Índice de Capítulo

    Henverton agiu despreocupado, como alguém que não sabia o que estava sendo apontado para ele.

    — Então você pretende atirar em mim com essa arma? Não importa o quão real seja o seu sangue, seria muito problemático para você matar um nobre. 

    Henverton abriu os braços.

    — Que tal você parar com esse esforço inútil e sair comigo?

    Naquele momento, os passos de várias pessoas se aproximaram. Eles eram as pessoas que tinham vindo para libertar Henverton.

    — Vamos, cavalheiros. Por que você está tão lento…

    Eles viram Cayena e calaram a boca.

    O que estava acontecendo? Um anjo com uma arma apareceu na prisão.

    — Não é a princesa…?

    Henverton olhou para Cayena com pena.

    — Há cartuchos suficientes nessa arma? Vossa Alteza é bom o suficiente para atirar em todos antes que esses homens se atrevam a agarrá-la, certo? 

    De jeito nenhum ela estaria.

    Esta foi a primeira vez que Cayena empunhou uma arma desde que nasceu. Ela não estava tão entorpecida a ponto de assassinar alguém deliberadamente.

    Ela não podia atirar em uma pessoa. Então ela reconheceu como era.

    — Você tem razão.

    Com a mão que não estava segurando a arma, Cayena puxou um pequeno objeto parecido com um bastão do bolso de seu manto.

    Ela mordeu e puxou o invólucro, revelando uma lâmina pequena, afiada e brilhante. Ela colocou a lâmina no rosto, como se fosse cortar o rosto imediatamente.

    — Então que tal isso?

    O rosto relaxado de Henverton se transformou em um demônio.

    — Pare com isso-! — Cayena sabia exatamente o que Henverton amava nela.

    Era o rosto dela.

    Era apenas seu lindo rosto.

    Ele era um colecionador de belos itens. Essa coleção incluía muitas coisas, incluindo sua coleção mais secreta de humanos. Mesmo quando Henverton abusou muito de Cayena, ele nunca tocou seu rosto.

    — Por que eu estava com medo de algo como você? Você é um ninguém.

    Por que ela teve tanto medo de um homem que estremeceu quando ela ameaçou cortar o rosto?

    Se ela soubesse antes, não teria arruinado o rosto na primeira vida?

    “Não, eu não tive coragem de estragar minha aparência naquela época.” 

    Sua aparência era a razão de sua existência, então ela não podia deixar isso ir, mesmo quando se tornou inútil.Cayena percebeu que estava tão indefesa que até um homem insignificante poderia intimidá-la.

    Ela riu. Ela sentiu como se finalmente tivesse se recuperado depois de ser possuída por um fantasma. Ao mesmo tempo, seu desamparo era como uma maldição.

    Não havia apenas um Henverton Gillian. O segundo Henverton, o terceiro Henverton pode aparecer a qualquer momento. Não importa o quanto ela os rebate, ela pode um dia acabar com os mesmos resultados.

    Seus olhos escureceram.

    Os agressores caíram na gargalhada e começaram a se aproximar para dominá-la.

    — Vou cortar minha bochecha se eles se aproximarem, Gillian.

    — Pare! — Henverton gritou com seus subordinados como um louco com a ameaça de Cayena.

    — O que? Você é louco?

    Eles ficaram perplexos.

    O oponente era apenas uma mulher impotente. Mesmo que a arma que ela segurava fosse um pouco intimidante, havia seis homens aqui. Além disso, a ameaça era cortar o próprio rosto com uma faca. Eles ficaram pasmos porque não fazia sentido.

    No entanto, Henverton puxou a adaga que um de seus funcionários usava em seu cinto. Seus olhos já estavam meio enlouquecidos.

    — Se houver um único arranhão naquele rosto, seus membros não ficarão intactos. Tenha isso em mente! 

    — Isso é loucu…

    Suas mãos estavam amarradas por causa da princesa que se fez refém.

    Henverton cerrou os dentes e olhou para Cayena.

    — Eu farei o que você quiser, então, por favor, guarde a faca, Vossa Alteza.

    Era uma voz muito séria. Ela o veria implorar assim de novo?

    Cayena olhou para Henverton com nojo, pois ele era incapaz de entender sua situação e continuava obcecado com o rosto dela.

    — Se eu soubesse que você odiava tanto, já teria mutilado meu rosto. Você provavelmente desmaiaria se eu o queimasse. 

    — Princesa Cayena! 

    — Você é impertinente.

    Ela deu-lhe uma ordem com olhos severos.

    — Ajoelhe-se.

    O olhar de Henverton se concentrou na faca, então lentamente afundou no chão. Cayena apontou a arma para os bandidos.

    — Vocês todos não vão se ajoelhar?

    Eles pensaram que a princesa parecia angelical, mas ela era definitivamente louca. Seus rostos se enrugaram.

    Cayena pressionou a lâmina contra a bochecha. Finalmente, Henverton estalou e gritou: — Ajoelhem-se, seus idiotas! 

    — Desgraçado louco…

    Eles pensaram em atacar Henverton e dominar Cayena. Mas a arma agora estava apontada para eles, não para Henverton.

    — Você deve devolver a chave da prisão, 

    Cayena disse, apontando para a prisão que havia sido aberta na frente de Henverton. Um dos gângsteres praguejou e jogou a chave do bolso.

    Cayena se fez refém e fez os seis homens se ajoelharem no chão. Ainda assim, a situação poderia virar com um pouco mais de tempo.

