『 Tradutor: Hiroto 』


    “Tais bênçãos virão até você porque tem um coração bondoso!”

    Encontrar masmorras já era difícil, e a competição era feroz.

    A maioria das disputas entre guildas surgia justamente por causa da posse dessas masmorras.

    Uma oportunidade dourada para dominar uma dessas belezuras?!

    Raan sorriu amargamente diante da resposta firme de X.

    — Você está certo. Mas, Sr. X…

    — Mas?

    — Nossa família também procurou essa masmorra à sua maneira. Investimos uma quantia enorme de dinheiro, contratamos mercenários… e desperdiçamos décadas.

    Raan continuou, com um sorriso amargo nos lábios.

    Resumindo o que dizia:

    A família Thiyer possuía um velho ditado, passado de geração em geração.

    Era uma frase simples: Há um tesouro no fim da caverna.

    No entanto, a caverna, aqui, referia-se à masmorra.

    O pai de Raan era um homem obcecado por essas palavras.

    Eles injetaram fortunas para contratar mercenários, capturaram monstros… exploraram o interior da masmorra.

    Contudo, os monstros não droparam uma única peça do tesouro esperado.

    Eram criaturas estranhas, sequer dropavam itens comuns.

    Com o passar dos anos, a situação da família só piorou. O pai de Raan faleceu em estado de choque, e sua mãe adoeceu física e mentalmente.

    — As palavras passadas à orgulhosa família Thiyer não podem ser mentiras… mas às vezes duvido. Talvez o motivo de eu ter pedido isso a você seja justamente por causa dessas dúvidas.

    Tiroling!


    《Lenda da Família Thiyer》


    Descrição: Uma masmorra misteriosa ligada à linhagem da família Thiyer. Dizem que nela existe um tesouro imenso, mas Raan, o herdeiro, já não consegue acreditar cegamente nisso. Com sua força excepcional, talvez você consiga revelar a verdade sobre a masmorra.

    Condição: Explorar a masmorra da família Thiyer.

    Dificuldade: C-

    Recompensa: Relacionamento de confiança com a família Thiyer.


    X mordeu o lábio rachado.

    “Me empolguei à toa. Eu bebi muita sopa de kimchi antes do tempo…”

    O gosto na boca ficou amargo.

    Na verdade, até pensando com bom senso, era algo estranho:

    “Há uma masmorra dentro da mansão, mas o dono passa fome?”

    Era como morrer de fome com uma galinha dos ovos de ouro no quintal.

    Contudo, X não perdeu as esperanças.

    “Bom, mesmo que seja só pelos pontos de experiência… já é negócio.”

    Subida de nível acelerada!

    Monstros emergindo da masmorra numa frequência absurda — impossível comparar com os campos onde você tem que procurar cada monstro manualmente.

    Mesmo sem loot, o ganho de EXP já compensaria.

    “Além disso… mesmo um nobre falido ainda é um nobre.”

    Criar um vínculo de confiança com a família Thiyer poderia facilitar muito as coisas no Norte.

    Sim, havia mais a ganhar do que a perder.

    X aceitou a missão de Raan:

    — Ótimo. Vou descobrir a verdade.


    “Uma vez dentro da masmorra, não é fácil sair. É impossível saber o quão fundo ela vai ou o quão longe já estamos.”

    Era preciso estar completamente preparado.

    X renovou seu estoque de alimentos.

    — Antes de mais nada, é preciso sustentar o estômago.

    Puck!

    Burbubbuk!

    Ele derrotou os monstros que rondavam a mansão e obteve carne suficiente.

    Como não podia deixar a família Thiyer faminta, também separou comida para eles.

    A velocidade de caça de X era absurda.

    Em meio dia, seu inventário já estava lotado de alimentos.

    Reuniu mais lenha para usar como tochas e encerrou os preparativos.

    — Sinto muito por incomodá-lo com algo tão duvidoso.

    — Tudo bem. Eu também estava curioso a respeito dessa masmorra.

    — Então… rezarei pelo seu retorno seguro, Sr. X.

    Clack!

