Enquanto Arthur e o elfo negro se encaram em um confronto intenso, o restante dos elfos avança contra os cavaleiros.

    — O que vamos fazer?!

    — O senhor Arthur já está lutando contra o líder deles!

    — Sem ele não temos chances… Vamos morrer!

    No meio de tantos cavaleiros tomados pelo medo, há um homem de aparência incomum: seus cabelos, barba e sobrancelhas possuem uma coloração laranja vívida; seus olhos são de um verde profundo, como esmeraldas brutas. Uma cicatriz marcante atravessa sua testa até a parte inferior do olho esquerdo. Ele veste uma armadura prateada reluzente com ombreiras douradas em formato de leões imponentes.

    — Seus tolos, não se deixem abalar só por isso! — ruge o cavaleiro, com voz firme.

    — Hã? Senhor Stark?!

    — Nós não precisamos da ajuda de Arthur para lutar! Eu mesmo vou liderar este exército rumo à glória!

    A moral dos soldados se eleva de forma abrupta. Todos os cavaleiros olham para Stark com admiração e, em uníssono, erguem suas espadas.

    — Isso! O Sir Stark vai nos proteger!

    — Não precisamos temer nada!

    Mas, em meio à névoa densa que cobre o campo de batalha, um elfo negro surge com velocidade inumana. Erguendo seu machado com fúria, ele desfere um golpe brutal, partindo a cabeça de um dos cavaleiros ao meio com um único movimento.

    O horror se instala, mas à frente dos demais está um homem que permanece inabalável, sem demonstrar nenhuma emoção, mesmo diante da cena grotesca.

    — Vejo que no meio dessas garotinhas que se dizem cavaleiros… existe um homem de verdade — diz o elfo, segurando seu machado e encarando Stark com um sorriso cínico.

    — Chega de conversa fiada. Venha com tudo que tiver.

    Os elfos ao redor ficam espantados com a ousadia do cavaleiro.

    — Seu humano de merda… vou te partir ao meio com meu machado!

    O elfo avança com fúria. Ele puxa seu machado para trás e coloca toda sua força em um único ataque, que avança numa velocidade esmagadora. A lâmina se aproxima do rosto de Stark com precisão mortal. Faltam apenas centímetros, o elfo, confiante da vitória, sorri, mostrando seus dentes pontiagudos.

    — Patético…

    Ao ouvir isso, o elfo hesita por um segundo, confuso com a calma insana de Stark. Mas não se importa. Ele prossegue.

    Num piscar de olhos, no exato instante em que o machado está prestes a dividir sua cabeça, Stark se esquiva com precisão cirúrgica e, com um movimento quase imperceptível, levanta a perna e acerta um chute no queixo do elfo, deixando-o inconsciente no ato.

    Num segundo movimento fluido, Stark saca sua espada e, com uma velocidade absurda, decepa a cabeça do inimigo. O corpo cai de joelhos, sem vida, enquanto a cabeça voa pelos ares, quicando no chão e rolando até parar diante do grupo de elfos negros.

    — Então? Quem será o próximo a me enfrentar?

    Stark encara os elfos com um olhar gélido. Um dos inimigos caminha até ele, com o semblante sério e determinado.

    — Eu gostaria de enfrentar o senhor — diz o elfo com confiança.

    — Está bem. Pode vir.

    Enquanto isso, Arthur parte para cima de seu oponente, com a postura baixa. Ele avança até ficar frente a frente com o elfo e, então, aponta a espada para ele. A lâmina começa a brilhar com intensidade crescente.

    “Droga… como esse cara se aproximou de mim tão rápido?!”*l

    O elfo entra em pânico. Arthur, no entanto, permanece calmo. A mana se concentra na espada, que começa a emitir uma luz intensa, iluminando tudo ao redor.

    Arthur então desfaz a concentração e dispara toda a energia acumulada na direção do peito do elfo. O disparo de luz atinge o inimigo em cheio, lançando-o para longe.

    — Magia de luz, hein? Isso é… bem impressionante.

    “Magia de luz… ela é extremamente rara, até mesmo entre os nobres. Existem diversos tipos de magia elementar, e algumas são mais incomuns do que outras. A magia de luz é uma dessas raridades.”

