Capítulo 79 - De um lugar distante
As vozes que a chamavam pareciam não chegar a ela.
“Runa-chan… Runa-chan!”
Estavam bem distantes.
“Ei, Runa!”
Até que ela foi sacudida e tirada do reino dos sonhos de forma agressiva.
Seus olhos piscaram, tentando se acostumar com a luz da sala de aula misturada à luz solar. Haruna levantou lentamente, e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.
As vozes que percorriam a sala de aula começaram a fazer sentido para ela.
“Nossa, o que deu em você? Nunca tinha dormido na sala antes.”
Ela encontrou a expressão preocupada de Rika olhando para ela.
“Mmm… eu acabei dormindo tarde… então não pude evitar.”
“É melhor você se recompor. A próxima aula já vai começar. Além disso, quando foi que você adormeceu?”
“Não sei… talvez há meia hora?”
Haruna era uma aluna exemplar. Tinha ótimas notas, era popular entre garotos e garotas. Portanto, vê-la dormindo no meio da aula era incrivelmente preocupante. Ainda mais para Rika, que nunca a tinha visto fazer algo desse tipo antes.
Era como se a aluna perfeita decidisse matar aula de repente.
“Não faça algo assim. Mas, bem, sendo você, tenho certeza que não vai se perder na matéria.” Rika inflou as bochechas, como se a genialidade de sua amiga fosse uma trapaça.
“Ahaha… se eu me perder, conto com você para me ajudar.”
“Hmpf! Lá vem você de novo. Mas eu não me importo de te ajudar com isso.” Ela inflou as bochechas.
Haruna riu e Rika a acompanhou.
Pouco tempo depois outra aula começou e após ela chegou o horário do almoço.
Depois que o sinal tocou, os alunos começaram a guardar seus livros e a pegar suas marmitas nas bolsas ou apenas o dinheiro para enfrentar a luta pelos lanches da cantina.
Sendo parte do primeiro grupo, Rika virou sua cadeira para trás, dividindo a mesa de Haruna para que elas comessem juntas.
Haruna tinha um plano diferente, mas decidiu dar atenção à sua amiga.
Eu queria convidar Mayck hoje, mas tudo bem.
Antes que iniciassem a refeição, elas notaram algo incomum na sala e rapidamente começaram a procurar o que era. Os estudantes estavam cochichando entre si, especialmente as garotas.
“O que ele veio fazer?”
“Ele é da turma ao lado, não é?”
“Veio procurar alguém?”
A pessoa em questão era Hiroshi Tanaka, um garoto também popular na escola. Seu rosto era mais do que mediano e seus cabelos claros se destacavam, além de sua personalidade gentil e ingênua, o que o tornava alguém fácil de se lidar.
Por este e mais outros motivos que ele tinha tantos amigos. Se houvesse alguma pessoa que não gostasse dele, ela provavelmente continuaria em silêncio, até porque aqueles conhecidos como delinquentes tinham certa comunicação amigável com Hiroshi.
Resumindo, brigar com Hiroshi poderia te levar a mais problemas do que você poderia imaginar.
“Com licença…” Com um sorriso amigável no rosto, Hiroshi se aproximou de Haruna e Rika. “Você é Haruna Yukino?”
“Hm? Sim, sou. E você é Tanaka-kun, certo? Precisa de algo?” A garota também sorriu de volta, embora só fosse para esconder o incômodo que estava sendo ter a classe com os olhos fixos nela.
“Ah, então eu acertei em cheio. Nós nos encontramos ontem, lembra?”
“Ontem?”
“Sim. Ontem à noite. Poxa, eu fiquei muito feliz por ser você mesmo.”
“Hã? Bem…” Haruna ficou confusa. Não estava entendendo do que ele estava falando. Mas antes que ela pudesse dizer algo, ele apoiou as mãos na mesa e se aproximou exageradamente.
“E então? Você está livre depois da aula? Que tal nos conhecermos melhor? Podemos sair para algum lugar. O que acha?”
