Suavemente, Weast aproximou-se dele.

    — Como? Como? — disse, enquanto o observava. Então, virou-se ligeiramente para o lado, fixando o olhar na Eleanor.

    — Como o sangue dele desapareceu? — sussurrou.

    — É a vontade crescente dele…

    — Vontade?

    — Sim…

    — O poder da vontade… — pronunciou, ignorando a cara de espanto de Weast. — Todo aquele que entrar neste mundo é definido pela sua vontade. Aqui, a vontade é o maior dos poderes. Quem a tiver, dificilmente, perderá uma única batalha.

    — Ah… interessante. Mas, por outro lado…

    — Não tens nada a temer… Pois em breve já estarás morto — disse o batedor, pegando, firmemente, a espada.

    Então, ele correu em direção de Weast, ignorando — totalmente — a presença de Eleonor.

    — AH… — suspirou, sentindo o seu possível fim.

    Mas, no último segundo, ela alcançou-o, pegando numa pequena lâmina vinda do nada.— CLANG!!! CLANG!! CLANG! — O som metálico do impacto das duas lâminas percorreu todo o ar, criando eco.

    — Não o vais matar! — gritou, descendo no ar, pois o salto que tinha dado havia sido enorme — Eu prometo-te isso!

    — Ugh…. — Que chata que és — referiu, preparando-se para outro ataque.

    Ataco-a por baixo, desvio-me e corte-lhe a cabeça…

    Mas, para seu azar e sorte dela, Weast deu um chute nele —, o mais estranho foi que o golpe tinha sido fortíssimo, empurrando-o para trás.

    Uma cara de surpresa absoluta e até de receio, medo, se tinha formado na Eleonor.

    — Aaahhh — suspirou, tentando falar.

    — Como fizestes isso? Que eu saiba não chegastes a receber uma grande instrução.

    — Eu…. não sei — respondeu, hesitante.

    Como fiz aquele golpe? Aquele chute… Terá haver com aquilo que ela disse sobre a Vontade? Não… não deve ser.

    Enquanto ele pensava por uns momentos, o batedor tentava levantar-se do chão.

    Estava, ligeiramente, ferido.

    É impossível ele ter feito aquilo. Ele parece alguém completamente inexperiente, a menos que ele seja um dos… Não… isso é impossível.

    — Ei! Vem aqui se tens coragem… — falou a Eleanor, tentando provocar o batedor.

    Ele correu, com as forças que ainda tinha, para ela — cerrando os punhos.

    Ele tentava preparar-se, coisa que era obrigatória naquele momento. Porém, avançou sem hesitar deixando o planejamento de lado.— THUMP!

    O seu punho tinha atingido diretamente o braço de Eleanor, obrigando-a andar, ligeiramente, para trás.

    — Urgh… Idiota! — gritou Eleanor, observando o sangue de seu braço, uma ferida se tinha aberto.

    Rapidamente, Weast correu em direção ao batedor. Então, inesperadamente abriu a boca.— Você vai pagar por a ter ferido! — gritou.

    Seu corpo estava corrompido por uma vontade sanguínea de vingança.

    Quando chegou ao lado de Eleanor disse-lhe:

    — Vai para trás agora, Eleanor!

    — Está bem — sussurrou, caminhando para o lado.

    — Agora a luta é comigo!

    — Hm…Então vou matá-lo primeiro, depois ela. — sussurrou, pensando alto.

    Uma luz ofuscou a visão de Weast, era o tirar da lâmina completa, o reflexo.

    — Prepara-te para morrer! — rosnou, quase parecendo um grito de guerra. — Vou mostrar-te do que a minha espada é capaz!

    Para a surpresa e desespero de Weast, o batedor realizou um movimento que demonstrava uma enorme mestria — cortar uma árvore gigante em dois, com um só golpe.

    Não, isso… não pode ser verdade, como ele fez aquilo?

    — GASP…

    Por um momento, o ar que estava em seus pulmões tinha desaparecido.

    Não!

    — BA-DUM! BA-DUM! BA-DUM!

    A sua respiração estava entrecortada, seu coração batia demasiado rápido, não havia nenhuma estabilidade. Seu cérebro? A mil à hora.

    Mas, de um momento para outro, tudo parou. Sua respiração voltou ao compasso lento de um relógio. O seu coração já batia normalmente. Ele conseguia, enfim, pensar.

    Por momentos, eu próprio — o espírito morto que vê tudo e todos — questionava o acontecimento.

    Até que… percebi.

    Ele tinha encontrado a calma em meio a uma tempestade, tinha nele um novo sentimento eterno.

    A coragem.

    Assim, correu para ele, olhando-o com olhos sérios — mostrando sua confiança.

    O medo tinha evaporado de si, de todo o seu corpo e de toda a sua alma. Deste modo, pegou numa pequena pedra dura, e ao aproximar-se, mandou-lhe a pedra, acertando-lhe na cara.

    No entanto, ele desviou-se rapidamente da pedra e usou sua espada.

    — Swoosh! — Cortando o ar de forma rápida, limpa.

    Quase acertando no Weast.

    Depois do primeiro golpe, vem outro seguido, contínuo.

    — Vsshh! — O segundo fora ainda mais rápido, quase parecendo girar no vento.

    Weast desviou-se numa velocidade surpreendente, baixando a sua cabeça e pescoço — swk!— escapando por um fio da lâmina, do golpe.

    De repente, ele rouba a espada do batedor, arrancado-lha de suas mãos — usando toda a força que tinha. Ele olhou para si, com uma cara de completa surpresa, não aguardava o inesperado.

    — Tira as mãos de minha espada… agora! — gritou, o desespero o tocava, porém o ódio reinava em sua mente.

    — Nunca! — falou, pegando plenamente na lâmina, preparava-se para um golpe rápido e letal.

    Ele, como um batedor, reparou sistematicamente nessa preparação, desejo.

    — Não… não faça isso! Por favor, por favor!

    — Tu que não mostrastes piedade e a queres?Tu que me querias morto e me ameaçavas disso a queres? Estás louco?! — questionou, pronunciou, e por fim, anunciou o fim daquele ser sem reais valores.

    Pois aquele que tiver valores, não irá matar pela liberdade de outro… isso é hipocrisia e quem os tem não a tem. Por fim, os olhos de Weast se atormentaram pela morte dele. Ele não queria realmente o matar, mas se não fizesse… Seria morto e a Eleanor também.

    Desculpe, meu Deus. Desculpe, por o ter matado. Mas… o que haveria de fazer?

    Estes pensamentos percorreram todo o seu coração, mas não encontrava resposta.

    Teria sido justo ele ter feito aquilo? Ele não sabia — nem eu.

    Diante disso, Weast andou, lentamente, para trás. Caminhando para longe daquele horror.

    Era mais um corpo que estava naquela montanha que parecia estar amaldiçoada, condenada.

    Quando chegou a Eleanor perguntou-lhe:

    — Olha qual é o próximo passo, onde temos que ir agora? Para onde vamos? Preciso sair o mais rapidamente daqui, não sei se aguentarei estar aqui mais um dia, talvez nem uma hora — suspirou, olhando com certa tristeza e desânimo para ela.

    — Está bem… então deixa eu ver de novo o mapa, acabei por esquecer-me do próximo lugar…

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