Índice de Capítulo

    Adam queria salvar as pessoas na rua, mas estava impotente para isso.

    Havia sete ou oito mutantes psíquicos só naquela rua, e era possível que houvesse ainda mais espalhados por ali. Pelo poder demonstrado por esses mutantes psíquicos, ele teria dificuldade até contra um só deles, então enfrentar todos e esperar sair vivo era impensável.

    “Parece que o que me disseram no Metaverso era verdade. Os mutantes psíquicos realmente estão se movendo.”

    Adam não ousou permanecer ali por mais tempo e voltou pelo mesmo caminho até o pub.

    Antes que o enxame de ratos chegasse, ele retornou ao elevador e, ao chegar novamente ao pub subterrâneo, destruiu o elevador imediatamente, para que não pudesse mais ser usado.

    Isso não impediria os mutantes psíquicos de invadirem o pub, mas pelo menos dificultaria um pouco o avanço deles.

    Ao entrar no pub, sua aparência de lobisomem com mais de dois metros de altura naturalmente causou espanto entre os frequentadores. Alguns gritaram de horror, enquanto outros se aproximaram, curiosos.

    — Isso é algum evento do bar? Tá usando fantasia, né? — perguntou um homem bêbado que se aproximou de Adam.

    No mundo real, ele já estava praticamente bêbado, e seu estado de embriaguez não havia mudado mesmo após ser arrastado para o mundo psíquico.

    — Cai fora.

    Adam empurrou o homem para o lado, depois subiu na pista de dança, desligou a música e acendeu as luzes.

    Só quando as luzes se acenderam é que todos puderam ver claramente que aquilo era um lobisomem de verdade, não uma pessoa fantasiada. Imediatamente, tentaram fugir em pânico. No entanto, o elevador já estava destruído, e por se tratar de um pub subterrâneo, nem mesmo uma saída de emergência havia, então ninguém conseguiu escapar.

    — Não tenham medo! Silêncio, todos! Silêncio!

    Adam rugiu, tentando acalmar a multidão, mas seus esforços foram inúteis. Assim, ele teve que recorrer a medidas mais violentas e reduziu a mesa do DJ a sucata com um único golpe de suas garras.

    — Eu vou matar quem não calar a boca agora mesmo!

    A ameaça se mostrou muito mais eficaz, e a comoção no pub cessou instantaneamente.

    — Certo, escutem o que eu tenho a dizer. — Adam respirou fundo e explicou: — Primeiro, eu não sou um monstro, sou um adaptador. Já estamos quase no século XXII, não é possível que ainda existam pessoas que acreditem em monstros e demônios. É mais provável eu ser um lobisomem ou um adaptador? Deixo essa pra vocês.

    Um burburinho tomou conta do ambiente com as palavras de Adam, e logo todos aceitaram a ideia de que ele era um adaptador.

    — Já que sou um adaptador e consigo assumir essa forma, isso só pode significar que estamos no mundo psíquico agora — continuou Adam.

    — Foi você que nos arrastou para o mundo psíquico?

    — Não fui eu. Foram mutantes psíquicos. Talvez muitos aqui nunca tenham tido contato com adaptadores antes, então não sabem o que são mutantes psíquicos. Eles são criminosos insanos, e agora mesmo estão tentando nos matar. Preciso que todos fiquem em silêncio. Meu companheiro vai romper lentamente essa prisão psíquica, e quando conseguir, todos nós poderemos escapar.

    — Quanto tempo isso vai levar?

    — Uma hora.

    — Onde estão os mutantes psíquicos agora?

    — Estão em uma rua aqui perto.

    — Por que deveríamos acreditar em você?

    Mais uma vez, todos começaram a discutir após ouvirem a explicação de Adam, e surgiram todo tipo de opinião, muitas delas questionando sua credibilidade.

    — E se foi você quem nos trouxe pra cá?

    — Isso! Talvez você seja o único adaptador aqui e tudo isso seja um plano seu!

    — Por que deveríamos acreditar só na sua palavra?

    — Não me importa o que digam, nem se acreditam em mim ou não, mas se alguém continuar fazendo barulho desnecessário e atrair os mutantes psíquicos até aqui, todos nós vamos morrer. — Adam sabia que convencer todos rapidamente era impossível, então ameaças eram a ferramenta mais simples e eficaz naquele momento. — Fazer barulho demais vai nos matar de qualquer jeito, então não me oponho a matar quem insistir nisso. Se mato essas pessoas, é para salvar as outras. Não quero fazer isso, mas acho que é uma atitude razoável.

    Adam se aproximou da pessoa mais barulhenta do pub e ameaçou:

    — Cala essa boca agora ou eu arranco ela da sua cara.

    Ao mesmo tempo, suas garras afiadas saltaram dos dedos, e chamas começaram a brotar de sua boca.

    Diante daquela ameaça do enorme lobisomem, o indivíduo se calou imediatamente, e logo o silêncio dominou o pub.

    Depois disso, Adam seguiu até a sala administrativa e abriu a porta. Lá dentro, Gancho estava usando suas ferramentas para enfraquecer a barreira psíquica, e Adam se juntou a ele.


    Na rua, o massacre continuava.

    Um homem com manchas por todo o corpo logo sobrevoou o local e assentiu, satisfeito, ao ver as pessoas caídas no chão.

    — Parece que há alguns adaptadores por aqui, e eles já perceberam que algo está errado. Estão se reunindo em grupos para danificar a zona de contaminação psíquica. Rei dos Ratos, leve alguns contigo e lidem com esses adaptadores incômodos.

    — Onde estão?

    — Dois naquele beco, três naqueles prédios residenciais e dois no distrito comercial. São três grupos ao todo.

    — Qual está mais perto de nós?

    — Os dois no beco.

    — Então eu cuido deles. Arrume alguém pra cuidar dos outros.

    Dito isso, o Rei dos Ratos deixou a rua e entrou no beco escuro, assobiando baixinho.

    Mais ratos jorravam de sua boca enquanto ele caminhava, e esses ratos pareciam captar algum tipo de cheiro que os guiou rapidamente até a entrada do elevador, pela qual começaram a entrar pelas frestas nas paredes.

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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