Índice de Capítulo

    Da cortina saíram mais cinco. Totalizando seis assassinos. Eles se posicionaram silenciosamente ao lado do primeiro, implacáveis. 

    Não havia rota de fuga. Nenhum movimento passaria despercebido. 

    Houve agitação entre os membros da oposição. 

    “Apenas seis?”

    “Eles estão tirando com a gente?”

    Aquele número parecia uma piada de mau gosto.

    “Não abaixem a guarda. Esses bastardos não são pouca coisa”, disse Kaelric com uma voz pesada. Do outro lado, ele parecia inquieto. 

    “Se você sabia que eles poderiam aparecer, porque nos mandou mesmo assim?”

    “Eu suspeitava… Mas ainda precisava ter certeza”, respondeu.

    “Ah! Que ótimo”, ironizou Lyara. “Façam o favor de nos enterrar direitinho, tá legal?”

    Ao contrário do nervosismo da espiã, Takeda e Eldar pareciam bem calmos. No caso, Takeda, que se resignou a analisar atentamente os inimigos.

    Eles se movem com cautela, mas com a certeza de que terão sucesso. 

    Em outras palavras, eram do tipo que gostava de realizar ataques rápidos e letais, além de não serem amadores. 

    “Fiquem prontos”, ordenou Eldar. “Nós podemos lidar com eles.”

    No mesmo instante, todos ergueram suas armas. Apesar de estarem hesitantes, ainda conseguiam confiar uns nos outros. 

    Mesmo assim, essa confiança se esvaiu tão rápido quanto surgiu. 

    No segundo em que se prepararam para lutar, algo aconteceu. Foi um silêncio terrível, instantâneo, como se o mundo tivesse desacelerado. A sensação de estranheza por algo estar errado pairou em suas mentes, assim como um calafrio em seus corpos. 

    O quê…? 

    Se perguntavam. 

    Havia pequenas partículas de gelo cintilando serenamente no ar em volta.

    “!!”

    Foi quando perceberam…

    KRIINK!

    Com um estalo seco, as partículas se fundiram — o gelo se formou num piscar de olhos. E então eles foram totalmente congelados. Seus corpos ficaram presos naquela densa estrutura de picos congelados e agora faziam parte dela. 

    Era uma visão horrorosa. Até mesmo suas últimas expressões ficaram eternizadas naquela escultura macabra. 

    “Pessoal…”

    Lyara olhou atônita, seu corpo tremia freneticamente, o coração acelerado a um nível que parecia impossível de acreditar. 

    Com ela, apenas Eldar, Takeda e mais alguns conseguiram escapar, como Rider e seu grupo, que agiram imediatamente no primeiro sinal de perigo. 

    Infelizmente, vários deles não tiveram sorte. 

    “O que… diabos foi isso…?”

    “Eles… foram congelados…?”

    Foi tão repentino que ninguém conseguia processar rapidamente. 

    Mas, quando um dos sobreviventes se contorceu em um gemido doloroso ao ser apunhalado pelas costas, um alarme soou em suas cabeças; o perigo estava longe de acabar. 

    “Em formação! Não vamos deixar eles ganharem vantagem!”, gritou Eldar para o grupo, que rapidamente se organizou, mas de forma desleixada. 

    O choque anterior não tinha passado, então eles começaram a ser, literalmente, pisoteados pelos inimigos. 

    “Não percam o foco!”

    O líder tentou orientar seu grupo, mas parecia impossível.

    O sangue de seus aliados foi derramado de forma brutal. Eles caíram um a um. 

    “Gah!!”

    “Argh!!”

    Takeda ordenou à sua equipe, que ficassem atentos, mas logo a luta veio até eles também. Três atacantes flanquearam com lâminas que brilhavam com a luz lunar e os separaram.

    Gunner e Yoshiro, Sky e Rider. As duplas foram obrigadas cooperarem contra os assassinos letais, enquanto o capitão teve que lidar com outro sozinho. 

    Eles são rápidos, pensou consigo ao ver os movimentos quase invisíveis. Embora eu consiga desviar, ainda podem ser bem imprevisíveis. 

    Uma leve distração e ele perderia um olho, no mínimo.

    “Não dá pra relaxar.” 

