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    Pode-se dizer que o que um dia foi liberdade, no outro se converteu em vingança? O que acontece com o mundo em que desapareceu? Nessa história, Cayena era uma vilã e seu irmão mais novo um tirano.

    Teve de enfrentar um final miserável, mas desde seu renascimento, a história mudou. As coisas que estavam distorcidas em confusão se espalharam forçosamente e se uniram.

    O cenário que desenhou foi obviamente bom. Personagens aos quais deu um cenário e um papel decente eram suficientes para pensar que ela mesma poderia completar uma história plausível.

    Entretanto, essa era uma história na qual um vilão não devesse ser feliz em primeiro lugar, todos devem estar descontentes. A felicidade completa era uma ilusão e, ainda que fosse pessimista, tentou pensar de uma forma realista.

    Entretanto, não sabia por que os pensamentos realistas pareciam escapar de seu propósito: a realidade.

    — Cain disse que revogar o contrato poderia prejudicar ao jardim.

    Bayel amaldiçoou Cain, já que esse era um tabu que não deveria ser dito ao mago contratado. Tirando a mão da xícara, Cayena perguntou a Bayel:

    — Se cancelar o contrato, Bayel, o que acontecerá com você?

    — …

    Não poderia falar, pois não saberia como pedir algo assim. Deveria dar a conhecer o que aconteceria, mas estava claro que a Princesa já tinha entendido muito deste breve silêncio.

    — Se for assim, o poder do jardim seria muito enfraquecido. Então outro como Cain poderia se tornar louco e roubar o jardim.

    Cayena prestou atenção ao — Se Bayel fosse como o da novela original— e, se fosse assim, significa que a situação agora mudara?

    — Tivemos uma reunião com os magos. Cain fora o objetivo número um para ser tratado pela Associação de magos, mas sua força era tanta que não se podia dominar prematuramente e você se encarregou dele.

    Ele falava suavemente.

    — É por isso que a Associação se moveu?

    — Correto. Decidimos cancelar o contrato mágico se assim desejar e, em nome de recompensa, decidi compartilhar os riscos que convém.

    Ela não sabia como funcionava o mundo mágico, mas sentia que eram muito considerados com ela. Talvez Bayel não viva muito? Ela seguiu escutando-o silenciosamente.

    — Se beber esse chá, o contrato será revogado e já não serás um mago contratista. Sua vida retornará e poderá viver como uma pessoa normal, como antes.

    Dito isso, o olhar de Cayena caiu sobre o chá rosa que desprendia um odor fascinante.

    — Se for a Rainha, viva. Mantenha-se viva e pense mais nisso.

    — Isso faz com que a ponta de meu nariz formigue…

    — De qualquer forma, poderia falar sério?

    — O digo seriamente.

    Mas Bayel não acreditou em suas palavras. O gato suspirou brevemente enquanto arregalava os olhos e dava sua palavra final a Cayena:

    — Minha persuasão termina aqui, a decisão é sua.

    Ele terminou de falar e desapareceu. Os dedos de Cayena passaram suavemente pela borda da xícara, um toque ao qual não se sabia se segurava a xícara ou não, desenhando uma elegante curva. Murmurou em voz baixa:

    — A decisão é de minha responsabilidade.

    Seus dedos seguraram a asa da xícara.


    O Imperador se levantou com o apoio do chefe Laden.

    — Todo o veneno foi eliminado, mas ainda está fraco.

    O Imperador riu de sua inquietação.

    — O que fez por salvar minha vida? Além disso, tenho um coração bom esses dias, então sinto menos dor que antes.

    De fato, depois de ser revivido, o Imperador Esteban teve sua energia muito enfraquecida, mas sua face parecia melhor.

    — Rezef ainda não visitou Leo Francis?

    — Sim, parecia louco por encontrar a Princesa.

    — Bem…

    O Imperador lidou muito tempo com Rezef e conhece bem sua natureza. Rezef não permitiria que Leo o ameace e ofenda sua legitimidade, logo Leo morrerá pelas mãos de seu próprio filho. Estava completamente satisfeito.

    — Catherin e Ethel devem entrar logo ao Palácio, não me sinto confortável com o posto de sucessor vazio.

    Quando o Imperador insistiu, o chefe Laden compreendeu de imediato, olhando para cima.

    — Me adiantarei e procederei com o livro da Imperatriz.

    O Imperador sorriu com suas palavras.

