Índice de Capítulo

    — Seja sua própria força.

    Num momento de perigo iminente, Mandy se deu conta de que olhava, espantada, para o ponto afiado da lança de Mavie, prestes a atingi-la na testa. No entanto, um sentimento interior despertou abruptamente, uma chama ardente de sobrevivência.

    Sem hesitar, ela lançou as mãos para o fio de metal em movimento, agarrando-o com força. O som cortante do metal contra sua pele frágil foi imediatamente seguido por uma dor aguda. Apesar disso, diante da luta pela vida, a dor era apenas um sinal fraco.

    — Você ainda tá viva?!

    O rosto de Mavie iluminou-se de assombro; ela ainda não entendia por que razão Mandy conseguira resistir e até mesmo sobreviver a um ataque tão violento a curta distância. 

    A mente de Mandy transbordava de recordações que a inspiravam a toda a hora. A sua alma indomável foi acesa com uma chama de desafio pela propensão à força interior. Ela sabia exatamente como iria atingir os seus objetivos: lutando ferozmente em batalha de modo a evitar quedas infrutíferas.

    Não era uma opção render-se às garras sujas do inimigo, ou era? Pois, à medida que os ataques se aproximavam, sentia-se encurralada e ponderava a hipótese de ser ela a dar-se por vencida. 

    Mandy começava a sentir-se estafada, apesar dos seus movimentos rápidos e da sua concentração na luta, o que tornou a sua convicção menos sólida. 

    Ela estava à beira da morte quando, por um momento, a esperança parecia ter desaparecido de si.

    — Tô vivíssima!

    A mensagem de Raven serviu como um poderoso lembrete da justiça que fervilhava dentro dela, da inspiração que a motivava a continuar enfrentando os obstáculos. Mandy encontrou uma força interior que nunca havia conhecido antes, e sua resistência aumentou à medida que superava seus desafios.

    Mavie distraiu-se momentaneamente, o que lhe proporcionou a oportunidade de desferir um chute forte com a perna. O golpe a desequilibrou, tirando-a do foco temporariamente. Ela jogou o corpo para trás, com uma evasiva ágil que culminou com o impacto de seu pé contra o queixo, por um triz da morte inevitável.

    — E olha, ainda estou de pé. Isso deve estar te incomodando, não é?

    Mavie cerrou os dentes, visivelmente irritada, e respondeu em um tom áspero:

    — Cala a boca, caralho! 

    Ela correu os dedos sobre a área do queixo que havia sido atingida.

    — Oh, que pena. — Mandy acrescentou com um sorriso irônico. — Logo tudo isso vai acabar.

    A alemã brandia sua lança, preparando-se para um novo ataque.

    — Não antes de eu cortar sua cabeça fora.

    — Haha, sério? Acho melhor você não criar muitas expectativas.

    A espada de Mandy estava inacessível e jogada ao chão, fora do seu alcance imediato. 

    Enquanto a encarava, conseguia discernir seus padrões de ataque com base no tempo que lutaram há minutos atrás: seus movimentos eram uma mistura hábil de golpes rápidos, cortes precisos e movimentos defensivos.

    Mavie não desperdiçava energia em movimentos desnecessários; cada ação era concebida para tirar proveito da situação e mantê-la constantemente em guarda. Normalmente era uma tática eficaz, mas a agente estava resolvida a não estava pronta para ceder desta vez. 

    “Respire…”

    Inspirou profunda e deliberadamente, enchendo os pulmões de ar fresco.

    Ambas dispararam uma à outra simultaneamente.

    Mavie, com sua lâmina apontada para o crânio de Mandy, parecia ter uma vantagem inegável. Sua velocidade era surpreendente, sugerindo que ela estava à beira do triunfo. No entanto, Mandy não cederia sem uma luta tenaz.

    O fluxo de energia aprimorado em seu corpo resultou da integração da respiração diafragmática em seu regime de treinamento funcional. Essa prática não apenas expandiu sua capacidade pulmonar, mas também fortaleceu seu núcleo, reforçando seus músculos respiratórios.

