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    Agora que pensava, ele também era o dono do templo com estranhos rumores. Não queria que se encontrasse com Cayena, mas era necessário ampliar a gama de atividades do Paladino. Não era por falta de crença em sua força por parte de Cayena, mas pelo poder do templo.

    — Bem, tenho algo mais a dizer-lhe.

    Baston continuou com um rosto fosco, cuidadosamente:

    — Dizem que Leo veio á capital.

    Seu pai era um homem que nunca atuara como se pretendesse algum dia voltar à capital. Não sabia o motivo antes, mas agora sim. Isso se devia aos pensamentos da finada Imperatriz. Por que nesta época do ano? Por que seu pai veio ao conhecer tais fatos? 

    Raphael sentiu que precisava limpar o rosto, mesmo que já estivesse limpo. Entretanto, não expressou nada exteriormente e respondeu de forma indiferente:

    — Reúna-os.

    — Sim, Senhor.

    O que não sabia era que uma sensação de cansaço e fatiga o agitariam. Pensou ser melhor ficar onde era silencioso e ausente de pessoas.

    — Descansarei um pouco aqui fora e voltarei ao salão. Pode ir primeiro.

    Então Baston perguntou curiosamente:

    — Não voltará ao salão?

    — Não existe descanso ali.

    — É correto. Não pode ir ao salão do Palácio pois o banquete está em seu apogeu…

    Baston logo esteve de acordo e se retirou.

    Raphael deu passos lentos em busca de um lugar totalmente vazio. Frequentava o Palácio como sua própria casa antes de que Cayena mudasse. Isso se devia a que ela o chamava diariamente, portanto sabia claramente o que encontraria próximo ao salão e onde não havia gente.

    Raphael se dirigiu até a mais secreta sacada, disponível apenas para a família real, que servia para os propósitos românticos do Imperador. Não se usava a menos que fosse o Imperador e seus descendentes imediatos. Cayena e Rezef estavam ocupados agora, portanto era muito provável que ninguém estivesse ali. Talvez não houvesse um lugar que pudesse ser comparado a esse em questões de tranquilidade.

    Devida arquitetura especial do lugar, não havia guardas vigiando o caminho até o jardim. A fonte jorrava água, provavelmente desde antes do banquete, e a cena era limpa.

    Exalou um largo suspiro. O ruído do salão era audível até neste lugar, mas se sentia como estivesse acontecendo muito longe. Sua mente lentamente se acalmou, mas não comparado a como era com a presença de Cayena. Sentiu sua falta.

    — Por que está aqui…?

    — …!

    Raphael girou em direção à sacada.

    Era uma ilusão? Por que estava Cayena nessa sacada?

    — Sabe que essa é a sacada Imperial?

    Cayena falava com um olhar surpreso. Raphael inconscientemente se dirigiu a ela.

    Ela também se aproximou mais da sacada e se inclinou. O cabelo dourado caiu como a corda de cabelos de um conto de fadas.

    Ele tentou estender a mão para alcança-lo, mas não o pode pela altura entre ambos. Subiu então a escada exterior que guiava do jardim à sacada.

    Enquanto isso, Cayena analisou os arredores com mana, buscando notar a aproximação de alguém e não deixar que escutassem os sons vindos dali.

    Já não era estranho tê-lo visto no salão, mas ainda não esperava vê-lo aqui. Tinha suposições selvagens sobre sua chegada ali. Não era o tipo de pessoa que poderia estar preso em muitos lugares…

    Raphael confirmou a ausência de alguém ao lado de Cayena e disse:

    — Está sozinha?

    Tinha de estar. Sabendo que se devia ao uso descarado de tal sacada, ela suspirou.

    — Esse não é o problema.

    — É mais importante que qualquer outro.

    Cayena ladeou a cabeça ante suas firmes palavras e respondeu com zombaria.

    — Não estou só agora.

    Quando Raphael arregalara tanto os olhos e abrira um pouco a boca, ela disse de forma refrescante:

    — Estou brincando.

    — Uma brincadeira perigosa.

    Inclinou a cabeça novamente. A mão que esticara para tocar seu rosto se deteve, fazendo com que todo o corpo de Cayena estivesse estranhamente tenso. Como a noite anterior à tormenta.

    “É pelo lugar.”

    Esse lugar era próprio para atos decadentes, portanto o comportamento de Raphael parecia estranhamente pegajoso.

    Cayena afastou o olhar.

