Índice de Capítulo

    Raphael percebeu que seu oponente era a irmã do Duque Hill.

    — Por que a Princesa está aqui?

    — A partir de hoje, assumi o encargo de servir a Sua Majestade.

    Do nada, pôde prever que Jeremy estava por trás da decisão de tornar Cayena sua serva temporária.

    “Inútil”.

    Ele odiava profundamente as pessoas ao seu redor. Não importava quão verdadeiramente bela fosse a mulher.

    — Não preciso de uma criada lenta como você, então saia.

    Sua voz era tão fria quanto gelo.

    Se alguém tivesse ouvido isso, talvez ficasse pálido imediatamente e começasse a tremer. Talvez o tirano Imperador pudesse matá-la.

    Cayena disse o que tinha a dizer sem alterar sua expressão.

    — Recentemente, ouvi dizer que você tem apetite frequente.

    Raphael arqueou uma sobrancelha diante da atitude ousada da Princesa em ignorar as palavras do Imperador.

    Cayena serviu o chá cuidadosamente preparado.

    Um bom aroma se espalhou pela sala como o cheiro de uma flor.

    Tudo perturbou Raphael. Especialmente o cheiro. Talvez porque seu pai gostasse de perfume.

    Mas agora, o cheiro do chá não o incomodou. Mesmo que Cayena viesse com uma xícara e a segurasse na frente de seu nariz, não parecia repugnante.

    “Por quê?”

    Como nunca antes, uma leve confusão o atingiu como um rastro de um sonho que ainda não havia desaparecido completamente.

    Raphael esfregou brevemente o rosto com a mão grande.

    Embora fosse um pequeno movimento nervoso, ela tinha um rosto muito bonito e um corpo muito fascinante.

    Cayena olhou para sua beleza inconscientemente, e ficou um pouco irritada quando ele parou com um olhar ríspido.

    Raphael perguntou relutantemente.

    — O que é?

    — Chá preto com leite. Será do seu agrado.

    Jeremy, que o ajudara a vida toda, não sabia sobre seus gostos…

    Ele ficou atordoado por um momento, mas despertou do sono justo antes de cortar e estava de bom humor. Talvez por isso, aceitou a xícara de chá sem reclamar.

    — …

    Enquanto tomava um gole do chá, Cayena perguntou, com uma expressão meio preocupada, meio inclinada ao seu lado.

    — Como está?

    A Raphael não gostava de chá vermelho, que lembrava sangue. Odiava quando era vermelho. Então, nem sabia que se odiava tanto, a ponto de seus olhos ficarem vermelhos como gotas de sangue.

    Mas isso era diferente, o profundo aroma do chá preto acalmou o humor apesar de sua dor.

    Estava bem que o leite branco realçasse o sabor e, acima de tudo, ele gostou que a água do chá ficasse turva.

    “… Eu gosto.”

    Aquilo foi surpreendentemente agradável.

    Ele gostou desse chá.

    Gostou o suficiente para acalmar os nervos que o insônia acordava bruscamente.

    — É bastante bom.

    Cayena sorriu amplamente como se tivesse passado por um grande exame.

    Sua aparência era como se um raio de sol transparente tivesse pousado sobre ele, no céu cheio de nuvens escuras.

    Raphael deixou a xícara de chá na mesa ao lado dele e ordenou friamente.

    — Agora vá embora.

    Isso foi apenas o começo.

    — Seria melhor você descansar, Sua Majestade. O chefe de pessoal trará sua comida em breve.

    Cayena não desistiu.

    Mesmo quando lhe disseram para sair todas as vezes, ela persistentemente criou um novo problema e se aproximou dele.

    Ao contrário dos terríveis rumores de que Raphael era um Imperador sedento por sangue ou um louco que não conseguia suportar ninguém que não matasse por um dia, Raphael não matava pessoas apenas porque estava irritado.

    Além disso, havia um canto macio para aquele que se aproximava dele de pessoa para pessoa. Exemplos disso eram o General Jeremy e o cavaleiro de escolta Baston.

    Cayena sabia disso pela história original, então não havia dúvidas ao lidar com ele.

    — Terminou o chá? Vou trazer mais uma xícara com prazer.

    Raphael permaneceu em silêncio diante de tudo o que ela disse. A solução que ele encontrou foi não lidar com Cayena, que não tinha medo dele.

    “Vai descobrir e fugir.”

    Um dia passou, dois dias se passaram e uma semana se passou.

    Como de costume, Raphael ignorou Cayena e tentou se ocupar com os documentos, mas sua persistência o surpreendeu e ele levantou a cabeça.

    Justo a tempo, Cayena estava diante dele com uma bandeja. Raphael lançou uma palavra com um pouco de desgosto.

    — Você é persistente.

    — Obrigada. Sua Majestade.

    — …

    Foi realmente surpreendente.

    Raphael desviou o olhar para baixo e concentrou sua atenção nos papéis. Cayena era uma pessoa persistente. Não havia pessoa…

    — Posso lhe servir mais uma bebida?