    Raan destrancou o velho armário. Ao abrir a porta, revelou-se a entrada de uma caverna negra.

    A entrada da masmorra.

    Os olhos de X brilharam.

    “Venha a mim, experiência!”

    Após caminhar por alguns metros…

    Tiroling!


    [Você entrou na masmorra “Cemitério dos Galhos Secos”!]


    “Cemitério dos Galhos Secos…”

    X memorizou o nome e acendeu uma tocha.

    O interior foi iluminado, e então ele ouviu um som estranho.

    Creck…!

    O som seco da madeira rangendo.

    — Terei que segurar a tocha com uma mão… Melhor usar o escudo em vez da espada. Com a Técnica do Escudo de Kalsumar, o ataque continua forte.

    Ele ergueu o escudo e se concentrou.

    De repente… sentiu uma presença atrás de si!

    Swish!

    X virou o corpo num instante, girando o escudo com força.

    Crack!

    Um som satisfatório ressoou ao atingir algo.

    Tiroling!


    [Seu nível aumentou!]


    Ele se preparava para um segundo golpe, porém bastou aquele.

    Como Raan disse, a caça nessa masmorra parecia fácil, pelo menos com as habilidades de X.

    — Perfeito. Confirmado: a masmorra concede experiência.

    Iluminou o chão com a tocha.

    Lá estava uma árvore acinzentada e retorcida, do tamanho de um humano.

    “Cemitério dos Galhos Secos… um nome apropriado.”

    Uma masmorra habitada por monstros que pareciam árvores.

    Talvez não rendessem tanto loot, mas a EXP era melhor do que a dos monstros das montanhas nevadas.

    “Além do mais… se são árvores secas, fogo é veneno pra elas!”

    Pareciam lenha seca esperando para pegar fogo.

    Era o terreno ideal para X, cujo escudo carregava propriedades flamejantes.


    [Seu nível aumentou!]


    Crack!

    Mais uma notificação… e o som de madeira se despedaçando.

    O tempo passou…

    Na escuridão da masmorra, o senso de tempo se perdia.

    X, todavia, não tinha intenção de parar.

    — Oportunidades como essa não aparecem duas vezes!

    Caçar sozinho numa masmorra?

    Só líderes de grandes guildas tinham esse privilégio.

    — Aqui não dá nem pra conversar sozinho… só se abre a boca pra comer!

    Crack!

    Ele se calou e continuou destruindo os monstros que o cercavam.


    Ao final do dia, X se jogou no chão e se espreguiçou.

    — Agh… tô cheio…

    Apesar de ter investido muito em resistência, o intenso esforço físico dissipou sua saciedade.

    Comeu a carne crua que trouxe.

    Tsk, tsk. É gostosa… mas grelhada seria muito melhor…

    A língua dele estava cada vez mais exigente.

    Ele se lembrava do prato grelhado, coberto de temperos, que saboreou dias atrás.

    — Mas com tão pouca lenha, nem adianta…

    Nesse momento, X parou.

    Lenha.

    Seu inventário estava lotado de comida, trazendo apenas o necessário de madeira.

    Mas… a lenha não estava bem na frente dele?

    Esses monstros eram basicamente galhos secos vivos!

    — Diziam que não dropavam itens…

    Talvez os monstros dropassem algo, só que com uma chance ridiculamente baixa.

    — Mas com a Captura Celestial… posso conseguir algo!

    X se aproximou de um galho caído. Aprendeu que os monstros reagiam ao som… portanto, se agisse silenciosamente, evitaria ataques.

    Colocou a mão sobre o galho.

    Logo…


    [Galho com Alma Pura] (Único)


    Descrição: Um galho capaz de queimar a alma e gerar chamas sagradas. A chama sagrada é semi-permanente.

    Efeito Especial: Reage a energias sombrias.


    — Sabia! Tinha loot aqui!

    Segundos depois, porém, franziu a testa.

    “Chama sagrada…? Isso parece suspeito.”

    Mesmo sem entender tudo, X viu um uso imediato:

    Uma chama quase eterna, perfeita para substituir tochas.