    — Cayena se foi? — O disse como se fosse a história de outra pessoa.

    — Dizem que desapareceu repentinamente após entrar no dormitório do Príncipe. Tento entender o que aconteceu, mas não consigo.

    — Isso é algo estranho.

    Depois disso, o Imperador comeu algo simples, sem sentir muita pena pela desaparição de sua filha. De qualquer forma, ainda que assim fosse, metade do seu sangue era o da Imperatriz. Entretanto, era estranho que desaparecesse sem deixar rastros, uma Princesa que desaparece como uma bolha de sabão.

    Ainda mais incomum era seu estado, pois, mesmo que o diagnostico de morte fosse falso, estava seguro de ter bebido veneno. Mas quando acordou, não havia sinais de tal.

    “Mas que infernos?”

    Ontem, Raphael havia lhe dito que Cayena o salvou. Não significa que voltearam o tabuleiro e derrotaram os que haviam sido diagnosticados como mortos, mas sim que havia algo mais?

    O chefe Laden disse:

    — O Grão Duque Heinrich segue afirmando que a Princesa é uma maga e que também tem o poder de desaparecer repentinamente. Mas como não tem fundamentos, é uma pena…

    — Magia?

    O imperador também recebeu informes do sucedido na competição de caça e não podia deixar de saber que o poder do demônio havia se manifestado e que se preparavam para uma prova divina no grande templo durante muito tempo e era esperado um motim.

    Yester possuía um apito que chamava os monstros. No contexto, o que sucedeu no evento fora reduzido a ele, tendo suas palavras sendo descartadas com um desprezo inocente.

    — Cayena é uma maga…?

    Sendo uma, teve um estranho pressentimento. Era ela quem fazia uma voz ridícula para escapar da situação em que Yester enfrenta agora? Não era. Os sinais de envenenamento desapareceram como se o tivessem lavado e os clamores de Yester…

    “Era dito que nos antigos Impérios o sangue de um feiticeiro faria um elixir que curaria todas as doenças.”

    Pode ser que estivesse bem por beber o elixir. Mas também poderia ser uma especulação, ainda válida de reconhecer. Se fosse verdade, não seria possível uma aproximada vida eterna com a qual os governantes sonharam?

    Sua filha era um elixir. A boca do Imperador estava marcada por um grande sorriso.

    — Não há nada mais útil que Cayena.

    O Imperador se dirigiu ao chefe dos serventes:

    — Assegurem-se de mobilizar todas as forças centrais em encontrar Cayena.

    Então Laden disse:

    — A liderança do exército central passou para as mãos do Príncipe, que já está em busca da Princesa.

    — É o direito de tomar o controle?

    O Imperador franziu o cenho, pensando que, se Cayena desaparecera durante o dia, o comando do exército central passaria a Rezef. Nesse momento, pensava que havia controlado Rezef de tal forma que não fosse cauteloso de forma inteligente, mas agora era irritante.

    — Tsk, deixem-nos seguir com o que fazem, mas prive o Príncipe de sua autoridade. O Imperador dirigirá o exército por conta própria.

    — Aceito as ordens, Majestade.

    O Imperador exalou um longo suspiro e se submergiu em uma sonolenta satisfação.

    “Isso fará com que minha vingança se torne realidade, ainda que seja o nível de castigo generoso por coisas que não seriam fáceis de matar de imediato.”

    Tudo que restava era ver a mão de Rezef lidar com Leo Francis. Enquanto sua mente relaxava, sua condição física parecia melhor que o comum, passando um tempo sem correria, um momento de paz apenas para o Imperador.

    Nesse momento, a notícia da desaparição da Princesa se estendeu pela capital como um fogo aceso em óleo e os nobres que a apoiavam clamavam:

    — O lugar em que a Princesa sumiu foi o dormitório do Príncipe, como seria isso possível?

    Alguns argumentaram que Rezef havia a matado e espalhado que havia desaparecido.

    — Se há um dia com a aparição silenciosa da Princesa, não passa assim o comando militar para o Príncipe Rezef?

    Esse também era um dilema para os da Corte Imperial. É bom que a Princesa desaparecesse, mas por isso, era o Príncipe o suspeito mais forte. Se tão somente Cayena morresse, Rezef era de fato o único herdeiro ao trono.

