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    No dia seguinte, Marcela foi presa por indignidade ao grupo de Caçadores e Mirai junto à Lazio foram curados porém com grandes sequelas e também foram presos nos calabouços para fazer trabalhos braçais em troca de migalhas de pães. 

    Nos estábulos próximos a guilda estava a guerreira Mayane, um caçadora novata que estava cuidando de seu cavalo: Pampam.

    Uma garota de aparência jovial, em seu peito havia o símbolo de verificação junto ao seu nome. Mayane possuía uma aparência bonita, um corpo forte e um rosto meigo, seus olhos pretos penetrantes conquistavam qualquer homem. 

    Seu cavalo e ela possuíam um laço forte, já que o garanhão veio para a família dela quando a moça ainda tinha seis anos. Ela passava pente sob os pelos do animal enquanto cantava uma linda melodia, que o acalmava.

    Um bando de quatro rapazes desocupados, que aparentemente eram novatos também, apareceu dentro do estábulo. Eles olhavam com malícia para o corpo da garota, sonhos indecentes.

    Eles deram um sorriso para ela e se aproximaram. — Ei gatinha, tá muito ocupada aí, de repente não quer uma ajuda? — falou acariciando o pescoço do cavalo.

    — Se quiser podemos cuidar de seu cavalo, em troca você pode fazer um pagamento, se é que me entende — falou um dos amigos, um gordo barbudo.

    Mayane sorriu e negou. — Lamento, mas eu estou tranquila, não preciso de ajuda.

    O terceiro amigo apareceu por trás dela agarrando seus braços fortes e femininos. — Qual é garota, um boquete para cada um da gente não faria mal, faria? — perguntou o homem magro que aparentemente estava excitado, roçando seu membro no corpo da moça.

    Ela com raiva desferiu uma cotovelada em sua barriga, fazendo o homem se distanciar. — Saiam daqui, seus tarados nojentos — falou irritada.

    O quarto amigo apareceu por trás, puxando seu cabelo com raiva. — Sua puta, acha que pode falar assim com a gente?

    O homem era forte, e a comparação de força era indigna naquele momento. Eram quatro contra uma. Um dos homens que estava atrás do cavalo, desferiu um tapa sob o bumbum do garanhão. — Isso aí, sua vagabunda.

    O cavalo irritado mordeu a mão de um dos rapazes e logo em seguida deu um forte coice na barriga do outro homem, jogando-o para trás. 

    O garanhão relinchou ficando sob duas patas, e partiu em direção ao homem que estava segurando a mulher. Ele correu, passando por cima do rapaz magro. O mais forte do grupo com medo soltou a garota e tentou fugir.

    O cavalo astuto alcançou o homem dando uma cabeçada, jogando o rapaz para cima. Foi escutado um Crack! E provavelmente uma costela foi quebrada.

    Os quatro rapazes estavam jogados aos cantos do estábulo, machucados e gemendo de dor. Pampam voltou perto de Mayane, em busca de carinho.

    — O quê seria de mim sem você? — perguntou para seu equino amigo, sem respostas, apenas um relincho poderoso.

    Logo depois, outro rapaz entrou no estábulo, com seu enorme cavalo negro. Mayane encarou o rapaz que passou por sua frente sem prestar atenção na beleza da moça.

    O rapaz misterioso se atracou na mesma baia em que o cavalo de Mayane normalmente fica, então a moça indagou:

    — Com licença, essa baía é pro meu cavalo.

    O homem se virou olhando de canto, seus cabelos longos mostraram apenas os olhos do rapaz — amarelo —.

    — Lamento, moça — falou o homem. — Mas neste momento irei usar. Essa baía é a preferida do meu cavalo. Ele se sente mais aconchegado.

    A raça do cavalo era um Tinker, um garanhão forte e grande, e ainda mais da cor preta, Mayane se interessou por aquele rapaz. — Bom, tudo bem.

    A moça se aproximou junto ao seu cavalo. — Pode pelo menos me dizer o seu nome? — falou se encostando em um pilar de madeira.

    — Foi você quem espancou essas quatro pessoas? — perguntou o rapaz, por cima da pergunta da mulher.

    Ela ficou um pouco espantada, mas manteve a postura ereta. — Só são quatro tarados, mas eu já dei um jeito neles.

    — Hum…

    — Você não respondeu a minha pergunta — insistiu. 

    O rapaz colocou a sua cela por cima do cavalo enquanto ajustava o bridão sob a língua do equino. — Por quê quer tanto saber o meu nome, garota?

