Durante as próximas três semanas, Slezzy e Sanches passariam todos os dias treinando arduamente, sem descanso, desde a prática dos poderes dos demônios até outros, como tiro ao alvo, a empunhadura de sua espada e táticas militares.

    Ainda no primeiro dia, Sanches guiou seu mais novo aluno sobre a forma correta da manipulação do Arché Superior.

    Slezzy desferiu um grande raio na direção de uma das paredes, desestruturando-a instantaneamente. Aquela conjuração fora o seu recorde, após tantas tentativas.

    — Apesar de seu grande potencial, você ainda não está executando toda a magia que sua estrutura permite… — alertou Sanches.

    — O que você quer dizer com isso? — perguntou Slezzy, ofegante.

    — Sua Gankkai está moldada para a classe de magia de luz. De fato, é uma das que possui as conjurações mais difíceis… quando se trata de todas as outras magias no geral. Porém, quando executada corretamente, tem o poder de mil raios na sua forma mais básica. Esses raios alaranjados que você dispersa ao longo desse andar, são apenas faíscas desse grande poder que lhe aguarda no final do túnel.

    — Certo.

    — Se bem que, você é um cara de sorte, Slezzy. Coincidentemente, a sua classe de magia de luz se dá muito bem contra a de magia da morte.

    — Magia da morte?

    — O poder de Salvador! Você não havia notado que os poderes do mascarado eram em sua maioria… negros ou arroxeados!?

    — É… Você tem razão…

    — Baseado nesses tipos de características, só conheço a magia da morte. Esse tipo de magia também se enquadra entre uma das mais fortes, ainda mais se o usuário possuir uma grande habilidade de manipulação, podendo se igualar a sua classe.

    Slezzy observou suas mãos feridas, logo depois.

    — Droga. Emmy vai perguntar sobre isso… — desabafou ele.

    — Emmy?

    — Emmeline! Minha… companheira!

    — Ah! É claro! Eu mal lembrava que você tinha uma namoradinha. Mas… você não a avisou que estava treinando ou algo do tipo?

    — Bom… De certa forma sim…, mas… eu precisei mentir, dizendo que estava indo para o NCC, para cumprir uma tabela de prática de exercícios.

    — Isso não é bom, garoto!

    — O que você quer que eu faça? Que eu diga… “Bom dia, Emmy, hoje vou para aquela velha fábrica no fim da cidade… para treinar minhas conjurações mágicas, que aliás… foram concedidas por demônios…”!? — ironizou.

    Sanches lidou com aquilo, dando uma leve risada.

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