Um céu estrelado com planetas visíveis a olho nu e dezenas de pequenas naves circulando sobre a região, que é composta por construções diferentes das humanas, bem mais tecnológicas, lembrando uma cidade. Passos apressados, gritos ferozes e palavras incompreensíveis ecoam enquanto um indivíduo encapuzado caminha discretamente por um tipo de ponte alta, pouco iluminada.

    De repente drones se aproximam, disparando projéteis na direção daquele sujeito, que prontamente reage usando uma clava para repelir todos os tiros. Fobos então se manifesta, avançando contra as máquinas rapidamente. Ele usa um capacete denso que se conecta ao implante em seu rosto, além de um traje de proteção espesso semelhante à uma armadura, ajustado ao seu corpo.

    — ENCONTRAMOS! DISPAREM! — ordena um ser humanoide abaixo da ponte, porém com quatro braços ao invés de dois e um par de tentáculos nas costas. Os dois braços de cima são um pouco maiores e mais fortes que os de baixo. Ele utiliza uma armadura mecânica azul neon, seguido por inúmeros outros indivíduos com as mesmas características.

    Uma chuva de tiros caem sobre Fobos, que salta da ponte para cima dos soldados. Com apenas alguns movimentos de sua clava carregada ele varre todos, limpando seu caminho em instantes.

    O ganniano volta a caminhar em silêncio, olhando para uma grande torre mais à frente enquanto sons de aproximação seguem surgindo.

    — Azo. Precisamos deixar a torre — diz um indivíduo também trajado com uma armadura, porém vermelha, em um grande salão repleto por indivíduos trajados da mesma forma.

    — O que está havendo? — pergunta um ser sentado sobre uma assento flutuante, bem acima dos soldados ali, que veste a mesma armadura porém com a cor dourada e detalhes brancos cintilantes.

    — Há algo se aproximando. Nossas forças não estão demonstrando efetividade em parar seu avanço.

    — O que ele busca? — questiona, sem demonstrar preocupação.

    — Não temos conhecimento…

    O assento flutuante então retorna ao chão, e o líder daquele povo se levanta. De pé fica claro que seu tamanho é superior aos dos demais, quase o dobro.

    — Irei aguardá-lo aqui — diz enquanto caminha até uma espécie de varanda no fim da sala, aonde observa os arredores da grande torre. De repente, algo como uma explosão acontece próximo da entrada, chamando a atenção de todos.

    Fobos golpeia um veículo pesado com sua clava, o derrubando sem esforço, enquanto mais e mais soldados se aproximam. Em menos de um minuto mais uma leva de combatentes vão ao chão, com o ganniano cada vez mais próximo do seu alvo.

    — Ativem a neutran… — ordena Azo.

    Uma espécie de canhão emerge do chão próximo à torre, e dispara um feixe luminoso que varre tudo no caminho até Fobos. Ele então se move para fora da mira, e avança por outro caminho, mas é perseguido pela arma até o feixe o atingir. Seu corpo é envolvido pela rajada destruidora enquanto os soldados observam à distância acreditando tê-lo abatido.

    De repente o canhão é destruído e o feixe cessa, revelando que o ganniano avançou por dentro da rajada até alcançar a arma. Ele olha diretamente para onde Azo está e avança para dentro da torre, agora com seu traje danificado.

    — Será mais problemático do que o esperado — fala retornando para dentro do salão. Os soldados ali presentes se apressam e descem para barrar Fobos, enquanto outros chegam de fora.

    Ele então se vê cercado com inimigos avançando pelos dois lados, mas ainda assim segue subindo os andares conforme deixa mais corpos para trás.

    — O QUE BUSCA AQUI?! O QUE DESEJA COM TANTA DESTRUIÇÃO?! — pergunta um dos últimos soldados, parado em frente à entrada do grande salão.

    Fobos, agora com alguns ferimentos e seu traje quase totalmente destruído se aproxima, e com sua clava ele destrói tanto o corpo do soldado quanto a porta atrás dele de uma só vez.

    Azo, parado no centro da sala observa a entrada do invasor em silêncio, empunhando uma lâmina que brilha como sua armadura.

    — Não sairá vivo após tamanho atentado… Mas o darei tempo para explicar sua motivação… — diz com a cabeça alta, olhando seu inimigo com desprezo.

    — Azo… Representante dos nezoatanos… Detentores de Nezo… — fala enquanto se aproxima — Me chamo Fobos… E em nome dos governantes gannianos… Venho anunciar que tomaremos à força o domínio sobre este planeta, visto que rejeitaram a oportunidade de provação.

    — Significa que vem a mando dos soberanos de Gann… Os mesmos que nos propuseram uma guerra… Não pense que terão uma vitória sobre nossa espécie… — diz antes de avançar contra o ganniano.

    Fobos tenta se defender com sua clava, mas é atingido no peito pela espada de Azo, sendo cortado profundamente. Ele se move rapidamente e consegue acertar um golpe carregado de energia em um dos braços do governante, que é destruído instantaneam com o impacto. Ele se afasta empunhando sua espada com outra mão enquanto Fobos o persegue, para então lançar um segundo golpe, que dessa é vez bloqueado pela lâmina de Azo.

    — Vocês não possuem o direito… De tomar o que é nosso! — diz antes de atingir outro corte no ganniano, dessa vez em seu abdômen.

    Em silêncio, sem expressar fraqueza Fobos resiste ao golpe e avança novamente, explodindo mais um braço com sua clava. Azo se enfurece e tenta atacar outra vez, mas tem o terceiro braço destruído. Sem dar mais tempo ele lança um último golpe que atinge a cabeça do nezoatano, o finalizando.

    “Mais uma missão foi concluída… Assim como nos garantiu… Seu empenho agrada os soberanos” diz uma voz através de um comunicador acoplado ao pulso de Fobos.

    — Não falharei com eles… — responde em voz baixa, enquanto seu sangue escorre aos montes, sem se importar — Jamais…

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