    O melhor de tudo: poderia grelhar sua carne!

    Acendeu o galho.

    — !

    Uma chama azulada, suave e luminosa surgiu.

    De fato, era uma chama sagrada.

    A luz revelou a caverna com nitidez.

    X sacou sua espada.

    — Agora sim. Isso vai ser bem mais rápido.

    Swoosh!

    Correu até um dos monstros arbóreos.

    Eles reagiram ao som, mas… X já tinha agilidade 200+!

    Crack!

    O golpe atingiu em cheio, e ele riu.

    — Nesse ritmo… limpar essa masmorra vai ser moleza!


    Em masmorras comuns, derrotar o chefe encerrava o ciclo.

    Após isso, os monstros não reapareciam por um tempo.

    Por isso, muitas guildas não derrotavam o chefe, mantendo a masmorra ativa para caças constantes.

    X, contudo, não era uma guilda.

    No terceiro dia de caça, ele finalmente chegou ao fim da masmorra.

    — Definitivamente… aquele é o chefe.

    Uma árvore colossal, tão enorme, que o espaço ao redor parecia microscópico.

    Nem mesmo X confiava em derrotá-la com um golpe só.

    Ele colocou um dos galhos sagrados no chão e pegou um pedaço de Carne Bovina Grelhada Aromática, mastigando-a.


    [Paladar Celestial revelou o sabor oculto da “Carne Bovina Grelhada Aromática da Cozinha Ilsung”!]



    [A energia do bisão que impulsiona a terra foi absorvida pelo seu corpo!]



    [+1000 de Vitalidade por 60 minutos!]



    [+50 de Força por 60 minutos!]


    — Nada de baixar a guarda. Não faço ideia de quais padrões esse chefe usa.

    X respirou fundo e avançou com cautela.

    Craack!

    Os galhos do monstro se agitaram, disparando em sua direção.

    Shoo! Shoo! Shoo!

    X ergueu o escudo com rapidez.

    — Esse cara… usa magia?

    Se sim, era melhor acabar logo com isso.

    Magia tinha grande área, e baixa resistência mágica era a fraqueza de X.

    — Concentre tudo em um ponto só!

    X resistiu à investida e, no instante em que parou, avançou com fúria!

    CRACK!

    A lâmina penetrou o centro do tronco colossal.

    Tiroling!


    [Você limpou a masmorra “Cemitério dos Galhos Secos”!]



    [Você recebeu o título “Aquele que Vê o Fim da Masmorra Sozinho”!]



    [Seu nível subiu!]



    [Seu nível subiu!]


    Mais uma subida dupla!

    O buff da comida fez de X um monstro em combate, impossível para outros no mesmo nível.

    Ele conferiu seu status.


    [Aquele que Vê o Fim da Masmorra Sozinho]


    Descrição: Ao entrar sozinho em uma masmorra, você ganha +5% em todos os atributos e -10% de dano recebido.


    — É disso que eu tô falando. Agora sim dá pra cozinhar tudo por conta própria!

    Era o título perfeito para jogadores solo.

    Dessa forma, X tocou a árvore-chefe em busca de itens.

    Fora alguns galhos… nada.

    — No fim… a lenda da família Thiyer era falsa?

    “Há um tesouro no fim da caverna.”

    X repetiu essas palavras.

    Pegou um galho do chão.

    Agora que havia limpado a masmorra, os monstros não reapareceriam.

    Tudo o que restava era informar Raan e encerrar a missão.

    Mas então… ao dar um passo…

    Brilho!

    Um clarão refletiu no muro de pedra ao fundo da masmorra.

    A chama sagrada era suave, não refletindo luz com tanta intensidade.

    Então… o que estava brilhando?

    Curioso, X se aproximou.

    Parou, atônito.

    — …A chama sagrada reage com energia sombria…

    Aquele brilho significava que algo com energia sombria estava embutido na parede.

    E havia apenas uma coisa que lhe vinha à mente.

    Com olhos arregalados, X sussurrou:

    — Quando falavam de tesouro… queriam dizer… ferro sombrio?


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