Índice de Capítulo

    Um grito se alastrou ao longe, sendo repetido próximo a Eduardo. Uma onda de suspiros de alívio o seguia.

    — Parada! — diziam.

    — Parada — repetiu, baixo o suficiente para apenas ele ouvir.

    De imediato os homens se espalharam, pisando nas folhas que cobriam o chão e formavam um tapete marrom sobre a grama úmida. Acomodaram-se em círculos junto a pedras, do tamanho de pessoas, ao pé da estrada.

    Eduardo saltou sobre uma, sentando de pernas cruzadas. Junto a ele se reuniram outros soldados da coluna, comentando sobre a marcha. Tomado pela fome, tirou uma maçã de seus bolsos, a qual havia sido entregue em uma vila no dia anterior, por um garoto cheio de sinais de pele no rosto redondo.

    Ele sorria enquanto olhava para Eduardo, feliz por ter sua maçã aceita. Outras crianças entregaram coisas semelhantes aos demais soldados da comitiva.

    Pães, pedaços de tortas salgadas, queijo, grãos de variados tipos, forragem.

    Recebiam coisas diferentes a depender da vila que passavam. Uma, porém, estava sempre presente. A clara alegria com que eram recebidos.

    Dezenas de pessoas saíam de suas casas, batiam palmas e davam vivas. Algumas mulheres chegavam a dar flores a sir Alóis e demais tenentes da companhia.

    Crianças acenavam, e garotas com idade o bastante, se esgueiravam em meio aos homens. Algumas garotas até os levavam para locais secretos, os quais eram revelados à tropa no dia seguinte pelos homens escolhidos. Eduardo de certa forma se divertia com tudo o que via. E notou outras coisas.

    As aldeias em si tinham suas diferenças.

    Algumas possuíam grandes celeiros. Outras, campos repletos de ovelhas que mais pareciam nuvens ambulantes de tanta lã em suas costas. Outras pareciam quartéis com muros de pedra as cercando e casas construídas de forma uniforme ante as ruas feitas em formato cardinal, com o centro sendo ocupado por uma torre forte. Tal qual era a aldeia em que vivera nos últimos três meses. Muito embora não tivessem mais de cinquenta homens de armas.

    Eduardo achou curioso como tais vilas protegidas eram as mais próximas da que ficava às margens da floresta de Gauss. Com elas se tornando menos fortificadas à medida que se distanciaram.

    A última sequer tinha cercas de qualquer tipo protegendo seu perímetro, ou guardas que a vigiasse.

    Parecia, no entanto, um lugar pacato e tranquilo de se viver. Um lugar agradável.

    — Já era hora de uma pausa, certo, matador de ursos? — declarou um dos homens de armas ao seu lado.

    — Sim, acho que até os abutres também desceram pra descansar quando ouviram que era pausa.

    Uma risada percorreu o pequeno círculo de conversas.

    — Não aguento mais andar. Sinto que minhas pernas vão dobrar a qualquer momento — reclamou outro homem, visivelmente fatigado.

    — É porquê você está acostumado a ficar montando. Quem mandou passar com a égua por perto daquele tronco — comentou o primeiro soldado.

    — E como eu ia saber que tinha uma serpente por lá?

    Os dois discutiram pelo que pareceu meia hora, perdendo-se de foco à medida que prosseguiam. Eduardo ouvia a troca afiada de palavras sorrindo dos insultos que um dirigia ao outro.

    — Ah, te achei — Ouviu a voz familiar de Caio e olhou por cima do ombro, sorrindo ao vê-lo, pelo menos até perceber Carmen ao seu lado.

    — E aí — cumprimentou, balançando levemente a cabeça.

    — Trouxe um negócio pra ti — disse a garota, precipitando-se em direção a Eduardo, que percebeu os olhares significativos do resto da tropa em direção aos dois.

    — Sério, e o que é?