    Com uma voz frustrada, Takeda tocou em sua lateral e apertou uma peça cilíndrica, que se transformou numa espécie de rapieira quando foi puxada para fora. 

    “Vamos lidar com um de cada vez.”

    Olhou nos olhos do assassino por um momento, mas ele desapareceu logo em seguida. Surgiu em sua frente, tentando cortá-lo, mas Takeda aceitou o desafio. 

    Próximo dali, um dos assassinos tomou a frente. Sua alabarda, brilhando com cristais azuis, cortou o ar na direção de Lyara. 

    “Droga—”

    Estava perto demais para ela conseguir desviar. 

    E então…

    Clang!

    Faíscas voaram. A lâmina de Eldar interviu no ataque e parou o assassino. 

    “Eldar!”

    “Fique pra trás. Eu cuido disso.”

    Ele encarou o agressor. Os outros dois se posicionaram perto dele. 

    Visto o que fizeram há pouco, não havia chance de iniciar uma conversa. Ao menos não pelo lado da oposição.

    “Eldar… Eldar, hein. Já faz muito tempo”, disse o assassino com a alabarda. 

    O líder da invasão franziu o cenho, surpreso. Nenhuma memória vinha a sua cabeça, mas aquela voz lhe era familiar. 

    “Vou supor que você tenha ouvido falar de mim. Acha que tô interessado em relembrar alguma coisa?”

    “Mm… É uma pena. Poderíamos sentar e conversar… sobre o irmão que você matou. Mas eu não estou realmente interessado nisso.”

    Os pés de Eldar vacilaram, os olhos arregalados não podiam esconder o choque que o atingiu. 

    Não só a voz, mas a palavra ‘irmão’ agora lhe torturava como chamas, ardendo por todo o seu corpo. 

     Ele estremeceu. 

    “Você… Kain?”

    <—Da·Si—>

    O clima na sala de jantar estava atingindo seu ápice. As vozes amontoadas pareciam uma harmonia de conversas amigáveis e alegres. 

    Todos se davam bem — exceto por Mayck, que ficou calado. Seus olhos sombrios varriam cada um dos presentes ali, e ele só tinha uma coisa em sua cabeça:

    Que fingimento ridículo.

    Por mais que odiasse a ideia de se envolver mais naqueles assuntos, infelizmente não tinha como voltar atrás, agora que ele estava bem na linha de fogo. Tudo o que poderia fazer era mudar alguns cursos possíveis. 

    “Senhor M? Aconteceu alguma coisa?”

    Kaeelen acabou prestando atenção nele e interrompeu sua conversa. Naturalmente, os outros também olharam para ele. 

    Mayck não respondeu imediatamente. Ele olhou Kaeelen, olhou os outros e então abaixou a cabeça levemente. Havia pensado em deixar tudo de lado, mas se ficasse em silêncio, talvez perdesse a chance de mover alguma coisa importante. 

    Eu não sei até onde todos esses sabem sobre a verdade desse lugar. Do jeito que o rei tratou aquele assunto, posso assumir que ele esconde o mais importante. 

    Em outras palavras…

    Ele pretende dar um fim em tudo, sem que ninguém perceba 

    Mayck não sabia o que ele faria, no entanto. Se alguém sabia, então era a oposição. 

    E por esse motivo, está acontecendo algo lá fora.

    Os olhos do garoto pararam em Arden, que o encarava friamente, como se dissesse “cuidado com suas palavras”.

    Mas, que pena, Arden. Eu não sei o que vocês fizeram com Sora, mas eu não vou deixar vocês prejudicarem ela. 

    “Mm… Não é nada de mais. Eu só estou um pouco preocupado com Sora.”

    “Err… A senhorita Sora? Verdade. Seria bom mandarmos alguém vê-la…” Com um sorriso, o príncipe respondeu. 

    “Não. Acho melhor eu ir até ela. Ela pode ficar mais à vontade comigo.”

    Dessa vez, quem estremeceu foi Eirlys. E isso não passou despercebido. 

    Mayck continuou:

    “Além do mais, eu não sei vocês, mas tenho ouvido uns sons irritantes vindos lá de fora.”

    Houve uma explosão silenciosa de surpresa. Olhos se arregalaram e alguns perderam totalmente o foco. 