Haruna colou suas costas na parede e virou o rosto. Se ele se aproximasse mais um pouco, acabaria dando-lhe um beijo.
“… depois da aula eu tenho clube…”
“Eh? Sério? E que dia livre você vai estar disponível?”
A insistência dele fez o sangue da garota ferver. Assim que ele se aproximou mais um pouco, ela o empurrou rapidamente.
“Fique longe!”
Toda a classe se assustou e novos burburinhos surgiram.
“Ela empurrou ele?”
“Não sabia que Yukino-san era desse jeito.”
Embora Haruna o olhasse furiosamente, a ingenuidade de Hiroshi era maior e ele começou a insistir de novo.
“Ah, me desculpe. Fui indelicado. Mas você tem algum dia livre?”
“Não. Eu não tenho.”
“Hein? Não minta. Todo mundo tem algum dia livre, certo? Não é possível que você esteja tão ocupada assim.”
Enquanto falava ele se aproximava mais. Nesse ponto, Haruna ficou de pé para confrontá-lo. Ela mordeu os lábios para segurar uma resposta que poderia arruinar sua reputação na classe, mas Hiroshi a irritava muito.
“Olha aqui, seu…”
“Com licença.” A voz de Rika interviu repentinamente. Os olhos de todos se voltaram para ela. “Eu não acho legal que você insista tanto quando ela não quer.”
“Hã? Quem é você? Amiga dela?”
“Sim. Agora, se você entendeu, poderia nos deixar em paz, por favor? Temos que terminar nosso almoço.”
Rika puxou Haruna pelo braço para longe de Hiroshi. Ela estava nervosa, mas tinha que aguentar pelo bem de sua amiga.
Por favor, apenas vá embora, ela pedia em sua mente.
Haruna sentiu os tremores de Rika, enquanto ela se fazia de forte e tentava mediar a situação.
Mas parecia que não seria resolvido tão fácil, já que a expressão de Hiroshi mudou radicalmente, assim como seu tom de voz.
“Quem você pensa que é? Eu não vim aqui falar com você, então tira sua carcaça imunda da frente, sua feiosa.”
O brado dele colocou a sala em um silêncio absoluto e os deixou atônitos. Os lábios de Rika tremeram. Ela sentiu seus olhos lacrimejarem, mas lutou para não chorar. As palavras não saiam de sua boca. Ela foi ajudar sua preciosa amiga e virou alvo de coisa pior.
“Apenas cuide da sua vida, idiota. Eu não quero te ver.”
Os ombros de Rika caíram; ela ficou cabisbaixa e mordeu seu lábio inferior.
De repente, seu braço foi puxado para trás e Haruna passou em sua frente. Um som seco ecoou pela sala segundos depois.
“Fale com ela desse jeito e não vai acabar em apenas um tapa.”
Hiroshi cobriu sua bochecha quente e avermelhada.
Seus olhos correram pela classe, que estava chocada com a ação de uma das melhores alunas da escola. Ele olhou para a garota de cabelos prateados.
“Me desculpe… eu não agi de forma correta.”
Coberto de vergonha, ele deixou a sala rapidamente, largando um clima de estranheza em cima de Haruna e Rika, as quais saíram da sala rapidamente em direção ao banheiro.
Essa insistência irritante… será que é ele mesmo? Além disso, será que é a mesma pessoa que eu vi antes?
Aquele indivíduo que passou por ela e a ignorou por completo, emanando uma energia assustadora.
“Não é possível…”
“Runa-chan?”
“Hm? Não é nada. Só estava pensando alto.”
Por algum motivo, ela queria encontrar aquela pessoa. Mas ainda precisava fazer contato com a organização.
****
Ao final da tarde, Haruna foi para as atividades do clube, depois para casa e, enfim, para a rua.
Buscar a pessoa misteriosa e entrar em contato com a organização da qual fazia parte era algo essencial. Porquê, no entanto, ela não fazia ideia. Seu peito doía em agonia.
