Capítulo 147 - Inverno festivo II
“Hã…?” Gunner franziu o cenho.
“Aquele é…?” Rider pareceu incrédulo.
Sem dúvidas era ele.
Acabaram de receber um aviso de outro grupo sobre algo acontecendo no castelo, e quando chegaram perto, viram Mayck correndo com uma garota, que apenas pela vestimenta dava para dizer que era da realeza.
Quanto ao contexto por trás disso, seria um mistério até ouvir a história deles dois.
“Vamos!”
Rider saiu correndo sem pensar duas vezes atrás da nova dupla fugitiva.
“Ãn?! Ah! Espera!” Gunner correu logo depois, assim que se deu conta.
“Eles estão sendo perseguidos por aqueles caras!”
O garoto recebeu a informação assim que alcançou o seu líder de equipe, o qual percebeu a movimentação.
“A Comissão? Esses vermes…! O que a gente faz?”
Ambos corriam sem desviar os olhos dos alvos, enquanto desviavam das pessoas e barracas no meio do caminho.
“Eu queria poder atacá-los agora mesmo…”
Eles saltaram por cima de uma barraquinha de peixes que balançou após a passagem da Comissão.
“Mas a gente precisa falar com os outros—!”
De repente Gunner sumiu, ficou para trás — ou foi forçado a isso. Quando Rider se virou, percebeu que ele havia dado de cara com algo ou alguém.
“Ei, vocês estão bem?!”
Então Yoshiro surgiu dentre a multidão com um rosto preocupado.
“Droga… O que diabos você tá fazendo?!” Gunner estava segurando o seu nariz temendo que aquela cabeçada tivesse quebrado.
“Você deveria prestar mais atenção”, Sky retrucou, ainda no chão, as mãos na testa avermelhada.
“Se vocês estão nessa pressa, então também estão atrás de M-san?” Rider estendeu a mão para Sky e a ajudou a se levantar.
“É… mas agora perdemos eles de vista.”
Eles olharam ao redor. Não seria fácil encontrá-los naquele mar de gente vestindo branco.
De qualquer forma, Yoshiro tinha um palpite.
“Acho que eles foram em direção à praça.”
“Huh? É que base você tem?”, contestou Gunner, ainda irritado.
“Nenhuma. Então, vamos ou não?” Ele acenou de forma indiferente. De qualquer maneira, era a única pista que tinham, então não podiam reclamar.
Sky e Rider assentiram, mas Gunner resmungou algo antes de segui-los.
Eles partiram em direção à praça. Chegando lá, se depararam com a apresentação do coral realizado pelo templo. Estava completamente cheio, mas dava para se mover. Gunner andou nas pontas dos pés para enxergar por cima das cabeças presentes, mas não foi de muita ajuda.
“Porra… Tá todo mundo vestido igual! Não dá pra achar desse jeito!”
Talvez o garoto estivesse à beira da loucura. Sky, que estava ao seu lado, chutou sua perna levemente.
“Shh! Para de fazer barulho. O que vai fazer se eles nos acharem primeiro?”
“Então a gente bate até não poder mais.”
“Menos conversa e mais procura, pessoal. Eles não podem ter ido longe.”
Apesar da dificuldade, eles continuaram procurando.
A animação da festa era contagiante e o coral começou com uma melodia sacra, bem profunda. Pessoas fantasiadas atuavam em uma performance que parecia ser a representação da história de Nevéria, onde os humanos lutavam contra monstros, serpentes e aves gigantes para reivindicar a terra.
Mas essa não era a hora de assistir a uma peça. Não muito depois, Rider percebeu os assassinos andando entre a multidão.
“Ei.” Ele chamou os outros. “Estão ali.”
“Haha… Chegou a hora.” Gunner estalou os dedos, cerrando o punho.
“Não, idiota. O que acha que vai acontecer se a gente só for pra cima sem um plano?”