    Ela mostrou-lhe um embrulho feito com um lenço repleto de rosas coloridas bordadas e o entregou a Eduardo. Que o recebeu, tomando cuidado para manter uma certa distância da garota.

    Abriu calmamente, revelando um pedaço de bolo branco coberto por uma pasta verde.

    — Consegui ontem, naquela vila que a gente passou. Uma senhora deu ao cavaleiro e ele repartiu com a senhora Jackelin e comigo — contou ela. As mãos apertando as saias.

    — Então é seu, né? — questionou, sabendo o quão débil devia parecer.

    — Sim e eu quero que fique com ele.

    E por que me dar isso? Poderia perguntar, mas já sabia da resposta.

    — Obrigado então. Vou guardar e comer depois.

    Carmen assentiu. As bochechas rosadas como cerejas.

    — Me dá um pedaço, vai? — suplicou Caio, balançando o ombro de Eduardo. O que o fez receber um olhar de desgosto por parte de Carmen.

    Eduardo revirou os olhos.

    — Tá, pega — Partiu o bolo em dois, e deu-lhe uma metade.

    Notou como os murmúrios altos e risadas aumentavam ao seu redor. Além da forma que eram observados e dos sorrisos arteiros nos rostos suados e poeirentos.

    Se perguntava o que Carmen estaria pensando para vir entregar o bolo na frente de todos. Ou melhor, o que ela estaria pensando em fazer algo tão sugestivo ao namorado de sua amiga.

    Não era a primeira vez que a amiga de uma namorada sua tomava tal tipo de atitude, ainda assim, sempre se sentia desconfortável nessa situação. Ainda mais estando tão distante de Julia como estavam. Carmen não se sentia do mesmo modo?

    Não a entendia.

    Embrulhou o que sobrara do pedaço de bolo e o pôs em sua bolsa. Depois pensaria no que fazer com ele, decidiu, desejando esquecê-lo ali.

    Notou Carmen encarando com desprezo a Caio, enquanto ele comia o pedaço, e suspirou.

    Teria de aguentar aquilo até a primavera, talvez.

    Carmen continuou a disputar sua atenção, até que o grito de marcha fosse ouvido e todos se moverem aos murmúrios de volta para a estrada. No que ela se despediu, apressando-se de volta para a carroça em que ia pendurada.

    — Cara, me dá um pouco desse mel — comentou Caio, com um sorriso sugestivo.

    Eduardo apenas grunhiu, descendo da pedra em que se sentara.

    — Se quiser, eu saio de campo e deixo pra você.

    — Não tô a fim de jogo perdido. Além do mais, vi umas três garotas de anteontem pra hoje com um sorriso bem melhor que as caras que ela faz. Se ao menos não tivéssemos que sair tão rápido dos lugares — lamentou Caio.

    — Desde quando você ficou tão paquerador? — Eduardo ergueu uma sobrancelha ao amigo.

    — Eu? E você, quando ficou tão comportado? Se fosse antes, não ia importar se já estava com alguém, lembra?

    Antes… 

    Um quarto escuro. Lençóis suados. Um sorriso lascivo brincando em meio ao calor. A voz dela dizendo palavras obscenas.

    Dobrou os lábios em contragosto à memória.

    Não éramos nada. Apenas duas pessoas errando diversas vezes.

    — “Antes” não importa mais — decidiu, remetendo o pensamento aos olhos castanhos e o rosto corado de Julia.

    O agora.

    Caio se despediu, voltando para seu lugar na coluna. E assim retomaram a marcha.

    Ignorou a onda de comentários a respeito de Carmen vinda dos demais soldados. “Já tenho alguém”, dizia sem hesitação, até o assunto arrefecer e ser esquecido.

    Passaram por campos de plantio e áreas abertas de colinas onde a grama chegava até os joelhos. Atravessaram um bosque de árvores baixas, com troncos longos e galhos finos, além de um riacho raso, cuja água chegava até a metade das canelas.