    Com uma estrutura forte atuando como ponto central para a transferência eficiente de energia, Mandy direcionou efetivamente a força produzida nas pernas para os quadris.

    Sua força física estava no limite e sua coordenação aprimorada, canalizando esse vigor diretamente para seus braços.

    Essa agilidade notável permitiu que ela inclinasse rapidamente a cabeça alguns centímetros para a direita no momento crítico, esquivando-se por pouco da folha de metal que pretendia cortar sua pele.

    Mandy se jogou para o lado como uma fera encurralada. Seus pés deslizaram pela superfície enquanto o ar fresco da lâmina da lança passava a centímetros de seu rosto. O calor do esforço percorreu seu corpo, e cada músculo estava em tensão máxima. Ela não podia errar; o mínimo deslize seria fatal.

    Seus olhos estavam fixos na katana logo à frente.

    “Ela tá um pouco longe. Eu tenho que dar um jeito de recuperá-la. Não importa como, eu vou conseguir.”

    Todos os músculos de seu corpo gritaram em sinal de alerta quando Mavie avançou com a lança, traçando um arco mortal em direção à sua cabeça. O som produzido pelo ar comprimido pela ponta da arma foi frio e brutal. Mandy rolou para o lado, com os ombros raspando o chão, enquanto a lança atingia o local onde ela estava um momento antes.

    Mavie não hesitou. Ela girou sua lança rapidamente, a fim de se equilibrar e desferir um golpe certeiro. Mandy, com as mãos desarmadas, avançou apoiando-se na borda de uma vitrine. Sua perna esquerda se esticou para bloquear o golpe vindo de baixo, desviando o impacto com um violento chute na empunhadura da arma. 

    A força do impacto reverberou nos braços da alemã, que, no entanto, manteve o controle, dando um passo para trás a tempo de atacar novamente.

    Mandy caiu de joelhos, escorregando no chão à medida que seus olhos vasculhavam o local, à procura de um ponto de apoio. Atrás dela, um pedestal virado para cima mostrava cacos de cerâmica que rangiam sob seus movimentos. Ela usou a estrutura como apoio para as mãos, levantando-se com um salto e girando o corpo no exato momento em que Mavie desferiu um golpe lateral. 

    A lança atingiu o pedestal com um estalo agudo e fragmentos de mármore se espalharam em todas as direções.

    O braço de Mandy disparou para frente e sua mão agarrou o cabo da lança antes que Mavie pudesse recuar. Um puxão abrupto fez com que sua oponente perdesse o equilíbrio por um momento crucial. A distância até a katana agora era mínima. 

    Mandy jogou o peso do corpo para frente e soltou a lança assim que atingiu o chão. Sua mão direita escorregou no mármore e seus dedos finalmente tocaram o punho da espada.

    Mavie reagiu imediatamente. Puxou a lança de volta para uma investida direta. Mandy rolou no chão, poupando-se por milímetros da ponta da lâmina. Com a mão esquerda, se agarrou ao chão, e com a direita, ergueu a katana em um arco curto e feroz. Sob a luz pálida das lâmpadas do teto, a sua arma brilhou.

    A alemã recuou por um instante, para avaliar a situação. Mandy estava de pé novamente, com a katana firme em suas mãos e o olhar fixo na oponente. Os dois corpos ainda ofegavam, marcados por suor e poeira, mas nenhum deles cedia espaço. 

    — Você é rápida — disse Mavie, com um tom de admiração ácida escapando por entre os dentes. — Mas de onde veio isso? Não é comum ver alguém como você tão… habilidosa.

    Mandy não respondeu de imediato. Suas mãos ajustaram a pegada na katana. O seu olhar avaliava cada centímetro do corpo de Mavie, buscando uma brecha. 

    — Sou a pessoa que vai acabar com você. É tudo o que precisa saber.

    Mavie riu, seca.

