Capítulo 1114 - Arvidal
『 Tradutor: Crimson 』
“Por que não usaram antes?”, perguntou Vashno em voz baixa.
“Nem todos conseguem usar [Barreira Caída]. Poucas pessoas conseguem, e o Comandante da Divisão é uma delas. Mesmo aqueles que estudaram magias proibidas não queriam perder tempo aprendendo o círculo mágico para [Barreira Caída]”, explicou Souta.
Naturalmente, um Comandante de Divisão tinha muitas responsabilidades. Não era fácil partir para outro campo de batalha.
Além disso, o Condado Rio Sereno era várias vezes maior que a Cidade Montanha Rochosa. O número de titãs ali era muito maior, e sua força significativamente maior.
Essa técnica só poderia ser usada em um lugar como este; em qualquer outro lugar, seria uma perda enorme.
–Boom!!
A área inteira tremeu.
O ar imediatamente se encheu de imensa pressão.
Titãs surgiram no ar, cada uma delas irradiando imensa força. Os que estavam na frente se posicionaram destemidamente diante do Comandante de Divisão Savas, Kyveli e dos outros Heróis.
Kyveli deu um passo à frente e fez sinal para que Savas recuasse.
“Senhor Savas, por favor, deixe isso comigo. O senhor precisa descansar um pouco”, disse ela.
Depois de lançar um poderoso feitiço proibido com a ajuda de um artefato de Grau Escuro, Kyveli sabia que Savas estava um tanto esgotado.
“Obrigado”, disse Savas, fechando os olhos e dando um passo para trás.
“Matem todos!!” Um dos titãs líderes rugiu de repente.
Em um instante, uma onda de titãs avançou em direção ao exército de guerreiros.
–Swooosh!!
Kyveli ergueu a arma, sua energia explodindo como um maremoto. Com um golpe poderoso, ela liberou uma enorme lâmina de energia em forma de crescente.
–Bang!!
Guerreiros e titãs mais fracos foram arremessados a centenas de metros de distância. Como especialista no Reino da Nona Algema, Kyveli não se conteve.
E assim, uma batalha feroz irrompeu mais uma vez entre os titãs e as forças do Olimpo.
E esta foi apenas uma entre muitas. Por todo o Olimpo, inúmeras batalhas ocorreram. Até deuses como Zeus e Hades se envolveram em combate.
–Swoosh!!
Souta ajudou Alice e Vashno a descer.
O céu se tornou um campo de batalha para os heróis de nível inferior — aqueles abaixo desse nível não podiam fazer muito mais do que atrapalhar.
Embora fosse apenas uma Algema, a diferença entre a Sexta e a Sétima era imensa.
“Vamos encontrar o titã Arvidal”, disse Souta para Alice e Vashno.
Ele já tinha os detalhes de Arvidal em mente.
O titã seria fácil de ser avistado — ele era fortemente protegido pelos outros devido às suas raras habilidades como Mestre de Matrizes e Mestre de Runas.
Com isso em mente, Souta, junto com Alice e Vashno, correram em direção ao Condado.
–Whoosh!!
…
Em uma vasta mansão, um titã imponente — com dez metros de altura — sentava-se em uma cadeira enorme. Ele vestia um manto imponente em tons de branco e vermelho, sua pele verde-escura esticada sobre veias salientes que pulsavam visivelmente sob a superfície.
Ele era Arvidal.
A porta se abriu quando outro titã entrou na sala.
“Arvidal! Os guerreiros dos Campeões de Athena lançaram um ataque em larga escala à nossa base! Não podemos mais ficar aqui!” Exclamou o titã.
“Eu sei”, respondeu Arvidal calmamente e disse: “Mas ficaremos um pouco mais.”
“Mas os Gigantes Loucos disseram que você tem que ir embora agora…”
“Não, ainda não… Ainda estou esperando alguém”, disse Arvidal, balançando a cabeça.
