Capítulo 84
— Eu só aumentei um pouco a dosagem do veneno, — Rezef respondeu, indiferente.
— Sua vitória não foi confirmada. Você não sabe como o arquiduque Heinrich é astuto?
— Devo ter consideração por um inseto sem sangue real?
Zenon fechou os olhos por um momento para apaziguar sua raiva.
O príncipe não era estúpido.
O príncipe não era estúpido.
Zenon repetia essas palavras para si mesmo em sua cabeça. Mas logo, ele parou com esses pensamentos.
O príncipe estava desesperado. Ele não sabia nada de moderação nem paciência e era violento e bárbaro. Como ele era diferente de Heinrich, que era famoso por não ser um cavalheiro?
— Você pode dizer que uma pessoa que não consegue ler uma situação e é do interior é“inferior” para você. Mas você sabe quantos bandidos ele trouxe do campo? Estou perguntando se você sabe quantos mercenários aquele homem tem!
— Você acha que mercenários ou bandidos podem derrotar o exército central?
— O exército central é o exército do imperador, não de Vossa Alteza! — Rezef jogou a xícara em sua mão em Zenon.
— Você é apenas o segundo filho de um marquês. Você se atreve a me dar um sermão?! — Rezef explodiu de raiva. Depois de um tempo, sua raiva diminuiu. Ele estalou a língua.
— É um problema trivial que será resolvido assim que eu estiver no trono. Assim que eu ganhar controle sobre o exército central, não importará. Do contrário, só preciso da cooperação de uma família de militares.
Cayena tinha escolhido a filha de uma família da fronteira para ser uma de suas damas de companhia. Ela também manteve boas relações com Raphael.
Rezef não gostou desse fato, mas era algo que poderia ajudá-lo.
TOC TOC.
Naquele momento, um criado surdo entrou carregando um envelope em uma bandeja.
A carta obviamente trazia notícias de fora. Rezef tirou o cartão do envelope, leu-o e jogou-o na frente de Zenon.
Zenon o pegou e leu. A caligrafia era do chanceler Debussy.
「É temporário, mas Sua Alteza, a Princesa, recebeu a mesma autoridade do chanceler como procuradora de Sua Majestade. Parece que as próximas ações devem ser tomadas em breve. 」
Todos os direitos e autoridade de um príncipe herdeiro foram para Cayena.
— Ganhei um chanceler, Zenon Evans.
Rezef sorriu, sem duvidar nem um pouco de Cayena.
Zenon cerrou o punho.
— Agora minha irmã vai defender o governo militar. Seria bom se você pudesse conquistar o comandante cavaleiro neste momento, não é?
Rezef sabia bem que a maior parte de seu poder vinha do status do Marquês Evans.
O Marquês Evans havia enviado seu segundo filho, que não poderia assumir o controle do leste, para Rezef para que ele não desistisse de qualquer poder imperial. Se Júlia se tornasse a imperatriz, eles alcançariam a dinastia Hill e se tornariam os novos mestres do império Eldaim.
Mas tudo saiu do curso por causa de Cayena.
— Enquanto eu tiver minha irmã por perto, o prestígio imperial permanecerá seguro.
“Ganhar o controle de Cayena tornou-se um jogo importante.”
Tudo o que Zenon contribuiu com o nome Evans não deu em nada.
Como as coisas aconteceram dessa forma, foi difícil para ele evitar que Rezef envenenasse o imperador em grandes quantidades.
Se o imperador morresse, isso causaria uma situação vantajosa para ele, em que a autoridade de Cayena seria revogada e tudo estaria um caos.
De uma forma ou de outra, as ações de Rezef foram benéficas. Pelo menos para Zenon.
Rezef zombou dele, fingindo estar arrependido.
— Você deveria ser o próximo chanceler. O que devemos fazer?
Esse poderia ser o caso se Cayena fosse realmente leal a Rezef. No entanto, Zenon não achou que a situação fosse tão confortável.
“Maldita realeza. A família inteira está tão confusa quanto pode estar, e eles estão controlando o exército central…!”
A falta de um exército era um problema para Rezef, mas também era um problema para a família Evans.
Eles também queriam um exército. Eles tinham alguns soldados, mas não estavam em um nível em que pudessem travar guerra com outro território.
Quando precisavam de lutadores, sempre contratavam mercenários, que custavam muito dinheiro.
Além disso, os mercenários tiveram que ser recrutados com muito cuidado por causa do arquiduque Heinrich. Ele era conhecido no ponto fraco da sociedade por ter o controle da maioria deles.
“Quando nossa família pesquisou, descobrimos que a maioria das casas contratadas pertence a Heinrich.”
