Índice de Capítulo

    A Princesa Sahir engoliu em seco. Cayena falava em um tom comovido, fingindo não reconhecer a situação:

    — Heimbel é alvo de ganância e o Duque carece de mais gente que ele. Parece que a situação do Império se distorceu por completo, aparentemente passivo em uma situação em que é provável começar uma guerra.

    Quanto mais dizia, mais arregalados se tornavam os olhos da Princesa Sahir. As palavras de Cayena não terminavam ali.

    — Nesse momento, se tiver sorte, poderia pressionar um pouco Heimbel para conseguir, ou talvez não o faça.

    — Princesa…

    Cayena mostrou de imediato suas intenções. A Princesa Sahir não pôde ocultar sua vergonha por não saber que Cayena falaria tão abertamente. Cada uma de suas palavras representavam exatamente os sentimentos de Yulryeong. Se conseguem ou não Heimbel, não era perda alguma. Inclinando a cabeça, Cayena disse:

    — Mas, o que devo fazer? Já o teria feito, mas odeio sair ferida.

    — …

    A Princesa Sahir se deu conta de que não poderia lidar sozinha com a Princesa Cayena. Mordeu os lábios e se desculpou.

    — É difícil para mim lidar com a vontade do Reino, por favor, diga-me os meus defeitos.

    — Oh, certamente. Quero me levar bem com Yulryeong.

    Para se levarem bem, o reino deveria pagar um preço por usar o Império para se atrever a encher seu sucessor.

    — Em primeiro lugar, espero que os assuntos relacionados a Heimbel esteja completamente documentado para que não se possa dizer nada no futuro.

    Mesmo se Lorde Heimbel solicitou a naturalização do ducado de Kedrey, não é possível terminar apenas em um acordo verbal. Em particular, Heimbel era inviolável na virtude sob o acordo tácito entre estados e também recebeu muitas comodidades do mesmo, sendo essa parte a qual Yulryeong olhava.

    Cayena não dizia que iria resolver tal.

    — Isso é…

    — Comparado ao acontecido hoje, não parece muito o que pedi, certo?

    Sahir quis suspirar. Esperava um erro de Luhin, mas não um acidente irreparável.

    “Não, as coisas teriam acontecido dessa forma, mesmo sem a Princesa.”

    — Transmitirei a vontade da Dama Imperial a Yulryeong.

    — Certamente pensamos que essa conversa funcionaria.

    Sahir estava um pouco nervosa, escutara que o Império estava sem sucessor, mas isso significaria que a Princesa seria a próxima Imperatriz?

    — O Império tornará ao seu apogeu.

    Era algo lamentável. Depois de conversar um pouco mais, Cayena se levantou ao terminarem.

    — Princesa Sahir, comunique bem minha vontade ao seu reino.

    — Está bem…

    Cayena prevaleceu sobre Yulryeong mesmo antes de ascender ao trono e, após esperar que tal fato se estendesse até a capital, pensou que aconteceria novamente.

    Foi guiada por um servente e se dirigiu a habitação na qual Raphael aguardava. O cumprimentou com um sorriso amigável ao entrar no local.

    — Terminou bem?

    — Certamente.

    Não se viram em semanas, então se abraçaram por um tempo e compartilharam carinho. Havia uma sensação de estabilidade na sensação de calma e serenidade. Era tal o vínculo que lhe deu a convicção de que era um companheiro para toda a vida. Raphael esperava que Cayena gostasse do lugar, pois um dia seria seu lar e desejava que fosse confortável a ela.

    — Quer ver o castelo?

    Cayena também o sentia em seu coração. Ela respondeu com um pequeno sorriso:

    — Está bem.

    Deram as mãos e caminharam juntos pelo castelo Kedrey. A mansão da capital também é o lar de Raphael, mas tal castelo também era o verdadeiro lar da ex-Duquesa de Kedrey. Sentiu a disciplina de uma família com exército e o tamanho do jardim exterior também era bom. Basicamente, havia espaços aos quais podia ir a cavalo e se pensasse bem, Lady Noah tinha um físico bom como nenhuma outra dama da capital o tinha.