Ela tentou ligar diversas vezes.
[O número discado não existe, verifique o número e tente novamente]
A voz eletrônica que insistia em aparecer a deixava indignada.
“Por que isso tá acontecendo? Nós nos falamos ainda ontem.”
Tinha algo errado que ela precisava verificar.
Além do mais…
Se movendo de forma rápida e instintivamente, ela engatilhou sua arma e disparou para cima de um poste, onde um Ninkai com asas pousou e estava prestes a atacá-la.
“… Eu estou ficando sem munições.”
A carcaça do monstro caiu, mas Haruna saiu de lá sem dar importância. Ela decidiu visitar a base pessoalmente e acabar com suas dúvidas.
Contudo, mesmo após checar diversas vezes, ela não encontrou a entrada para a base que deveria estar no subsolo de uma estação de trem.
“Eu não posso estar maluca… né?”
O acesso se dava no final da plataforma de embarque, escondida por um mecanismo que evitava ser encontrado por quem não sabia nada sobre aquele esconderijo.
O coração da garota bateu mais rápido.
O que aconteceu aqui?
Ela pegou seu telefone e tentou ligar mais uma vez.
Mas não houve resposta.
Haruna sentiu seu chão desabar.
Onde eles estão? Por que não me respondem?
De repente, ela se viu em um mundo estranho onde estava completamente sozinha.
Eu quero ver você… Mayck…
Seu único desejo.
“Ah! Te achei.”
A voz fez o coração da garota palpitar fortemente. Alguém que a conhecia acabara de chegar… por um breve momento.
Ela, no entanto, foi confrontada pela realidade.
“Caramba eu tive um pressentimento de que te veria. Será que é o destino? Brincadeirinha.” Hiroshi riu, enquanto coçava sua nuca.
“Você de novo? O que quer?” O semblante de Haruna endureceu.
“Ah… bem, nada de mais. Eu só estava passando. Mas, aproveitando, não quer caçar uns Ninkais comigo? Podemos dividir os ganhos.”
“Não estou interessada. Preciso ir embora logo.” Ela deu as costas, mas foi agarrada pela mão do insistente Hiroshi.
“Vamos, não precisa ficar com medo. Eu sou forte, vou proteger você. Podemos até nos conhecer melhor, que tal?”
“Eu já disse que não quero…” Ela puxou seu braço com força, tentando escapar dele, mas em termos de força física, ela era inferior a ele. Seu pulso foi apertado com mais força e Hiroshi empurrou Haruna contra a parede.
“O que há com você? Não aja dessa forma. Você também está interessada em mim, não é? Ah, entendi é só timidez. Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Eu prometo ir com calma.”
“O que está fazendo?! Sai, me solta.”
Enquanto suas palavras ressoavam repugnantes para a garota, suas mãos iam deslizando pelas coxas dela e passavam pela barriga suavemente, embora fosse um toque que Haruna não queria sentir.
“Certo? Nós podemos ficar muito mais próximos assim. Desde que te vi, não consegui te tirar da cabeça.”
Haruna, então, diminuiu seu tom de voz e falou ameaçadoramente, enquanto o fuzilava com os olhos cheios de ódio e repulsa.
“Eu já te falei pra sair. Se continuar com isso…”
Seu olho direito brilhou em um amarelo translúcido, mas antes que Hiroshi terminasse sua reação de espanto, algo caiu do céu como um meteoro, assustando os dois.
Em um pulo, Hiroshi tomou distância de Haruna.
Uma espessa nuvem de poeira se formou acima dos trilhos, e o silêncio era intenso.
O que foi isso?
Haruna se viu agitada, mas sem conseguir se mexer. De repente, uma pressão misteriosa se apossou dela, fazendo-a perceber imediatamente o que acabara de cair.
Ela imediatamente se aprontou para o combate.
“.. Classe Pesadelo”, ela murmurou.
