Índice de Capítulo

    Depois que Cayena fechou a porta da sala de orações, seu corpo cambaleou a cada passo. Ela não estava completamente recuperada.

    O descuido não era permitido.

    Ela forçou as pernas a sair do corredor e ir para a sala de oração.

    “Ainda não consigo relaxar.”

    Cayena agiu como se nada tivesse acontecido.

    Saindo da passagem estreita para a sala de oração, seu campo de visão se ampliou. A luz colorida que entrava pelo vitral a deixou ligeiramente tonta. Ela viu um sumo sacerdote de óculos lendo cuidadosamente algo sob aquela luz.

    Cayena abriu os lábios vermelhos e deixou escapar uma voz clara. 

    — Padre Danian.

    O padre ergueu a cabeça com um sorriso suave.

    — Eu disse a você meu nome de batismo?

    Ele nunca disse isso. Cayena só sabia o nome dele, porque tinha lido o romance. Ela se virou para o padre Danian com um sorriso fraco.

    — Espero que minha doação ajude este templo.

    — A graça de Deus alcançará Vossa Alteza.

    — Nesse caso, posso presumir que você preparou um anexo para mim?

    A pedido de Cayena, o padre Danian respondeu com grande constrangimento.

    — Receio que não seja adequado para Vossa Alteza porque está em más condições…

    “Seja o grão-camarista Luden ou o padre Danian, todos os velhos desta cidade são astutos.”

    Quanto dinheiro as nobres senhoras doaram aqui desde que este templo se tornou conhecido como milagroso? Não teria dado trabalho arrumar o anexo com aquele dinheiro. No entanto, o templo tinha muito poucos sacerdotes e servos. O anexo foi abandonado para que ninguém tentasse utilizá-lo.

    Tudo foi calculado para evitar que as pessoas permanecessem no templo.

    “Isso é o que eles precisam fazer para esconder a presença de Bayel.”

    — Eu pareço alguém que não entende a dignidade deste templo?

    Os lábios do padre Danian esticaram-se ao entender o que ela queria dizer. Ela estava dizendo que ignoraria a estranheza e fingiria que era porque o templo não tinha dinheiro; em troca, ele deveria entregar o anexo.

    Cayena riu inocentemente, pensando que sua expressão parecia muito bonita.

    — Então, vou levá-lo para um anexo.

    Cayena caminhava ao lado do padre Danian. Seus atendentes, que estavam esperando no saguão, a seguiram.

    Os cavaleiros estavam agitados porque seus passos se voltaram para o anexo do templo, e não para a carruagem.

    — Você não está voltando para o palácio imperial, Sua Alteza?

    Cayena respondeu casualmente: — Minhas orações podem chegar a Deus com um único dia de oração?

    Os cavaleiros pareciam bastante envergonhados.

    Cayena misericordiosamente disse: — Passe pelo palácio imperial e equipe-se.

    — Obrigado.

    Cayena voltou para o anexo na parte de trás.

    — O que você vai comer durante a sua estadia?

    As refeições do templo eram inadequadas para a família imperial.

    Faria muito mais sentido a princesa ir a um restaurante e pagar com moedas de ouro por cada refeição.

    — Comerei a comida do templo.

    O padre Danian pareceu surpreso, talvez porque recebeu uma resposta diferente da que esperava.

    — Você não precisa fazer nada de especial. Apenas se certifique de que não haja nozes.

    — Vamos preparar suas refeições de acordo com o ordenado.

    Quando o padre Danian chegou à entrada do anexo, ele educadamente despediu-se dela e voltou ao templo.

    A criada de Cayena deu um passo à frente, abriu a porta, olhou para dentro e esperou que Cayena entrasse.

    — Jan.

    A serva que ela chamou levantou a cabeça. Sua expressão mostrou que ela não esperava que Cayena soubesse seu nome.

    — Você pode usar aquele quarto. E eu não tenho apetite, então você pode comer sozinha.

    Jan acenou com a cabeça para que ela soubesse que ela ouviu.

    — Você não tem que esperar por mim. Venha quando eu te chamar.

    Cayena, agora sozinha na sala, exalou. Como uma pessoa que passou várias noites sozinha, sua cabeça estava dolorida e cansada.

    Cayena tirou as roupas como se as estivesse rasgando e caiu na cama. Ela ergueu as mãos.

    Então, uma estranha energia varreu seus dedos.

    Foi uma nova sensação que ela nunca havia sentido antes: o poder da magia.

    As pontas da boca de Cayena se ergueram.

    — É um grande sucesso.

    Suas mãos caíram sem força e ela afundou profundamente na inconsciência.

    Cena 13. A Proposta de um Diabo em Forma de Anjo 

    Rezef foi reintegrado com segurança em sua posição.

