História Secundaria 2 - Capítulo 11
Ele se aproximou a Cayena e abriu a boca.
— Cayena.
Cayena se encolheu enquanto seu hálito batia em seu pescoço. Ela virou-se com uma expressão desconcertada.
— …!
Ela estava paralisada em seus braços.
“Não posso retroceder repentinamente daqui, o que devo fazer?”
Raphael engoliu em seco e lentamente procurou atrás dela. Quando a segurou completamente entre seus braços, abaixou o olhar. Cayena prendeu a respiração. Suas bochechas também estavam bastante trêmulas e ela perguntou impulsivamente.
— Por que você não veio para o quarto do Imperador esses dias?
Desde que Cayena acordou, ela não visitou o quarto dele por várias noites.
Não conseguia entender.
Esse homem não pode estar com ela. Mas ver as doces ações que ele fez lhe deu esperança. Ela podia sentir o amor em seus olhos ao olhá-la. Então, no final, estava confusa.
— Cayena.
Cada vez que ouvia uma voz baixa chamando seu nome, todo o seu corpo estremecia. Não, soou como um sussurro.
— Acho que foi presunçoso.
— Não há nada de presunçoso no que você faz. Você pode fazer qualquer coisa.
Diante disso, Cayena levantou a cabeça e o olhou. Raphael passou a mão pelos cantos dos olhos até os penetrantes olhos claros. Por um momento, ela soube que estava chorando e seu coração doeu.
— Sua Majestade, tenho uma pergunta para você.
— Diga.
— Sua Majestade já deve ter uma esposa agora, não é?
Pelo que lembro, nessa época, Raphael propôs um casamento arranjado para Olivia. Os olhos de Raphael se arregalaram diante da palavra “esposa”.
“Por que essa mulher menciona de repente uma esposa? Quer ser minha esposa, é isso?”
Raphael estava enganado há muito tempo, mas estava prendendo o pequeno rato que tentava escapar.
— Pretendo fazer isso em breve.
Ele abaixou a cabeça lentamente sem perceber. O rosto de Cayena se aproximou cada vez mais a ponto de se sentir um formigamento na respiração.
“Se essa mulher fosse minha esposa.”
Preto.
Então Cayena se levantou. O momento doce acabou; ela teve que voltar à realidade.
— Parece inapropriado, Sua Majestade.
— O quê?
Raphael sentou-se com o torso erguido, com uma expressão de incompreensão.
— Não é bom para Sua Majestade, que em breve deverá conhecer a Imperatriz, parecer muito apegado a uma donzela. Sem dúvida, haverá rumores preocupantes.
“Façamos isso e vamos embora, não mais perigo… isso é correto… é a decisão correta.”
Cayena mordeu o lábio, mas o que estava em seu coração? Ela tinha que matar isso, tinha que se livrar disso… nunca foi certo.
Tinha um irmão mais novo para proteger.
Tinha que proteger esse garoto para que não sofresse mais desgraças.
— Vou parar de ser sua criada em breve.
Raphael perguntou com voz aguda, sem perceber.
— Por quê?
Cayena o olhou com olhos estreitos e trêmulos e disse a verdade.
— Ousei manipular Sua Majestade.
Houve um momento de silêncio.
— O que isso significa?
— Me aproximei dele porque queria que Sua Majestade cuidasse bem da família Hill. Minhas intenções eram desleais. No entanto, minha lealdade era sincera, então por favor, apenas meu irmão…
— Já que Rezef é meio-irmão do Imperador, você acha que isso se tornará um problema no futuro?
Quando Cayena parou com uma expressão surpresa, ele continuou.
— É por isso que você se aproximou do Imperador? Está tentando mudar e manipular os pensamentos do Imperador como quiser?
Ele sabia de tudo, Cayena respondeu como uma pecadora.
— … Sim.
Então Raphael falou como se não fosse nada.
— Você vai…
— Sim?
Ele segurou a cintura de Cayena e a puxou para si. Cayena se encolheu surpresa, agarrando seu peito e se encolhendo.
— Você pode brincar comigo.
— O quê?
— Mas não deve ir embora. Isso eu não posso permitir — Cayena o olhou com uma expressão confusa.
— O Imperador é um tirano. Esqueceu? Significa que sou um ser humano que pode fazer coisas como te abraçar e te ter ao meu lado sem piscar um olho — disse com rancor. Ele deliberadamente reduziu a distância bruscamente.
Não, essa era a verdade. Ele não podia deixar Cayena ir. Raphael suplicou enquanto quebrava seu rosto inexpressivo até o ponto de sua habitual frieza.
— Não vá.
— …
— Por favor.
Cayena apertou a bochecha dele incrédula. Raphael se virou e beijou profundamente a palma dela. Depois apoiou a bochecha na palma da mão e olhou para Cayena com um olhar terno.