    …Foi difícil ignorar.

    — Vá embora.

    — Sim.

    A boa notícia é que Cayena ainda não desobedece às ordens.

    Raphael murmurou, deixando sua caneta enquanto retomava seu trabalho com um coração tranquilo.

    — Preciso chamar o Jeremy…

    Toc Toc.

    Então veio uma batida.

    — Sua Majestade, é o Jeremy.

    Mesmo que não fosse, ele estava prestes a chamá-lo, mas veio ao escritório por conta própria.

    De alguma forma, Raphael pensou que era o momento certo.

    — Entre.

    Clique.

    — Você me chamou?

    — …? — mas Jeremy estava dizendo algo estranho.

    — Nunca te chamei.

    — É? Mas… Bem, parece que houve um erro, vou sair.

    — Não, estava prestes a te chamar. Venha aqui.

    — Ah, sim.

    Raphael atribuiu-lhe uma nova tarefa e depois perguntou o que havia acontecido antes.

    — Mas quem disse para você vir procurar o Imperador?

    — Oh, foi a Senhorita Cayena.

    Também foi Cayena, Raphael tocou sua têmpora por um momento e suspirou.

    — Está bem, vá e veja.

    Quando Jeremy abriu a porta e estava quase saindo do escritório, Raphael o chamou para se levantar.

    — Espere um momento. Diga à Princesa que o Imperador a está procurando.

    — Ah…

    Jeremy olhou para a porta com uma expressão confusa.

    — O que?

    Quando Raphael perguntou, de repente, Cayena entrou, a pessoa a quem acabara de ordenar para chamar.

    — Você me chamou, Sua Majestade?

    Era uma expressão como se ela soubesse que seria chamada, também era bonita.

    — … A Princesa fica e Jeremy pode sair.

    Toc.

    A porta se fechou e Raphael recostou-se, juntando as mãos. Seus olhos estavam fixos em Cayena.

    Ele abriu a boca.

    — A Princesa tem a habilidade de ler os pensamentos do Imperador? — Cayena riu levemente.

    — É um elogio exagerado.

    Não foi um elogio, foi uma repreensão.

    Raphael parou de tentar alvejá-la assim. Embora se repreendesse por pensar isso, Cayena não tinha mais nada a dizer.

    Raphael semicerrou os olhos e acenou com a cabeça.

    — Pegue uma cadeira e sente-se aqui.

    — Sim.

    Em momentos como esse, ele estava confuso se a pessoa era inocente ou não.

    Não, era uma base muito óbvia. Raphael respirou fundo enquanto observava Cayena pegar uma cadeira. Ele agarrou a grande cadeira de madeira que Cayena havia arrastado pesadamente com a mão e a colocou ao lado de sua mesa de trabalho.

    — Uau.

    “Você tem uma força muito grande para o seu tamanho.”

    Você não esteve lutando para derrotar todos os inimigos no campo de batalha à toa. Cayena admirava puramente seu poder e Raphael ficava ainda mais perplexo.

    — Se fizer algo no futuro, peça permissão a mim. Caso contrário, sente-se aqui.

    — Sim.

    Raphael abaixou um pouco a cabeça e voltou a sentar-se para trabalhar. No entanto, Cayena ainda não estava ao seu lado e começou a se mover novamente.

    — Princesa…

    Ele não conseguiu terminar a frase e franziu a testa.

    Cayena havia organizado e ordenado completamente os documentos. Haveria realmente uma criada que poderia olhar com um olhar público e organizá-los assim?

    “O que você está fazendo?”

    Então ele se lembrou do que Baston estava falando outro dia.

    — Sua Majestade, ouviu isso?

    — Não estou interessado.

    — Estou falando sobre uma Princesa que se tornou a dama de companhia de Vossa Majestade. Há um rumor muito interessante sobre o Duque?”

    — … O quê?

    — Quando você tem um problema que não pode resolver, vá até Cayena. Não há nada que ela não saiba! Olha, como uma pessoa pode fazer um rumor assim?”

    Raphael estava perplexo.

    — Ela nem fez sua estreia social até agora, então por que esses rumores se espalharam?

    — O que aconteceu tão rapidamente que a praga circulou há 10 anos, certo? Foi a Princesa que resolveu isso.

    — …Há 10 anos ela teria apenas dez anos?”

    — É! E não só isso, é mérito da Princesa Cayena que ela pensou que o dique estouraria há sete anos e encontrou o cetro que havia desaparecido de repente.”

    “Bobagem”.

    Essa mulher poderia ser uma profeta ou algo do tipo? Enquanto observava, Cayena inclinou a cabeça.

    — Sua Majestade? Alguma orientação?

    Raphael disse com naturalidade.

    — Não, faça como quiser. — Cayena respondeu enquanto inclinava novamente a cabeça.

    — Sim.

    E como ela queria fazer o que o Imperador disse, esforçou-se para ajudá-lo com seu trabalho.

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