Os mercenários e contratados na capital pertenciam a Yester também. Se Zenon contratasse esses mercenários, ele poderia ser apunhalado pelas costas.
Assim, o marquês de Evans conquistou o chanceler Debussy.
A sobrinha do chanceler Debussy, a viscondessa Meryl Winston, era a amiga mais querida da duquesa Noa Kedrey.
Quer os Evans mandassem Julia para o Ducado Kedrey ou para a família imperial, eles só precisavam de um vínculo para ganhar um exército.
Teria sido fácil e lucrativo para eles assumir o controle da família imperial com o atual imperador.
No entanto, a mudança repentina de Cayena foi um obstáculo em seu curso.
Zenon controlou sua raiva crescente e recuperou sua frieza. Ele não podia deixar seus esforços todos esses anos irem pelo ralo.
— … certamente, se Sua Alteza o ajudasse com seus poderes atuais, não haveria nada melhor.
— Em outras palavras, sou um poderoso sucessor do trono com o qual Heinrich não pode se comparar.
— Você está certo.
Rezef olhou para Zenon com olhos perscrutadores, então sorriu.
— A família Evans não me apoiou solidamente? Sua irmã mais nova veio como a senhora da corte da minha irmã, certo?
— Correto, mas… — Zenon olhou para ele com desconfiança.
Rezef pegou outro livro. Foi um diário de viagem das regiões ocidentais.
— Já era hora de eu começar a procurar uma esposa.
Zenon ficou em silêncio com o comentário inesperado. Rezef ergueu a cabeça e olhou para ele.
— O que você está fazendo? Por que você não está indo embora?
— Vou me retirar.
Quando Zenon saiu do quarto, Rezef parou de fingir estar calmo e enrugou o rosto demoníacamente.
“Se você sabe a verdade, provavelmente ficará preocupado.”
Antes de Henverton Gillian ser assassinado, ele zombou de Rezef que o visitou na prisão com essas palavras.
— Meu cúmplice é Zenon Evans. Aquele desgraçado me traiu e tentou roubar a princesa de mim.
— Ele ousa…! — Rezef quase puxou sua espada, incapaz de conter sua fúria, quando Zenon entrou em seu quarto. Não cortar a garganta de Zenon imediatamente consumiu toda a paciência de Rezef por hoje.
Ele não podia tocar Zenon agora.
“Nem um único daqueles que me enganam ficará vivo.”
Os olhos de Rezef brilharam com intenção assassina.
Cena 15. Reunião do Conselho
Os olhos de Cayena pareciam estranhamente rígidos. Era porque ela estava lendo à luz do lampião?
Ela tirou brevemente os olhos dos documentos. Ela pressionou o topo das pálpebras com a mão e esfregou a cabeça.
“Por que minha cabeça está doendo de novo…?”
Ela estava tão cansada quanto costumava ficar quando trabalhava continuamente horas extras para preparar um projeto em seu trabalho.
Sua garganta parecia doer também. Ela pegou uma xícara de chá que estava longe dela com seu poder mágico e a colocou na palma da mão.
Ela tomou um gole, mas o chá que antes era quente agora estava frio. Cayena percebeu que uma luz branca brilhava entre as cortinas grossas.
Ela tinha ficado acordada a noite toda. Ela suspirou.
— Eu ainda tenho muito, porém.
Ela examinou incansavelmente o material, mas ainda havia muito o que examinar. Seu processo de aprendizagem foi mais lento, pois ela não podia chamar um certo homem para pedir conselhos sobre direito militar ao amanhecer. Ela descobriu aproximadamente como a administração era administrada, mas isso era tudo.
“É obviamente impossível descobrir tudo isso em um dia.”
No entanto, haveria pessoas – incluindo a chanceler Debussy – ansiosas para provar sua falta de habilidade.
De qualquer forma, seu objetivo era entender o suficiente para provocar uma reação do comandante do cavaleiro e de outros oficiais. Cayena se levantou do sofá e suavemente relaxou seu corpo sobrecarregado.
A porta se abriu e Vera entrou.
— Você acordou- Oh, Vossa Alteza?
Vera olhou para a cama como de costume, depois olhou apressadamente para a mesa.
A cena com lâmpadas e documentos colocados em toda a mesa era desconhecida, mas estava muito claro do que se tratava.
— Vossa Alteza, você não dormiu nada?
Vera estava prestes a reclamar mais quando Cayena acenou com a mão.
— Não. Dormi um pouco.
Vera verificou a cama. Cayena também naturalmente voltou seu olhar para a cama.
Foi feito com capricho, sem nenhuma ruga, assim como estava ontem.
Hmm.
Ela não tinha sido muito cuidadosa.
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