História Secundaria 3 - Capítulo 11 - FIM

Quando a dança começou, naturalmente, seus corpos se uniram e se moveram de acordo com os movimentos estabelecidos, como água fluindo.

Olivia pensou que estava dançando com Ethel depois de muito tempo.

— Você melhorou muito nesse meio tempo, Sua Majestade.

Ethel, olhando fixamente para aqueles que olhavam para Olivia, como um cachorro cuidando de seu dono com um olhar cauteloso em relação a palavras aleatórias, abaixou o olhar.

Olivia sorria amorosamente no seu próprio ritmo.

— Quando te ensinei a dançar, você mudava os passos ao seu bel-prazer, mas agora me segue bem.

— Hmph, ainda não gosto desses passos.

— Também gostei mais quando Sua Majestade os alterava.

De repente, Ethel se perguntou se isso era amor, e, se não fosse, o que poderia ser.

Desde a infância, Ethel achava Olivia adorável. Mas pensou que isso seria o limite.

Ele queria perguntar.

— Você me vê como homem?

… Ele estava certo de que pensou isso para si mesmo…

Ethel, sem perceber, revelou seus verdadeiros sentimentos.

Olivia ficou tão surpresa que torceu o pé por um momento. Felizmente, Ethel a envolveu firmemente pela cintura para que não tropeçasse. Em vez disso, seus corpos estavam fortemente unidos.

Badum, badum.

Seu coração estava em apuros mais uma vez.

Depois que Ethel disse isso, ele perguntou abertamente.

— Ainda pareço uma criança? Mas eu sou um pouco velho para parecer uma criança?

Era uma expressão e um tom que expressavam sinais de ansiedade. Olivia respirou fundo enquanto observava seu rosto.

Como ela poderia continuar escondendo isso? Ela mesma pensava que Ethel parecia um homem. Por isso estava tão emocionada.

— …parece um homem. Como você disse, você é muito velho para parecer uma criança.

Ethel arregalou os olhos como se estivesse surpreso com a resposta inesperada.

— Sua Majestade não parece tão jovem. Na verdade, faz muito tempo desde que pensei nisso.

— O quê? Não, faz muito tempo? Desde quando?

Ela não sabia como responder a essa pergunta.

No dia em que voltou para a capital, foi como se tivesse uma vaga premonição ao ver o jovem que cresceu muito mais do que ela se lembrava. Deve ter sido bem difícil não amar essa pessoa.

— Não sou boa o suficiente para ser sua namorada. Sua Majestade é perfeito, bom em tudo e é bonito…

Ethel não escondeu sua perplexidade diante das palavras de Olivia.

— Espere um minuto. Olha, você sabe que foi quem me ensinou, certo?

— Sim, por isso sei melhor que ninguém. O quão brilhante e gentil Sua Majestade é. E de novo…

— Ei, Olivia. Você é a única que não percebe que sou um casca dura?

— O quê?

Olivia franziu a testa diante do ponto inaceitável.

Ethel riu.

— Objetivamente, eu não era um bom aluno. Diferente de você, que era a melhor da academia.

Ethel frequentou a mesma escola que Olivia, então ouviu muitas de suas façanhas.

“E daí? Gentil?”

Naquele momento, ele ficou realmente chocado.

— Acho que você é o único que não sabe que minha personalidade é suja.

Mesmo com palavras vazias, não se pode dizer que Ethel tem uma personalidade amigável. Certa vez, Cayena disse isso com um semblante sério.

— De qualquer forma, meu irmão não sabe o que pensa de si mesmo.

Ethel odiou essa expressão. Para ele, Cayena era um ser comparável a um deus. Mas, além disso, ele sabia muito bem quando Cayena usava essas palavras. Quando estava muito, muito temperamental. Sendo agressivo ou teimoso, apontando defeitos nos outros, etc. De qualquer forma, significava que sua personalidade era suja.

De qualquer forma, significava que sua personalidade era suja.

Às vezes, Cayena se autojulgava com extrema dureza e brutalidade. Se alguém a ouvisse, pensaria que ela era uma estranha garota maligna.

Olivia negou veementemente.

— Isso não pode ser verdade. A imagem de Sua Majestade que eu vi não pode ser falsa. Quer dizer, é um pouco travesso, mas…

O que devo fazer com essa mulher?

Ethel sentiu que estava prestes a explodir de rir.

Ele perguntou com uma voz sorridente.

— Como você diz, sou um grande homem, então por que recusar? Ouvi dizer que você gostou tanto da minha aparência quanto da minha personalidade.