    — Estamos tendo um banquete.

    — A cor de seus lábios é bonita.

    — …

    Raphael levantou um dedo e pressionou suavemente o lábio inferior de Cayena, abrindo um espaço pequeno entre seus lábios e dando a vista à sua língua vermelha. Não seria muito encantador ver os olhos encantadores de Cayena direcionados a ele cheios de calor e vergonha?

    Ele imediatamente engoliu em seco e se envolveu em um feroz impulso de cobiçar sua boca intensamente.

    Cayena se sentiu estranhamente mais erótica quando viu seu rosto sério demais, diferente de criar uma atmosfera lasciva, ela disse:

    — Raphael.

    Ele a escutou muito seriamente.

    — Poderia sacar suas mãos de cima de mim…?

    Ele deixou bruscamente de tocar seus lábios e acabou acertando a tiara que adornava seu cabelo. Mesmo sua bonita e colorida tiara parecia valer menos que o cabelo loiro. Por isso tinha de cuidá-lo.

    Raphael a tirou e pôs em cima da mesa. Cayena o olhou confusa.

    — Por que a tirou?

    — Porque parecia pesada.

    De fato, era pesado levar a tiara cheia de joias na cabeça.

    Cayena se sentiu estranha já que ainda possuía uma expressão tranquila. Parecia contente de apenas terem passado um bom momento juntos.

    “Sou a única nervosa…?”

    Era a única  que tinha ideias dignas deste lugar? Cayena se girou tontamente.

    — Na verdade, sim, estava cansada. Os acessórios pesam.

    De fato, queria tirar o grande colar que parecia uma grande arma ao redor de seu pescoço. Ela brincou com o colar, ele estendeu a mão e o tirou sem duvidar.

    Tak.

    Quando em contato com a mesa, vez um som de golpe e muitas joias mostraram seu brilho.

    — Se desfez de minha fita…

    A fita era para envolver a bela Princesa para sua festa de maioridade. Não esperava que ele desatasse o colar com tal significado.

    — Então, pode receber um presente agora?

    — O quê? Haha…

    Mesmo antes de terminar a frase, fervorosamente sobrepôs seus lábios e sua língua se apertou entre os lábios, como se só tivesse conseguido suportar até agora. Em um instante, suas salivas se mesclaram. Suas partes baixas estavam tensas pelo momento e seu corpo começava a se aquecer.

    Cayena segurou seu peito e respirou fundo.

    Raphael ainda cobria seus lábios, apertando, esfregando e chupando. Segurou suas coxas com as mãos e a levantou.

    — Ahh…

    Cayena foi agarrada de surpresa, mas ele se manteve estável, como se não soubesse o que é estar nervoso, e continuou beijando-a.

    Bam!

    Se deitaram em um sofá-cama.

    — Ahh…

    As mãos desesperadas de Cayena desabotoaram o paletó em seu corpo. Raphael segurou o corpo que era notavelmente magro embaixo de tal vestido fino e uma respiração calorosa saiu.

    Oh, se não fosse o salão de banquetes.

    Raphael mordeu a ponta de suas luvas e as tirou. Antes que se desse conta, tirara o paletó já desabotoado por Cayena. Baston o repreenderia se estivesse enrugado, mas não lhe importava. Segurou-a em seus braços e respirou levemente. Se fosse completamente inverno, a névoa branca já havia aparecido e desaparecido. Sentia como se nunca o tivesse feito antes. Melhor dito, os sentidos de seu corpo se incrementaram com uma tensão agradável.

    “O que tenho de fazer?”

    Quão honesta deve ser uma emoção alternativa e quão fiel deve ser?

    “Vivendo-o assim, torna-se engraçado.”

    Não podia crer que estava ansioso por ter contato com alguém…

    Definitivamente se tornara viciado em Cayena. Esse era o vício. Agora não se sentia profundamente satisfeito de tê-lo feito. Queria mais, mais profundo.

    “Minha sede desaparecerá se me caso com esta pessoa?”

    Todas as manhãs, seria melhor despertá-la com um beijo? Se a segurasse em seus braços, levantasse a parte superior de seu corpo, enterrasse o rosto em sua nuca e o mordesse. Se abraçasse seu corpo que tremia levemente e beijava sua testa. Se engolisse seus lábios e lhe perguntasse se havia dormido bem, explorando profundamente na lingerie fina. Se voltasse a se deitar na cama com o corpo erguido.