    “Um-um som? Do que está falando?”

    “Hahaha… Não conseguimos escutar nada.”

    Os cavaleiros responderam com expressões visivelmente nervosas. Por outro lado, os colegas do garoto tinham olhares confusos. Eles pareciam não ter escutado nada. A conversa estava bem alta e animada, afinal. Não tinha como ouvir sons tão longínquos. 

    Mas eles se concentraram nos segundos de silêncio.

    “Agora que você falou…”

    “Realmente tem alguma coisa.”

    Masaki e Koji disseram. As duas garotas também concordaram.

    “Ah! Vocês devem estar ouvindo os soldados. É verdade. Eles têm um treinamento especial hoje”, afirmou Kaeelen. 

    “Treinamento?”

    “A essa hora?”

    A confusão ficou ainda maior. Se fosse olhar no relógio, já seria quase meia noite (para o horário de Nevéria).

    A falta de resposta ficou visível, então Mayck resolveu dar mais um empurrãozinho. 

    “Ah, tá… É por conta daquilo, não é?”, perguntou, indiferente. “Ouvi que tem uns invasores no reino. Como é? Forasteiros?” 

    Não havia palavras para descrever como o príncipe e os demais ficaram chocados ao ouvir sobre isso, especialmente dele, uma pessoa completamente não relacionada. 

    Por outro lado, o rosto de Arden se tornou sombrio. Ele percebeu onde Mayck queria chegar. 

    “Parece que eles estão fazendo uma bagunça mesmo, hein. Espero que isso não coloque o Dia do Escolhido em risco”, disse com um sorriso, fingindo preocupação. 

    “Forasteiros? Eu não ouvi nada disso.”

    É por que somos nós. Não dá pra perceber?

    Mayck respondeu Koji em sua mente. 

    Bastava pensar um pouco e dava para associar muito bem. Arden os chamava de forasteiros desde que eles chegaram. 

    “De qualquer forma, é bom saber que vocês estão lidando com isso. Afinal…” Mayck sorriu maliciosamente. “Seria terrível se algo ruim acontecesse no dia do evento.”

    Ninguém disse uma palavra, mas todos — especialmente Arden — sentiram as ameaças naquelas palavras. 

    Não era só impressão. Era verdadeiramente uma ameaça, embora apenas o rei fosse entender totalmente. 

    “Precisamos garantir que tudo corra conforme o esperado. Se precisarem de nós, ficaremos felizes em ajudar”, disse, por fim. 

    Mayck levantou-se diante dos olhares perplexos dos convidados e saiu sem dizer mais nada. Apenas um clima esquisito restou na mesa. 

    Os amigos de Kaeelen tentaram abafar aquela estranheza no ar mudando completamente o assunto. 

    Mas isso não fez Arden relaxar. Sob a mesa, seus punhos foram cerrados fortemente e Eirlys percebeu esse comportamento. 

    Ela acabou ficando inquieta. 

    <—Da·Si—>

    Faíscas voavam para todos os lados conforme as batalhas chegavam ao ápice. 

    A alabarda se movia velozmente com as mãos de Kain, que a fazia parecer tão leve quanto papel. E os outros dois assassinos agiram como suporte atacando pelos pontos cegos. 

    Eldar se manteve firme. A fiel espada em suas mãos era manejada com eficiência, sem nenhum movimento desnecessário, mas estava cheio de pequenos cortes. 

    “Kain… Por que você não entende?! Larga logo essa ilusão idiota! Acorde pra realidade!”

    “Que irritante ouvir isso de você”, cuspiu. “Você é o único que tem que acordar aqui. Mas suponho que seja impossível, já que seu cérebro podre foi até capaz de matá-lo.”

    Kain tinha um tom sombrio enquanto apontava a realidade para seu antigo amigo. 

    “As coisas não foram desse jeito…”

    “Cala a boca. A gente sempre soube que nunca daria certo. Uma hora nós teríamos que lutar até a morte. E, olha só, esse dia chegou.” Um sorriso tenebroso. 

    Eldar deu um passo para trás, frente a estranha postura de Kain. 

