Capítulo 92: Grande Cão
Ouvindo aquelas palavras uma careta de escárnio apareceu no rosto de Xiao Mei .“Impressionante como sua arrogância conseguiu vazar dessa sua cabeça dura, mas acho que chegou a hora de mostrar a você qual é o seu lugar.”
Cansado de ser ameaçado, Shan Luong pisou no chão, espigões de terra emergiram do solo e dispararam em direção aos discípulos da Seita da Espada Voadora.
“Espalhem-se” Declarou Xiao Mei para seus companheiros.
O ataque do inimigo caiu no local onde eles estavam como se fosse chuva e colidiu com o solo com o impacto de uma bola de canhão.
Mas isso era muito pouco para afetar os cultivadores do Vento, com seus movimentos ágeis eles conseguiram desviar dos projéteis com extrema facilidade.
Apenas um membro do grupo deles quase foi acertado, diferente de seus companheiros os movimentos de Jin eram mais lentos e desajeitados. No entanto, ele conseguia escapar ileso mesmo quando um projétil caia perto dele e seus fragmentos se espalhavam. Partes das roupas dele estavam rasgadas, porém não havia ferimentos evidentes em seu corpo.
“Se isso é o melhor que você consegue cabeça de pedra, devo admitir que estou desapontada.” Gritou Xiao Mei em tom zombeteiro.
“Avancem! Mostrem a esses tolos o que significa desafiar a Seita da Espada Voadora!”
Com seu comando os discípulos da Seita da Espada Voadora correram em direção a seus oponentes, cruzando vários metros em um instante.
Vendo a maestria com que seus rivais lidaram com o ataque do membro mais forte do grupo deles, os cultivadores da Terra manipularam o solo ao redor deles criando blocos de pedra do tamanho de tijolos e arremessaram isso nos seus inimigos.
Chen Bo estava na frente de seu grupo, ele alcançou Luong primeiro e desceu sua espada sobre ele com um movimento vertical. Luong que já havia coberto seus braços com terra usou isso para bloquear o ataque de Bo.
Luong desferiu uma série de socos contra Chen Bo, seus movimentos eram lentos mas seus punhos continham força o suficiente para ameaçar quebrar os ossos de seu inimigo com apenas um golpe.
Bo se sentiu um pouco pressionado com aqueles ataques e recuou.
Xiao Mei se aproximou dele e disse, “Ajude os outros, eu cuido dele.”
Mei disparou contra o cultivador da Terra e realizou uma série de ataques diagonais com sua espada, sua lâmina se movia tão rápido que parecia um espectro. Linhas vermelhas apareceram superficialmente na pele de Luong, os golpes dela tinham dificuldade de penetrar o corpo dele.
“Não importa o quão rápido você seja garotinha, seus ataques são inúteis.” Ele declarou, sua voz profunda e carregada de uma calma assustadora.
“Idai? Se isso não for o bastante atacarei mil vezes mais, vamos ver até quando você consegue resistir.” Exclamou Mei, enquanto ajustava sua postura. Ela se preparou para usar sua técnica Corte das Dez Plumas, seu objetivo era transformar o abdômen de Luong em uma peneira.
Porém, quando ela pisou no chão para se aproximar seu pé encontrou pouca firmeza o solo estava mais mole.
Luong sorriu e aproveitou o momento de desequilíbrio dela para golpeá-la com seus punhos de terra.
Mei sentiu seu sangue gelar, ela manipulou o vento para afastar o corpo dela para trás e escapar do ataque brutal de seu oponente. O punho de Luong roçou em seu rosto, deixando um pequeno hematoma em sua bochecha.
Indignada com isso, ela reuniu toda a essência que podia e guiou isso para suas pernas.
Ela disparou na direção dele ameaçando atacar o abdômen dele novamente. Quando o discípulo rival tentou bloquear ele percebeu tarde demais que isso era apenas uma finta.
Mei transferiu sua essência rapidamente para os braços e mudou a direção de sua espada, ela enfiou sua lâmina na coxa de Luong com uma estocada, uma bolha de ar se formou em sua perna rasgando seus músculos. Ele rangeu os dentes com a dor de seus ferimentos. Sua perna esquerda já não tinha mais a mesma força para manter ele de pé, mas ele se recusou a dobrar seu joelho.
Luong chutou o chão, um caminho de terra se levantou mais de dois metros no ar na sua frente. Ele moveu isso em direção a Xiao Mei para enterrá-la viva.
Tristan viajou lateralmente pela cordilheira de montanhas. Seu caminho era estreito porém com seus sentidos de artista marcial ele conseguia se equilibrar até nas menores pedras.
Enquanto seguia entediado pelo caminho, ele refletiu sobre o que ele havia descoberto sobre o item estranho que ele tinha em sua posse.
‘Me pergunto onde posso achar um forgemaster para trabalhar na minha semente, já vi alguns mestres com artefatos mágicos na seita, então talvez haja alguém em Zaguhan que possa criar algo assim.’
Claro, ele também pensou na possibilidade deles terem comprado isso de alguém da região leste.
‘O problema é como eu posso entrar em contato com eles, como se não bastasse o fato de que aquela cidade está cheia de …’
Tristan não teve tempo para concluir seus pensamentos, algo molhado atingiu sua cabeça, interrompendo-o abruptamente. Ele parou, confuso, e passou a mão pelos cabelos para identificar o que o havia acertado. Seus dedos encontraram um líquido transparente e viscoso, algo que ele não reconhecia de imediato.
Antes que pudesse reagir, uma nova pancada molhada o atingiu. Ele franziu a testa e murmurou para si mesmo:
“Não pode ser chuva… aqui não. A neve derreteu ou o quê?”
Limpou os olhos rapidamente com a manga da roupa e levantou o olhar para o alto, tentando entender a situação. Imediatamente, ele encontrou algo incomum, muito acima dele havia uma figura que se destacava no local. O que viu fez seu coração acelerar.
Uma cabeça colossal, quase do tamanho de seu corpo inteiro, o encarava. A criatura exibia dentes afiados em uma expressão ameaçadora. Tinha uma aparência canina, mas perturbadoramente anormal. Sua face era completamente desprovida de pelos, revelando uma pele rosada e esbranquiçada, tensa e irregular.
O monstro ergueu uma de suas enormes patas e golpeou a encosta da rocha acima de onde Tristan estava. O impacto foi devastador: pedras se desprenderam, rolaram e caíram destruindo o caminho por ele andava, ele perdeu o equilíbrio e não conseguiu saltar para a rocha mais próxima. Ele sentiu o chão desaparecer sob seus pés e, antes que pudesse reagir, estava caindo.
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