    Isso significaria a extinção de sua sede? Estaria finalmente satisfeito com isso?

    “Não pode ser verdade.”

    Uma manhã tão doce por si mesma não satisfazia suas necessidades. Se visse Cayena ou sentisse o suave aroma de seu corpo, emitiria um som emocionado como um cachorro bem treinado. A queria em qualquer momento e lugar, sem importar o transfundo. Seja um dormitório, sala de jantar, jardim florido ou uma sacada com um significado tão romântico.

    Lambeu seu pescoço cuidadosamente, apertou seus ombros, bunda e sussurrou seu nome suavemente.

    — Cayena.

    — Hm…

    A abraçou com mais força, tirou a gravata e abriu a camisa. Houveram atos bestiais, fieis apenas a seus instintos, sem motivo algum.

    Entretanto, se conteve mesmo com as calças assim de apertadas. Mesmo com ela abaixo de si, decidida a fazer o que queria consigo mesma e não resistindo à sua respiração barulhenta.

    — Ah… Por favor…

    Ajude-me a ter paciência. Fez um leve som ao redor de seu pescoço. Não queria controlar-se em absoluto. O desejo violento era tão severo que não importava o que acontecesse.

    Não sabia que estaria satisfeito neste momento. Não podia satisfazer seu desejo, por isso tinha de suportá-lo.

    Chuu.

    Apertou e deixou cair seus lindos lábios com culpabilidade. Logo se declarou culpável com calma:

    — Pode me bater.

    — Impressionante… — Essa vez lhe mordeu a orelha.

    Retrocedeu.

    — Você…

    Cayena arregalou os olhos, apertou suas bochechas e fez força para que ele a olhasse.

    Raphael piscou inocentemente.

    — Não gostou?

    — Não se trata disso…

    — Sou um assunto importante.

    Cayena ergueu uma sobrancelha.

    — Gosta de mim?

    — Sim, gosto de você.

    Isso era sério.

    Cayena deu um suspiro breve como se estivesse perdida e abraçou seu pescoço. Cada batida do coração do outro ressoavam em seu corpo. Era um contato doce de um amante que comprova o coração do outro e começava a se sentir sonolento.

    — É bom estar aqui.

    Cayena falou sobre seu verdadeiro coração sem se dar conta.

    Raphael se deitou de costas e deu a Cayena um travesseiro. Os olhos de ambos se encontraram de maneira intensa.

    — Também gosto de estar assim, juntos.

    Queriam estar a sós, juntos, para sempre. Jogando todas as demais distrações para longe.

    Tocou o cabelo de Cayena com a mão livre e, às vezes a beijava, quando sorriu, ele também sorria.

    — Voltamos agora?

    Poderia ser que ela não soubesse, mas Raphael está a muito tempo fora do salão de banquetes. Era hora de voltar.

    Raphael sabia bem, por isso não se pôs de má vontade e beijou-a na testa.

    — Preciso chamar uma servente para que lhe arrume de novo.

    — Não se preocupe, posso fazê-lo por conta própria. Se voltarmos ao salão no mesmo momento, será suspeito.

    Cayena também levantou de seu assento quando ele se arrumou. Arrumou o colarinho de sua camisa, amarrou a gravata e os botões.

    — Assegure-se de entrar após arrumar-se.

    Cayena disse, apontando para sua aparência desordenada. Em lugar de responder, ele lhe beijou a mão.

    — Rápido, saia.

    Ela empurrou suas costas. Ele baixou pela escada com um suspiro de quem não podia evitar.

    Quando sua figura já não era notável, Cayena começou a arrumar-se magicamente, como o fizera mais cedo. Por último pusera a tiara de joias. Algo a engasgou e ela tapou a boca com urgência.

    — Cof!

     Suas luvas se molharam. O sangue vermelho escuro manchou o solo.

    Estava segura de estar bem.

    Piorou enquanto isso olhou as mãos e o solo com indiferença. Todo o corpo estava dormente, suas mãos frias como gelo e uma dor surda como uma câimbra.

    Ela tirou uma pequena garrafa do bolso do vestido. Era uma garrafa de elixir. Depois de beber uma gota, rapidamente se recuperou. Desde então, as manchas de sangue foram eliminadas com magia, como se tivessem reiniciado o filme. Não era estranho que estivesse cansada.

    — Vou morrer logo.

    — Então, por que usa toda essa magia?

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