    Eduardo sentia as pernas doerem e o corpo estremecer. A luz diminuía pouco a pouco. Era tarde, sabia, mas não podia dizer o quanto. O sol não surgia por entre as nuvens densas e um vento frio soprava as suas costas. Desejava minimamente que alcançassem uma aldeia onde pudessem passar a noite. Desejo esse frustrado quando o grito de parada foi ouvido em meio a quase escuridão.

    Fogueiras foram acesas e o acampamento erguido a pé da estrada. Um pavilhão do tamanho de uma casa fora erguido para sir Alóis, como também duas dezenas de tendas menores para as tropas. 

    Dormiria junto de meia dúzia de homens de meia idade sujos e mal humorados, o que para Eduardo era quase tão ruim como dormir no relento. Se não fosse pelo conhecido cheiro sendo trazido pelo vento até o seu nariz.

    Chuva.

    Em meio a refeição de pão e mingau, ela os cobriu, apagando a luz das fogueiras e empapando as tendas de lama.

    O enregelante frio os tomou de forma que, para Eduardo, dormir junto a outros homens não pareceu uma experiência tão desagradável quanto parecia. Ainda assim, não dormiu mais do que na primeira noite passada naquele mundo.

    Ao menos Julia estava lá ao seu lado. Ali existia apenas escuridão, roncos e grunhidos. Poderia apenas esperar sonhar com ela. E certamente sonhou… com alguém.

    À luz matutina, Eduardo ergueu-se, libertando-se da espremida união em que dormiam os soldados. Caminhou um pouco, sentindo os pés afundarem no chão de terra úmida, até chegar ao alto de uma colina de onde via toda a extensão do campo.

    Viu um amanhecer dourado em um céu manchado de azul, cinza e branco, acima de um mundo de galhos secos e folhas mortas misturadas a lama. E era belo à sua maneira.

    Avistou também a figura de alguém ao longe.

    Balançava uma espada de madeira com força e precisão. Não tanto quanto Thierry, podia dizer, mas ainda assim, parecia melhor do que qualquer outro membro da guarnição da vila.

    Eduardo decidiu ignorá-lo, até que o espadachim em questão o notasse, acenando em sua direção.

    Eduardo acenou de volta, decidido a virar as costas e caminhar de volta às tendas, quando então viu-o erguer uma segunda arma e gesticular para que se aproximasse.

    Respirando fundo, pensou em negar, mas viu nisso a oportunidade de dar a ele aquilo que desejava ter feito na noite do festival.

    Aproximou-se, sentindo a letargia em seu corpo enquanto se movia pelo encharcado solo, pisando a grama úmida.

    Lohan sorriu de forma irritante, enquanto o encarava com aqueles confiantes olhos verdes. Ele usava calças de couro e uma camiseta branca úmida pelo suor. A cabeleira loira parecia resplandecer a luz do sol nascente.

    — Gostas de caminhadas matinais? — perguntou ele, arremessando a espada de madeira, a qual Eduardo recebeu no ar com mais facilidade do que esperava.

    — Nem sempre — respondeu dando de ombros. — Aconteceu de hoje eu acordar cedo.

    — Então Ellday desejou esse encontro nesta manhã — Lohan se pôs em guarda. 

    O pé esquerdo um pouco à frente e o outro sustentando o peso do corpo. As duas mãos mantendo a espada encolhida junto ao flanco direito.

    Eduardo respirou fundo e assumiu sua postura de guarda, mantendo a falsa lâmina inclinada levemente para a esquerda enquanto flexionava levemente os joelhos. Os braços unidos e os pulsos flexíveis.

    Não mais do que cinco metros e bem mais do que três era a distância que os separavam, e assim se manteve pelo tempo de três respirações.

    O ar frio soprou por entre os dois, então Lohan decidiu avançar.

    Um passo lento.

    Eduardo caminhou a mesma distância para a sua direita e Lohan estacou. A espada de madeira seguindo Eduardo.

    Outro passo lento em direção a Eduardo, que respondeu se deslocando mais para o lado da mesma medida. E assim fizeram os dois até estarem a menos de dois metros de diferença.