    — Hahaha! Arrogante! Isso vai te matar mais rápido do que a minha lança.

    Bastou um giro brusco do pulso para canalizar a energia acumulada na extremidade da lança, comprimindo-a até que o próprio espaço ao redor tremesse. Acompanhado por um som agudo, um poderoso jato espiralado avançou como um raio vivo, atravessando a sala e distorcendo o ar.

    Mandy reagiu sem hesitar. Ela se impulsionou à esquerda. O movimento fez lascas no piso de mármore no momento em que a explosão atingiu a parede atrás dela. A pedra se despedaçou, lançando fragmentos como estilhaços. O impacto gerou uma onda de poeira que obscureceu brevemente a visão de ambas.

    Ela já estava de pé antes que o eco se dissipasse, tensionando os músculos, com a katana firme na mão direita. A lâmina refletia a luz das lâmpadas pendentes como um espelho líquido. Sem palavras, Mandy ergueu a espada num arco perfeito, concentrando na ativação da sua energia negativa. 

    [Lâmina Ventosa]

    Uma oscilação no ar ao redor da lâmina gerou um vórtice crescente. O golpe cortou o espaço à sua frente, liberando uma rajada de vento que avançou como um estilete invisível, rumo a Mavie, ao som de um assobio mortal.

    Mavie arqueou uma sobrancelha. Seu instinto e o treinamento de anos no serviço do Reich a mantinham alerta. Desativou a condensação de energia negativa em sua lança ao se abaixar, enganchando-se no chão como um felino. O ataque passou por cima de sua cabeça, arrancando um pedaço do corrimão metálico na parede ao fundo.

    Estátuas milenares e vitrines de cristal foram destruídas em uma tempestade de estilhaços, deixando para trás um rastro de devastação que beirava o sacrilégio diante da história preservada ali.

    Ela se levantou imediatamente.

    — Interessante — disse, limpando uma mecha de cabelo que escapara da ordem rígida de seu penteado. — Você entende. Energia não é apenas força, mas controle.

    Em resposta, Mandy apenas balançou a cabeça, demonstrando que o silêncio era mais eloquente que qualquer palavra. Então, posicionou o corpo de modo que a katana ficasse apontada para a frente.

    — Isso ainda não é o suficiente — continuou ela, girando a lança, que agora emitia um brilho mais intenso. — Mas você pode ser útil ao Reich, depois que se ajoelhar.

    — Útil? O que você chama de utilidade eu chamo de escravidão. Nem ferrando.

    Sem perder tempo, Mavie concentrou sua força nos pés e lançou-se para a frente, utilizando a energia acumulada em suas pernas como propulsão, como uma bala viva. Mandy respondeu com igual intensidade, avançando com a katana pronta para interceptar o ataque.

    O eco dos passos ressoou no amplo salão, mas foi rapidamente abafado pelo som ensurdecedor do choque de suas armas. A colisão gerou uma onda de impacto que reverberou por toda a sala, assemelhando-se a um trovão.

    A energia liberada pelo embate deslocou o ar, e tremores fizeram as peças restantes do museu balançarem, conferindo aos artefatos a impressão de que também testemunhavam a magnitude do confronto.

    Ambas ficaram travadas como forças opostas em um impasse mortal. O brilho escarlate ao redor de Mavie aumentava, como uma chama alimentada pelo ódio, enquanto a aura roxa de Mandy pulsava em ondas ritmadas, refletindo a calma com que ela controlava suas emoções para intensificar sua técnica.

    O chão sob seus pés começou a ceder, rachando sob a pressão das energias conflitantes. A alemã pressionou a lança continuamente contra a katana, tensionando a musculatura dos braços, como se estivesse prestes a rasgar a pele.

    Havia algo visceral naquele movimento. A lâmina brilhava com uma luz sombria, sintonizada com a energia negativa que circulava pelo corpo da mulher.