    “Desde quando vocês estão com a comissão? Nossas ideias eram diferentes, mas eu pensei que vocês seriam capazes de compreender. Se eu soubesse que Kian era um traidor, eu…”

    “Teria matado mais cedo. Vamos lá, Eldar. Vamos parar com essa coisa irritante. Nós somos amigos há muito tempo, não somos? Vamos ser diretos aqui. Você matou Kian e eu estou aqui pra me vingar, além de cumprir o meu trabalho de eliminar a oposição ao rei.”

    Com uma voz firme, ele anunciou sua missão, deixando claro que não havia espaço para negociar. Em seus olhos, só havia escuridão. Era uma raiva incrivelmente controlada.

    Mas você sempre foi assim. Nunca se deixou levar inteiramente pelas emoções. Porém, está agindo como um tolo agora. 

    Eldar apertou o cabo da espada, então a ergueu. 

    “Eu queria que vocês estivessem comigo. Eu pensei que Kian já tivesse acordado, mas eu estava errado. Ele caiu por não estar do lado certo, essa é a verdade”, declarou. 

    “Olha só… Nem está tentando esconder mais. Você é um verme insignificante agora. Não representa nada mais além de uma pequena ameaça.”

    Àquele ponto, não havia a mínima chance de um entendimento. Kain estava lutando pelo rei e seus ideais. Eldar, por sua integridade e lealdade para com a oposição. 

    Não havia lado errado. 

    Eles se encararam. 

    Os outros dois assassinos se afastaram deles. 

    Então, num piscar de olhos, suas lâminas se chocaram, liberando uma onda de choque poderosa, que ergueu uma cortina com a neve ao redor. 

    Ambos se envolveram numa troca de golpes que ignorava tudo em volta. O campo de batalha pertencia a eles. Faíscas voavam, o som das lâminas ecoava como uma melodia sombria e dissonante. 

    Kain girou seu corpo. A alabarda deslizou na diagonal de baixo para cima, num golpe poderoso que puxou a neve consigo. Eldar desviou no último segundo, mas apareceu um filete de sangue em seu rosto. 

    “Ugh—!”

    Não havia tempo de descanso. Kain tinha uma velocidade sobrenatural. A precisão de seus golpes o lembravam de si mesmo. Afinal de contas, eles cresceram juntos. Seus estilos de luta eram parecidos. 

    Outro giro. A alabarda foi jogada em sua direção. Eldar desviou, mas o verdadeiro ataque veio em seguida. A mão de Kain tinha um brilho frio, com uma energia pulsante, que parecia congelar tudo o que tocasse. 

    Não só parecia, como realmente congelou totalmente a espada que Eldar usou para bloquear. 

    A lâmina se despedaçou em centenas de fragmentos de gelo com o aperto da mão de Kain.

    “O quê—?”

    Eldar se distanciou e largou a arma que agora era inútil. 

    Então essa é sua habilidade especial? Eu pensei que fosse o manejo da alabarda, mas estava errado. 

    O trunfo do atacante era outro e ainda mais perigoso. 

    Eu não consigo manter distância sem uma arma e também não posso entrar em um confronto direto. 

    Bastava olhar para saber; um toque daquela mão e seria o fim. 

    Antes que Eldar concluísse seus pensamentos, Kain disparou em sua direção. Ele queria tocar em seu corpo. Um mero toque bastava. Sua mão direita chegou perto, mas Eldar desviou, embora desajeitado. 

    “Tsc.” Frustrou-se. 

    Mas ele não parou. Avançou outra e outra vez. 

    Obviamente, Eldar não ficou apenas desviando. Ele correu pelo campo de batalha. Pegou uma lâmina qualquer do chão, saltou e girou, bloqueando a mão de Kain que quase atingiu suas costas. 

    “Eu não vou ceder tão fácil.”

    ****

    Perto dali, Takeda também se envolvia num combate intenso. 

    Seu oponente carregava uma lâmina curva, que brilhava com a luz da lua enquanto cortava em sua direção. 

    SWIISH! SWIISH!

    Seus movimentos eram rápidos, mas o capitão conseguia acompanhar conseguia sem muita dificuldade. A rapieira a sua frente interceptava os golpes com uma forma extravagante. 

    “Hah… Que negócio chato.”

    Esquivando de um corte horizontal, o homem não conseguiu conter seus pensamentos. 