    A autoridade dos assuntos internos foi transferida de volta para ele, e Rezef ordenou que Madame Dotty se preparasse para entrar no palácio em breve.

    — Como o tempo está quente, você gostaria de usar algo leve?

    Rezef estava sendo vestido por seus servos para sair.

    — Certo.

    Ele prendeu o cabelo com capricho, semelhante a um campo dourado, e vestia uma camisa de seda branca.

    Sua aparência era excelente e sua figura era boa, então apenas um retoque o deixava incrível. Os servos que o olharam pensaram que ele era tão bonito quanto Cayena. Era uma pena que sua personalidade não fosse mais normal.

    — Vossa Alteza, um mensageiro acabou de entrar, pedindo uma audiência privada.

    — Deixe-o entrar.

    Ele enviou todos os servos, deixando apenas o mensageiro que pediu para encontrá-lo sozinho.

    — Relatório.

    O cavaleiro da escolta também era o assistente secreto de Rezef. Ele tinha acabado de retornar de sua missão para lidar com Clarence Elivan.

    — Como você ordenou, o assassinato daquela mulher foi disfarçado de suicídio.

    O tom era tão calmo que poderia deixar uma pessoa doente. Sua atitude mostrou que se tratava de um feito familiar, que esse tipo de assassinato não havia sido cometido apenas uma ou duas vezes.

    Ao receber o relatório de seu subordinado, Rezef vestiu uma jaquetaa com fios de ouro e acessórios combinando.

    O atendente continuou, um pouco tenso: — No entanto, havia pessoas vigiando Clarence El bordadivan. Foi impossível fabricar uma nota de suicídio porque eles chegaram ao local muito cedo.

    Rezef pensou em acentuar sua roupa com rubi ou peridoto para hoje.

    Rubi não era bom porque o lembrava dos olhos de Raphael. Seria melhor usar peridoto.

    — Eles correram atrás de mim, mas felizmente, eu os afastei antes de entrar na capital.

    Depois de terminar sua preparação, Rezef verificou sua aparência com um espelho.

    Embora ele ainda parecesse jovem, ele não parecia fraco, graças a sua altura de 185 cm e seu corpo tonificado de treinamento constante.

    Ele disse ao atendente: — Você sabe por que o carpete do meu quarto é sempre escarlate ou preto?

    Com o comentário inesperado, o atendente inadvertidamente olhou para o chão.

    Ele podia ver que o tapete tinha padrões pretos ornamentados em um fundo vermelho.

    Rezef sorriu friamente.

    — É para lidar com insetos inúteis como você a qualquer momento com minhas próprias mãos.

    Chwaak—!

    Rezef sacou a espada da cintura e cortou o pescoço do atendente. O sangue empapou o tapete.

    Ele olhou para o espelho novamente. O sangue vermelho agora estava espalhado na camisa branca.

    — É por isso que não visto roupas brancas com frequência.

    Ele estalou a língua e chamou seus outros servos. Eles recuaram ao ver o cadáver, mas o enrolaram habilmente no tapete.

    — Chame um de meus assessores.

    — Sim Vossa Alteza.

    Seu ajudante chegou enquanto ele trocava a camisa ensanguentada.

    — Você me chamou, Sua Alteza?

    Vendo todos os servos pegarem o cadáver e irem embora, Rezef abriu a boca.

    — Como está a condição do meu pai?

    O ajudante baixou a cabeça.

    — O médico diz que sua energia diminuiu rapidamente nos dias de hoje. Ele passa muitos mais dias com os olhos fechados.

    — Será em breve.

    O ajudante curvou-se ainda mais com a resposta indiferente.

    — Além disso, ouvi que minha irmã foi repentinamente a um templo.

    — Sim.

    Depois de ver Raphael, sua irmã de repente foi até o pai e foi direto para o templo.

    Seu comportamento era difícil de entender.

    — Para qual templo ela foi?

    — Ouvi dizer que é um antigo templo perto das favelas da periferia da capital.

    — Por que ela foi para aquele templo em vez de uma catedral ou algo assim?

    Um pouco envergonhado, o assessor respondeu: — Esse templo é aclamado entre as nobres senhoras por ajudá-las a ter filhos.

    As sobrancelhas de Rezef franziram.

    Crianças? Que diabos foi isso?

    O assessor acrescentou: — Também é famoso por ajudar a arranjar bons casamentos.

    — Ha.

    Ele zombou do absurdo.

    Ele se sentiu um pouco irritado. O desejo de casamento de sua irmã parecia considerável.

    Rezef balançou a cabeça. Como sua única irmã, Cayena era mais adequada para ficar dentro do palácio imperial.

    — Tudo bem. Por enquanto, vou sair.

    Rezef estava pensando em se encontrar com Catherine Lindbergh hoje.

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