    Aquela força, derivada de emoções cruéis e primordiais, tornava os ataques de Mavie tão perigososa, uma vez que não se limitava somente à esfera física, mas também era emocionalmente destrutiva, uma manifestação tangível de tudo o que carregava.

    — Não me diga que por trás de todo esse ar pacato havia uma verdadeira lutadora. — Mavie inclinou a cabeça, um brilho mordaz nos olhos, enquanto forçava a katana para trás. — Sinceramente, vadiazinha, devo esperar mais surpresas de você?

    O tom era leve, até brincalhão, por trás do qual se escondia uma ameaça implícita. A ponta da lança oscilava, à procura de uma brecha, ao mesmo tempo em que a pressão constante fazia as pernas da garota cederem levemente.

    Mandy sentiu o calor subir pelos braços e a tensão crescer diante da firmeza com que segurava a katana.

    O metal vibrava com o impacto, espalhando ondas de dor pelos pulsos. Ela não recuou, no entanto. Deixou o som ao redor diminuir ao fechar os olhos por um instante. Inspirou profundamente, enchendo os pulmões de ar frio, segurando os pés no chão e concentrando-se.

    A energia negativa dentro de si começou a se manifestar. Diferentemente de Mavie, com seu ódio agressivo, Mandy aprendeu a controlar suas emoções, usá-las como um fio afiado, em vez de um martelo desgovernado, canalizando-as para a força destrutiva do medo e da frustração.

    Era isso que a mantinha de pé, mesmo quando a força bruta da outra parecia insuperável.

    Ela girou a katana, redirecionando o golpe com a pressão da lança. O metal deslizou com um chiado agudo, projetando a lâmina reluzente em um arco diagonal na direção do flanco de Mavie.

    Foi um movimento rápido e veloz, escondendo sua verdadeira intenção por trás de uma dança.

    Mavie saltou para trás no último instante. O corte passou próximo o suficiente para que ela sentisse o vento frio soprando em sua pele. No entanto, a esquiva a deixou brevemente fora de equilíbrio.

    Mandy viu a oportunidade e não hesitou. Ela avançou rapidamente, envolta em uma aura roxo-escura, brandindo sua katana enquanto girava, traçando um arco em direção à oponente.

    A lança subiu para bloquear o ataque. A energia negativa de Mavie reagiu, formando uma barreira tão tangível que absorveu o impacto da lâmina. O som do choque reverberou como um trovão abafado, dando lugar a um sorriso cruel e desprovido de qualquer traço de humanidade em seus lábios.

    Ela girou o corpo e chutou o estômago dele. O choque foi brutal, enviando-a para trás. Caiu de joelhos, ofegante, enquanto a dor se espalhava por seu corpo.

    — Você deve estar cansada, né? 

    A energia negativa ao seu redor se intensificou, como se sugasse a essência do ambiente, na medida em que Mavie erguia a lança. Novamente, avançou, mirava a lâmina diretamente no coração da garota, com um zumbido fatal, ao rasgar o ar com a lança.

    Foi justamente no último segundo que Mandy girou sobre o próprio eixo. O vento da lança passou por seu corpo, formigando sua pele com a aproximação do perigo.

    Ela agarrou o momento de desequilíbrio de Mavie após o ataque, deslizou pela lateral da adversária e desferiu um golpe em arco com sua katana, buscando a garganta desprotegida da alemã.

    Como se estivesse antecipando o ataque, a alemã levantou a lança para interceptar o golpe. O som de metal contra metal soou mais uma vez, tão alto que abalou as fundações do museu. Com a proximidade, Mandy rodou a lança em um movimento de varredura, tentando desestabilizá-la.

    Com a ponta da lança ainda roçando sua lateral, Mandy deu um passo para trás, causando um corte superficial no abdômen.

    Ela conteve um grito de dor quando o sangue começou a tingir suas roupas, mas manteve a concentração, ciente de que não podia demonstrar fraqueza.

    — Esses golpes desajeitados vão fazer alguma diferença? Ou você está apenas se aquecendo para uma grande performance?