    A notícia de que Cayena estava ali se estendeu por todo o ducado. O povo do castelo estava mais surpreso pelo fato de que era amante de Raphael que o fato de ter aparecido ali de repente. O mais impactante era a atitude de Raphael.

    — Oh meu deus, nosso mestre…?

    Nunca pensaram que o mel pudesse escorrer dos olhos de Raphael, além de considerarem impossível que pudesse cuidar de alguém com ternura. Ele, que atuava como se não fosse casar, estava apaixonado. Viram essa impactante cena de longe, depois sorriram felizes. Era realmente bom ver o frescor do amor e a estabilidade do maduro que eram ambos.

    Raphael levou em consideração a força física de Cayena, a guiando adequadamente e logo lhe mostrou os lugares mais importantes.

    — Esse será o local usado por Vossa Majestade mais tarde.

    Era o dormitório e sala de recepção da anfitriã do ducado. Como se ninguém o houvesse utilizado, toda a decoração da parede e os móveis estavam cobertos com panos brancos.

    — Me sinto estranha…

    Cayena disse após olhar cuidadosamente ao redor da habitação que um dia será  sua própria, mesmo que ainda não devidamente equipadas.

    Raphael a olhou enquanto a mesma observava a habitação. Tinha uma expressão estranha, indefinida como tristeza ou alegria. A abraçou pela cintura, como se a tranquilizasse. Cayena riu, segurando o braço que a rodeava.

    — Não posso me imaginar casada.

    Já tinha se casado em sua primeira vida, mesmo que não fosse um casamento grande ou um bom sob a benção de alguém. Então, agora o seria? Cayena não podia imaginar facilmente o que aconteceria se casasse. Se o fizesse com Raphael, viveria confortavelmente aqui e um dia terá filhos e os criará. Tudo isso era como o trabalho de outra pessoa nesse momento.

    — Algum dia será nossa rotina diária. Como casal, dormiremos, acordaremos e viveremos juntos, assim compartilhando nosso tempo um com o outro.

    Cayena girou lentamente e o olhou, dizendo simples e honestamente:

    — O farei bem.

    O coração de Raphael dizia:

    — Estou impaciente por poder chamar-lhe de esposa.

    Dito isso, Cayena riu.

    — Então o chamarei de carinho?

    Raphael franziu o cenho levemente. Salivou um pouco e disse em voz baixa:

    — Estou em problemas… Estou mais feliz que o imaginado.

    Que esse dia chegasse e se possível um pouco antes.


    Yulryeong se retirou apressadamente do ducado por temor a serem presos por Cayena. Logo foi enviada uma carta oficial ao Palácio Imperial, na qual mencionava que Yulryeong já não se envolveria no tema de naturalização de Heimbel, segundo o acordo verbal com a Princesa. Também se desculpavam oficialmente pela atitude rude do Príncipe Luhin e anulavam seu direito de sucessão, esperando que não tivessem problemas entre os dois países.

    Graças a isso, a capital estava em alvoroço.

    — Isso significa que a filha da Imperatriz agora está no ducado?

    Quando já estavam confusos pela história original, esta vez o Duque enviou uma onda que a quebrava: O Palácio Imperial foi ameaçado e a filha imperial lhe pediu ajuda para se esconder, o que levou ao surgimento de uma crise nacional.

    O Baron Elivan, a Marquesa Evans e a família Dottie celebraram uma conferência aristocrática.

    — Nunca houve um momento em que o posto de governante esteve vazio tanto tempo. Adiante, tragam a Princesa para que assuma o trono.