Eles não podiam causar um tumulto agora. Apesar de entender, Gunner levantou o punho na direção de Yoshiro, que o ignorou veemente.
“A gente não pode ir contra tantos, né? O que fazemos?”
“Mm… É verdade…” Rider ponderou por um momento, mas antes que tivesse uma conclusão, a pedrinha de comunicação brilhou em seu bolso.
Era Takeda.
“Rider, onde vocês estão agora?”
“Estamos na praça central. Acabamos seguindo alguns membros da Comissão.”
“Ei, ei, Takeda. Não é bom atacarmos agora?” Gunner quase arrancou o pulso de Rider quando o puxou.
“Idiota.”
As veias do garoto saltaram.
Então Takeda disse:
“Não façam nada imprudente. Era isso que eu queria dizer, mas… Na verdade, isso pode ser bem útil.”
“Hm? Isso significa…?” Sky inclinou a cabeça levemente, enquanto a mesma dúvida de seus colegas pairava em sua mente.
“É o seguinte. Quero que vocês tragam um deles até mim. Eles são perigosos, então não precisam se segurar.”
Em outras palavras, façam o que for necessário, mas capturem um.
Depois disso, o capitão desconectou(?).
Gunner sorriu, entusiasmado. Finalmente alguma diversão para ele.
“Beleza… Bom, vamos montar um plano então”, disse Rider.
****
Os assassinos não se cansaram de perseguir os dois fugitivos.
Eles tinham entrado na câmara secreta do rei de alguma forma — isso precisava ser descoberto antes que chegasse aos ouvidos deles.
Os superiores já estavam os pressionando sobre isso:
“Se o rei descobrir, alguém vai pagar pela vida de sua filha.”
Então eles não tiveram escolha. Precisavam encontrá-los o quanto antes e a todo custo. Não só por suas cabeças, mas também pelo bem de sua missão.
Mesmo assim, não seria tão fácil. A festa estava chegando ao seu pico do dia, os neverianos se amontoavam tanto que começaram a empurrar um dos assassinos para trás, dificultando sua busca. Eles o apertavam tanto que era como se estivessem o segurando ali de propósito.
Droga… Saiam da frente!
Os dentes apertados e uma irritação que se crescia à medida que parecia se afastar dos alvos.
Como se a multidão o guiasse, ele tentou abrir passagem, mas antes que pudesse se mover, sentiu uma dor excruciante em seu abdômen, que percorreu todo o seu corpo.
“Gah—!”
E essa não foi a única. Seus braços e pernas também foram atacadas com lâminas afiadíssimas e alguém cobriu sua boca, para que não fizesse nenhum som.
O assassino estremeceu, completamente imobilizado. Ele moveu os olhos e percebeu os quatro malfeitores com olhares mortais voltados a ele.
“Você vai vir com a gente agora”, disse Rider.
****
Não muito longe dali, o assassino foi arremessado contra a parede de um beco vazio, longe dos olhos da multidão. Não só ele, havia um de seus colegas ali.
“Acabei pegando um sem querer”, disse Takeda. “Ele teve o azar de aparecer na hora errada.”
“Na hora errada… hein. Mas espero que isso nos ajude de alguma forma.” Sky balançou a cabeça levemente.
“E o que vamos fazer? Bater neles até responderem?” Gunner estalou os dedos com um brilho mortal nos olhos e uma empolgação sinistra.
Apesar de parecer brutal, ele não estava errado.
“Seus imundos… vocês vão pagar…” Um dos assassinos resmungou. Havia sangue escorrendo de sua boca.
“Relaxa aí, amigo. Nós só queremos algumas respostas.” Takeda se aproximou e abaixou-se na altura deles. “Então façam o favor de serem cooperativos, está bem?”
Aos olhos dos dois capturados, naquele momento, aquele grupo parecia estar lotado de monstros. Eles estremeceram, seus olhos ficaram arregalados, um calafrio percorreu suas espinhas.
