Índice de Capítulo

    Antes que Lumian tivesse a chance de dizer qualquer coisa, Franca relatou ansiosamente os eventos envolvendo o Daoísta do Submundo durante o Festival dos Sonhos.

    Ela disse animadamente: — A interação entre nossos dois mundos é ainda mais complexa do que eu imaginava!

    — Quem imaginaria que haveria outro ponto de interação além da Fonte do Esquecimento, e que tudo estaria ligado àquele misterioso rio ilusório.

    Silenciosamente, Franca refletiu, “É uma pena que ainda não tenhamos localizado o homem que se acredita ser do nosso mundo e que foi visto no quarto andar das catacumbas… Sério, por que 007, não, a Igreja do Eterno Sol Ardente está demorando tanto? Eles nem mesmo rastrearam o traidor que trabalhou com a Reunião da Mentira…”

    Quando Franca terminou de falar, Lumian forneceu uma explicação concisa sobre as origens do túmulo antigo e do cadáver antigo.

    Hela, ainda em seu traje de viúva negra, ouvia atentamente, balançando a cabeça gentilmente.

    — Agora é evidente que o rio ilusório não é uma referência ao Rio Estige. Deve ser algo muito mais significativo do que isso.

    — Absolutamente. — Lumian não foi pego de surpresa pela declaração de Hela. — O túmulo negro não apenas incorpora o poder do caminho da Morte; ela também representa os caminhos da Noite Eterna e do Guerreiro.

    No mundo atual, todas as lendas que cercam o Rio Estige estão ligadas à morte.

    Lumian especulou que isso poderia envolver seres como o Digno Celestial do Céu e da Terra, a Árvore Mãe do Desejo e a Grande Mãe, que detinha vários tronos ligados a vários caminhos.

    Hela olhou para Franca e ficou em silêncio por um momento antes de falar.

    — Se a Sombra de Armadura estiver certa, o Daoísta do Submundo está em um estado precário. Se você pretende interagir com Ele, você deve ter extremo cuidado e garantir que você tenha uma rota de fuga da área correspondente.

    A Sombra de Armadura descreveu o Daoísta do Submundo como alguém que “se sacrificou para entrar no rio”, o que implica no sacrifício da própria forma física ou da vida.

    — Entendo. — Franca soltou um suspiro. — Vou pensar mais sobre esse assunto quando chegar à Sequência 5.

    Enquanto ela suspirava, um pensamento presunçoso cruzou sua mente, “A poção do Prazer foi amplamente digerida ultimamente. Mesmo sem oportunidades adicionais, posso começar a me preparar para o ritual de avanço da Demônia da Aflição dentro de dois a três meses… Preciso começar a reunir os ingredientes necessários para a poção agora…”

    “Não posso mencionar, não devo mencionar — não posso deixar Lumian saber. Me gabar me faria parecer grosseira e desrespeitosa com Jenna…”

    O olhar curioso de Lumian alternou entre Hela e Franca algumas vezes.

    Ele percebeu que Madame Hela tinha algo crucial para dizer a Franca, mas se absteve de fazê-lo.

    Era raro para Lumian perceber que Madame Hela tinha algo em mente. Seu olhar para Franca e alguns segundos de silêncio lhe deram a impressão de hesitação.

    “Infelizmente, Franca frequentemente tem uma natureza despreocupada e não presta muita atenção aos detalhes. Caso contrário, ela pode ser capaz de extrair alguma informação dela por meio de questionamento direto…” A mente de Lumian correu, e ele concluiu que se Madame Hela escolheu não dizer nada neste momento, ela deve ter suas razões. Assim, ele suprimiu sua curiosidade e gesticulou em direção à frente do palácio dilapidado.

    — Vou preparar o ritual.

    — Ótimo — respondeu Franca com entusiasmo.

    Enquanto ela tinha testemunhado Lumian adquirir poderes de Asceta, isso tinha acontecido na Quarta Época Trier. Uma miríade de perigos se entrelaçou, fazendo-a tremer de medo. Ela teve que manter vigilância constante de seus arredores, incapaz de “apreciar” a situação com o mesmo nível de facilidade que podia agora.