    — Você conseguiu resistir ao meu golpe. Meus parabéns. Mas da próxima vez… irei com tudo. Usarei toda a minha força.

    O elfo encara Arthur, solta um leve suspiro… e sorri.

    — Já que mostrou seu atributo mágico, é justo que eu mostre o meu. Prepare-se, Arthur Pendragon.

    O elfo se posiciona, liberando uma quantidade devastadora de mana negra.

    — Magia de Espinhos: “Rastro de Lâminas da Morte!”

    Do chão, um rastro de espinhos colossais emerge, crescendo rapidamente e avançando na direção do cavaleiro.

    — Acha que vai me vencer com um ataque ridículo desses?!

    Arthur ergue sua espada e canaliza mana mais uma vez. Ele a arremessa em forma de uma esfera contra os espinhos. Os dois feitiços colidem, criando uma densa cortina de fumaça.

    “Qual era a ideia dele com esse feitiço tão simples?”

    Mas, sem que Arthur perceba, o elfo se aproxima sorrateiramente. Com uma lança feita de espinhos, ele tenta um ataque veloz, mirando o rosto de Arthur. No entanto, com reflexos sobre-humanos, Arthur desvia no último segundo.

    “Ele desviou?! Como…?!”

    O elfo não desiste. Lança vários ataques em sequência. Arthur bloqueia todos com facilidade, e, ao mesmo tempo, começa a revidar. A troca de golpes se intensifica. As espadas e armas colidem com força, gerando ondas de choque por toda a área.

    “Essa sensação de estar sendo encurralado… é incrível!” Arthur sorri.

    — Chega de brincadeiras. Agora eu vou te mostrar o poder supremo que me tornou o mago mais forte deste continente.

    A aura de Arthur explode. Uma quantidade absurda de mana se expande num raio de 100 metros. O ar fica pesado.

    “Mas o que é isso…? Como um humano pode ter tanta mana assim?!”

    O elfo recua, dominado por puro instinto.

    — O que foi? Vamos brincar, senhor elfo~

    — Seu maldito… você não é humano!

    — Tente resistir a isso: Magia do Tempo — “Congelamento Temporal”.

    Por três segundos eternos, o tempo para completamente. O elfo fica imóvel, sua consciência desvanecendo.

    “Droga… não consigo me mexer… estou… apagando…”

    Arthur corre até o inimigo e desfere um corte certeiro no peito, abrindo uma ferida profunda. O tempo retorna ao normal.

    O elfo cai de joelhos, gravemente ferido. Ele ergue o olhar e vê… algo absurdo. Ao redor de Arthur, manifesta-se a aura de um leão colossal. E, naquele momento, o elfo entende a verdade: ele jamais poderia vencê-lo.

    “Eu nunca vou vencer esse cara… ele está em outro nível. Mas não me importo de morrer aqui. O que acabei de testemunhar… é o ápice da força humana. Arthur Pendragon possui o poder supremo.”

    — Então… vai me dizer seu nome agora?

    — Haha… achei que ia esquecer de perguntar. Já que quer tanto saber, meu nome é Norts Aggregor.

    — Um belo nome. Mas agora… sabe o que tenho que fazer, não é?

    — Sim… eu sei.

    Arthur se vira para Norts. Seu semblante está sério, frio. Então, ele fala:

    — Eu preciso te contar algo… algo que nunca revelei a ninguém. Já que vai morrer mesmo… isso não fará diferença.

    Norts se inquieta com o tom de Arthur. Silencia, pronto para ouvir.

    Enquanto isso, em um canto próximo do campo de batalha, Stark enfrenta o líder do grupo de elfos. Alguns cavaleiros o acompanham e o ajudam a combater os inimigos.

    — Eu me chamo Stark Volzard. E você, como se chama?

    — Sou Kalis Mornin. Você é forte, Stark. Nunca conheci alguém que conseguisse bloquear todos os meus golpes assim.

    — Eu treino meus cinco sentidos e meu tempo de reação até o limite. Na verdade… você me lembra alguém que conheci no passado.

    Enquanto Arthur se prepara para revelar seu segredo… Stark mergulha nas lembranças de um passado que ainda o assombra.

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