“Que-quem são vocês…?! Apenas um maldito bando de forasteiros…!”
“Não, não. Nós somos a Black Room.” Ao gesticular do capitão, Gunner desferiu um chute no rosto de um dos assassinos, forte o suficiente para arremessá-lo para o outro lado.
O assassino gemeu ao bater as costas contra a parede, a dor latejou por todo o corpo.
“No ataque de ontem, vocês invadiram a base da oposição. Como souberam onde ela estava?”
“… Isso… não é da sua conta… Desgraçados…!”
Resposta errada. Yoshiro tirou o capuz dele e puxou seus cabelos castanhos, esmagando sua cabeça no chão em seguida.
“Quem passou a informação para vocês?”
“… Não interessa—”
Sua última visão antes de apagar foi Sky chutando fortemente sua cabeça.
O assassino desfalecido rolou até os pés de seu companheiro, o qual estava de joelhos, horrorizado.
“E então”, disse Takeda a ele. “Você tem as respostas que seu amigo não tinha?”
O segundo assassino rangeu os dentes, enfurecido. Ele estava prestes a soltar palavrões, quando uma faca deslizou sobre sua perna direita.
“AARGH—!!”
“Por favor, não erre de novo, Rider.”
“Me desculpe, Capitão. Na próxima eu terei certeza de atingir os olhos… Ou então na parte que mais dói em um homem.”
O garoto propositalmente lançou sua segunda faca perto da virilha do assassino, que sequer tinha se recuperado da dor na perna.
Os olhares que recebia diziam claramente que ele não teria uma morte lenta. Não só isso, como responder ou não, não faria diferença. A rivalidade entre eles era algo que não poderia ser apagada com um sopro. Estava mais do que óbvio que ele morreria nas mãos daquelas pessoas.
Foi por isso que ele começou a rir histericamente. Seu olhar enlouquecido, prestes a desistir de sua própria vida.
Então ele disse:
“Que seja! Vocês vão pagar pelos crimes contra o rei. Não sobrará nenhum para se arrepender quando o dia chegar”, exclamou.
Takeda e os demais apenas ouviram com faces indiferentes.
Ele continuou:
“Vocês se acham espertos… mas o rei já sabe de tudo! Até os mais próximos a vocês entendem a realidade e já escolheram o lado certo.”
O assassino deu outra gargalhada com todo o ar de seus pulmões e terminou dizendo que o traidor também não sobreviveria para ver o novo mundo.
Por fim, revelou algo importante para eles, e então encontrou seu miserável fim, sendo executado pelos soldados de Takeda junto ao seu companheiro.
Os disparos foram camuflados pela alegria do festival, enquanto o dia se encaminhava para seu desfecho. Depois disso, Takeda, seus soldados e a equipe Beta partiram para seu novo objetivo.
****
Desde a praça principal até o castelo, então até o templo, as pessoas se afastaram e um enorme tapete vermelho foi posto no caminho, com cubos azuis flutuantes dos dois lados.
A hora do desfile estava chegando. E nada mais era que um passeio rápido da nobreza, do rei e de seus filhos sobre o tapete, indo do castelo até o templo e recitando versos para Nivorah aos olhos do povo.
Com a preparação do principal evento do dia, o reino ficou ainda mais agitado e esperavam ansiosamente pela aparição da realeza.
Takeda e os outros se posicionaram atrás dos residentes eufóricos, e analisaram seu objetivo.
Antes de dar seu último suspiro, o assassino revelou que poderiam ter uma chance de ver o traidor junto à comitiva que acompanharia o rei no desfile. Então eles se moveram diretamente para lá.
“Tem tanta gente aqui quanto tinha na praça”, observou Sky. “Tem mais soldados também.”
“Se tratando de coisas oficiais, mesmo num lugar tão pacífico sempre é bom garantir a segurança do rei”, respondeu Yoshiro.
“Sem falar que tem uma oposição louca pela queda dele.”