“Hein?! Quê?! Logo agora?!” Hiroshi deu um passo para trás ao ouvir a conclusão.
Segundos que pareciam horas se passaram sem que nada acontecesse, no entanto, o Ninkai se levantou e urrou com força. A cortina de poeira se dissipava aos poucos, revelando a silhueta grotesca do monstro.
Outro urro, mas que transmitia uma imensa agonia.
Quando ele estava visível, Haruna já estava pronta para atacar — sozinha, pois Hiroshi nem se movia —, mas algo estava estranho.
Ele está… com medo?
A intenção assassina do Ninkai não estava contra ela, na verdade, nem tinha intenção assassina do vinda do Ninkai. Era medo o que ele emanava e seus olhos vermelhos já não eram mais tão arrepiantes quanto deveriam ser.
O que ele tem…?
Embora ela tivesse percebido isso, a pressão enorme que sentia não desapareceu. Seu senso de perigo estava soando às pressas.
O verdadeiro terror ali não era o Ninkai. Não era Haruna nem Hiroshi, mas aquele mascarado que eles não tinham notado até então, o qual o Ninkai observava com pavor enquanto urrava em desespero, como se proferisse ameaças vazias.
Olhos azuis que brilhavam assustadoramente naquela plataforma mal iluminada.
Quando Haruna percebeu, seu corpo já tinha saído da posição de ataque. Estava, naquele momento, com os ombros caídos, pernas estremecendo e olhos arregalados.
Inconscientemente, ela desistiu de lutar.
Houve um flash de luz, um estrondo, arrepios gerados por eletricidade e o Ninkai urrou pela última vez.
Tudo o que restou foi o silêncio absoluto tanto de Haruna quanto Hiroshi, que não conseguiam tirar os olhos daquela existência bizarramente calma em cima de uma estrutura metálica que ligava uma plataforma à outra.
“Olhos azuis… O que esse cara tá fazendo aqui…?” Hiroshi balbuciou para si mesmo, porém, alto o suficiente para atrair a atenção de Haruna. “Porque um dos três caçadores mais poderosos está aqui?”
Hiroshi era a personificação do pavor. Seu corpo tremia de uma forma antinatural e tudo o que ele queria era só fugir dali e não se envolver nenhum um pouco com um caçador tão problemático.
“Ei, você sabe quem ele é?”
Haruna entendia porque Hiroshi estava tão apavorado, já que ela estava sentindo por si mesma o quão terrível era aquela pessoa, no entanto, ela não tinha ideia do porque ser um caçador tão temido.
Eu nunca vi essa pessoa antes. Quem é ele?
“Como assim você não sabe quem ele é?! Em que mundo você vive?!” Elevando a voz, o garoto estava prestes a perder o controle de suas ações.
“Ei, ei… de onde veio toda essa má fama, hein?”
Hiroshi estremeceu. Estremeceu tanto que ficou paralisado de terror, como se fosse um criminoso que estava prestes a ser julgado por seus crimes hediondos.
Mayck então, saltou de cima da plataforma em que estava e se juntou aos dois gatos assustados que estavam prestes a fugir.
“Eu assustei vocês, né? Me desculpem por isso.”
De repente, ao soar da voz calma, e ao mesmo tempo fria, do garoto, toda aquela pressão sumiu num instante. Haruna e Hiroshi se recomporam quando o perigo passou — na verdade, apenas Haruna. Hiroshi ainda tinha sua guarda tão alta quanto o Cristo Redentor.
“E quem é você?”
Haruna perguntou diretamente, visto que Hiroshi não estava em condições de explicar algo.
“Hmm… sou apenas um caçador. Você também, não é?”
“Caçador? Eu não sou algo assim. Meu trabalho é diferente de correr atrás de monstros.”
“É mesmo?” Mayck deu de ombros. “Enfim, eu vou indo.”
“Quê? Já vai?”
