Capítulo 15 – Por interesse
Minutos antes…
— Seu representante está pronto — fala Halley, prestes a abrir a escotilha que dá acesso à cápsula do competidor.
— Que droga… Eu… Eu… Cadê a íris?! — questiona em pânico.
A porta circular se abre, revelando Jeffrey esparramado pelo chão da cápsula.
— E-ele desmaiou?! O que houve?! — indaga se aproximando rapidamente.
— Ele está bem — Halley diz.
— Ma-mas ele…
Com os sons agitados o homem lentamente abre os olhos, tirando o rosto do chão enquanto sua saliva escorre.
— Ah… Eh… É… — murmura acordando aos poucos.
— Jeffrey Ramsey — diz o androide, se aproximando. — Você foi selecionado para o segundo combate.
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Ele encara a dupla, com sua cara amassada e olhos mal abertos.
— Aham… — responde antes de retomar seu sono.
— EI! LE-LEVANTA! NÃO É HORA DE DORMIR!
— Tá… — Torna a abrir os olhos.
Como se estivesse usando todas as suas forças ele levanta seu corpo, finalmente se pondo de pé.
— O que eu preciso fazer…? — questiona esfregando o rosto.
Halley pega um par de kusarigamas envoltas em correntes, com o mesmo aspecto tecnológico das demais peças daquele arsenal e as entrega para ele.
— Representar os humanos em um confronto contra meus mestres. Sobre suas armas, está satisfeito com este modelo?
Com um olhar de paisagem ele confirma com a cabeça, apanhando as lâminas.
— Ei, você… Tá se sentindo bem? — James pergunta, vendo as condições do homem.
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— Ah… Aham… — responde enquanto volta para a cápsula — Bem… Bem…
A porta se fecha e um som de queda é ouvido no mesmo instante.
— Ele… Não dormiu de novo… Dormiu…?
— Não achei prudente negar o uso de um reforço nessa luta — comenta o androide depois de um tempo, olhando para o rapaz.
Ele reflete por alguns instantes antes de agarrar o próprio cabelo.
— NEM FUDEN-
Atualmente…
Canopus começa a andar, seguindo Jeffrey na mesma velocidade de seus passos.
— Ei, e se a gente resolvesse… É… Naquele jogo… Ah, xadrez — diz o homem, coçando um dos olhos enquanto tenta manter a distância. — Ah… Esquece… Eu não sei jogar…
De repente, em um movimento abrupto o ganniano arremessa sua espada contra Ramsey, que consegue defletir a arma para o alto usando a lâmina de umas das kusarigamas. Seu braço é forçado para trás com a força do impacto, o deixando assustado por um instante.
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— U-uou… Que força é essa… — murmura suando frio, com um sorriso bobo.
Ainda com a espada no ar, ele salta e a agarra, aterrissando mais próximo de Jeffrey. Surpreso com a ação repentina ele novamente tenta se afastar, mas barras verticais emergem das bordas do círculo escuro sobre o qual ambos estão, formando uma espécie de jaula que impede sua fuga.
— Ah?? Mas de onde isso saiu? — indaga, apalpando as barras que agora circundam aquele espaço, de costas para Canopus.
— Mas o que é aquilo?! — pergunta Íris, confusa.
— Variação de terreno — responde Halley.
— Variação de terreno?! O que isso significa?! Estão querendo trapacear?! — Ela questiona, irritada com aquilo.
— Meus mestres usam esse recurso para impor um desafio adicional aos combatentes, sem considerar quem serão eles. Nesse caso, coincidentemente a arena favorece o mestre Canopus, visto que Ramsey provavelmente se adequaria melhor a espaços maiores — Ele explica.
— Mas eles não fizeram isso na primeira luta! De repente resolvem fazer?! — diz socando o balcão ao seu lado.
— A primeira arena é sempre neutra — responde o robô.
— Você deveria explicar essas coisas logo de início, cacete!!! E agora?!
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— Ele… Ele… Está… — murmura James, olhando fixamente para o monitor.
— Você tem a coragem de… Ignorar minha presença novamente… — diz Canopus, se aproximando rapidamente do homem que ainda está de costas para ele.
— Eu sei que você tá aí, cara… — responde lançando ambas as kusarigamas precisamente na direção do ganniano, que dessa vez desvia e continua com sua investida.
“Ele fez novamente… Sem olhar…” Pensa enquanto avança.
Próximo de Jeffrey, em uma fração de segundos, Canopus nota que as correntes estão tensionadas. Ele desiste de atacar e se move para o lado, mas no mesmo instante as lâminas sendo puxadas de volta atingem a borda do seu ombro, deixando dois cortes no local.
— Isso é… Carência…? — murmura ainda de costas, recuperando ambas as armas.
Canopus para por um momento e é novamente surpreendido com um segundo ataque. Uma das lâminas é lançada em sua direção, mas ele a deflete com sua espada. Entretanto, com um leve girar do pulso de Jeffrey a kusarigama rotaciona no ar e retorna na direção do ganniano, que tem seu antebraço atingido de raspão.
— Como… — Segue questionando, dando alguns passos para trás.
— Caramba… Que sede… — murmura, finalmente se virando para seu oponente.
— Eu não consigo compreender… Essa forma de combate… — fala, olhando para as armas de Jeffrey.
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— Ah… É bem maneira mesmo — responde se exibindo.
O ganniano o encara perplexo, enquanto pequenas gotas de sangue escorrem das feridas em seu ombro e antebraço.
“Vejam, pessoal! Canopus está sangrando! O nosso lutador fez seu adversário sangrar, finalmente! Dentro dessa jaula não há como escapar dos ataques do grande Jeffrey, não é?! hahaha!”
— Ele está bem curioso… — comenta uma das vozes. — Afinal, esse combate já deveria ter acabado…
— Para se distrair assim, deve ter se interessado bastante.
— Não durará muito… Ele logo irá desvendar o segredo daquele humano.
Ele posiciona sua espada, mirando o abdômen do homem.
— Ei, o que você…
Um leve salto para frente, combinado com um arremesso preciso faz com que a arma voe até Jeffrey no mesmo instante. Quase sendo atingido, ele coloca ambas as mãos na frente da lâmina que é bloqueada pelas correntes enroladas em suas palmas, assim evitando ser perfurado.
— A-ai… Aí já é sacanagem… — diz empurrando a espada de volta com uma expressão de dor e surpresa enquanto sangue escorre das suas mãos, feridas pelas próprias correntes pressionadas pelo impacto.
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— Intrigante… Você não é tão ágil quando está me vendo… — fala olhando para sua arma caída aos pés do homem.
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