— Não é que eu goste, é um fato objetivo.

— Então, você não gosta de mim?

Olivia respondeu com uma expressão preocupada.

— Isso… não é exatamente isso.

— Você gosta de mim?

— … Sim.

— Eu também.

Quando Olivia olhou para ele como se estivesse tentando entender o que ele queria dizer, Ethel sorriu tanto que apareceram covinhas nas bochechas.

— Gosto de você.

Olivia sentiu como se tivesse voltado no tempo em um instante.

— Gosto de você.

Mas não havia mais um garoto como naqueles dias. Além disso, ela era diferente do que era naquela época. A confissão que foi embaraçosa naquele momento agora…

— Você também me agrada, Ethel.

Ethel inclinou a cabeça e perguntou persistentemente.

— Ainda não quer responder? Ou devo ser um pouco mais adulto?

Olivia confessou com uma voz arrastada.

— …Gosto de você.

Então, Ethel a abraçou rapidamente. Não conseguiu conter sua alegria.

— Sua Majestade!

— Gosto de você. Gosto de você desde sempre, Olivia.

Dizendo isso, o rosto de Ethel quando olhou nos olhos dela transbordava felicidade, o que fez Olivia rir. Quando o Imperador, que estava dançando, abraçou repentinamente Olivia e riu, o salão do banquete se encheu de murmúrios e confusão.

Palmas, palmas, palmas.

Então, Cayena aplaudiu. Os nobres olharam para o ex-Imperador perplexos, mas logo começaram a aplaudir um por um.

Aqueles que secretamente torciam para que Ethel e Olivia se dessem bem ovacionaram com aplausos.

A atmosfera rapidamente se espalhou por todo o salão de banquetes num instante, e todos riam e até começaram a incentivar os dois com pedidos maliciosos.

— Sua Majestade! Por favor, beije a Condessa!

Quando Ethel ouviu isso, sorriu e olhou para Olivia. Ela também ouviu o mesmo pedido, então seus olhos tremiam com um rosto corado.

— Você deveria fechar os olhos.

Diante das palavras de Ethel, Olivia fechou os olhos firmemente. Logo, seus lábios se encontraram com um sorriso. Foi o primeiro beijo deles.

Ethel piscou lentamente e acordou. Sua mente estava confusa. Ele estava de bom humor porque reviveu os eventos anteriores com Olivia como um sonho.

Será que não foi um sonho?

Ethel olhou para o lado para confirmar. Um sorriso apareceu em seus lábios. Seu coração se apertou em seu peito porque sua amada esposa, que dormia exausta após uma noite íntima, era encantadora.

Ethel não pôde resistir e beijou a testa de Olivia.

Uma vez. Duas vezes. Ele não queria que sua esposa acordasse, mas os beijos se espalharam por todo o seu rosto, em suas têmporas, bochechas, nariz e lábios.

Por que você é tão adorável ao ponto de fazer as pessoas sofrerem? Olivia não conseguia abrir os olhos e franziu a testa.

— Umm… Ethel…

Ethel sorriu. Ela dizendo seu nome enquanto dormia era um hábito de sono de Olivia.

— Sim, Olivia.

— Mais um pouco de sono…

— Você pediu para acordar porque queria tomar café da manhã olhando para o mar.

Ethel continuou a beijar os lábios de Olivia enquanto dizia isso. Na verdade, o nascer do sol não o interessava.

— Se for assim, não valeu a pena vir para o sul como destino de lua de mel.

Mas provocar Olivia era divertido.

— Se estiver cansada, devo abraçá-la e levá-la? Posso vestir, lavar e alimentar você. Sou bom nisso, minha senhora.

Somente então Olivia abriu seus olhos fortemente fechados. Ela olhou desaprovadoramente para Ethel, que continuava a beijar várias vezes.

— Teria sido bom se eu tivesse ido para a cama cedo.

— Sim, eu te amo.

Então, Olivia suspirou e, em vez de repreender mais o marido, abraçou-o pelo pescoço.

— Eu te amo.

Ethel sorriu feliz e abraçou as costas de Olivia. Então, ele esfregou o nariz no pescoço dela, que tinha um bom cheiro.

— Acho que estou ficando louco por gostar de você.

Olivia sussurrou no ouvido de Ethel com um sorriso semelhante no rosto.

— Eu também.

Os dois fizeram contato visual e riram.

Finalmente, tomaram o café da manhã após o nascer do sol.

FIM DAS HISTÓRIAS SECUNDÁRIAS