindo sem precisar se girar para confirmar.

    — Então me retiro.

    Se moveu antes de ser novamente presa, porque tinha de cumprimentar sua acompanhante, Cathrin.

    Cathrin descia as escadas em caracol que vinham da mesma direção que o dormitório do Imperador. Os vestidos e joias em seu corpo não ficavam atrás se comparados ao seu apogeu. Originalmente, era um erro aparecer após Cayena, a personagem principal de hoje.

    “Mas a história é diferente se o governo tem o favor do Imperador por trás da cena.”

    Cayena não viu o Imperador hoje propositalmente.

    Era para destacar Cathrin, que se reunia a sós com o Imperador durante demasiado tempo desde o primeiro dia da cerimônia de maioridade.

    Cayena a cumprimentou com um sorriso brilhante.

    — Tiveram uma boa conversa?

    Cathrin sorriu tranquilamente sem dizer uma palavra, era um sorriso sem sinais de alegria. Talvez o Imperador doente a convenceu de que seria difícil proteger a segurança de seu filho. Cayena não tentou dizer nada sobre, era complicado.

    Cathrin vacilou a disse em voz baixa, como se estivesse tranquila:

    — Não sei como pagar-lhe o que me fez.

    Ela sabia as coisas inusuais que ela tinha feito.

    — Pagar? Por quê, se somos família?

    Cathrin tirou uma pequena caixinha de uma bolsa.

    — Ethel me disse para dar-lhe isso, Alteza.

    — Ethel?

    Ao parecer, era um presente de aniversário. Cayena abriu curiosamente a caixa. Nela havia uma fina pulseira com pendente de lua.

     Cayena riu da joia que o adolescente parecia ter escolhido com grande esforço.

    — Quando o banquete termine e haja uma pequena festa, por favor, traga Ethel também. Creio que até então, terei um presente a ele também.

    — Assim o farei, Alteza.

    Quando sua acompanhante apareceu, se pode sentir a aproximação dos aristocratas masculinos. Externamente, se o banquete era para a maioridade de Cayena, os homens certamente estariam ativos.

    “Não há ninguém melhor que Raphael para a segunda dança.”

    A possibilidade de se casar com seu primeiro parceiro de dança, a exceção da família, era maior. Até agora, tinha sido uma flechada unilateral pela Princesa Imperial, portanto todos zombaram de seu casamento ao invés de prevê-lo. Mas ao ver o sequestro recente e a bonita carruagem de flores que entrou hoje ao Palácio, existia uma possibilidade aberta de que Raphael se convertesse no marido de Cayena. Entretanto, independentemente da política, não havia ninguém mais que quisesse dançar se não ele.

    “ É muito engraçado a mim.”

    Cayena riu casualmente. Obtivera o poder da magia e definitivamente algo de espaço em sua mente.

    “Se fosse como antes, havia desconfiado das variáveis que não pudesse controlar.”

    Ela murmurou suavemente:

    — Isso é o poder.

    — …?

    Cathrin, a seu lado, a olhou com curiosidade e ela a olhou com um sorriso que dizia não ser nada.

    — Preciso descansar na sacada

    Por agora evitaria os homens que a incomodariam.

    — Gostaria que a acompanhasse?

    — Não, de qualquer modo é uma sacada privada, ninguém me incomodará.

    — Certo.

    Cayena se dirigiu até a sacada dirigida à família real. Se encontrava na parte mais interna do grande salão, onde os cavaleiros controlavam o acesso.

    Afastou as cortinas e entrou. O céu estava escuro, visto que ainda era inverno. O estresse de ter tantos olhos sobre si e tantas conversas políticas se aliviou um pouco.

    Era um lugar pouco visível externamente, onde não se podia ver quem ou o que era dito dentro da sacada, a menos que se aproximassem. Isso devido a que era um local criado para que trouxessem alguém que gostassem no banquete. Entretanto, diferente de seu propósito decadente, era reservado e acolhedor.

    Em frente a sacada, havia uma fonte onde a roupa poderia se molhar enquanto brincavam na água e um arbusto alto que bloqueava a vista. O problema era também a presença de um homem bonito.

    — Por que está aqui…?

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