    Eles são fortes. Além de rápidos. O chato disso…

    Takeda contraiu seus músculos e entrou numa posição de ataque. Num piscar de olhos empurrou a rapieira para frente num golpe perfurante, mas o atacante percebeu e escapou ao saltar para trás. 

    É que eles são muito bons em desviar.

    Nesse momento, ele viu Eldar em confronto com Kain. As coisas não pareciam nada boas para o lado aliado, que foi forçado a ficar na defensiva. 

    Os demais estavam espalhados. Cada um lidando com sua própria luta. Estava difícil conter aquele grupo de assassinos e sua força tinha sido reduzida por mais da metade. 

    Se continuarmos assim, vamos perder. A missão já falhou. Nem ao menos encontramos Sora. Temos que recuar imediatamente.

    Mesmo assim, com os fatos tão claros quanto a luz do dia, Kaelric não estava falando nada. Takeda já tinha tentado falar, mas não obteve resposta. 

    O que aconteceu com eles?

    O atacante investiu mais uma vez. Porém, agora ele trazia algo diferente — o chão congelava por onde ele passava. E também…

    CLANG!

    Takeda mal conseguiu defender o golpe da lâmina. 

    Ficou mais rápido. 

    O inimigo parecia querer acabar com a disputa logo. 

    “Beleza”, Takeda suspirou. “Vamos acabar logo então.”

    Eles correram um contra o outro e começaram a trocar golpes frenéticos. 

    O capitão mantinha uma postura firme, economizando em seus movimentos e com a mão esquerda sempre atrás das costas. 

    O atacante baixou seu corpo e tentou dar uma rasteira, mas Takeda percebeu e saltou. Em seguida, tentou cravar a rapieira no corpo do adversário, mas ele conseguiu escapar. 

    Mas não acabou por aí. Nenhum dos dois queria dar descanso para o oponente. 

    O atacante pisou firme no chão e picos de gelo brotaram na direção de Takeda. Ele esquivou, saltando para trás, e quando chegou no limite da habilidade, atacou os picos com a rapieira. 

    Eles se racharam, e então foram destruídos, completamente fragmentados. 

    O inimigo estava pronto. Ele correu pelos fragmentos de cristal. Sua lâmina brilhou perto dos olhos de Takeda. Tudo ficou em câmera lenta. Não. Na realidade, eles realmente pararam. 

    O capitão sorriu. O rosto do assassino se contorceu numa expressão de surpresa e dor. 

    “…Como…?”

    A voz trêmula dele ecoou quase como um sussurro. Ele olhou para baixo. O que tinha acontecido? A rapieira estava longe de acertá-lo. Mais precisamente, ela estava na horizontal. Não tinha como causar algum dano. 

    Mesmo assim, ele estava cuspindo sangue. 

    “Sim. Eu sei. Você deve tá pensando que não foi atingido. Mas eu te garanto que foi. Basta olhar um pouco mais embaixo”, disse. 

    Ele o fez. Mas a única coisa que viu o fez arregalar os olhos. 

    A sombra da rapieira se perdia em sua própria sombra como tivesse atravessado seu corpo. 

    Seu sangue derramou no chão.

    “Maldito…”

    Takeda se afastou, deixando o corpo quase sem vida do assassino cair sob a neve tingida de vermelho. E então guardou a rapieira na bainha abaixo de seu sobretudo. 

    “Enfim acabou… pelo menos essa.”

    Tinha se livrado de um. Restavam cinco. 

    “Melhor eu ir ajudá-los. Isso não pode se estender mais—”

    Mal terminou de falar, seus olhos foram guiados para uma cena chocante. Foi apenas um segundo para o desastre acontecer. 

    Consequentemente, o campo de batalha ficou em silêncio e apenas a voz de Lyara ressoou:

    “Eldar!!”

    Fala sério. Tive que reescrever esse capítulo umas três vezes pq não me agradou. E mesmo agora eu nem sei como me sinto sobre ele (no mínimo, satisfeito. Acho que tenho que me rever como autor. Mas deve ser aquilo, né? Bloqueio criativo ((o clássico)))

    De qualquer forma, está aqui. Demorou, mas chegou. Espero que tenham aproveitado. E também é o primeiro capítulo que eu coloco imagem e vou tentar trazer mais delas.

    Obrigado por ler ; )

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