Os soldados estavam a postos dos dois lados do tapete, à frente dos cidadãos, e apesar de suas posturas rígidas, era certo que eles estavam de olho em tudo. Em outras palavras, sem movimentação chamativa.
O grupo se moveu pela multidão, e chegou mais perto dos portões do castelo. Do lado de dentro, havia cerca de seis pessoas rodeadas por alguns guardas — vestidos de forma ligeiramente diferente dos outros — que vigiavam os arredores intensamente.
“Quem são aqueles?” Sky olhou por cima dos ombros de uma mulher que estava a sua frente com uma criança carregando uma espada proporcional ao seu tamanho.
Não era com ela, mas achando que sim, a mulher virou-se para trás e com um olhar gentil, explicou:
“São as famílias principais de Nevéria. Eles vão participar do desfile ao lado do rei.”
“É mesmo?”
“Sim. Você não percebeu? Aqueles homens ao redor deles não são apenas guardas, são os capitães.”
Fazia sentido. Afinal, os trajes militares daquelas pessoas tinham um toque mais nobre e as medalhas em seus peitos significavam não só seus status, como sua posição em relação aos demais.
“Ali! Mãe! O meu pai está ali”, o garotinho exclamou entusiasmado, puxando o vestido de sua mãe e apontando para um dos homens.
“Sim. Ele parece tão forte, não é?”
“Uhum! Eu vou ser tão forte e legal quanto ele!”
Enquanto a interação entre mãe e filho ficava mais íntima, um tumulto começou de repente. Sky e os outros moveram os olhos aos portões devido aos burburinhos agitados. Parecia que o desfile estava prestes a começar.
Então o sino tocou, seu som ressoando como a nota grave, média e aguda de um piano. Então a primeira comitiva de guardas marchou, indo em frente com a bandeira de Nevéria, os olhos da multidão fixos neles. Logo atrás, vieram os líderes das famílias, cercados pelos capitães, acenando para o povo extasiado.
Um dos capitães olhou discretamente para a criança que acenava animadamente sem parar, retribuindo aquele sorriso de genuína alegria. Era o capitão Lawren, mas ninguém sabia o quanto ele estava se esforçando para manter as aparências.
Seguindo com o desfile, um outro grupo de soldados com estilos de roupas iguais aos capitães entraram. A mulher disse que eram os soldados ao comando do príncipe Kaeelen. Eles passaram sorrindo, mas com os olhares firmes, como se preparassem o caminho para o que estava por vir.
Além deles, nobres com títulos de honra e status também passaram. Jovens moças em trajes elegantes, dignos da realeza desfilavam, enquanto uma disputa pelo reconhecimento dos nobres acima acontecia em segundo plano.
Mas não importava o quanto estavam belas. Afinal de contas, só havia uma coisa que os neverianos queriam realmente ver naquele desfile.
Após uma pequena pausa sem ninguém no caminho, o povo ficou em silêncio. Então uma nova comitiva surgiu. Seus passos firmes e suaves pisotearam o tapete majestosamente.
Kaeelen estava radiante em sua postura disciplinada. Suas vestes azuis e brancas davam ainda mais destaque em sua aparência acima dos padrões normais, merecedora do título de príncipe.
A multidão suspirou, deslumbrada enquanto o jovem mantinha um sorriso brilhante no rosto e seguia até o templo.
Dito isso, não foi a sua entrada cinematográfica que chamou a atenção de um certo grupo em missão, mas o que estava atrás dele. Aquelas pessoas sob mantos brancos, sem dúvidas, eram da Comissão da Lâmina Fria. Além disso, alguém dentre eles não pôde se esconder completamente.
“É o Viktor”, sussurrou Rider, seu olhar se encontrou com o do vice-capitão, que deu um sorriso presunçoso.
Tal cena foi a chave para a certeza de que ele era um traidor. Havia a possibilidade dele estar em apuros, mas isso foi descartado imediatamente.