    Os três já estavam completamente no partido de Cayena e todos aqueles que somente sabiam que a família imperial imediata havia desaparecido e desejavam construir uma nova, fracassaram. Mesmo antes de se sentar no trono, o grande poder de Yulryeong havia sido dominado e não era algo que uma pessoa comum pudesse fazer. Cayena uma vez mais mostrou por conta própria suas habilidades.

    Suas ações se estenderam rapidamente pelo povo imperial, que, vagando em busca dela, estavam entusiasmados de que reaparecesse como um cometa ao Império.

    A cerimônia de regresso de Cayena foi rapidamente realizada. Os cavaleiros de Kedrey protegeram profundamente a carruagem em que a Princesa viajava e se moveram para o Palácio Imperial. Raphael, montado em um cavalo negro, ia guiando. Os imperialistas que saíram às ruas jogavam pétalas e elogiavam Cayena em voz alta.

    — Viva a Princesa!

    — Urra pela Princesa!

    Não tinham dúvidas de que logo a chamariam de heroína e não Vossa Alteza. Parecia celebrar um festival.

    Logo a carruagem se deteve no Palácio e o servente correu até a sala de conferências, onde dezenas de nobres se reuniram antecipadamente para vê-la.

    — Vossa Alteza chegou!

    Logo, um sentimento de tensão e alegria preencheu a sala. A porta se abriu e dali apareceu Cayena, escoltada por Raphael.

    Ela usava um vestido branco enfeitado com um brilho sutil. Seu cabelo era longo e estava solto, sem enfeites, exceto um jogo de diamantes. Foi modesto, mas sua presença era grandiosa. Era um regresso majestoso, como se deus tivesse se manifestado. Ante sua aparição, os nobres se ajoelharam ao chão e fizeram uma reverência.

    — Saudamos Vossa Majestade, a Imperatriz.

    Todos os nobres reunidos ali eram chefes de família e a reverência realizada era excessiva. Entretanto, não lhe pareceu demais, pois não apenas ainda não foi coroada, mas já era a dona do Império.

    Ela caminhou até o trono e ali sentou. Ainda que era uma cadeira enorme feita de ouro e coberta de almofadas vermelhas, não lhe era incômoda. Era perfeita, como se fosse feito para ela.

    — Que todos sentem.

    Ela não usou honoríficos ao se dirigir aos nobres e os mesmos não se incomodaram por isso. Se levantaram e sentaram nos locais vazios.

    — Obrigada por manterem a capital firme.

    Todos negaram com a cabeça.

    — Igual que Yulryeong, se determinou que a situação do Império poderia ser negativa e haver gente que influísse negativamente. Como agente da administração estatal, pensei que deveria retornar ao Palácio e estabilizar o Império.

    — …

    Entre os que se reuniram, os que diferiam de Vossa Majestade se calaram com força. Logo o Barão Elivan disse:

    — Está bem que fale, Majestade?

    — Fale.

    — Creio que estabelecer um líder é o primeiro que deve ser feito para que se estabilize a situação do Império.

    Todos na sala se iluminaram, com os olhos de quem adivinhavam o que diria a seguir. Ele prosseguiu firmemente:

    — Reze para que Vossa Majestade, a Imperatriz, permaneça no trono depois deste momento.

    Isso era programado e todos ali já se haviam reunido para antecipar a sucessão de Cayena ao trono. Então, tão logo como suas palavras acabaram, os nobres que esperavam fizeram uma reverência em conjunto.

    — Que siga no trono!

    Cayena, sentada no mesmo, os olhou. Finalmente, disse algo:

    — De acordo com seus desejos, o sucessor governará o Império.

    Os nobres gritaram prosperidades ao seu novo Imperador:

    — Viva Vossa Majestade!

    Era bastante natural que ela se tornasse Imperatriz, mas tinha de fazer mais que isso:

    — Cathrin e Ethel são parentes consanguíneos diretos da família Imperial, podendo usar o sobrenome Hill e ascender como ex-Imperatriz e Príncipe.

    — Aceitamos a ordem.

    — O primeiro-ministro Debussy renunciará a seu cargo, sendo passado a Marquesa Julia Evans o direito da rota comercial de Heimbel em seu título.

    Então, Julia, sentada próxima a ela, se levantou emocionada e agradeceu:

    — Estou profundamente agradecida pela sua graça.

    Cayena sorriu levemente ao fazer contato visual com a mesma, que não se atreveu a se mostrar como solenemente digna. Mas todos engoliam em seco sempre que ela falava, devido a que a estrutura de poder do Império estava sendo reorganizada em tempo real.

    — Creio que fará todo o possível pela rápida estabilização do Império. Então terminamos aqui.

    Cayena declarou o encerramento e se levantou de seu assento. Disse que teria êxito no trono, mas não estava em uma situação na qual se celebraria imediatamente a coroação. O período no qual houve ausência de governante foi longo demais Sua cabeça já formigava com a ideia de tratar com o trabalho acumulado.

    — Vera e Olivia devem ocupar cargos no Palácio e, se possível, Susan também.

    São nobres apenas de título, mas são capazes. Se deteve na entrada da sala de conferências e olhou para trás.

    — Que o Duque Raphael acompanhe Vossa Majestade.

    Raphael sorriu ante suas palavras.

    — Aceito as ordens, Majestade.

    Os nobres que inclinavam a cabeça olharam ambos com um olhar estranho. Cayena saiu da sala de conferências escoltada por Raphael e no exterior, Vera, Olivia e Susan a aguardavam.

    — Felicidades por sua subida ao trono, Vossa Alteza.

    Quem dera tivessem uma celebração, mas não puderam. Vera disse:

    — A cama para Vossa Majestade fora preparada com antecipação.

    Vera revirou o Palácio tão logo como chegou a carta oficial em forma de decreto. Em particular, a cama do Imperador a qual Cayena dormiria foi completamente renovada.

    — Também preparamos um espaço para que o utilizem a ex-Imperatriz Cathrin e a de Sua Alteza, o Príncipe Ethel, de modo que sempre estejam pelo Palácio.

    — Obrigada.

    Mais uma vez, suas damas eram competentes. Mesmo se não pudessem estar com ela como serventes diretas, pensavam que seriam serventes de protocolo e as manteriam em uma posição importante.

    — Obrigado por me contar.

    Cayena riu das palavras de Olivia.

    — Sem vocês, não seríamos capazes de viver esse dia. Conto com sua ajuda no futuro.

    Todos acolheram suas palavras inocentes.

    — Vossa Majestade é a que nos guia! Como poderíamos ajudá-la?

    Ante isso, Cayena entrecerrou os olhos.

    — Não será muito trabalho, verdade?

    Susan respondeu:

    — Um pouco…?

    Era uma resposta que apenas se dera conta e, tão logo como as palavras de Susan caíram, todas começaram a rir. Nesse momento, Julia veio correndo:

    — Não me abandonem!

    Vera negou com a cabeça ante a frase insignificante. Cayena, segurando a mão de Raphael fortemente, disse a todas:

    — Todas recém começam. Os dias no Palácio sequer poderão ser comparados. Ainda assim, espero que possam me seguir.

     Todas riram novamente.

    — Dê por feito.

    Em lugar de responder, Raphael apertou levemente as mãos que estavam juntas, reconfortante.

    Poderiam fazer qualquer coisa e hoje era o primeiro dia da história.

    A vilã é uma marionete – Fim da história principal!

    uuuu mais uma completa uu ~ pra quem não sabe o original em coreano tem 166 capitulos a história principal na kakao, eu traduzi de um tradutor espanhol que se guiou pela versão do livro que é dividido por volumes ai fica +- 2/3 capitulos em um só, por isso aqui vai só até o 145 ~ mas continua sendo a mesma história com o mesmo conteúdo ta ~ agora vamos para os extrass ~ Bia

    Ajude-me a comprar os caps - Soy pobre

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