Sanches e o restante dos agentes sobreviventes avançavam com êxito sobre o primeiro andar da indústria abandonada.

       Ao averiguarem quase a metade de todos os cômodos dentre aqueles destroços, Sanches indagou um dos agentes ao seu lado:

       — Quem estava no primeiro carro-forte que foi explodido!?

       — Senhor… estavam… os agentes mais antigos da FMA… — Ele estava trêmulo.

       Henegan se intrometeu:

       — Ei, recruta! — O velho e conhecido segurança da FMA, caminhou até ficar de frente com o agente trêmulo, pegando-o pela gola de sua roupa militar. — Escute bem… você está no meio da merda de uma verdadeira guerra! Se você se deixar ser dominado pelo medo, então abandone o campo de batalha; e volte para o seu carro-forte, imediatamente! Um passo em falso e você não sairá daqui vivo!

       Henegan o soltou logo depois.

       O recruta, ainda um pouco trêmulo, empunhou sua arma firmemente e caminhou na direção dos outros agentes, que realizavam a varredura do lugar.

       — Como está a situação no segundo andar? — indagou Sanches, em sua escuta, enquanto corria para alcançar sua equipe.

       Roy o respondeu, no mesmo sistema de comunicação:

       “— Precisamos urgentemente de reforços! As armas de todos esses mafiosos são extremamente potentes! Parecem ser fuzis de última geração! Vocês precisam limpar o primeiro andar e nos conceder suporte… o mais rápido possível!”

       O barulho de uma grande explosão trevosa ecoou sobre o segundo andar.

       — O que foi isso? — perguntou Sanches, com grande preocupação. — Roy… por acaso, eles estão…

       “— SIM! Eles estão manipulando Arché Superior! Não vai demorar muito para que nossos agentes percebam esses poderes sobrenaturais… Sanches…!”

       — Isso não importa agora! O nosso foco é eliminar toda a escória da Sociedade Nobre! Então, se concentre em exterminá-los! — respondeu Sanches, confiante desta vez. — Câmbio final!

    *

       Os capangas do Barão II atiravam incessantemente na direção dos agentes que tentavam subir as escadas para o nível superior da construção.

       — Mesmo que nos segurem, de qualquer forma, todos eles estão cercados! — falou Roy, na escuta.

       Após alguns segundos, Corvo e Salvador saíram de trás das colunas de concreto e dispararam violentamente uma grande quantidade de raios violetas na direção dos agentes, em sequência.

       Grande parte da equipe de Roy foi dizimada em questão de segundos. Pedaços dos corpos daqueles agentes voaram entre os destroços do lugar.

       Apenas o Capitão e outros dois agentes sobreviveram àquele ataque.

       Kayber se juntou aos seus líderes, avançando lentamente na direção dos três agentes restantes.

       — ROY! — gritava Slezzy, na escuta. — Saia já daí! O Corvo, Salvador e um homem de cabelos azuis estão avançando em sua posição! VOCÊ PRECISA SAIR DAÍ AGORA!

       O Capitão ignorou aquele comentário; e detrás da parede a qual se protegia, criou um ataque surpresa contra aqueles três.

       Roy manipulou grandes pedaços de concretos secos e outras estruturas ferrosas, levitando-os e os rodeando com uma energia alaranjada; a seguir, arremessou todo aquele material na direção de seus inimigos.

       Os outros dois agentes observaram aquilo com olhares brilhantes. Eles estavam completamente desentendidos.

       Corvo e Salvador conseguiram desviar de todo aquele ataque surpresa, porém Kayber foi atingido, ferindo-se gravemente.

       O braço direito do homem de cabelos azuis havia sido esmagado por uma das grandes pedras de concreto.

       Salvador, tomado pelo ódio, avançou sem pensar duas vezes, na direção de Roy.

       O Capitão ergueu grandes pedaços de concretos do chão outra vez, levitando-os e os energizando.

       Naquele ponto, quase toda a estrutura ao redor do homem de cabelos alaranjados já havia sido esburacada.

       Após Roy arremessar todo o material, novamente; Salvador criou sua clássica parede de energia violeta, mas que dessa vez se movia na sua mesma velocidade de corrida, bem a sua frente, servindo-o como um escudo.

       O mascarado defendeu todo aquele poder.

       Roy estava sem nenhuma carta na manga; prestes a encarar a morte.

       De repente, uma onda de agentes surgiu entre as colunas e destroços, perto dali, entre berros e tiros.

       O Tenente Jan, Kine, Jean, Clay e mais dez agentes desconhecidos compunham aquela equipe de reforços.

       — DESGRAÇADOS! — gritou Salvador, se desequilibrando ao encarar toda a tropa.

       Uma grande fumaça surgiu, logo em seguida, entre os mafiosos e aquela equipe. Corvo havia utilizado de seus truques para ganhar tempo o suficiente, favorecendo a escapatória de Salvador daquela situação.

    *

       O Barão II e seus dois capangas estavam prestes a escapar pelo nível superior da indústria abandonada: o terceiro andar. Eles corriam na direção de uma grande vidraça, que dava acesso ao estacionamento da enorme construção.

       — Senhor… Não podemos deixar os outros! — resmungava um dos capangas.

       — Ele tem razão…! Senhor Barão II…!

       — Não há mais volta! Vamos! Não podemos parar agora…! — As palavras do grande chefe foram interrompidas pelo som do arremesso de uma lâmina, seguido do gemido de um dos capangas, que caiu sobre o chão logo depois.

       Uma enorme espada estava cravada sobre as costas daquele homem.

       — O que? — Antes que Barão II pudesse pensar, seu outro capanga foi atingido por um raio alaranjado.

       Uma sequência de raios daquele mesmo tipo foi disparada na sua direção, mas não obteve o mesmo êxito.

       Passados alguns segundos, Barão II, mesmo ofegante, conseguiu se esconder atrás de uma grande máquina de aço.

       Seus dois capangas estavam mortos.

       Não demorou muito para que o homem de regata escutasse palavras macabras:

       — Por que fugir? VOCÊ NÃO ERA O LÍDER DA MAIOR MÁFIA DE MAPLE!?

       Aquela voz masculina estava a cerca de dez metros da onde o vilão se escondia.

       Barão II, se sentindo desafiado, saiu de trás daquela máquina de aço, encarando finalmente quem o havia perseguido.

       Ao se impor, Barão II pôde ficar cara a cara com o assassino de seus capangas.

       Slezzy, cujo rosto estava pintado de branco com detalhes foscos, o observava seriamente.    — Isso vai ser interessante… — concluiu o mafioso.

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