    Após um momento de contemplação, Lumian pegou uma lata de metal de um bolso escondido e jogou para Franca.

    — Se as coisas começarem a dar errado para mim mais tarde, quebre à força a parede de espiritualidade e jogue isso na minha frente ou em mim.

    — Devo desatarraxar a tampa para você? — Franca perguntou, com um sorriso nos lábios.

    — O que você acha? — Lumian arqueou uma sobrancelha.

    — Naturalmente — Franca respondeu, seu sorriso inabalável. — Estou apenas tentando aliviar o clima. Quero que você se sinta à vontade.

    — Eu aprecio isso! — Lumian se virou e foi até a enorme cadeira de pedra nas profundezas do antigo palácio.

    Sua intuição sugeriu que a enorme cadeira de pedra manchada poderia ter uma conexão com o Sr. Tolo.

    Isso lhe permitiria chamar a atenção do Sr. Tolo durante o ritual iminente.

    Enquanto Franca e Hela observavam Lumian arrumar os itens correspondentes na cadeira de pedra, configurando-a como um altar e colocando uma libra de ouro Loen reverentemente na frente da vela branco-acinzentada simbolizando a divindade, Hela calmamente comentou: — Não se preocupe em não receber uma resposta. Os segredos permanecerão secretos, enquanto o resto será revelado.

    Lumian sentiu-se relaxar enquanto consagrava a adaga de prata ritual, erguendo uma parede de espiritualidade.

    As vozes de Franca e Hela desapareceram no fundo, como se emanassem de uma grande distância.

    Em vez de se apressar no ritual, Lumian baixou a voz e provocou Termiboros proativamente.

    — Estou prestes a extrair seu poder mais uma vez. Alguma ideia sobre o assunto?

    Ele pretendia enfurecer Termiboros até certo ponto. Só então Termiboros poderia inadvertidamente expor quaisquer problemas ocultos em sua resposta, permitindo que Lumian discernisse se esse Anjo da Inevitabilidade estava secretamente tramando algo.

    Quanto mais cedo ele descobrisse o problema, mais cedo ele poderia lidar com ele e encontrar uma solução!

    A voz imponente de Termiboros ressoou.

    — Quanto mais você se aventura, mais perto você chega do fim. Isso é uma inevitabilidade… irreversível.

    — É assim que você se consola? — Lumian zombou do comportamento enigmático de Termiboros.

    A voz de Termiboros reverberou dentro do corpo de Lumian.

    — Bençãos aproximam o recipiente do doador. Você pode acreditar que está extraindo meu poder, mas, na verdade, você está alinhando seu destino com o meu, tornando-se cada vez mais como eu.

    — Isso me dá vislumbres através dos seus olhos e do seu destino.

    — Você e eu somos meramente insetos enredados pelo destino. Além das maiores existências, todos os seres vivos compartilham essa semelhança.

    — Em um futuro próximo, você entenderá: “A morte é o fim de todas as coisas, e a loucura é uma melodia eterna.”

    “Isso é essencialmente o mesmo que não dizer nada… Termiboros está insinuando que eu enfrentarei um revés em um futuro próximo?” Lumian riu e disse: — Você está dizendo isso deliberadamente para me fazer obter o poder de um Apropriador do Destino enquanto estou sobrecarregado com preocupação e medo, esperando que eu morra aqui?

    — Não se preocupe. Morte e loucura não vão me deter.

    Sem esperar pela resposta de Termiboros, Lumian fixou seu olhar na chama da vela e recitou com uma voz profunda e ressonante: — Poder da Inevitabilidade!

    — Você é o passado, o presente e o futuro;

    — Você é a causa, o efeito e o processo;

    — …

    Conforme o ritual progredia, Franca e Hela testemunharam a transformação de todos os itens no altar. Pedras amoleceram, velas se expandiram e o chão se decompôs em um pântano. Inúmeros insetos estranhos pairavam no vazio.

    A escuridão do lado de fora do palácio dilapidado se intensificou. Um líquido preto-prateado fluiu do peito de Lumian, envolvendo-o como mercúrio corrompido.

