Capítulo 7.2: A luta com o Batedor
Suavemente, Weast aproximou-se dele.
— Como? Como? — disse, enquanto o observava. Então, virou-se ligeiramente para o lado, fixando o olhar na Eleanor.
— Como o sangue dele desapareceu? — sussurrou.
— É a vontade crescente dele…
— Vontade?
— Sim…
— O poder da vontade… — pronunciou, ignorando a cara de espanto de Weast. — Todo aquele que entrar neste mundo é definido pela sua vontade. Aqui, a vontade é o maior dos poderes. Quem a tiver, dificilmente, perderá uma única batalha.
— Ah… interessante. Mas, por outro lado…
— Não tens nada a temer… Pois em breve já estarás morto — disse o batedor, pegando, firmemente, a espada.
Então, ele correu em direção de Weast, ignorando — totalmente — a presença de Eleonor.
— AH… — suspirou, sentindo o seu possível fim.
Mas, no último segundo, ela alcançou-o, pegando numa pequena lâmina vinda do nada.— CLANG!!! CLANG!! CLANG! — O som metálico do impacto das duas lâminas percorreu todo o ar, criando eco.
— Não o vais matar! — gritou, descendo no ar, pois o salto que tinha dado havia sido enorme — Eu prometo-te isso!
— Ugh…. — Que chata que és — referiu, preparando-se para outro ataque.
Ataco-a por baixo, desvio-me e corte-lhe a cabeça…
Mas, para seu azar e sorte dela, Weast deu um chute nele —, o mais estranho foi que o golpe tinha sido fortíssimo, empurrando-o para trás.
Uma cara de surpresa absoluta e até de receio, medo, se tinha formado na Eleonor.
— Aaahhh — suspirou, tentando falar.
— Como fizestes isso? Que eu saiba não chegastes a receber uma grande instrução.
— Eu…. não sei — respondeu, hesitante.
Como fiz aquele golpe? Aquele chute… Terá haver com aquilo que ela disse sobre a Vontade? Não… não deve ser.
Enquanto ele pensava por uns momentos, o batedor tentava levantar-se do chão.
Estava, ligeiramente, ferido.
É impossível ele ter feito aquilo. Ele parece alguém completamente inexperiente, a menos que ele seja um dos… Não… isso é impossível.
— Ei! Vem aqui se tens coragem… — falou a Eleanor, tentando provocar o batedor.
Ele correu, com as forças que ainda tinha, para ela — cerrando os punhos.
Ele tentava preparar-se, coisa que era obrigatória naquele momento. Porém, avançou sem hesitar deixando o planejamento de lado.— THUMP!
O seu punho tinha atingido diretamente o braço de Eleanor, obrigando-a andar, ligeiramente, para trás.
— Urgh… Idiota! — gritou Eleanor, observando o sangue de seu braço, uma ferida se tinha aberto.
Rapidamente, Weast correu em direção ao batedor. Então, inesperadamente abriu a boca.— Você vai pagar por a ter ferido! — gritou.
Seu corpo estava corrompido por uma vontade sanguínea de vingança.
Quando chegou ao lado de Eleanor disse-lhe:
— Vai para trás agora, Eleanor!
— Está bem — sussurrou, caminhando para o lado.
— Agora a luta é comigo!
— Hm…Então vou matá-lo primeiro, depois ela. — sussurrou, pensando alto.
Uma luz ofuscou a visão de Weast, era o tirar da lâmina completa, o reflexo.
— Prepara-te para morrer! — rosnou, quase parecendo um grito de guerra. — Vou mostrar-te do que a minha espada é capaz!
Para a surpresa e desespero de Weast, o batedor realizou um movimento que demonstrava uma enorme mestria — cortar uma árvore gigante em dois, com um só golpe.
Não, isso… não pode ser verdade, como ele fez aquilo?
— GASP…
Por um momento, o ar que estava em seus pulmões tinha desaparecido.
Não!
— BA-DUM! BA-DUM! BA-DUM!
A sua respiração estava entrecortada, seu coração batia demasiado rápido, não havia nenhuma estabilidade. Seu cérebro? A mil à hora.
Mas, de um momento para outro, tudo parou. Sua respiração voltou ao compasso lento de um relógio. O seu coração já batia normalmente. Ele conseguia, enfim, pensar.
Por momentos, eu próprio — o espírito morto que vê tudo e todos — questionava o acontecimento.
Até que… percebi.
Ele tinha encontrado a calma em meio a uma tempestade, tinha nele um novo sentimento eterno.
A coragem.
Assim, correu para ele, olhando-o com olhos sérios — mostrando sua confiança.
O medo tinha evaporado de si, de todo o seu corpo e de toda a sua alma. Deste modo, pegou numa pequena pedra dura, e ao aproximar-se, mandou-lhe a pedra, acertando-lhe na cara.
No entanto, ele desviou-se rapidamente da pedra e usou sua espada.
— Swoosh! — Cortando o ar de forma rápida, limpa.
Quase acertando no Weast.
Depois do primeiro golpe, vem outro seguido, contínuo.
— Vsshh! — O segundo fora ainda mais rápido, quase parecendo girar no vento.
Weast desviou-se numa velocidade surpreendente, baixando a sua cabeça e pescoço — swk!— escapando por um fio da lâmina, do golpe.
De repente, ele rouba a espada do batedor, arrancado-lha de suas mãos — usando toda a força que tinha. Ele olhou para si, com uma cara de completa surpresa, não aguardava o inesperado.
— Tira as mãos de minha espada… agora! — gritou, o desespero o tocava, porém o ódio reinava em sua mente.
— Nunca! — falou, pegando plenamente na lâmina, preparava-se para um golpe rápido e letal.
Ele, como um batedor, reparou sistematicamente nessa preparação, desejo.
— Não… não faça isso! Por favor, por favor!
— Tu que não mostrastes piedade e a queres?Tu que me querias morto e me ameaçavas disso a queres? Estás louco?! — questionou, pronunciou, e por fim, anunciou o fim daquele ser sem reais valores.
Pois aquele que tiver valores, não irá matar pela liberdade de outro… isso é hipocrisia e quem os tem não a tem. Por fim, os olhos de Weast se atormentaram pela morte dele. Ele não queria realmente o matar, mas se não fizesse… Seria morto e a Eleanor também.
Desculpe, meu Deus. Desculpe, por o ter matado. Mas… o que haveria de fazer?
Estes pensamentos percorreram todo o seu coração, mas não encontrava resposta.
Teria sido justo ele ter feito aquilo? Ele não sabia — nem eu.
Diante disso, Weast andou, lentamente, para trás. Caminhando para longe daquele horror.
Era mais um corpo que estava naquela montanha que parecia estar amaldiçoada, condenada.
Quando chegou a Eleanor perguntou-lhe:
— Olha qual é o próximo passo, onde temos que ir agora? Para onde vamos? Preciso sair o mais rapidamente daqui, não sei se aguentarei estar aqui mais um dia, talvez nem uma hora — suspirou, olhando com certa tristeza e desânimo para ela.
— Está bem… então deixa eu ver de novo o mapa, acabei por esquecer-me do próximo lugar…
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