História Secundaria 1 - Capítulo 09
— Raphael?
Cayena chamou surpresa pelo nome dele. Com apenas essa palavra, os nervos que estavam tensos relaxaram. Raphael olhou para Cayena com um olhar calmo novamente.
Parecia como se nada tivesse acontecido.
— É perigoso aqui.
— O quê?
Ele concordou consigo mesmo, dizendo que era perigoso. Não, era ele mesmo quem era perigoso.
— Desculpe.
Abraçar!
Raphael abraçou suavemente Cayena e começou a se mover. Naturalmente, Cayena envolveu o braço em torno do pescoço dele. Raphael soltou um gemido suave e conseguiu recuperar a compostura.
Sempre era assim, Cayena certamente o evitava. Seja por contato ou reuniões, ela claramente parecia relutante em ficar sozinha com Raphael. No entanto, ela não estava ciente de que o chamava de “cariño” de vez em quando ou que sua pele com a dele estava muito próxima e aceitava isso naturalmente… Isso sempre deixava Raphael louco.
Ele frequentemente se perguntava se Cayena estava testando-o de propósito. Raphael chegou à frente da porta de sua carruagem. Ele ordenou ao cocheiro:
— Fique para trás até eu chamar.
— … Sim — Cayena abriu a boca enquanto observava Raphael se acomodar seguramente na carruagem.
— Aliás… Duque, não achariam estranho se vissem duas pessoas aqui? — Raphael perguntou de forma impassível.
— Suspeitar de quê?
— Hm…
Bem, eles vão fazer algo inadequado, certo? Cayena não disse nenhuma palavra. Raphael fechou a porta da carruagem com força e trancou.
— Por que você está fechando a porta?
Quando ela fez uma expressão curiosa, Raphael explicou:
— É perigoso.
Ele não sabia o que era perigoso, mas Cayena assentiu pensando que ele estava cuidando dela. Então, a janela do sistema apareceu como se estivesse esperando.
Ding!
Missão principal (2) – Pegue Raphael, o homem das paredes de ferro!
Raphael fechou sua mente para não se envolver com Cayena devido aos profundos objetivos de geração de seus pais. Como resultado, Raphael gradualmente se tornou frio e seco, alcançando até mesmo uma reputação quase notória no campo de batalha.
Quebre a barreira de ferro e conquiste-o para que ele não possa mais agir racionalmente!
Recompensa: Uso único de “cegueira”
Cayena revisou calmamente o conteúdo da missão.
“Então, estão dizendo que Raphael já sabe o que está acontecendo em sua casa, não é? Então ele estava se rejeitando a si mesmo? Não é como Romeu e Julieta.”
Cayena percebeu que a situação estava ficando complicada.
“Mas, o que é ‘cegueira’?”
Cegueira
A capacidade de evitar a visualização de um dia do “espectador”.
Não houve atraso no contato físico. Era um passo para trás para dar dois passos à frente, com o objetivo de naturalmente transformar a história em algo proibido para menores de 19 anos.
“Estou muito frustrada.”
Enquanto Cayena olhava confusa para a recompensa, Raphael falou baixinho:
— Não quis te colocar em apuros…
“Qual é essa reação repentina?”
Cayena repassou rapidamente a situação. Ela se perguntava por que tinha vindo até a carruagem e por que ele havia trancado a porta, e Raphael disse que era perigoso, e nesse momento, a janela do sistema se abriu, surpreendendo-a.
Era uma situação que a questionava o suficiente. Na verdade, Raphael estava apertando o punho com um olhar fixo. Estranhamente, ela sentiu uma sensação de repulsa em relação a si mesma por isso.
Cayena se sentiu envergonhada e rapidamente segurou a mão dele, os ombros de Raphael tremeram ligeiramente.
— Pensei em outra coisa por um segundo. Então, não é por sua causa, é porque cometi um erro. Então, você quer me ver?
— … — Os olhos de Raphael se afundaram o suficiente para ficarem quase vermelhos escuros.
— Não há mal-entendido — sua voz saiu sombria.
— Viemos para a carruagem porque era perigoso saber o que os outros poderiam fazer.
Sua Alteza não era perigosa, mas vir à carruagem era para proteger os outros.
— Se você está incomodada comigo, pode sair — Cayena perguntou, curiosa.
— Espere, Duque. Você não está interessada em mim? O que o Duque está dizendo agora parece que está interessado em mim — então Raphael arregalou os olhos de repente. Ele parecia tão fofo que Cayena o segurou pela bochecha sem perceber.
— Ah…
Foi só então que Raphael percebeu que estava emocionalmente fora de si e começou a falar bobagens. Seguiram-se suspiros profundos, mas, por outro lado, ele estava encantado com o contato de Cayena.
À medida que os dias passavam, ficava cada vez mais difícil negar seus sentimentos. Ele queria que Cayena o tratasse com frieza, na verdade.