    Lumian se contorceu em agonia. Durante todo esse processo, seu corpo alternou entre contorção e normalidade, ocasionalmente assumindo posturas que desafiavam a anatomia humana. Era como se ele não tivesse ossos, sua pele e carne infundidas com mercúrio.

    Franca se assustou e sentiu uma dor inexplicável e ilusória.

    Em meio à dor excruciante e familiar, Lumian avistou Aurore.

    Aurore, com seu cabelo loiro longo e espesso, estava tentando o Feitiço de Invocação de Alma!

    Lumian deu um passo à frente e interveio, parando Aurore.

    Assim como ele se regozijou na crença de que o problema havia sido cortado pela raiz e que Aurore não se fragmentaria na personalidade maligna de Roche Louise Sanson, ele ficou horrorizado ao descobrir que o corpo de Aurore havia passado por uma transformação drástica. Em um estado sangrento, ela havia se expandido em um monstro com três cabeças e seis braços, sentado de pernas cruzadas.

    Lumian testemunhou Aurore buscando ajuda de Hela. Relutantemente, ele ofereceu sua ajuda, impedindo que sua irmã esquecesse esse assunto. No entanto, quando Hela chegou, Aurore já havia se transformado em um monstro colossal de três cabeças e seis braços, apesar do ritual final não ter sido realizado.

    Aurore, em vários estágios da vida, apareceu diante de Lumian. Eles estavam prestes a fazer escolhas cruciais.

    Lumian tentou desesperadamente alterar o destino de Aurore e impedi-la de descer ao abismo. No entanto, a cada vez, embora conseguisse redirecionar o destino para outra ramificação, o espírito e a carne de Aurore finalmente desmoronaram, transformando-a em um monstro de três cabeças e seis braços.

    “Isso é inevitabilidade? Isso é um resultado irreversível?” Os olhos de Lumian ficaram vermelhos enquanto ele fazia esforços cada vez mais inúteis.

    Naquele instante, ele sentiu o cheiro de um perfume elegante e doce, e um canto suave ecoou em seus ouvidos.

    Lumian rapidamente recuperou os sentidos e a clareza mental.

    As duas Aurores diante dele desapareceram abruptamente, deixando apenas as chamas silenciosas das velas.

    Instintivamente, Lumian olhou para trás e percebeu que Franca e Hela estavam por perto. A parede de espiritualidade havia sido quebrado.

    Simultaneamente, Franca observou o brilho prateado e ferroso nos olhos de Lumian antes de se fundirem e se fixarem em um tom preto prateado.

    Lumian exalou, reconhecendo que havia escapado do perigo e adquirido com sucesso o poder de um Apropriador do Destino.

    No entanto, um profundo sentimento de frustração e decepção persistia dentro dele.

    O que ele acabara de vivenciar na ilusão parecia prever o resultado final de seu desejo de ressuscitar Aurore.

    Depois de dez a vinte segundos, Lumian finalmente se libertou dessas emoções e recuperou sua determinação.

    “Como alguém pode desistir sem nem tentar!”

    Franca deu um suspiro de alívio, recolocou a tampa e perguntou com um sorriso: — Como foi? Alguma habilidade nova?

    “Você realmente não se considera um estranho. Como pode perguntar despreocupadamente sobre os novos poderes Beyonder de alguém?” Lumian silenciosamente criticou Franca enquanto observava meticulosamente sua transformação.

    Seus olhos, que tinham acabado de voltar ao normal, mais uma vez ficaram preto-prateados, refletindo as imagens de Franca e Hela.

    Então, ele percebeu o rio ilusório cor de mercúrio que correspondia às duas moças. Ele viu a luz cintilante representando seus ramos de rio passados ​​e presentes e as numerosas ramificações do presente.

    O rio ilusório avançou lentamente, devorando todas as ramificações, deixando apenas uma para trás, transformando-a no volume principal. O volume principal continuou a se dividir em novas ramificações…

    Lumian notou que uma das ramificações, independentemente de pertencer a Franca ou Hela, emitia uma leve tonalidade preta.

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