No mundo exterior, os titãs eram frequentemente considerados parte da raça dos gigantes. Mas os titãs rejeitavam essa ideia — recusavam-se a se associar a outras raças, acreditando-se superiores a todas.
Desta vez, porém, as coisas foram diferentes.
Os titãs estavam em desvantagem nesta guerra. E em algum lugar lá fora, um grupo de gigantes — os Gigantes Loucos — estava disposto a ajudá-los.
“Os Gigantes Loucos vão te levar arrastado”, alertou o titã.
“Suas habilidades são valiosas demais. Eles não vão ficar só esperando — eles mesmos virão aqui.”
“Então que venham. Já preparei uma saudação para eles”, disse Arvidal, ainda calmo como sempre.
Embora estivesse apenas no Reino da Quarta Algema, Arvidal não era tão poderoso quanto muitos outros titãs. Mas ele havia trabalhado incansavelmente para dominar as habilidades raras e complexas que agora possuía.
Ele olhou para o titã e perguntou: “Você sabe quem começou esta guerra?”
“Olimpo…?”
“Não”, respondeu Arvidal e explicou: “Estamos sendo usados. Até nossos deuses se tornaram peões nesta guerra. Aquele que nos libertou a todos — o Governante da Gula — é a verdadeira fonte deste caos.”
Arvidal fechou os olhos.
Lá fora, o chão tremia e o ar fervia com uma energia avassaladora.
Ele conseguia sentir o choque de especialistas poderosos mesmo daqui. Não havia nada que pudesse fazer para detê-los — ele era apenas um especialista no Reino da Quarta Algema. Embora esse nível de força pudesse ser considerado impressionante em outros lugares, aqui no Olimpo era apenas mediano.
–Bang!!
A porta se abriu com um estrondo quando várias figuras enormes entraram na sala. Cada uma delas tinha pele avermelhada, cabeças calvas e olhos vermelhos brilhantes.
“Arvidal! Venha conosco. Agora!” Ordenou um dos gigantes, em tom firme e autoritário.
“Você pode ter vindo até aqui”, disse Arvidal calmamente e completou: “Mas eu não vou com você”.
“O qu—?” O titã ao lado dele engasgou, atordoado com sua afronta.
Arvidal ergueu a mão e estalou os dedos. Sua energia surgiu enquanto runas brilhantes se incendiavam pelo chão. Uma matriz gigantesca se espalhou pela sala, estendendo-se para cima e para além dela.
–Bang!!
O teto se estilhaçou quando um campo de raios irrompeu, atingindo os gigantes.
“O que você está fazendo, Arvidal?! Está tentando quebrar o acordo?!”, Rugiu um dos gigantes, furioso.
Ele estendeu a mão, mas um raio o atingiu violentamente, interrompendo seu avanço.
“Eu nunca concordei com nada”, respondeu Arvidal friamente.
Toda a área estava agora coberta de runas, o ar zumbia com energia bruta. A matriz havia se consolidado. Os gigantes não conseguiam mais se aproximar dele tão facilmente.
A comoção rapidamente atraiu a atenção de outros titãs. Figuras poderosas, que estavam por perto, desceram, com os olhos fixos na matriz de Arvidal de cima.
“Arvidal! O que você está tentando fazer no meio de uma guerra? Não vê que estão nos atacando?!” Gritou um dos titãs.
Arvidal olhou para fora e viu guerreiros em confronto com titãs. Batalhas aconteciam em todas as direções.
“Já que você se recusa a cooperar, vamos lidar com isso à força! Não pense que sua matriz ou runas podem protegê-lo!”, berrou um dos titãs enquanto descia em direção a Arvidal.
Apesar da força de suas runas e matrizes, Arvidal ainda estava apenas no Reino da Quarta Algema. Seu poder era limitado, e mesmo as runas mais poderosas vacilariam sob tamanha força avassaladora.