Raphael esfregou sua bochecha na palma da mão de Cayena, sem saber o que fazer. Mesmo com esse simples contato, seu alerta desapareceu.
— Não sei — murmurou confuso, sem ter ideia do que fazer. Era um caos em sua cabeça.
— Raphael — levantou o olhar suavemente e fez contato visual.
— Te importas se eu te chamar…? Apenas quando estivermos juntos.
Diante das palavras de Cayena, Raphael levou as mãos ao rosto e escondeu a expressão. Mas suas orelhas estavam vermelhas e ele não conseguia evitar a resposta crua. Logo, uma voz baixa soou.
— … Sim — uma voz inundada de alegria vertiginosa, Cayena sentiu seu coração bater.
“Que reação inocente é essa…?”
Raphael parecia exatamente a idade dele, a pressão prestes a esmagá-lo desapareceu. A sinceridade pobre, honesta e envergonhada o invadiu. Cayena estava em apuros.
Sentia que estava enganando-o.
“O que devo fazer…? Meu marido deve estar esperando em casa.”
Mas mesmo que fosse em um mundo paralelo, ele não era seu marido?… Não era?
No entanto, se este homem se apaixonasse por outra mulher e até se casasse com ela, seria insuportável. Cayena se preocupou com sua mente oposta… De qualquer maneira, Raphael é Raphael.
Não importa se o homem agora estivesse em um mundo paralelo, tivesse perdido a memória e se transformado em Raphael aos 20 anos, ou fosse o protagonista masculino de “Black Rose Lady”.
Ela amava e desejava desesperadamente aquele homem. Ele foi sua salvação e seu companheiro de vida inteira. Ele foi quem suportou os terríveis momentos juntos. Cayena baixou a mão de Raphael e o olhou.
— Gosto de você — então confessou honestamente. Os olhos de Raphael se agitaram.
— Quero que me chame de Cayena. Agora, vá em frente, chame-me assim.
Raphael lentamente baixou os lábios, sem saber o que fazer diante da tentação de Cayena.
— Cayena — seu coração apertou com a palavra.
Raphael parecia ansioso, como se tivesse proferido um ditado de ouro que não deveria se atrever a dizer. Ele sentiu um caos negro em sua cabeça… Rixas familiares, a obstinação de sua própria mãe e as terríveis verdades que lhe foram despejadas quando criança.
A atitude feia de seu pai de criticá-lo e zombar dele. Raphael vagueou pelo campo de batalha como se estivesse fugindo da situação.
Originalmente, ele poderia ter se formado na Academia aos 14 anos, mas não o fez até os 18 por causa das viagens frequentes. Um dia, sua mãe disse.
— Estou prestes a me divorciar de Leo, então cuide da família e torne-se o Duque.”
Foi um comentário repentino. Sua mãe, cuja honra morreu e nunca rompeu com seu pai, de repente declarou o divórcio?
— O Imperador quer matar Leo e, se ele estiver ligado a nós, verá algo ruim em nós, então me disseram para me divorciar rapidamente.”
Por mais que a família Imperial tentasse eliminá-los, era difícil lidar com o Duque Kedrey.
— Por isso decidi me separar. Simplesmente não precisamos mais nos envolver aqui. Não há nada de errado com você, Raphael, mas enquanto o sangue de Leo correr, você não agradará ao Imperador.”
O olhar complexo e sutil de sua mãe o comoveu.
— Você tem seu coração para Sua Alteza Cayena?
— Não.
— …Isso é bom.
Ele tinha que conter, tinha que esconder… Não podia deixar pegá-lo. Só podia ser assim. Raphael sentiu os olhos brilhantes celestes presos ao sol que entrava pela janela da carruagem.
Não conseguia suportar sua ganância.
— Cayena…
Quanto tempo ele teria antes de chamar esse nome? Como você se atreve, como você se atreve… Ele distorceu sua expressão dolorosamente. Cayena sussurrou, acariciando suavemente sua bochecha com um rosto tranquilo.
— Desculpe, mas preciso ter o que quero.
A vida de ser tomado e explorado já tinha acabado. Ele não tinha que aguentar. Porque seu poder era real.
— Então terei que ter você, Raphael Kedrey — o olhar de um governante era espantosamente arrogante.
Ele segurou seu queixo assim que tocou sua bochecha. A mandíbula dura se apertou com firmeza. Num instante, o ar ao redor deles ficou úmido, Raphael fechou firmemente os dentes.
Ele tinha que conter, tinha que esconder. Cayena se aproximou.
Como seu físico era forte, Raphael recuou involuntariamente. O coração já estava batendo loucamente e era muito difícil se recuperar.
Ele rezou ansiosamente com uma expressão dolorida em seu rosto.
— … Sua Alteza, por favor — sentiu que ia perder a razão. Isso era ridículo.
A distância entre os dois lábios mal tinha um dedo, Cayena inclinou a cabeça de maneira oblíqua.
— Diga-me se me quer ou não. Lidarei com isso depois.
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