“Vamos pegá-lo?”, perguntou Gunner, uma aura sombria em torno dele.
“Não dá pra fazer isso com tanta atenção”, Yoshiro respondeu, igualmente furioso, mas escondendo esse fato.
Infelizmente, se avançassem ali, causariam um alarde, justamente quando a oposição já estava se preparando para invadir o castelo enquanto o rei estava fora. Takeda já tinha localizado algumas equipes prontas para isso.
“Vamos vigiá-lo, por enquanto”, Takeda ordenou. “Vamos conseguir capturá-lo assim que for conveniente.”
Seu grupo assentiu, embora se sentissem impulsionados a pular em cima de Viktor e fazer um estrago, mas precisavam ser profissionais.
“Onde estão o rei e a princesa?”, perguntou alguém no meio dos espectadores.
Parando pra pensar, eles deviam ter passado junto com o príncipe. Porém, a Comissão estava com ele e a comitiva da princesa estava sozinha.
Os agentes olharam para a parte restante de seu grupo.
Sora e os demais caminhavam hesitantes. A princesa não apareceu no último segundo antes de passar pela multidão.
Foi então que todos pararam no meio do caminho. Comitivas, soldados, Comissão… todos.
Os neverianos se perguntaram o que estava acontecendo e imediatamente vários burburinhos cresceram no meio deles.
“O que aconteceu?”
“Eles pararam?”
“Onde está a princesa? Eu vim aqui só pra vê-la.”
Um clima de estranheza se instalou ali, à medida que o sol descia pelo céu, deixando-o com um tom alaranjado.
Embora houvesse tantas questões, não havia nenhuma resposta, foi então que Kaeelen — aquele que parou o movimento — olhou para todos, e então elevou sua voz.
“Caros cidadãos de Nevéria. Tenho um anúncio oficial a fazer em nome de nosso rei Arden!”
Os olhares confusos recaíram sobre ele. O príncipe continuou:
“Em homenagem a esse dia tão maravilhoso e à presença de todos reunidos aqui, o rei ordenou que o festival prossiga até o nascer do sol”, disse por fim.
Os questionamentos começaram. A tradição de encerrar o dia antes do anoitecer perdurou por anos, porque o rei a quebraria agora?
Encerrar os dias do festival ao final da tarde era a forma como o povo se purificava e limpava a mente para a continuação no dia seguinte.
Precisavam estar em pleno estado de pureza para quando a divindade viesse. Isso não causaria alguma revolta em Nivorah?
Kaeelen já esperava por isso. Então ergueu a voz outra vez:
“Não temam. Essa é a vontade de Nivorah, a qual foi revelada para nós, o príncipe e a princesa. Ela deseja que estejamos com os olhos bem abertos para quando ela vier, e então vejamos toda a sua glória.”
Era um evento único. Assombroso, surpreendente, mas, definitivamente, único. O povo confuso lentamente foi aceitando a ideia, pensando que tinham sido escolhidos para vislumbrar uma mudança marcante na história do reino, que perpetuaria por anos e anos.
Então a hesitação se transformou em empolgação. O receio, em felicidade. Foi uma mudança tão abrupta, que sequer dava para desconfiar da negação de uma tradição secular.
Por outro lado, havia um certo grupo de pessoas que ficou horrorizado com o anúncio.
A pedrinha no bolso de Takeda brilhou, a voz de Kaelric soou como um alarme.
“Mudança de planos! Evitem que qualquer pessoa permaneça na rua quando anoitecer!”
Takeda franziu o cenho.
“O que tá acontecendo?”
Então Kaelric respondeu, dava para sentir certa agitação em sua voz, mas ele soltou um suspiro abafado.
“Eu já mencionei as equipes que desapareceram na noite do último festival, não foi?”
“Sim…”
“A mesma coisa vai acontecer com todos que estão aí agora se não se irem pras suas casas antes do pôr do sol.”
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.