    A historia de Rezef sequer era relacionada a ressurreição do Imperador, mas sim que era um filho ilegítimo nascido entre a Imperatriz e Leo Francis. Parecia que alguém observava a situação e criava rumores em silêncio.

    De qualquer forma, toda essa confusão não parecia ter nada a ver com o Imperador, mas repentinamente surge um novo problema:

    — Vossa Majestade!

    O capitão Laden, que sempre tinha um bonito sorriso, entrou envergonhado nos aposentos do mesmo.

    — O que foi?

    Laden, inclinando a cabeça, disse:

    — Se estenderam muitos rumores no mundo social de que o verdadeiro culpado por matar a Imperatriz com sua alergia a nozes foi o senhor.

    — O quê?!

    Não somente isso, mas também foi revelado o constante abuso do Imperador em Rezef. A alta sociedade estava assombrada com tais terríveis fatos. Mesmo o templo, que esteve ocupado com as provas divinas, ficou atônito.

    O Imperador que matou a esposa e abusou os filhos… a opinião pública da capital revirou da noite ao dia. O Príncipe Rezef se tornou na pobre vítima dos maus-tratos do Imperador. O Imperador liberou sua fúria:

    — Que diabos é essa merda?!

    Enquanto gritava, tossiu secamente, mas essa dor não era um problema importante, mas sim saber como e por quê esses fatos foram filtrados.

    “O Duque Raphael?”

    Mas, qual seria a razão para Raphael criar opinião pública em favor de Rezef? A pessoa que mais devia odiar!

    Entretanto, a expressão do chefe Laden era assustada, surgira um novo problema?

    — Algumas pessoas dizem até mesmo que o diabo que invoca o Príncipe não é realmente Sua Alteza, se não Sua Majestade, o Imperador.

    — O quê!

    Suas palavras não terminaram:

    — Além disso… Os rumores de que Vossa Majestade causou danos à Princesa por tê-lo desafiado…

    — O que quer dizer?! Quem está falando esse tipo de coisas em sã consciência?!

    O Imperador de repente se sentiu tonto. Por um instante sua respiração estancou e sua visão estava escura e, enquanto vacilava, Laden o segurou e encostou-o na cama, gritando:

    — Chamem o médico!

    O Imperador disse em meio a dor:

    — Quem, agora mesmo, se atreve a enganar com essa ridícula história?!

    Certamente, há não muito tempo, parecia ter o mundo em mãos.

    Mas os céus mudaram da noite á manhã. Simpatizam com Rezef por não terem nada com que simpatizar? Estava tão irritado que ficou em branco.

    — Agora que o penso…

    Toda essa opinião pública fazia muito bem a Rezef. Seus dentes estavam muito afiados. O Imperador ordenou sem piedade:

    — Tragam Rezef.

    Rezef. Ele estava seguro de que era o principal culpado nesse caso.

    Logo, quando o mesmo chegou, estava diferente do comum: deprimido ao ponto de seus cabelos estarem em caos. Ainda assim, sua camisa, com a qual não se importava em absoluto, era notável. Através de seu cabelo dourado, seus olhos sem foco passaram pelo lugar, logo chegando ao Imperador, que o olhava como se o fosse despedaçar.

    — Nem sequer esta besta poderia!

    Ele jogou tudo o que tinha em mãos em Rezef, mas como a energia de seu corpo não suportava, os machucados não foram muitos.

    — Depois de lhe criar e alimentar, se atreve a me olhar como seu inimigo? Como se atreve a dizer que eu sou o responsável?!

    — … — Rezef não respondeu.

    Como sempre, se ajoelhou e não buscou falsos perdões de seu pai.

    Parecia ter perdido sua alma, se tornando um boneco, sequer olhando o Imperador envolto em uma ira incontrolável. O que estava em frente a ele não era homem, se não uma besta. Uma besta vulgar que se atrevia a subir as escadarias sem saber do que se tratavam, esse era Rezef. O Imperador nunca, nem por um momento, o considerou um filho, lamentando ás vezes em ter Rezef debaixo de sua guarda.

    Ainda assim, o mesmo fez um bom trabalho contra Yester, que era ganancioso e o considerou uma ferramenta útil. A razão pela qual respira e desfruta o luxo de receber o castelo Imperial era por que ele, o dono do mundo, cuidou dele. Entretanto, se atreve a bater a cabeça nas costas de seu dono.

    — Por ter ouvidos deve escutar falar de seu humilde nascimento rolando pelo mundo social? Acha que é um rumor? Por isso não estive criando mal sangue!