Ele falou com olhos tristes e pesarosos:
— Você está em meu coração — com uma voz amargamente doce.
— …
— Eu te amo — ele implorava— . Então eu sou seu.
Por favor, fique, ele implorava. Segurava sua cintura com firmeza, com medo de que ela fosse embora. Por um momento, Cayena se sentiu tão sobrecarregada que não conseguiu dizer nada.
Decidiu não ter nada nesta vida. Na verdade, nunca ousou imaginar que teria algo. As duas últimas vidas foram muito duras e dolorosas para isso. Estava repleta de feridas e marcada por um profundo trauma.
No momento em que confirmou que seu papel no livro era de “vilã”, a sensação de vergonha aumentou ainda mais.
Então, quando abriu os olhos como Cayena e percebeu que tinha voltado, o primeiro pensamento foi:
“Deixe tudo fluir de forma ordenada, ajude um pouco a todos para que não fiquem doentes demais e, em seguida, viveremos em paz.”
Não há mais uma vilã chamada Cayena ou um vilão chamado Rezef neste mundo. Tornaram-se irmãos comuns.
Essa era a única meta na vida, mas ela se apaixonou por Raphael. Ela queria esse homem e queria estar ao lado dele.
Ela confessou francamente.
— Acho que amo Sua Majestade. Não quero — Raphael olhou para Cayena com os olhos arregalados.
Sally: Diga a ele que seus sentimentos são de amor, e não de recusa, por exemplo, com seu irmão… ou seja, ela o vê como homem, fim.
Era difícil acreditar que aquela mulher o amava.
Era difícil acreditar que alguém pudesse amá-lo de verdade. Não fazia muito sentido, então ele se deparou com a sorte que o fez perder a cabeça por um momento.
— Não vou embora. Quero ficar ao seu lado, Sua Majestade.
Esta era uma oportunidade.
Uma oportunidade de uma em um milhão, que nunca mais voltaria. Raphael olhou imediatamente ao redor com cautela. Era necessário algo para encerrar completamente essa situação.
Então, algo como um anel de casamento, não havia como tal coisa estar no escritório.
Raphael estava furioso.
“Por que não tenho aquele anel em meu escritório?”
Ele já estava em um estado em que o pensamento racional era impossível. Então um vaso sobre a mesa chamou sua atenção. Precisamente, uma flor de primavera recém-desabrochada em um vaso. Ele pegou um caule de flor branca desconhecida, enrolou-o e fez um nó desleixado.
Havia um laço em forma de círculo.
Cayena cobriu a boca como se pudesse adivinhar para que seria usado. Ele segurou sua mão com uma mão fraca e trêmula.
— Cayena.
— Sim, Sua Majestade.
Raphael perguntou antes de colocar o anel de flores no dedo anelar de sua mão esquerda.
— Você aceitará mesmo que eu careça de muitas coisas?
Cayena respondeu com um sorriso que floresceu maior do que uma flor.
— Sim, estou disposta.
Uma pequena flor floresceu no dedo anelar de sua mão esquerda. Cayena olhou para a flor com uma expressão feliz e encontrou os olhos de Raphael.
— Você é tão bonita.
Então, Raphael entrelaçou os dedos atrás de seu cabelo e a puxou para mais perto. Quando suas testas e narizes se tocaram por um instante, ele disse:
— Quero te beijar, então me permita.
Cayena encolheu os ombros e fechou os olhos com força. Raphael soltou um sorriso baixo e umedeceu os lábios suavemente.
Não era um beijo transbordando como se seu desejo estivesse fervendo, mas sim um doce beijo que parecia tão precioso e encantador que ela não podia aguentar. Ele explorou cuidadosamente sua boca, questionando se ela aceitaria, e respirou fundo, lentamente.
Assim que seus lábios se separaram e ele prendeu a respiração, sorriu.
— Você é linda, Cayena.
Depois, olhou levemente acima dos lábios e beijou ambas as bochechas.
— Por favor, seja bonita apenas para o Imperador.
Raphael murmurou como um suspiro, beijando seus lábios várias vezes e mordendo sem dor como se não fosse suficiente.
Ele queria devorá-la completamente.
Cayena abraçou seu pescoço com força, com os olhos muito abertos, como se estivesse embriagada pelo afeto que ele derramava. Raphael a deitou no sofá e começou a se contorcer um pouco mais estranhamente.
Cayena também se agarrou a ele, e quando seus lábios se encontraram, primeiro ela o segurou e respirou.
Ninguém entrou no escritório até que chegasse a hora de Raphael acordar de sua soneca, talvez porque Jeremy, que sentia que o relacionamento deles era incomum nos últimos dias, já tivesse tomado precauções.
Graças a isso, continuaram ansiando e compartilhando afeto.
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