    Os guardas aqui foram subornados por eles. Se eles vissem a princesa, eles certamente a silenciariam de alguma forma.

    No entanto, Cayena não tinha intenção de prolongar o confronto. Ela apontou a arma para o teto e puxou o gatilho.

    Bang -!

    Um rugido estrondoso atingiu a prisão. Foi um barulho horrível.

    Os rostos dos gangsteres se contorceram de maneira desagradável. Os cavaleiros que ouvissem esse barulho iriam se aglomerar neste lugar. Eles tiveram que fugir rapidamente.

    — Leve a princesa como refém! — Henverton a queria viva ou algo assim, então eles iam apenas bater nela. Ainda assim, ele os empurrou.

    — Você está louco? Se você colocar um pequeno arranhão nesse rosto, eu vou jogar você em óleo em chamas! — Cayena entrou na cela de onde Henverton escapou e se trancou.

    Então, ela jogou a arma e a chave para fora.

    — Por aqui! É daqui que veio o som! — Eles podiam ouvir o som de cavaleiros entrando no local.

    Cayena já sabia que era hora dos cavaleiros patrulharem esta área. Foi também por isso que ela enviou Vera para a tarefa. Ela havia ordenado que o número de patrulhas aumentasse neste momento.

    Os cavaleiros do exército central, que estavam patrulhando bem a tempo, correram para a prisão.

    — É uma fuga! Pegue-os! — Os cavaleiros prenderam imediatamente os gangsteres e Henverton.

    — Me salve! — Cayena gritou.

    Os cavaleiros do exército central ficaram muito surpresos ao descobrir que a princesa imperial estava na prisão.

    — V-Vossa Alteza? Sua Alteza Imperial está aqui! — Ela apontou para a arma com a mão trêmula.

    — Eles tentaram atirar em mim! 

    — O-o quê?

    Os agressores pareceram confusos quando Cayena gritou. Ela causou mais caos entre os cavaleiros.

    — Livre-se dessa coisa terrível!! Tire-a do palácio para onde eu não possa ver! 

    — S-sim! — Os cavaleiros rapidamente guardaram a arma e abriram a cela da prisão para proteger Cayena.

    — Eu estava tão assustada…

    Ela cobriu o rosto, fazendo-a parecer delicada e lamentável.

    “A-aquela mulher maluca…!”

    Os cavaleiros fizeram todos os agressores impertinentes deitarem no chão, batendo neles com a ponta da lança e pressionando-os para baixo.

    Cayena saiu da prisão apoiando-se nos cavaleiros.

    Ela fez contato visual com os gângsteres, revelando levemente o rosto que ela cobriu com as duas mãos. Um leve sorriso zombeteiro enfeitou sua boca e desapareceu.

    Os agressores ficaram pasmos. Eles foram completamente derrotados.

    Cayena saiu fracamente da prisão.

    — Irmã! — Rezef descobriu que sua arma havia sumido e foi para o palácio da princesa. Lá, ele encontrou Cayena desaparecida.

    Ele teve uma estranha premonição.

    Ele correu para procurá-la imediatamente, ouviu um tiro e correu até aqui.

    — Rezef! — Cayena correu rapidamente para Rezef e o abraçou. Ele naturalmente abraçou Cayena de volta como se para protegê-la e questionou os cavaleiros sobre o que estava acontecendo.

    Eles disseram que ouviram tiros e prenderam Henverton Gillian quando ele tentou escapar.

    Além disso, ele atirou na princesa Cayena, que foi encontrada presa.

    Que tipo de história complicada foi essa?

    Ele viu a arma que o cavaleiro segurava.

    — …

    Essa era a sua arma.

    Cayena apertou seu aperto sobre ele e sussurrou em voz baixa.

    — … essa arma não é sua, Rezef.

    Cayena sabia que era uma arma de fogo ilegal e não declarada.

    Rezef não poderia mostrar ao imperador outra fraqueza. Cayena já havia pensado nisso de antemão.

    — Eu não disse para você se livrar disso? É muito assustador.

    Com suas palavras, o cavaleiro se desculpou e escondeu a arma.

    — Você não precisa me relatar como você cuida disso. Não, informe ao Príncipe Rezef. Eu nem quero saber.

    — Eu acato sua ordem, Sua Alteza.

    Rezef ficou surpreso com a naturalidade com que ela agiu.

    Certamente, seria problemático se o imperador soubesse que a arma era de Rezef. Ele não desobedeceu a uma ordem imperial ontem?

    Ele seguiu o exemplo de sua irmã.

    — Vou levar minha irmã embora, então cuide disso. Henverton Gillian, que se atreveu a escapar, será interrogado amanhã.

    Ele até teve um bom motivo para tocar em Henverton. Com isso, ninguém encontraria falhas em suas ações, mesmo na sociedade aristocrática.

    Rezef gentilmente puxou o cabelo da irmã para trás.

    — Vamos para o seu quarto, irmã.

    Como ele pensava, Cayena era única. Lá. Ela ainda era devotada a ele.

    Sua única irmã mais velha agia como se fossem irmãos, apenas um com o outro para confiar.

    Isso foi o que Rezef mais gostou. Ele nunca quis que esse vínculo se quebrasse. Assim, Cayena teve que ficar ao seu lado.

    Ele tinha feito um bom trabalho espalhando seus retratos ao redor. Ele também deveria construir uma estátua dela na cidade?

    Rezef acompanhou Cayena com um sorriso na boca.

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