Capítulo 62
A equipe de Jan, trocava tiros de forma intensa contra o Corvo e seus aliados.
Roy e o restante de sua equipe, estavam quase zerados de munição.
O barulho de gritos e tiros dominavam todo o segundo andar da construção.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO LÁ EM CIMA? — perguntou o Tenente Jan, aos berros. — O TETO ESTÁ TREMENDO!
— EU NÃO FAÇO A MÍNIMA IDEIA! — respondeu Roy, também gritando.
Jean e Kine avançavam em meio as colunas de concreto, à fim de neutralizar o máximo de capangas e alcançar a posição de Corvo, Salvador e Kayber.
Clay utilizava de um par de pistolas, exoticamente, para combater os capangas.
Os mafiosos ainda se escondiam no centro daquele lugar, rodeado de máquinas enferrujadas e estruturas completamente favoráveis àquele combate. Por outro lado, estavam completamente cercados pelos militares.
Os mafiosos foram surpreendidos.
Sanches e sua equipe adentraram o ponto mais sensível e descoberto do centro protegido.
— O que!? Sanches!? — perguntava o Capitão, cheio de felicidade, no seu rádio.
— Todo o primeiro andar foi completamente dominado! Os capangas foram neutralizados, com exceção de alguns que se renderam! Agora, vamos deter o desgraçado do Corvo e seus subordinados! — respondeu o Agente.
— Certo! — confirmou Roy.
Sanches reparou que, além da forte tremedeira e do barulho das conjurações de poderes, vindos do terceiro andar; toda a estrutura em volta da escada que dava acesso àquele nível, estava completamente dominado por raios azulados.
Os militares começaram a avançar com êxito, após a grande estratégia do Agente Sanches, encurralando Corvo e seus capangas aos poucos.
Dentro do centro protegido, Salvador confrontou seu líder:
— SENHOR… NÃO VAMOS RESISTIR POR MUITO TEMPO! PRECISAMOS TOMAR UMA DECISÃO! — implorava, aos gritos. —VAMOS AVANÇAR COM TUDO! USANDO TODOS OS NOSSOS PODERES POSSÍVEIS!
O barulho do tiroteio entre os militares e outros capangas, carabinas silenciadas e as metralhadoras potentes, ainda era inquietante.
A seguir, Corvo o respondeu, calmamente:
— Não.
— O que!?
— Não vamos avançar. Eles estão em maior quantidade; além de com certeza terem um número significativo de mentoreados.
— ISSO NÃO É UM PROBLEMA!
— PARE DE GRITAR! JÁ! — reclamou Corvo, aos berros. Se acalmando logo depois.
— Escute aqui… — dizia o Corvo, enquanto segurava violentamente as longas vestes negras que cobriam o peitoral de Salvador. — Nós iremos recuar! É a nossa única opção para que possamos sair com o menor prejuízo possível, dadas a essas circunstâncias que estamos enfrentando! Você me ouviu!?
Salvador levou alguns segundos para respondê-lo:
— Sim… senhor… — A raiva estava nítida em seu olhar.
— Ótimo!
De repente, um projétil passou em rápida velocidade entre os rostos daqueles dois mafiosos, perfurando no fim, a cabeça de um dos capangas que se escondia por trás dos destroços.
Por alguns centímetros, Corvo ou Salvador não haviam sido ceifados à morte.
— ELES TÊM UM FRANCO ATIRADOR! — gritou o Corvo, se abaixando logo depois.
*
Saith e Yuki estavam em uma posição estratégica, por cima da estrutura do estacionamento, que proporcionava um ângulo favorável para combater o centro protegido por Corvo e seus subordinados.
— Foi por pouco! — afirmou o pequeno gênio. Ele utilizava um binóculo. — Por sorte, um daqueles dois malditos não está morto agora!
O atirador sorriu.
— É por causa dessas coisas… que eu odeio tanto o “RNG”.
— Hein? — perguntou Saith, recarregando seu rifle, deitado sobre o chão, se preparando para seu próximo disparo, contra o segundo andar do local do tiroteio.
— Ah… você não entende…, aposto que nunca jogou um videogame na sua vida! — respondeu Yuki.
— Eu prefiro viver a realidade! — retrucou, realizando mais um disparo.
— Na certa! — comemorou o garoto.
Uma sombra se aproximou violentamente da dupla, de repente.
Num milésimo de segundo, o pequeno gênio se atentou àquela ameaça:
— METAFOREAR! — gritou ele, protegendo a si e ao atirador, utilizando sua conjuração de teletransporte.
A dupla foi movida para outro canto do topo do estacionamento abandonado.
A sombra finalmente se revelou: era Edward.
Ele segurava sua foice, com um sorriso maléfico. Seus olhares estavam cobertos de loucura.
A dupla encarou o traidor.
Era claro que o homem de terno queria ajudar o Corvo e seus subordinados, atrapalhando o atirador, quebrando sua posição estratégica.
— Ora… ora… Veja se não é o “duas caras”, atrapalhando novamente os nossos planos…, que novidade… — provocou Yuki. Os olhos do pequeno gênio, estavam completamente embranquecidos.
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