Índice de Capítulo

    Quando abriu a porta do salão, viu Raphael com um traje formal com um corte bem justo, como se hoje estivesse se exibindo.

    — Vossa Alteza…?

    Cayena disse com sua sinceridade desesperada:

    — Afortunadamente chegaste cedo hoje.

    Caminhou em velocidade incomum e se aproximou de Raphael.

    Naturalmente, abrira seus braços a ela, que se aproximava. Cayena não demorou em se jogar em seus braços e, em um piscar de olhos, parou.

    Raphael a olhou como se a visse distraída com algo.

    — Está bem?

    — Certamente.

    Ele apoiou suas costas de maneira firme com suas grandes mãos. Seu afeto a ela, que havia se aproximado por vontade própria, era tão assustador que não conseguia suportá-lo.

    Cayena, sem desfrutar de tal doce, falou:

    — Preciso de sua ajuda.

    — Certo.

    Sequer se perguntou o que aconteceu. Cayena fez uma pausa enquanto tentava continuar, dizendo surpresa:

    — Aceita sem sequer perguntar de que se trata?

    E se pedia uma garantia? Não podia ser, mas quando ela lhe perguntou pareceu muito assustador. Raphael respondeu casualmente:

    — Preciso saltar ao fogo?

    — Não…

    Um sorriso apareceu quando fez tal declaração radical, parecia uma pessoa sem muito sentido comum.

    — Não precisa se jogar ao fogo, mas sim que me empreste alguém.


    O que aconteceu no corredor de carga e descarga foi imediatamente informado a Rezef, que chamou a Sra. Dottie diretamente aos seus aposentos sem demora.

    Os cavaleiros sob controle direto da família imperial decidiram recolhe-la. A maioria deles eram da família Evans, mas não importava o quanto lutassem por poder, eram temerosos diante do príncipe. Além disso, pareciam relutantes em fazer algo pela Sra. Dottie.

    Sendo assim, foi natural que o papel recaísse sobre Jedair. Era um paraquedas desenhado externamente por Zenon Evans. Mas quando o mesmo morreu, foi tratado como uma pipa quebrada. Jedair teve um papel importante em levar a Sra. Dottie ao Palácio, pois também fora ordenado por Heinrich.

    “É natural entrar no Palácio.”

    O Grão Duque lhe disse que voltasse para informar tão logo a missão fosse completada.

     — Tudo sairá a minha maneira, então não se preocupe e siga o que o Príncipe Heinrich lhe disser. 

    A Princesa também dissera algo a Jedair antes da cerimônia de maioridade.

    Estava seguro que havia algo em que poderia definitivamente acreditar quando se tratava da Princesa.

    Talvez porque seu plano era aproveitar a causa e permitir que Jedair saia naturalmente do Palácio. Só então poderia ir ao submundo.

    Ele se deteve em frente a habitação e disse:

    — Faça saber Sua Alteza, o Príncipe.

    A porta se abriu após uma pequena espera.

    — Entre.

    Entraram na sala de espera. Ali, Rezef estava deitado em um sofá com a cabeça jogada para trás. O servente pôs, de uma posição traseira a Rezef, uma mordaça¹ em seu ombro.

    Jedair se pôs em frente a Sra. Dottie e retrocederam em diagonal.

    Rezef, que inclinava a cabeça, lentamente baixou o queixo. Seu olhar frio mirou a Sra. Dottie.

    — Fale.

    A Sra. Dottie se ajoelhou no chão.

    — Um cortesão foi comprado e me enganou!

    — Hm…

    — Alteza, confia em mim? Acredita em mim desde que fui como sua mãe durante toda uma vida, certo?

    Ela continuou decididamente.

    — É uma tentativa daqueles que buscam ferir o poder de Vossa Alteza! Necessitamos encontrar o verdadeiro culpado.

    — Parece saber quem é o verdadeiro culpado. Alguém adivinhou?

    A Sra. Dottie apertou o punho ao lembrar Cayena, que a havia insultado antes.

    — É Sua Alteza, a Princesa.

    — Minha irmã?

    — Sim, isso aconteceu com frequência na história. Está tratando de se tornar Imperatriz e controlar o mundo, com isso me afastar de seu caminho.

    Ela era muito atraente por fora, mas não se preocupava. Mesmo se fosse a juizado imprudentemente, poderia ser absolvida rapidamente. Portanto, só era necessário convencer o Príncipe para que não se sentisse ofendido. Também era necessário distingui-lo de sua irmã.

    — Isso é estranho. Bastante diferente do que me foi informado.

    — Sim…?

    — Um homem chamado Emil Habron foi até o Marquês Evans e se entregou.

    A face da Sra. Dottie ficou pálida com tal frase.

    “Se entregou ao Marquês Evans?”

    Não tinha muito sentido.

    — Não, foi um plano feito pela Família Evans…!

    Só então compreendera a situação. Estava claro que o Marquês Evans tratava de afastar-se do primeiro posto e ganhar influencia dentro da família imperial.

    “Sim, Julia, é óbvio que esteve me enfrentando.”

    — Se é assim, essa é uma artimanha do Marquês Evans. Isso é o que fez para me afastar!

    — Havia dito que minha irmã o tinha feito antes?