    Então Lohan deu um último passo, e Eduardo avançou em investida.

    A espada descendo diagonalmente da direita para esquerda e sendo barrada com igual intensidade.

    Lohan girou o corpo em sentido contrário ao seu, devolvendo o golpe e forçando Eduardo a recuar. Moveu levemente os ombros para baixo e então rodou o corpo atacando de baixo para cima. 

    Eduardo bateu com sua espada no corpo da Lohan, deslocando seu trajeto, fazendo-a passar centímetros acima de sua cabeça.

    Então retraiu o corpo, juntou a espada a si, dobrando os braços e então soltou-os como uma mola.

    Estocou.

    Com agilidade surpreendente, Lohan saltou para longe, a tempo de escapar. Então, forma ainda mais surpreendente aproximou-se de forma rápida — enquanto Eduardo ainda se reposicionava — agachado como um macaco, e inclinou-se para a direita, a espada seguindo o corpo, girando com ele,

    Desferiu um corte, o qual Eduardo mal teve tempo de interceptar a espada, erguendo a sua e sendo empurrado junto a ela. Desequilibrou-se e quase caiu de costas no chão.

    Lohan avançou novamente, mirando suas pernas. Eduardo pulou, sentindo a espada passar a milímetros de seus pés.

    Tentou descer o braço, e acertar Lohan de surpresa, mas o louro saltou para longe antes que a espada o atingisse.

    Descreveu um círculo ao redor de Eduardo enquanto alongava um dos ombros.

    — Vejo que algum treino com o “Flagelo de Hazabarca” teves — declarou ele, ostentando ainda o orgulhoso sorriso.

    Eduardo abriu as pernas, agachando-se levemente e pondo a espada reta ao corpo, o gume paralelo ao rosto.

    Lohan continuou a falar.

    — Crês que ele não aceitou praticar comigo nenhuma vez? “Já tens um bom mestre”, dizia todo dia. Mas sinceramente, qual o problema de ter dois? Ainda procuro entender o significado de suas palavras — Parou, abaixando a arma e levando uma das mãos ao queixo. — Consegue pensar em algum?

    Eduardo franziu o cenho ante a pergunta repentina.

    Por quê você é insuportável, por isso ninguém te quer por perto, poderia dizer, mas algo no tom franco com que o jovem loiro fazia aquelas perguntas o impediu.

    — Talvez ele não quisesse te confundir, já que os ensinamentos podiam ser diferentes — sugeriu.

    Lohan pareceu pensativo.

    — Tem algum sentido. O “Abençoado” é um cavaleiro da legião santa, enquanto meu mestre passou boa parte como mercenário nos reinos do Palatinado.

    Jonas ergueu uma sobrancelha com a menção da palavra “mercenário”.

    — Achei que ele tivesse sido aventureiro, ou ao menos o senhor Thierry disse isso.

    Lohan deu de ombros.

    — “Aventureiro”, “mercenário”, são ambos estrume do mesmo cavalo, segundo as palavras de meu pai.

    Eduardo então lembrou-se de algo assombroso.

    Estavam em um mundo com castas de nobreza e plebe. Sem juízes ou leis a se recorrer, pelo que sabia. Onde a palavra de um senhor era ordem. E nisso, ele estava tentando ferir o filho de um conde. Percebeu o quão estúpida era a sua atitude e o quão desastroso aquilo poderia vir a se tornar.

    — Acredito que tens razão no que diz — declarou Lohan. — Agora retornemos ao nosso embate — Assumiu uma postura ofensiva e avançou.

    A espada se moveu com destreza impressionante enquanto Lohan atacava de forma feroz.

    Um corte horizontal no flanco esquerdo, uma finta para a direita e então um empurrão de ombro para desequilibrá-lo. Uma estocada contra o peito seguida de um rápido recuo e então um contra-ataque.