Arvidal estava sozinho no centro de sua matriz, cercado por gigantes e titãs. O ar crepitava de tensão, mas ele mantinha a expressão calma de sempre, como se acreditasse que nada poderia feri-lo.
E, naquele momento, ele estava certo.
–Whoosh!!
“Então, aqui está você, Arvidal…”
Uma voz ecoou pelo ar.
Os gigantes e titãs se viraram em uníssono, com os olhares voltados para o chão. Três figuras estavam de pé, observando a mansão semidestruída. A figura de Arvidal era visível sob os escombros.
As três figuras eram Souta, Alice e Vashno.
A comoção causada pela matriz de Arvidal não passou despercebida por Souta. Naturalmente, ele teve que investigar se Arvidal estava ali.
E ele estava certo.
O olhar de Souta se fixou em Arvidal, e ele falou com firmeza: “Arvidal, certo? Chegamos. Sua escolta chegou, então venha conosco agora.”
Suas palavras chocaram os titãs próximos. Eles se viraram, incrédulos, com os olhos fixos em Arvidal.
“O que…?!”
“Arvidal!! Como você pôde fazer isso?!”
“Você nos traiu e está trabalhando com o inimigo!!”
Em poucos instantes, a fúria dos titãs explodiu. A compreensão os atingiu em cheio: Arvidal havia se voltado contra eles, conspirando com seus inimigos.
Arvidal fechou os olhos por um instante, organizando seus pensamentos antes de reabri-los. Voltou o olhar para os outros titãs e falou em tom baixo, porém firme: “Estamos condenados. Não podemos continuar a viver escravizando outras raças. Precisamos evoluir. No grande esquema das coisas, nós, titãs, não passamos de peões usados para conter o Olimpo.”
“Seu! Traidor!!” Um dos titãs rugiu, sua fúria transbordando. Ele desferiu um soco poderoso em Arvidal.
O soco atingiu a matriz, encontrando uma resistência inesperada. Por um breve momento, a matriz resistiu — mas não durou. A energia se estilhaçou, fragmentando-se em inúmeros fragmentos, deixando os titãs ainda mais enfurecidos.
–Bang!!
O titã foi forçado a recuar um pouco, mas agora que a matriz havia se despedaçado, ele desferiu outro soco com força ainda maior.
Ao mesmo tempo, Souta se moveu, seguido de perto por Alice e Vashno. Num piscar de olhos, os três desapareceram de suas posições.
Uma enorme parede de sangue surgiu à frente, entre Arvidal e o titã. A barreira de sangue resistiu momentaneamente, bloqueando o soco e dando a Souta um breve momento.
Assim que Souta chegou, ele sacou a espada vajra em um movimento fluido e liberou uma lâmina de energia.
[Lua Carmesim]!!
–Bang!!
A explosão abalou a área, com fumaça subindo e obscurecendo tudo em seu caminho.
Os outros titãs finalmente reagiram, liberando sua energia com uma força que fez o ar vibrar. A fumaça foi dissipada, revelando Souta, Alice e Vashno ao lado de Arvidal.
Souta olhou para a figura imponente de Arvidal e deu um sorriso irônico.
“Cara, você é enorme. Deixe isso conosco. Meus companheiros aqui vão te guiar — eu cuido do resto.”
“Você tem meus agradecimentos”, disse Arvidal, dando um fraco aceno de cabeça.
Souta acenou com a mão em desdém, com um sorriso se espalhando pelo rosto. Então, voltou seu foco para os titãs, cuja fúria era palpável. Seu olhar se deteve nos Gigantes Loucos, calculando o próximo movimento.
“Gigantes…? Bem, acho que é hora de se juntarem à briga. Não tem jeito”, disse Souta com um sorriso e dizendo: “Vou pedir para todos vocês me acompanharem por um tempo.”
Ele levantou a mão, e inúmeras gotas de sangue começaram a flutuar no ar, brilhando com intenções perigosas.
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