História Secundaria 1 - Capítulo 11

Raphael estava ansioso, como ela já sabia, fiel ao seu desejo. Ele também foi persistente e não conheceu o fim. Um vestido rasgado em sua mão, uma mesa danificada, botões quebrados e caídos no chão.

Ele tinha que sentir isso com todo o corpo, como diabos ele tinha sido paciente durante três anos.

— Cayena…

Sem motivo algum, a voz áspera que fervia em desejo era tão incomum quanto poderia ser.

— Pare, querido…

Quando Cayena enganou-se ao chamá-lo de querido, Raphael esquentou e se lançou sobre ela.

Eles estavam escondidos na villa dos Kedray, presos esse tempo todo, e se desejavam como animais. Como se esse tempo sozinho não fosse suficiente.

— Vou trazer comida para você.

Raphael beijou a testa de Cayena na cama e saiu.

Ding Dong!

『Termina o uso cego.』

Chegara a hora de Cayena olhar fixamente para a janela do sistema com olhos exaustos.

『A. Habilidade. Do. Cego. Usar esta. Vez. Com o sino. Estará terminada.』

As letras na janela do sistema estavam bagunçadas. Cayena se levantou de um salto, surpresa.

『Cayena, volte agora.』

— Oh, meu Deus!

Uma luz brilhante envolveu Cayena.

Separador

Cayena abriu os olhos lentamente.

Não é de se admirar que estivesse confusa; sentia-se profundamente adormecida e incapaz de distinguir a realidade.

Parecia que acabara de ter um sonho bastante longo.

— Cayena!

Quando virou a cabeça, viu Bayel com uma expressão preocupada. Foi só então que sua mente clareou lentamente.

— Você voltou…?

— Você está bem? Romper a magia do mundo paralelo foi complicado, então tive que esperar até que as missões terminassem e a enfraquecessem.

— Quanto tempo passou? — Cayena levantou-se e perguntou.

— Hã?, falando nisso…

Bang!

Então a porta do quarto se abriu e, de alguma forma, uma figura desconhecida de Raphael chamou sua atenção. Algo mais maduro, como em suas lembranças…

— Querido!

Ah, era seu marido original. Raphael se aproximou e abraçou Cayena com força.

— Você está bem? Onde se machucou?

— Estou bem.

Cayena tranquilizou Raphael, que estremeceu, abraçando-a como se nunca quisesse soltá-la.

— Estou realmente bem, querido, exceto por ter sentido sua falta — Bayel franziu a testa com uma expressão dolorida.

— Sim, ainda há um longo caminho a percorrer para ver a maldita praga.

Segundo eles, Cayena e Raphael “observaram e confirmaram” a segurança um do outro por muito tempo.

— Mas o que você fez no mundo paralelo? — Cayena ficou curiosa.

— Por que está perguntando?

— Aquele mago, está louco por você. Consegui trancá-lo, mas ele estava tentando escapar da prisão como um louco.

— Entendi.

— Nunca vi uma história tão satisfatória em minha vida, mas ele disse que você estragou tudo com as persianas. O que há com as persianas? — Cayena sorriu de forma travessa.

— Não sei.

N/T: Ele se refere ao modo cego; para ele, as persianas foram como se estivesse assistindo a uma peça e o pano caiu.

Se pensarmos em Raphael, que estava com ciúmes de si mesmo quando tinha 20 anos…

Isso deveria ser mantido em segredo pelo resto da vida.

FIM DA HISTÓRIA SECUNDÁRIA 1