Capítulo 27.1
(Pov Cael)
E quando eu finalmente ia entrar no meu quarto — sem culpa, plano, só o peso honesto de uma possível transa no olhar — adivinha?
ALARME.
Um puta alarme.
Soando em cada esquina maldita do oitavo distrito. E dos outros quatorze também, porque claro, o caos tem plano de dados ilimitado.
— Ah, tava demorando…
Soltei, bufando pela alma.
Ananit virou-se pra mim com aquele sorriso… Deus me livre. Ou melhor, não me livre.
Ela tinha a expressão de quem goza ouvindo sirenes.
— Alguém resolveu atacar um dos distritos… ehr…
Deslizou um dedo pelo próprio peito, e eu juro que ouvi um saxofone ao fundo.
— Isso me excita…
— E-excita…?
— Xiii…
Sussurrou, o mesmo dedo agora selando minha boca, como se a merda da guerra fosse preliminar.
E piscou.
Aquela piscada que quebra alianças e começa impérios.
— Com certeza tem um idiota em meus aposentos querendo que eu vá ver aquele loiro azedo… só… espere até isso acabar…
— Tá…
Murmurei, sem saber se precisava de um banho frio ou de um exorcismo.
— Até logo, cachorrinho.
E puff — sumiu.
Portas batem.
Eu, encostado na parede do quarto, com um arrepio na espinha e outra coisa em pé.
— Cacete…
O trem era bom demais, viu.
Mas essa cavalona ia dar trabalho. Não mais do que o trabalho que acabou de surgir… mas ia.
Ia sim.
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