Índice de Capítulo

    — Então, havia um espião rebelde no palácio imperial, — disse Cayena.

    — … desculpe? — disse a Sra. Helier. 

    — Um espião?

    Cayena ordenou ao cavaleiro: — Prenda a traidora.

    — Eu não sou uma traidora, Vossa Alteza! Na verdade, não estou. Eu simplesmente recebi este presente da família Sovenin! Se houver um problema com esses itens, então eles devem ser os traidores! — Então, a aparência da Sra. Sovenin mudou abruptamente.

    — O que você está falando? Essas joias não são da minha família! — O rosto da Sra. Helier parecia mais um demônio do que o de costume. Ela cuspiu: 

    — Cale a boca, sua ingrata! — Ela tirou o anel de sua mão e o jogou na Sra. Sovenin.

    — Kyaa! — Atingiu a testa da Sra. Sovenin e caiu no chão.

    — Eu não deveria ter aceitado nada de uma família tão humilde e sem base! Vossa Alteza, essas pessoas se aproximaram de mim com más intenções. Mas não tenho nada a ver com eles! 

    — Claro, Sra. Helier. Sei bem que você tem se esforçado para cuidar do palácio imperial. Portanto, é injusto suspeitar de sua deslealdade.

    Cayena tirou um anel de seu dedo e deu a um cavaleiro perto dela.

    Foi o anel de ouro que provou que ela era um membro da família imperial. 

    — Procure na casa de Helier e na casa dela antes que ela se casasse com alguém da família. Encontre qualquer coisa com o selo da família traidora.

    A Sra. Helier desabou no chão.

    Cayena acrescentou gentilmente: — Essa é uma ordem.


    — Que bagunça, — disse Vera, que tinha seguido Cayena o dia todo para inspecionar o palácio. Seu rosto estava cansado.

    Elas puniram ou recompensaram cada seção do palácio imperial.

    Claro, havia muito mais punições do que recompensas.

    As pessoas já pararam de se preocupar em como Cayena sabia de tudo isso. O que importava para eles era o quanto mais ela sabia. Por outro lado, Cayena sorria.

    — Correu como eu esperava.

    Então, ela se virou para consolar Vera e Olivia.

    — Olivia, você passou por um grande trote no seu primeiro dia no palácio.

    — Nem um pouco, Vossa Alteza.

    — Eu quero que você tenha um bom e longo descanso amanhã. Ainda assim, já que você me seguiu hoje, todos deveriam conhecer seu rosto e não agiram precipitadamente contra você.

    Olivia fez uma breve reverência.

    — Eu sou grata por seu cuidado.

    — Você pode ir. Descanse um pouco, Olivia.

    Com as palavras de Cayena, Olivia saiu do quarto.

    — Como estava Sua Majestade? — Cayena perguntou a Vera.

    Em meio a sua agenda lotada, Cayena designou criados das outras cozinhas para a cozinha central, a fim de preparar o jantar para o imperador e Rezef. Vera cuidou de entregar ela mesma a comida na cama do imperador.

    — Você já ouviu tudo. Sua Majestade me disse para vir rapidamente para o seu lado, pois você estaria ocupada.

    Foi uma expressão indireta, mas inequívoca de apoio às ações de Cayena.

    — Eu deveria pensar sobre que tipo de recompensa pedir dele, —Cayena murmurou.

    “Eu também tenho que pensar sobre como lidar com a reação de Rezef.”

    Sua cabeça latejava de dor.


    O quarto do príncipe estava em reparos. Nesse ínterim, Rezef foi transferido para uma pequena sala.

    Foi uma sorte que ele não estava mais louco, ameaçando matar pessoas ou destruir coisas. Mas havia outro problema.

    — Por favor, reconsidere, Vossa Alteza.

    Rezef tinha um livro nas mãos.

    Também havia vários livros sobre a mesa, todos relativos a viagens. Eram cópias dos livros emprestados por Cayena.

    Zenon queria amaldiçoar sua aparência despreocupada, mas ele mal se controlou. Ele perguntou: — Por que você está tentando trazer Catherine Lindbergh, Vossa Alteza? É muito arriscado.

    Rezef não tirou os olhos do livro enquanto respondia, como se não houvesse problema.

    — Qual é o problema? Ela só será registrada como filha adotiva no registro de família do Conde Hamel.

    — Essa mudança vai apenas criar novos competidores. A coisa chamada influência é fluida.

    Então, Rezef largou o livro que estava lendo e olhou para Zenon.

    — Você fala como se as forças que reuni até agora certamente se separarão para apoiar o filho de Lindbergh.

    As forças de Rezef, que haviam crescido em tamanho desde que se formaram, seriam agora mais cuidadosas em vez de avançar descontroladamente.

    Em particular, os nobres que apoiaram Rezef tendiam a ser conservadores.