A garota deu um passo à frente. Ela preferia estar perto de alguém tão apavorante quanto aquele caçador a estar perto de um doente como Hiroshi. Mas, obviamente, ela não disse isso em voz alta.
Além do mais, ela tinha certeza de que era a pessoa que encontrou na noite anterior.
Nisso, Mayck franziu o cenho com desconfiança.
“Não é como se eu tivesse algo a fazer aqui.”
“Isso… é verdade…”
Por que eu quero que ele fique?
Ela não sabia dizer o motivo, mas sentiu uma pulsação estranha em seu peito quando o viu dar as costas e se afastar lentamente.
Espera…
Ela queria chamá-lo…
Mas porquê…?
“Ei, Haruna-san, você não vai atrás dele, né? Não é? Mas é claro que não. Você não está maluca. Ele pode tentar te matar…”
Hiroshi tentou impedi-la, mas a garota bateu em sua mão e lançou-lhe um olhar furioso.
“Saia de perto de mim.” Ela cuspiu essas palavras com toda a repulsa que conseguiu transmitir. E correu atrás de Mayck, deixando o garoto parado, atônito, sem ter o que dizer. Tudo o que lhe restou foi observar os dois desaparecendo na escuridão e engolir sua raiva.
Do outro lado, a garota esperançosa seguiu Mayck até a saída.
“Espera”, ela disse quase sem fôlego. “Pelo menos… me diz o seu nome…”
Seus sentimentos estavam bagunçados. Ela tinha medo de não ver aquele caçador nunca mais. Embora ela não fizesse ideia do motivo.
“Meu nome…” Mayck parou diante dela de costas. “Mas antes, eu quero te perguntar uma coisa. Você tem agido estranho desde ontem de manhã e eu confesso que isso me deixou assustado.”
“Do que você… está falando?” Seus olhos ficaram cheios de dúvidas.
“Eu pensei bastante a respeito e, sério, não tem como algo assim acontecer. Então, quem é você? Não é a Haruna que eu conheço, pelo menos.”
Ele tirou sua máscara e a encarou.
Haruna, sem reação, não pôde controlar seu único impulso que foi fazer correr lágrimas por seus olhos sem parar.
Ela tentou enxugar suas lágrimas, mas elas não cessavam.
“Ué…? O que está havendo? É só o mesmo Mayck de sempre, então…” Seu rosto com um sorriso vazio se desfez e endureceu. “… Não… não é o mesmo de sempre. Você é estranho, as pessoas são estranhas. Todo esse mundo é estranho pra mim.”
Mayck suspirou. Sua insônia não tinha sido em vão.
“Como eu pensei. Você realmente não é a Haruna que eu conheço. Então, de onde você veio?”
“Eu não sei… não consigo me lembrar de nada diferente ter acontecido ultimamente. Mas eu não consigo me livrar da sensação de algo estar faltando.”
“Perda de memória, hein… Isso vai ser mais difícil do que parece. Bem, você pode continuar sendo Haruna até que suas memórias voltem. Pode ser que demore, pode ser que seja breve.”
“Você acha que eu consigo?”
“Sei lá. Não tenho certeza. Você que deveria dizer se consegue ou não.” Ele deu as costas a ela novamente. O sobretudo que cobria seu corpo foi substituído por um moletom como num passe de mágica. A máscara em sua mão também desapareceu.
“Haha… você é realmente diferente dele. Isso é muito estranho.”
“Hmm… é mesmo? Eu pensei que eu fosse sempre ser o mesmo…”
Antes que terminasse de falar, seu corpo foi impulsionado para frente, forçando-o a se equilibrar para não cair.
Haruna o envolveu com os braços, apertando seu corpo contra o dele. Ela sentiu seu calor, o perfume e permaneceu em silêncio. Não era muito, ela pensou, mas o suficiente para aquele momento.
Embora levemente constrangido, Mayck ficou quieto, deixando-a fazer o que queria.
Por causa do frio do ambiente, o calor dela era confortável demais.
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