    O imperador mostrava em seu rosto enrugado uma expressão demoníaca.

    — Não é filho do Imperador! Não sabe que não é da família real e que posso destronar a Imperatriz em um instante?

    Rezef somente o olhava de forma insensível, um olhar que parecia repugnante e desrespeitoso.

    — É o poder, afinal, que dá a volta ao mundo. Há um exército central sob a mão do Imperador, sendo assim, como se atreve?

    Lançar o exército poderia destruir não apenas Rezef em frente a si, mas a família Francis em apenas instantes.

    — Você e seu pai biológico nunca morrerão confortavelmente!

    Nesse momento, Rezef murmurou com a expressão em branco:

    — Barulhento.

    — O quê…?

    O Imperador franziu o cenho, pensando ter se equivocado. Então Rezef levantou a cabeça e disse outra vez:

    — Cale-se.

    Não importava o quanto buscasse, não viu Cayena. Durante um dia como esse, os relatos da Princesa desaparecida se espalhou por todo o Império, mas ninguém a viu. Mesmo se seu rosto estivesse oculto, ainda era reconhecível.

    O tempo passou com indiferença, uma série de dias dolorosos e maldições. Os barulhentos rumores que sacudiam a capital não lhe interessavam. Tudo que tinha de fazer era achar Cayena e o dominou o fato de que tinha de encontra-la, mas não sabia o que fazer.

    Rezef finalmente se dera conta do que era medo. Quando percebeu que talvez não pudesse encontrar Cayena, sua mente se quebrou e surgiram a ira e violência descontroladas. Mas novamente, ao recordar suas lágrimas, a ira esfriou e uma terrível sensação de perda o abateu como ondas. Queria matar todos, desfazer-se disso, queimar todo o Palácio e o Império em cinzas. Dessa forma, não apareceria Cayena?

    Então, quando a faísca de ira apareceu novamente, pensou nisso: A quem devia culpar? Ele seguia caindo em um inferno sem fim.

    — Sequer sabe sobre o tema!

    O que uma vez pensou ser seu pai o enfureceu. Desde um tempo, fora impedido de pensar em Cayena porque continuava falando em voz alta, Rezef o olhou desinteressado.

    — Bem, se o pensa, não foi minha culpa.

    Ele sempre buscava os problemas em outro lugar que não ele mesmo. Mais uma vez, pode encontrar facilmente o problema no exterior. A Imperatriz, Leo Francis e o Imperador Esteban foram os que provocaram a desaparição de Cayena.

    — É um problema.

    Deu um passo em direção ao Imperador e o mesmo sentiu calafrios na coluna ao ouvir sua voz com ira profunda. Desde o princípio soube o feroz que era Rezef, entretanto, frente a ele era apenas uma coisa inútil que não se atreveria a mostrar as garras. Como tal, esteve convencido de que nunca se atreveria a desafiar sua autoridade, por mais mau que fosse.

    O Imperador retrocedeu sem pretender fazê-lo, mas Rezef sorriu com o rosto pintado em loucura:

    — Não é essa a razão pela qual não posso encontrar minha irmã?

    Correu até o Imperador, que tentou chamar um escolta:

    — Escolta… Uh!

    Estevan caiu na cama. Seu rosto estava coberto com um travesseiro antes que entendesse a situação. Estava sem ar, sem poder ver nada e apenas sentindo o poder e malícia do assassinato. Lutou como louco por sobreviver.

    Se encontrasse a sua filha Cayena, o  poder do elixir o devolveria a seu melhor estado! Então Rezef sequer chegaria a esse momento…

    — Uff! Uh!

    Seu corpo, que lutava, gradualmente perdeu as forças e caiu.

    — …

    Tudo se tornou silencioso e Rezef se sentiu mais relaxado quando acabou o barulho que encheu o dormitório. Ele soltou a almofada e riu quando viu que o Imperador havia sido morto por ser um problema.

    Toc, toc.

    — Vossa Majestade, é Laden, posso entrar?

    Se sentindo desconcertado, o chefe Laden bateu na porta do dormitório, que Rezef abriu um pouco.

    — …!

    Puxou o chefe Laden, fechou aporta novamente e o acertou com um candelabro de cobre próximo. O assistente, ao ser acertado por um objeto tão pesado, morreu imediatamente, surgindo assim, dois corpos em um instante.

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