    — Se Catherine Lindbergh se tornar imperatriz, seu filho terá uma reivindicação mais legítima ao trono do que qualquer outra pessoa. Alteza, você não vê como isso seria perigoso?

    A maioria dos nobres conservadores apoiava Rezef por uma razão simples: ele era filho do imperador.

    — Legitimidade, isso, legitimidade, aquilo! 

    Bam!

    Rezef jogou uma xícara de chá. Em um instante, a atmosfera esfriou.

    — Não importa o quanto Lindbergh tente! — Rezef disse, olhando para Zenon com olhos azuis penetrantes.

    — Serei mais rápido para obter o trono.

    Agora, Rezef não estava em condições de ser persuadido. Zenon deu um passo para trás e abaixou a cabeça.

    — Por favor me perdoe. Foi um lapso de língua.

    Algo estava errado.

    — Eu não quero olhar para você, então saia.

    Rezef não disse mais nada e virou a página de seu livro.

    Depois que Zenon saiu, o lado de fora ficou um pouco barulhento antes de ficar quieto novamente.

    Thump.

    Ele fechou o livro e voltou-se para a passagem secreta, chamando o nome de alguém.

    — Jamil.

    Seu ajudante, escondido na passagem, revelou-se.

    O ajudante secreto, que cobria o rosto e vestia um uniforme preto de exorcista, ajoelhou-se.

    — Espalhe um retrato da Princesa Cayena por todo o império.

    Rezef olhou para seu assessor secreto competente com um sorriso bem-humorado.

    — Leve artistas que estão especificamente perto dos portos e rotas terrestres que saem do império e coloque o retrato da princesa em exibição em todos os lugares. Eu quero isso para que até mesmo uma vagabunda do interior conheça o rosto dela.

    — Vou atender a sua ordem.

    Jamil se curvou e desapareceu de volta na passagem secreta.

    Rezef jogou o livro em sua mão para a mesa. Não havia mais nada para ver.

    — Eu nunca dei permissão a ela para fugir de mim.

    Ele se espreguiçou e olhou pela janela. Desde que leu um livro desinteressante, ele se sentiu sonolento.

    Rezef murmurou languidamente: — A única coisa que resta é o casamento…

    Nesse momento, um criado entrou cuidadosamente no quarto.

    — O que é?

    — Vossa Alteza está punindo todos os departamentos do palácio.

    Essas palavras fizeram sua sonolência desaparecer.

    — … o que você disse?

    O criado anunciou que Cayena já havia expulsado um número importante de cortesãos, incluindo a empregada doméstica.

    Os olhos de Rezef ficaram sombrios.

    — Minha irmã está tentando reduzir minha influência…?

    O cargo de empregada doméstica estava vago por causa das ações de Cayena. Rezef pensou na pessoa que provavelmente ocuparia seu lugar.

    “Agora que penso nisso… ela disse que chamou a mulher Elivan.”

    Aquela mulher era quem interferia em tudo para que ele e Cayena não se dessem bem. Como resultado, ele a incriminou e a mandou para o exílio. Era impossível deixar aquela mulher voltar quando ele trabalhou tão duro para expulsá-la do palácio em primeiro lugar.

    — Certifique-se de que Clarence Elivan não possa vir para a capital.

    O servo fez uma reverência.

    — Vou atender a sua ordem.

    Cena 8. As Damas da Corte do Palácio da Princesa

    Se você fosse classificar a mansão mais grandiosa da capital, Alquiem, o número um seria, sem dúvida, a vila Kedrey.

    Aquele belo edifício custou uma fortuna para ser construído e era refinado o suficiente para neutralizar a imagem militarista e monótona da família Kedrey. Obras-primas do artesão mais querido de Alquiem cobriam o interior. Em particular, o jardim e o enorme lago, decorado no estilo da moda do império, eram atrações únicas da vila Kedrey.

    No entanto, havia outro motivo para a mansão ser famosa. Era uma mansão onde a noite não chegava. Com a tremenda riqueza da família, as velas eram acesas generosamente todas as noites, fazendo com que a vila parecesse uma lâmpada gigante.

    Em uma noite tranquila, um visitante passou por uma passagem secreta que não era iluminada pelas luzes brilhantes.

    Era uma mulher que escondia sua aparência usando um capuz.

    Ela puxou a corda na entrada e, logo, a porta se abriu. Um servo saiu.

    Em voz baixa, a mulher disse: — Tenho notícias do palácio da princesa.

    O criado cobriu os olhos da mulher com uma venda e a acompanhou até um lugar desconhecido. Finalmente, a venda foi retirada. Era uma sala com uma grande marquise no centro.

    — Tire o capuz, — ordenou um cavaleiro.

    A mulher fez o que ele mandou.

    Era Annie, uma empregada do palácio da princesa.

    Ajude-me a comprar os caps - Soy pobre

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota