Capítulo 81 - Apenas dorme.
Carmen levantou-se abruptamente de sua cadeira sem tirar os olhos de Júlia, que permanecia sentada na cama. Os cabelos caiam por sobre o seu rosto, cobrindo-lhe os olhos. Carmen via somente o contorno de sua boca.
— Julia? — chamou, se aproximando lentamente.
Júlia não respondeu. Permanecia parada como uma boneca deixada em uma mesma posição. Carmen continuou a se aproximar. Sentiu algo estranho e ao mesmo tempo familiar vindo dela. Uma sensação parecida com a que sentia quando estava próxima de madame Jackelin. Perguntava-se o que seria.
Pisou com o pé em cima de algo.
— Aí, merda! O que tu tá fazendo, porra? — Letícia berrou, levantando a cabeça.
Carmen apontou com o dedo e Letícia moveu a sua cabeça até a direção mostrada. Ela saltou do chão e subiu para cima da cama, causando um forte rangido na madeira.
— Ju, você tá bem? — perguntou com uma voz carregada de nervosismo.
Júlia virou a cabeça olhando para ela, e Letícia recuou o rosto.
Carmen lambeu os lábios antes de perguntar:
— Ju, você tá entendendo a gente?
Júlia moveu sua cabeça mais uma vez. Um movimento pesado e lento, mas ao mesmo tempo tão brusco como se ela o estivesse torcendo para que virasse. E quando terminou, Carmen entendeu porquê Letícia se afastara. Não podia ver os olhos de Júlia na escuridão, mas ao olhar para eles, a sensação que a acometida se tornara mais aflitiva. Como se uma agulha estivesse a centímetros de seus olhos.
— Estou… bem — disse Julia finalmente. Sua voz era rouca como o raspar de lixa de unha.
— Vou avisar os meninos e pegar algo para você comer — disse Letícia levando-se da cama e correndo em direção a porta. Seus passos podiam ser ouvidos enquanto ela se afastava pelo corredor.
Carmen permaneceu olhando para Júlia. Quis se aproximar, sentir sua temperatura, perguntar se ela sentia algum mal estar ou ao menos acender uma vela. No entanto sua boca não se abria, seus pés não se moviam e seus olhos não saiam de Júlia, que ainda jazia parada, até seu corpo deslizar por sobre a cama e seus pés tocarem o chão.
O corpo de Carmen estremeceu.
Os pêlos em suas costas e nuca se eriçaram e o que estivesse em sua barriga se revirava. Seu peito havia se tornado em um bateria de percussão. Perderá o calor em suas mãos, úmidas pelo suor.
Aquela sensação não era como a que sentia com madame Jackelin ou as jóias da velha enrugada. Era mais inquietante, como o grunhido de um animal selvagem prestes a atacá-la.
Letícia retornou ao quarto acompanhada de Caio, Roque e uma bandeja com fatias de pão e uma xícara de melgraz.
Eles acenderam as velas e o quarto ganhou cor novamente. Ainda assim, Carmen evitava olhar diretamente para Julia.
Letícia sentou-se ao lado de Júlia na cama, com a bandeja sobre o colo. Roque se posicionara a um metro de ambas. Observava a Julia com atenção. Caio permaneceu junto à porta, com uma expressão inquieta.
Carmen encostou na parede, mexendo os dedos devido ao nervosismo. “Por que eles não sentem isso?”, perguntou-se perturbada.
Júlia mordiscou algumas fatias e bebericou o melgraz. Seus movimentos eram lentos e trêmulos, como esperado de alguém que ficará dias sem se mover. Ela moveu seu pescoço de um lado para o outro. Virou-se para Caio, que olhou para o chão.
— Edu… Cadê… — Tossiu. — Cadê o Edu? — Ela perguntou.
Quatro rostos se entreolharam. Todos tinham a mesma expressão de apreensão.
— Ele… ele não tá aqui querida — Letícia falou com uma voz delicada.
Carmen agitou-se, aquela sensação aumentara.
Júlia olhou para a frente e Carmen viu seus olhos pela primeira vez na noite. Eram os mesmos prismas castanhos de sempre, mas de algum modo não pareciam ser os olhos de Julia.
Não parecia ser Julia.
— Onde… ele… está?
Letícia abriu a boca, mas não respondeu. Seus lábios tremiam.
— Ele tá ferido – muito na verdade – e não tá podendo andar — Caio respondeu com um tom desanimado.
Carmen sentiu um desgosto em sua boca ao ouvir aquilo. Seu peito parecia afundar.
Julia não demonstrou qualquer reação, até de repente abrir a boca e falar algo que Carmen apenas conseguiu ouvir como um sussurro arrastado e incompreensível.
— O que? — perguntou Letícia, que também pareceu não entender, mesmo estando perto.
— Me levem até… ele — Júlia falou.
Letícia negou com a cabeça e começou a falar:
— Você precisa ficar deitada. Sabe quantos dias passou sem comer nada? Deus sabe o que pode acontecer se tu se esforçar.
— Ela tem razão Julia — concordou Caio. — Até porque, ainda tá de noite. Podemos esperar até amanhã.
Roque, que até aquele momento havia permanecido parado e quieto como a estátua que parecia, também falou.
— Creio que o senhor Eduardo desejaria que descansasse — disse ele.
Carmen não pôde deixar de notar o fatalismo nessa afirmação. Sentiu os olhos de Leticia sobre ela, como se pedisse por palavras suas, uma vez que todos haviam falado.
— Acho que é melhor você ficar… — Ela não concluiu.
— Levem-me até ele agora — Júlia gritou, surpreendendo a todos.
Carmen deu um passo para trás. Sentia o ar mais pesado, e suas pernas, mais frágeis. Aquela sensação havia piorado. Era como se uma artéria tencionasse em sua cabeça a cada grito de Julia.
— Por favor, só me levem até ele — suplicou novamente Júlia. Um brilho escorria por seu rosto e sua voz se sufocava a cada palavra dita.
Ela se levantou, ou ao menos tentou. A perna direita vacilou e seu corpo caiu para frente, sendo amparado por Roque, que se moveu rapidamente para segurá-la. Leticia serviu-lhe de apoio para que ficasse em pé. Tentou pô-la de volta na cama, mas Julia se recusou a se sentar novamente, ainda insistindo que queria ver Eduardo.
Letícia olhou para Carmen, que não sabia o que fazer. Apenas fez um gesto afirmativo com a cabeça, que foi respondido por uma expressão de consternação. Era curioso como aquele furioso olhar reprovador de Letícia lhe causava menos medo a Carmen do que os olhos desfalecidos de Julia, a qual Carmen ainda evitava olhar.
— Acho que é melhor levar ela. O Edu também agiria assim, se fosse o contrário, quer dizer — disse Caio.
Leticia suspirou e olhou para Roque, que respondeu como um mudo responderia, com silêncio. Letícia então bufou.
— Qual é, gente? Sério que ninguém fica do meu lado? — disse desanimada e então continuou. — Meninos, saiam. Vamos trocar essas roupas.
Caio e Roque obedeceram, saindo com passos marcados pelo cansaço.
Letícia pediu ajuda a Carmen e ambas ajudaram Julia a se vestir. Carmen fazia de tudo para não olhar para o rosto de Júlia e ignorar a terrível sensação que sentia.
— Não devíamos dar um banho nela? — perguntou Carmen.
Letícia parou, suspirou, e então respondeu cansada:
— Verdade — Ela fechou os olhos e Carmen notara o tamanho e a cor de suas olheiras.
Perguntava-se se a Leticia teria a mesma dedicação para com ela. Decidiu se focar em levar Julia até o banheiro.
— Acho melhor pegarmos cada uma um braço e a levan… — dizia ela, quando Júlia a interrompeu
— Não! — protestou com em tom firme e voz rouca. — Nada de banho. Só me levem até ele logo.
As mãos de Carmen tremeram, e ela percebeu que Leticia também tremia.
“Por quê? Por quê? Por quê?”
— Tá — respondeu Carmen com certo esforço para que sua voz soasse calma.
“O que é isso?”
As duas vestiram Júlia sem dizer mais nada e a escoltaram até a entrada. Caio esperava fora da casa, vestido com calça e camisa de pano grosseiro. E ao lado estava Roque, segurando uma tocha, o que permitiu que Carmen tivesse uma boa visão de suas roupas. Usava uma límpida túnica azul celeste, calça marrom clara e botas negras. Tudo perfeitamente ajustado. Carmen surpreendeu-se. Nunca tinha visto o neto-criado do velho Thierry trajado de forma tão atípica.
— Vamos? — Ele perguntou, surpreendendo Carmen novamente.
— Você também vai — perguntou Leticia.
— Para isso estou vestido — respondeu ele com uma voz calma e educada.
Carmen se perguntava o que se passava em sua cabeça. Poucas vezes o tinha visto sair de casa, por quê agora? Apenas porque era Julia? Pensar isso a frustrava.
— Tudo bem a casa ficar sozinha? — questionou-o Carmen.
— Não — respondeu Roque, voltando ao seu tom pacato e reservado.
— Então vamos — disse Caio, tomando a frente.
Eles o seguiram. As primeiras cores do dia já apareciam no horizonte por entre as demais nuvens, pintando aos poucos a noite escura, como um rastro de tinta dourada escorrendo lentamente pelo cinzento quadro acima.
O silêncio imperava, exceto por alguns fracos miados à volta da estrada. Carmen vira alguns pequenos vultos saltando pela amurada. Aquela sensação a tomou novamente. Ela tremeu, mas continuou andando.
Carmen e Leticia levavam pelas mãos Julia que avançava lentamente com passos errantes. Isso continuou até Caio se oferecer para carregar Júlia em suas costas, tornando a caminhada mais rápida e fácil, pelo menos para os outros.
O dia já clareava quando eles se aproximaram do acampamento de feridos. Um cinzento dia nublado. Carmen sentia uma refrescante brisa, que soprava gotículas de chuva em seu rosto, e da direção de onde vinham, ela viu uma nuvem negra a se aproximar.
Em breve a chuva cairia, percebeu. Um trecho de um livro que fora obrigada a ler lhe veio à memória. Carmen parara de ler o livro na terceira página, sequer se lembrava do nome, apenas do trecho.
“Vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando…”
Não sabia se chorava ou não. Nem pelo quê. Deveria estar feliz pela amiga ter acordado. Triste por Eduardo? Mas porque não reconhecia o misto de emoções em seu peito? Reconhecia apenas a frustração em meio àquilo. Frustração pelo que? Não sabia exatamente. Ou pelo menos tinha medo de saber.
Ela olhou para Roque, que caminhava atrás do grupo, diminuiu seus passos para o acompanhar. Olhou para o garoto, reparando em suas feições juvenis. Ele parecia ter por volta de treze anos, no entanto tinha quinze, apenas um ano mais novo do que ela. Dedicou algum tempo de sua atenção admirando a roupa que ele usava.
— Desejas algo? — Roque perguntou em tom de voz calmo e servil.
Carmen umedeceu os lábios antes de responder.
— Por que está vestido assim? — perguntou.
Roque ergueu uma sobrancelha.
— Qual o problema? Está indecoroso? — Ele perguntou visivelmente preocupado.
Carmen sentiu-se confusa.
— Não, é que você não se veste assim normalmente, então me bate… quer dizer, eu fiquei curiosa — esclareceu ela.
— É um rito de meu povo. Tal como o que aqui há, em que os vivos se vestem com trapos e roupas sujas para representar tristeza e luto pelos que morreram. Nós, no entanto, nos vestimos com o que há de mais luxuoso entre nossas vestimentas para demonstrar respeito e honra a passagem dos mortos para o paraíso de… — Ele se conteve olhando para os lados. — Perdão, creio ter falado demasiadamente.
Carmen piscou. Não entenderá muito do que fora dito. Uma coisa no entanto ficará em sua mente. Lembrava de ter
— Um rito, você diz, mas de que tipo?
— Funerário — Ele respondeu e continuou andando.
Pouco depois, eles chegaram ao acampamento e à tenda em que Eduardo estava. O mal cheiro permeava o ar. “Um rito funerário”, Carmen ainda digeria as palavras. Já haviam morrido uma vez, então por quê era tão difícil aceitar essa ideia. Por que era tão difícil perder algo que nunca fora dela? Por que nunca conseguia o que queria?
Um homem velho que Carmen não reconheceu estava sentada na entrada da tenda. Parecia dormir com os olhos abertos.
— Debret — Caio disse e no silêncio que se fazia pareceu gritar.
O velho despertou de seu estado sonolento e abriu um meio sorriso.
— Olá Caio, e — Olhou em volta para todos. Carmen sentiu um leve calafrio. Detestava quando velhos a encaravam —, todos os outros.
— Esses são meus amigos, acho que eu ou o Edu falamos deles algumas vezes — disse Caio, estendendo o braço para cada um.
— Sim, eu lembro — respondeu o velho.
Uma cabeça surgiu da entrada da tenda. Um homem adulto com olhos vibrantes e cabelos lisos repartidos de forma simétrica em cada lado da cabeça.
— Pierce! — Caio gritou verdadeiramente dessa vez.
— Ah, senhor Caio. — o homem saiu da tenda e se aproximou de Caio, cumprimentando-o com firmeza. — Perguntava-me quando iria vê-lo. Quando ouvi sobre o que aconteceu, vim diretamente para cá. O senhor Eduardo está lá ainda. Ele… Ele não… — Sua voz ficava cada vez mais embolada. Parecia prestes a chorar.
Carmen notou que Roque fechou os olhos, levou o punho até a altura da boca e o beijou. Um gesto de respeito, talvez.
— Não se atormente jovem. Nenhum de nós pode fazer nada agora. Ele está nas mãos de Elday — disse Debret.
— Melhor não falar disso agora — Letícia sugeriu, olhando para Julia. Sua voz era triste e cansada.
— E o que há com essa garota, ela está bem? — perguntou Debret, notando Júlia nas costas de Caio.
— Sim, acontece que — Caio respondia quando foi interrompido.
— Levem-me logo até ele — Júlia disse entre gemidos. Parecia com dor.
— Certo — assentiu Caio.
Ele pôs Júlia no chão, a qual foi amparada por Carmen e Leticia. Juntas elas entraram na tenda. Viram Théo encostado ao pé da cama. Parecia dormir de forma pesada. Thierry estava sentado em um canto da tenda. Rugas se afundavam retorcendo o seu rosto. Ele virou o pescoço, notando-os.
Seus olhos se arregalaram e ele se levantou com um salto da cadeira.
— Júlhia? — bradou. — Acordaste? Mas por que está aqui? — Ele olhou para todos os outros com olhos inquisitivos e reprovadores.
— Ela insistiu em vir — Carmen respondeu por ela.
— Ainda assim, não devia ter vindo. Não deveriam tê-la trazido. Não para vê-lo assim — bronqueou Thierry. Suas palavras confirmando a preocupação de todos.
— Avô, mas é necessário deixar uma mulher e um homem se despedirem — afirmou Roque, deixando o quarto ainda mais silencioso.
Thierry fechou os olhos respirando pesadamente.
— Não assim — Ele olhou para a cama, o que levou todos a voltarem sua atenção para Eduardo.
O curativo em seu peito estava manchado de sangue coagulado. A parte visível do braço esquerdo estava negra em volta das bandagens. Os olhos estavam fundos e negros, e a pele, pálida como uma vela de cera, com ferimentos arroxeados por toda a parte. Um odor pútrido infestava o quarto.
Carmen sentiu a boca secar. Seus pés gelaram e sua mente se esvaziou. Sequer sentia o coração bater.
Júlia se moveu em direção a cama, se desgarrando de seus braços. Ela deu três passos e caiu, ajoelhando-se na beirada. Letícia e Caio correram para levantá-la, mas ela insistiu em continuar ali.
Thierry trouxe a cadeira e sentou Julia ao lado da cama. Ela encarava a terrível visão de Eduardo naquele estado. Ninguém se atrevia a falar qualquer palavra.
Roque se aproximou da cama e repetiu o mesmo gesto que havia feito na entrada, então esticou a mão e tocou na testa de Eduardo. Logo após, saiu da tenda.
Caio acordou Théo, que se assustou ao ver tantas pessoas.
— Cara, melhor ir para casa e dormir — disse após colocá-lo e dormir.
— Não posso, não posso — balbuciou ele, ainda sonolento. — É tudo culpa… Não posso sair…
Caio tocou em suas costas.
— Vem, eu te levo — O acompanhou até a saída. Antes de sair ele olhou para trás — Vou deixar ele lá.
— Não, é melhor Roque ir — Thierry respondeu de forma seca. — Fique aqui por mais um tempo até que Júlhia se dê por satisfeita.
Roque assentiu e saiu. Caio olhou para Thierry e então voltou para dentro. Ficaram ali por algum tempo, esperando o que Julia iria fazer.
Carmen sentia suas pernas doerem por conta do tempo em pé. Estava desejosa por sair, cansada daquela tenda, daquele cheiro, daquela visão. Cansada da tristeza.
Leticia então se aproximou de Julia e baixou sua cabeça falando aos ouvidos dela. Carmen não escutou o que falava, mas Julia mandou a cabeça negativamente.
— Podem me deixar sozinha — pediu ela.
— Quê? — Leticia franziu o cenho.
— Te deixar sozinha? — Thierry se aproximou. — Creio não seja apropriado, dado o seu estado.
Carmen ficou a um passo dela, pensou em tocar sua mão, mas sentiu os pêlos de seus braços se arrepiarem e o estômago gelar, e preferiu se manter afastada.
— Ju, eu sei que está sentindo, mas não podemos fazer nada.
— Por favor, eu só peço isso. Me deixem um pouco sozinha. Só por um tempo — Ela insistiu com uma voz rouca e Leticia concordou, sendo a primeira a sair.
Caio saiu logo depois, e então Carmen o seguiu, sentindo alívio ao deixar o clima depressivo dentro da tenda. O velho e o jovem permaneciam esperando do lado de fora. Os dois conversaram com Caio e Leticia. Carmen se afastou alguns metros da conversa, de uma distância em que ainda pudesse ouvir.
Momentos depois, Thierry saiu. Parecia cansado e frustrado. Ele movia os lábios em uma prece silenciosa.
Carmen respirou fundo. Queria voltar para seu quarto em sua verdadeira casa e dormir.
Olhou para o horizonte, reparando que o sol já iluminava o céu. As gotas haviam cessado, mas ainda sentia o vento frio vindo das nuvens negras que assombravam o horizonte.
Perguntou-se quanto tempo Júlia ainda permaneceria dentro da tenda, quando sentiu algo varrer seu corpo. Ela caiu de joelhos, tomada pela tontura.
Então ouviu um grito alto, longo e agonizante de uma voz familiar. A voz de Eduardo.
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