    — Bom, talvez seja pela educação. Ou pode considerar-se como um símbolo de criação de um laço de amizade.

    O rapaz soltou a embocadura do cavalo enquanto dava pequenos tapas nas costas do garanhão. — Amizade? Eu não preciso de nenhum amigo ou amiga. Se você veio em busca disso, procure outra pessoa que atenda esses requisitos.

    O homem foi arrogante, e Mayane ficou cética com suas palavras diretas e egoístas, mas aquele homem chamou sua atenção. — Bom, então devesse dizer seu nome apenas para eu saber quem é você? Apenas isso.

    O rapaz terminou de arrumar os equipamentos do cavalo, colocando sob uma alça da sela a sua espada e um gancho.

    Ele retirou de seu bolso uma maçã, e deu para o cavalo comer. — Já que tanto insiste, meu nome é Yzael, contente? 

    A mulher acenou como um sim com a cabeça. — Yzael… não foi tão difícil falar, afinal, não é? — perguntou.

    — Difícil pra você seria fechar a boca, não é? — perguntou irritado já com a conversa. 

    A mulher ficou sem resposta, seu cavalo relinchou, puxando-a para longe. — Acho que você deveria seguir os passos do seu amigo.  

    Yzael então puxou seu cavalo para fora da baía que Mayane diz ser dela. — Obrigado por emprestar sua baía.

    O homem saiu do estábulo, em meio ao sol que iluminava seu rosto, ele colocou uma mão sobre a testa, analisando o clima. — É, não parece que vai chover.

    Ele montou em seu belo cavalo, ajustando algumas coisas em sua roupa de couro. Pouco antes de sair, a mulher apareceu de novo sob a porta da entrada do estábulo. — Yzael, me perdoe ser chata, mas você pode dizer o quê você faz?

    O caçador olhou de ombros para trás dela. — Eu sou um caçador, um caçador de dragões. 

    — E você não precisa de alguém para te acompanhar ou te ajudar? — perguntou ela. — Eu sou novata, então eu aceitaria ajudar uma equipe de Caçadores. 

    — Eu agradeço, mas no momento não possuo dinheiro para pagar um aprendiz. Apresente sua folha pessoal na banca da Guilda, talvez alguém chame você. 

    Yzael marchou lentamente para fora do local do estábulo.  — Obrigada, Yzael — agradeceu a mulher.

    Marchando com seu cavalo por um leve período de tempo, em meio a cidade caótica do reino. Yzael puxou debaixo de sua calça um mapa. O mapa dos principais avistamentos de Dragões, junto a Tabela de missão e recompensa dos mesmos.

    — Dragão de Madeira Ferniz; Violento e pode camuflar-se no meio da floresta. Foi visto pela última vez na vila Peguin; Prêmio de cinquenta moedas de ouro — murmurou enquanto seu cavalo marchava.

    As ruas do reino eram estreitas e feitas sob pedras abaixo de rios. Havia tendas que vendiam demasiados produtos — tanto para pesca quanto para a área rural —.

    Saindo pelo final daquela rua movimentada, ele se encontrou em uma rua afastada do quarteirão principal do reino. Ali era onde ficava a casa de Yzael, uma cabana pequena de madeira.

    Ele se aproximou de seu recinto e saiu de cima de seu cavalo. — Me espere aqui, não irá demorar.

    O cavalo assentiu, relinchando. Ele caminhou em direção a porta de sua casa, retirou de um pequeno bolso de sua calça a chave de sua porta.

    Abrindo, ele acendeu a vela que iluminava a entrada da casa com um fósforo. — Preciso comprar mais um lampião urgente. 

    Iluminando sua cabana pelas pequenas velas que havia, era notório sua simplicidade. Uma fornalha simples, um colchão na outra cômoda, e um guarda roupa entre aberto.

    Yzael abriu o guarda roupa, e sob os cabides, duas roupas simples. Um sobretudo e uma calça preta. E no outro um antigo vestido de sua falecida mãe. Abaixo dos cabides, havia algumas cuecas dobradas e duas ombreiras de metal, no qual Yzael pegou.

    Ele também pegou um colar curioso, com uma esmeralda no meio que brilhava com o toque de seus dedos. Pegou também um par de botas, retirando as antigas e colocando as novas.

    Pronto para sua partida, ele fechou o guarda roupa, trancando com a mesma chave que é a da porta de sua casa. Ele apagou todas as velas novamente, e trancou a porta de sua casa. Ele escondeu a chave por trás de uma muda de plantas.

    Subindo de novo em seu cavalo ele ordenou:

    — Vamos, temos um dragão para matar.

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