    — Isso é… !

    — Quer dizer que minha irmã e o Marquês Evans tramaram para afastá-la?

    — Sim! Como o esperado, Vossa Alteza é tão inteligente.

    Rezef se levantou, se aproximando lentamente da Sra. Dottie.

    — Me perguntava por que minha irmã seguia tentando sair do Palácio…

    Então puxou uma das espadas decorativas da parede.

    — Você era o problema.

    — Bem, Vossa Alteza…

    Ele brandiu a espada de forma imparável e indiferente.

    — Ahhh!

    Ela se encolheu gritando. Quando não sentiu nenhuma dor, levantou a cabeça do chão.

    Clang!

    Rezef lançou a espada.

    A Sra. Dottie tocava o chão com as mãos tremendo, descobrindo assim que seu vestido estava muito rasgado.

    — Vá ao salão e se ajoelhe até que minha irmã a perdoe.

    Era um castigo perfeito. A Sra. Dottie não poderia levantar a cabeça diante da sociedade a partir desse momento. Era praticamente uma sentença de morte.

    — Não pode fazer isso comigo, Alteza!

    Rezef olhou para Jedair, que se encontrava imóvel atrás do mesmo.

    — Saia daqui.

    — Por que me faz isso? Como pode ser tão rebelde?

    Sacou a Sra. Dottie, que segurava Rezef.

    — Acha que sou um nobre humilde e que pode jogar o jogo da realeza?

    Rezef riu nervosamente.

    — Tudo que fez foi porque permiti, mulher estúpida. Ainda não entendeu que tudo foi pelo poder que lhe emprestei?

    Ela estava hipnotizada por sua frieza, sem acreditar no que estava acontecendo.

    — Se minha irmã não lhe perdoar, botarei Emil Habron sobre julgamento junto à Marquesa Dottie.

    Se isso acontecer, teria de sair da capital e sair da sociedade.

    — Alteza! Vossa Alteza Real!

    A Sra. Dottie foi tirada do local.


    Yester descansava no anexo mais próximo ao Palácio durante a cerimônia de maioridade. Tirou um cigarro de sua cigarreira e o pôs nos lábios. Logo, um homem junto a ele acendeu o fogo. A fumaça floresceu densamente.

    Toc, toc.

    A porta abriu e seu assistente disse:

    — Jedair chegou.

    — Diga-o para entrar.

    Yester segurou o cigarro e sorriu ao homem que entrava no salão.

    — Olá.

    Jedair tirou o chapéu e cumprimentou educadamente.

    — Saúdo o Grão Duque.

    Yester, que sentava sozinho em um amplo sofá e fumava, apontou para uma cadeira em frente a ele e disse:

    — Sente ali.

    — Obrigado.

    Yester moveu a mão indicando que estava bem.

    — O que aconteceu com Lervans Dottie?

    — Está de joelhos em frente ao salão pedindo perdão.

    — Hahaha!

    Yester começou a rir.

    — Como era esperado, o Príncipe está louco. Não posso acreditar que esteja cortando a própria gente.

    Era uma carne podre, mas o problema era que Rezef não tinha outra forma de curá-la. De verdade acreditava em sua irmã?

    — Se a Princesa desaparecer, o governo militar será entregue ao Príncipe…

    Era um dispositivo que impediria Rezef de atuar precipitadamente, mas ao mesmo tempo, também parava Yester.

    Quanto mais sabia o que fazia a Princesa, mais interessante era. Estava tão ansioso que não conseguia esperar a ter tempo para os dois a sós.

    Yester pegou um cigarro e o esfregou no sofá.

    Jedair não conhecia detalhadamente o preço dos móveis utilizados pelos nobres, mas estava seguro de que tal sofá era bastante caro.

    — Por que não entras no Palácio como um cavaleiro completo?

    Jedair piscou lentamente.

    — Escutei que não há nenhum cavaleiro para a escolta da Princesa, de qualquer modo.

    “Era sobre isso que a Princesa se referia?”

    Jedair não respondeu que entraria como escolta, como se estivesse temeroso.

    — Está bem, então espero escutar algumas boas notícias suas nesta semana.

    Do contrário, poderia ter dificuldades. Jedair era completamente previsível. A conversa não foi longa.

    — Deve estar ocupado, pode ir.

    Jedair levantou rapidamente de seu assento após a frase de despedida de Yester.

    — Então me retiro.

    Ao sair do salão, Jedair encontrou homens estranhos que vinham do lado oposto. Vestiam túnicas pretas com capuz. Não era estranho que fosse incomum. Quando fez tal pausa, o assistente disse:

    — Por aqui, por favor.

    Havia uma breve vigilância em seu tom. 

    — Oh, sim, sinto muito.

    Baixou a cabeça e seguiu lentamente o assistente. Enquanto as túnicas passavam, era notável um leve odor a sangue. Teve calafrios. Se sentia sujo apesar de haver um capuz sobre o leve cheiro repugnante.

    “São gangsters recém contratados?”

    Para tal ocorrido, o material de mercenário era maior que o de gangster.

    — Senhor Jedair?

    — Sim, já vou.

    Jedair se apressou a segui-lo antes de pensar que era um estranho.

    “Não parece ser algo bom, informarei a Princesa.”

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