    Eduardo suportou e reagiu da melhor forma que pode, desejando estar com uma lança nas mãos, ao invés daquele pedaço pequeno de madeira.

    Percebeu no decorrer dos movimentos que mesmo uma lança não faria o que desejava. Então veio à mente a arma que usara contra o urso. Não sabia seu nome, apenas que, no momento em que a empunhou, pareceu-lhe perfeita.

    Lohan acertou três golpes fortes contra a arma de Eduardo, fazendo voar no ar, tal como tantas vezes ocorrera contra Thierry. A imagem da espada de madeira caindo no chão à distância arrancou-lhe um suspiro resignado.

    Se lançou ao chão, sentado, respirando fundo em busca de ar. No fim, não conseguira acertar um golpe que fosse no louro.

    Lohan também parecia recobrar o fôlego, olhando para Eduardo enquanto continuava a sorrir.

    — Aí está uma bela disputa, jovens — Uma voz grave e retumbante bradou a distância.

    Eduardo olhou em sua direção vendo a tez clara coberta de pelos castanhos de sir Alóis. Parecia estar assistindo-os a bastante tempo, assim como parte do restante da companhia que os observava de longe.

    O cavaleiro aproximou-se, parando no pequeno espaço entre Eduardo e Lohan.

    — Mandei-lhe que esperasse por mim pacientemente sem tocar na arma — disparou Alóis ao escudeiro.

    — Vi o nascer do sol e vossa senhoria não apareceu, então decidi me aquecer. Tive então a boa sorte de o pupilo do Flagelo acordar ao mesmo tempo, de forma que trocamos conhecimentos de armas.

    — E recebestes algum conhecimento? — indagou sir Alóis ao escudeiro.

    Lohan confirmou com a cabeça.

    O cavaleiro então voltou seu olhar para Eduardo.

    — E tu, recebestes algo com meu impertinente aprendiz?

    Eduardo piscou em surpresa com a pergunta.

    — Aprendi que devo tomar cuidado com esse estilo rasteiro dele.

    — A forma do basilisco, você diz. Aprendi em Dorhá. Foi desenvolvida para emboscadas e combates contra oponentes maiores e mais fortes. O nosso jovem senhor a aplica sem necessidade, certas vezes.

    — Ela foi difícil de lidar — concluiu Eduardo.

    — Sim, pois tu tens alguns erros básicos em tua postura com a espada. Estás acostumado com outra arma, não.

    Eduardo confirmou com a cabeça.

    — Levante-se, vamos recomeçar — ordenou sir Alóis, afastando-se alguns passos. — Fiquem de frente para mim, pois irei falar seus erros na última disputa.

    Assim, sem qualquer aviso ou acordo, Eduardo se viu treinando com Alóis e Lohan pelo resto da manhã, até o momento em que a refeição matutina foi servida. O que ele também comeu junto aos dois.

    Ao retomarem a marcha, o cavaleiro perguntou-lhe se sabia montar. O que Eduardo negou.

    Ele então amarrou uma égua junto a uma carroça de suprimentos e ordenou que Eduardo se mantivesse junto a ela até que se seguisse o resto da viagem até a aldeia seguinte nela até se acostumar à cela.

    O que assim o fez.

    Lohan cavalgava ao seu lado oferecendo conselhos sobre como controlar e acalmar o animal, de sua forma irritante de ser. Ainda assim, não parecia a Eduardo tão incômoda como antes. Conseguindo conversar mais calmamente com o jovem nobre.

    Do seu outro lado, no entanto, sentada na carroça, seguia um incômodo maior.

    Carmen.

    Sentia seus olhares e as segundas intenções nas palavras da garota, tanto para com ele quanto para com Lohan, que retribuiu a atenção.

    Ambos trocaram palavras sugestivas até a senhora ao lado de Carmen apelar a decência, o que fez Lohan parar de falar, ainda que continuasse a sorrir de forma debochada. O que para Eduardo foi um alívio.

    Perguntou-se o que Julia estaria fazendo. Desejou estar lá com ela.

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