Em uma noite tempestuosa e enevoada, quando o mundo parecia envolto em um véu de mistério e sombras, um grito ecoou pelos corredores sombrios de uma pequena mansão. Ivar veio ao mundo. 

    Sem um pai conhecido, envolto em rumores macabros que permeavam as vielas de sua vila. Sussurros sinistros insinuavam que sua origem estava mergulhada nas trevas mais profundas, talvez fruto de um demônio. Mas essas verdades ocultas permaneciam como segredos sombrios, conhecidos apenas pelos insondáveis Deuses. 

    Sob o teto modesto das fazendas familiares, sua mãe, protetora e compassiva, o criou, envolvendo-o em uma bolha de amor e cuidado. Ela se esforçava para manter as sombras nefastas afastadas, criando um oásis de ternura em meio à escuridão que espreitava no horizonte. Mas o destino tinha outros planos. 

    A tragédia desceu como uma maldição quando o padrasto tirano de Ivar, Kaygon, ergueu seu bastão de comando, reivindicando domínio sobre as terras da vila e seus habitantes. Em um turbilhão de horror e agonia, mãe e filho foram lançados às garras da escravidão. Forjados em correntes de desespero, arrastavam suas almas pela lama do sofrimento. 

    Sob a vigília impiedosa de seus senhores cruéis, aravam a terra e suavam sangue, suas costas marcadas pelas chicotadas da opressão incessante. Em meio à escuridão sufocante, um raio de esperança rompeu as nuvens carregadas: um Guardião da Noite, com um coração cheio de compaixão, resgatou-os do abismo, comprando-lhes a liberdade com um gesto benevolente. 

    Acendendo a chama de sua redenção, Ivar encontrou abrigo entre os Guardiões da Noite, uma irmandade enraizada nas sombras, que traziam segurança e paz aos habitantes. 

    Lá ele treinou sob a tutela dos mestres, cada gota de suor derramada, cada golpe desferido, moldando-o em um guerreiro formidável, pronto para retalhar a escuridão que ameaçava engolir o mundo. 

    Mas a paz fugaz foi dilacerada pelo punhal da tragédia quando sua mãe encontrou seu fim nas garras de Kaygon, seu ex-padrasto. 

    Nos momentos derradeiros de sua existência torturada, Ivar foi confrontado com a verdade sinistra de sua herança divina, uma linhagem manchada pelo sangue dos deuses e envolta em trevas insondáveis. 

    Consumido pela dor e pela fúria, uma voz vinda do além dizia o que precisava ser feito; uma voz que mais tarde seria revelada ser de seu verdadeiro pai, Vallfen, o Deus do Caos. 

    Ivar se entregou a sua maldição e ao instinto macabro, que o fez devorar o coração de sua mãe, aquela que lhe deu a vida, alimentando-se da essência que o impulsionava para a vingança e por fim, matando toda a família de Kaygon. 

    Seis anos haviam se passado, e Ivar ergueu um novo lar das cinzas da desolação, encontrando conforto e alegria nos braços de uma esposa amorosa e nas risadas inocentes de uma filha pequena. 

    Mas o destino cruel, como um ceifador implacável, rasgou a felicidade recém-encontrada em pedaços, quando Kaygon desencadeou sua vingança final. 

    Enquanto Ivar estava fora em uma missão, sua esposa, uma humana clériga de Seraphina, a Deusa da Paz e da Compaixão, foi acusada de traição e bruxaria. Ela foi amarrada a uma fogueira e em seguida consumida pelas chamas. 

    Ivar não conseguiu chegar a tempo de salvar sua esposa, sua filha ainda estava viva, mas teve sua vida inocente ceifada diante de seus olhos, e Ivar foi lançado às sombras uma vez mais. 

    Imerso nas profundezas da desesperança e do desespero, Ivar jurou vingança contra aqueles que haviam dilacerado sua alma e roubado a vida de sua família. 

    Determinado a desafiar os próprios deuses e rasgar o véu da morte, ele embarcou em uma jornada tortuosa em busca do poder supremo, disposto a enfrentar horrores inimagináveis para cumprir sua vingança e trazer sua filha de volta à vida. 

    O destino o aguardava nas sombras, pronto para testar sua coragem e sua sanidade em uma dança macabra de morte e redenção.

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