Capítulo 636: Eficiência
O agente saiu para preparar tudo e retornou algumas horas depois com várias outras pessoas.
Assim que chegaram, começaram a trabalhar imediatamente, e quando Shang viu o que estavam fazendo, ficou impressionado.
Sem dúvida, ele havia tomado a decisão certa ao contratar um profissional.
Primeiro, distribuíram pedaços de papel encantados que hipnotizavam os mortais e os faziam olhar para eles.
O que esses papéis faziam?
Bem, em apenas um dia, todo mortal que não fosse uma criança pequena ou mais jovem aprendeu a ler.
Depois disso, ergueram várias enormes tábuas de pedra com regras gravadas nelas.
A confusão geral foi drasticamente reduzida. Com um conjunto abrangente de regras, as pessoas pararam de fazer certas coisas e passaram a fazer outras com mais frequência.
Em seguida, distribuíram livros com introduções básicas a diferentes profissões e incentivaram as pessoas a pensar em quais tipos de trabalho mais lhes interessavam.
Enquanto isso acontecia, outros Magos já estavam construindo diversos edifícios importantes.
Vários grandes armazéns.
Vários bares.
Terras agrícolas designadas.
Mas, em sua maioria, eram casas residenciais.
No entanto, havia algo peculiar sobre essas casas.
Elas eram muito diferentes umas das outras.
Havia mansões enormes, mas também cabanas miseráveis.
Os Magos fizeram isso propositalmente para criar uma imagem clara de status e poder.
Pessoas mais poderosas precisavam parecer mais poderosas e viver de maneira mais grandiosa.
Isso motivaria os mais fracos a trabalharem mais para crescer.
Assim que a maioria das casas ficou pronta, todos os mortais que ainda estavam dentro da vila foram, essencialmente, expulsos.
A parte norte da vila não era mais um lugar para os mortais viverem, mas sim para aprenderem e trabalharem.
Mercados, ferrarias e academias foram criados nessa área, depois que praticamente tudo que já estava lá foi queimado até o chão.
Todos os mortais receberam comida preparada pelos Magos, suficiente para durar vários dias.
Vários Magos conduziram entrevistas com os mortais para avaliar suas habilidades e interesses.
Eventualmente, os mortais foram separados em diferentes grupos, e cada grupo recebeu uma introdução básica às suas futuras ocupações.
Todo esse processo levou pouco mais de duas semanas, mas foi assustadoramente rápido e eficiente.
Por fim, as aulas foram interrompidas, e os mortais passaram a precisar provar resultados para continuar aprendendo.
Caçadores tinham que caçar algumas bestas fracas e entregá-las aos Magos.
Ferreiros tinham que fabricar armas e armaduras básicas.
E assim por diante.
Claro, como todos haviam recebido apenas o conhecimento mínimo, ainda estavam tateando no escuro.
Os ferreiros apenas sabiam fundir minério, martelá-lo e resfriá-lo.
Só isso.
Eles não tinham ideia de como criar algo específico.
Mas esse era exatamente o objetivo dos Magos: incentivar o aprendizado natural.
Assim como os animais, os mortais eram incentivados a crescer pelo potencial de pagamento e pela ascensão de status.
Além disso, era uma sensação incrível ser melhor do que um colega.
Shang observava o distrito mortal tomando forma sem praticamente nenhum problema.
Era como se todos soubessem exatamente o que fazer.
Inicialmente, Shang ficou cético quanto ao preço, mas agora sabia que o dinheiro havia valido a pena.
Enquanto Shang observava o distrito mortal se moldando, foi contatado por alguém.
Era a Mestre da Guilda dos Aventureiros, e desta vez, ela não estava sozinha.
Outras pessoas a acompanhavam.
O Mestre da Guilda dos Mercadores.
O Mestre da Guilda dos Artesãos.
Essas três pessoas representavam a economia da vila.
A obtenção de recursos, o refinamento de recursos e a venda de recursos.
— Lorde da Vila, gostaríamos de conversar com você — disse a Mestre da Guilda dos Aventureiros.
Shang deixou claro com seu Sentido Espiritual que estava prestando atenção neles, mas não disse nada.
— Conversamos entre nós e concordamos que um distrito mortal externo trará apenas problemas para a vila — explicou a Mestre da Guilda. — Pedimos que reconsidere sua decisão.
— Não — respondeu Shang. — Não comprei esta vila para continuar ganhando dinheiro, mas para transformá-la em algo novo.
— Senhor — disse o Mestre da Guilda dos Mercadores — com todo respeito, estamos nesta vila há muito mais tempo do que você e sabemos como as coisas funcionam por aqui. Tudo tem funcionado bem até agora, e não é difícil manter o status atual. Basta não mudar nada, e tudo continuará ótimo.
— Não — repetiu Shang. — Como eu disse, não estou interessado em como as coisas são. Esta é a minha vila, e a comprei com um objetivo específico em mente.
— E qual seria esse objetivo, se me permite perguntar? — perguntou o terceiro Mestre da Guilda.
— Não é da sua conta — respondeu Shang.
Os três Mestres das Guildas ficaram chocados.
Não era da conta deles?
Eles eram, de fato, os líderes da vila!
Tudo dentro desta vila era da conta deles!
Os três se entreolharam e assentiram.
— Então, não temos outra escolha a não ser interromper nossas operações em protesto contra suas políticas até que elas mudem — declarou a Mestre da Guilda dos Aventureiros.
— Ok — respondeu Shang.
Silêncio.
Vários segundos de silêncio.
Os Mestres das Guildas olharam para Shang com irritação e frustração.
— Você não percebe as consequências que isso terá para a vila!?
— Eu entendo as consequências — respondeu Shang.
— Eu só não me importo.
Os olhos dos Mestres das Guildas se arregalaram em choque.
— A receita combinada de suas três guildas não chega nem a um quarto do que o Circulo Mágico de Rastreio arrecada. A vila inteira pode ficar em estagnação indefinidamente, e ainda assim, continuará ganhando muito mais do que gasta.
— Vocês não têm o poder que acham que têm, Mestres das Guildas.
É claro que os Mestres das Guildas explodiram de raiva e deixaram a cordialidade de lado naquele instante.
Mas Shang não se importava.
Eram apenas cães latindo.
Eventualmente, Shang começou a ignorá-los completamente.
Mas, muito em breve, os Mestres das Guildas mostraram suas verdadeiras intenções.
Shang foi contatado pelo Templo de Sangue.
Alguém havia colocado um contrato por sua cabeça.
Aparentemente, sua vida valia três Cristais de Mana de Grau Seis.
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