    Ela sabia que sua energia negativa era uma força devastadora; no entanto, sabia que toda força tinha seu ponto fraco. 

    “Sua energia negativa funciona como uma arma e uma armadilha por vez. Ela aumenta seus atributos físicos, mas também cria dependência, exigindo doses maiores para manter vantagem. Se eu conseguir fazer com que ela extrapole o limite do que seu corpo pode suportar, isso poderá sobrecarregá-la. E aí, quem sabe, eu consiga a chance que estou procurando.”

    Em um breve instante de recuperação, Mandy plantou firmemente os pés no chão e inspirou profundamente, concentrando-se na energia que a cercava.

    “É isso, então.”

    Ela estava ciente de que a estratégia para vencê-la residia em controlar o ritmo do confronto. 

    Mavie fez uma investida para perfurá-la no peito, ao passo que a agente se inclinava para trás, de forma que a lâmina escorregou sobre seu trapézio, rasgando o tecido da camisa e cortando-a pela pele.

    Embora enfrentasse dificuldades inerentes ao manejar uma katana com apenas um braço, ela se esforçou, brandindo-a desajeitadamente em um golpe diagonal contra o torso de sua oponente, do qual Mavie se esquivou com agilidade e rapidez.

    A lâmina cortou o ar com um zumbido audível, mas errou o alvo pretendido.

    “Isso tem que funcionar.”

    Ele se endireitou para erguer a katana, com o punho quente se encaixando perfeitamente em sua palma. Com os joelhos dobrados para se equilibrar, ela tinha os pés firmemente plantados na terra. Suas costas e ombros se retesaram até que ela se inclinou ligeiramente à frente.

    Após uma inspiração profunda, reteve-a por um momento, preparando-se para executar sua técnica:

    ⌊ Lampejo de Retaliações ⌉

    Lançou-se adiante e, com tamanho destemor, sua passada no chão de azulejos tremulou várias placas informativas nas paredes. As maquetes datadas também não resistiram à força das ondas que invadiram o saguão, desabando como casas de cartas. O mesmo aconteceu às estátuas em exposição, parte das quais se quebraram antes mesmo de tocar o chão.

    Ao mesmo tempo, uma vibração tomou forma no ar e distorceu as margens da realidade ao redor da lâmina. A energia negativa se fundiu à atmosfera em partículas microscópicas que fizeram com que as moléculas começassem a reagir. No interior da lâmina, cristais nanométricos se alinharam em uma formação espiral enquanto cresciam em camadas sobrepostas ao longo do fio metálico. O espectro roxo manifestou-se tanto como coloração quanto como resultado direto da reorganização subatômica de partículas negativas fundidas ao metal, a qual alterou a estrutura do aço em tempo real, deixando-o mais denso, cortante e vivo.

    Excepcionalmente, Mandy encarou de frente sua adversária, Mavie von Schmidt, da forma mais corajosa possível. Esse foi o primeiro desafio que ela teve de superar. 

    Ambas tinham um foco e uma determinação intensos, o que as impulsionou a se envolverem nessa luta. Mavie pode tê-la testado para ver se a mesma estava realmente qualificada para enfrentá-la, incutindo-lhe uma sensação de impotência. 

    Mandy finalmente respondeu a essa questão. Ela corria baixo, com os joelhos flexionados e o cotovelo esquerdo junto ao corpo, enquanto a lâmina rasgava o ar à sua direita, criando turbilhões no vácuo por onde passava. A katana rangia de energia em sintonia ao ruído ensurdecedor de uma torre de alta tensão à beira do colapso.

    Nada no rosto dela suplicava redenção. Tudo era sentença.

    Antes que os olhos de Mavie von Schmidt detectassem o movimento, os músculos da alemã tinham reagido por instinto moldado pelo atrito entre disciplina e desespero. Ela puxou a lança da base do quadril para a linha frontal e apontou a ponta diretamente para o coração daquela tempestade humana que se aproximava.

    ⌊ Flor de Lótus ⌉

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